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segunda-feira, outubro 30, 2006

"O amor é o efeito colateral do sexo!"

"essa vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem "

Paulo Leminski


As conversas pelo msn sempre o fascinaram – ele que adorava manusear e manipular a palavra escrita. Mas dessa vez a coisa parecia ter escapulido do seu governo. Não conseguira, como de costume, se abster da sinceridade e nem manejar as situações a seu favor. Pelo contrário, tinha se deixado trair (trair?) por uma inesperada e inexplicável lisura. Tinha se revelado muito mais do quê, agora, gostaria, e não tinha a mínima idéia em quê resultaria essa ‘aventura sentimental’ não calculada. Estava jogando alto, e sem cartas na mão (ou na manga)...

** *

Despertara com a escandalosa campainha do celular, que avisava a chegada de uma nova mensagem de texto. Sobressaltado – como os que são acordados bruscamente sempre são – levantou-se da cama e, ainda no escuro, tateou à procura do telefone:

“Boa Noite!
Beijos de morango!”

Meia dúzia de palavras que encheram aquele corpo tenso de euforia incontida e devolveram a paz, ainda que temporariamente, à sua mente perturbada e seu coração apertado. Demorou algumas horas até que conseguisse voltar a dormir, deitado quase imóvel e com um sorriso satisfeito gravado no rosto. Estava, por hora, muito feliz!

** *

domingo, outubro 29, 2006

“Não São Paulo”

(+) De volta à Goiânia.

# Sexta feira passada (22/10), recém chegado em sampa, desembarco no Ibirapuera, para passear pela Bienal de Arte Contemporânea.

# # Tenho uma relação meio tumultuada com essas coisas da tal ‘Arte Contemporânea’. Muitas vezes (na maioria delas, na verdade), parece ao amigo aqui que os tais membros dessa entidade abstrata e pouco compreensível, se valem da estética do choque ou do hermetismo para camuflar falta de talento ou pouca inspiração. Desculpem a ignorância do blogueiro, mas pouca coisa chamou realmente a atenção. Se pelo menos tivesse levado uns fones de ouvido com o ‘novo’ do Violins...

# # # Sábado fui ver a Patife Band, conjunto clássico formado em 1983 por Paulo Barnabé, irmão menos famoso do louco-alucinado Arrigo Barnabé – que juntamente com Itamar Assumpção liderou o movimento que viria a ser conhecido como Vanguarda Paulistana. O show aconteceu no Clube Berlin, na Barra-Funda, e arrecadou mais ou menos umas cem pessoas para servir de platéia para o experimento jazzístico, acomodado desconfortavelmente em angulosa linguagem punk, com andamento picotado, cordas dançando sobre um fio de navalha e vocalizações improváveis. Músicas como ‘O Pregador Maldito’, e a adaptação anárquico-musical de ‘Poema em Linha Reta’, do Fernando Pessoa, presentes na trilha sonora do filme Cidade Oculta (do Chico Botelho, com o Arrigo ajudando também no roteiro), ocuparam boa parte da apresentação e arrancaram aplausos frenéticos dos aficcionados presentes (o blog incluso).

# # # #No domingo, pra relaxar, foi a vez do bom samba percorrer os tímpanos do escrevente aqui. No Tom Jazz Club o blog assistiu à apresentação do Gafieira São Paulo, grupo que se devota ao samba de sabor jazzy, executado com baixo (elétrico), guitarra (semi-acústica), bateria, piano, percussão e naipe de metais, e já foi aplaudida por gente como Yamandú Costa e Thiago do Espírito Santo. Ora instrumental, ora recebendo cantores convidados, o conjunto esticou a noite de domingo até mais do que deveria, levando o blogueiro à doce embriaguez, proporcionada por suas sedutoras e dançarinas melodias, e pela saborosa cerveja Itaipava.

# # # # # Já na segunda-feira, a pedida era o Blen Blen Brasil, tradicional casa de shows da capital paulista, que apresenta no início da semana sua noite jazz, dividida em três partes: a primeira – perdida por este que vos digita – foi de responsabilidade do Cacique Jazz Combo; o meio da noitada foi reservado para a Soundscape Big Jazz Band, grupo composto por quase vinte membros e que elenca, numa seqüência anacrônica e adorável, gênios como Cole Porter, Charlie Parker e Miles Davis.

# # # # # # Para fechar a segunda-feira mais produtivamente ociosa dos últimos tempos, apresentava-se o grande guitarrista Michel Leme, acompanhado de alguns amigos. Na verdade, Leme monta um conjunto diferente toda segunda, e dessa vez o convidado mais ilustre era ninguém menos que o monstro Arismar do Espírito Santo (pai do também baixista Tiago do E.S., citado lá em cima), ao violão. Temas experimentados no descompromissado improviso da diversão, eram entrecortados por piadas e gracinhas, ditas entre eles, baixinho, como se público ali não houvesse.

O lugar - pequeno e charmoso porão de madeira, com mesas e poltronas espalhadas, rodeado por sofás - era habitado por cerca de cinqüenta pessoas, que deliravam alto em aplausos e assovios, depois de mergulharem fundo no radicais transes instrumentais, de vááários minutos.

Coisas de São Paulo...

# # # # # # Tô escutando muito o ‘Enemies Like This’ do Radio 4. 'This Is Not A Test' e ‘As Far As The Eye Can See’ são foda (o disco inteiro é legal, até os reggaes)!


*Beijaço pra amiga Luna Vargas (dileta bisneta do nosso ex-presidente Getúlio Vargas), que merece mais um agradecimento aqui, pela sua lisongeira hospitalidade e atenção. Outro beijo para as gêmeas brasilienses Amanda e Luisa, que também estavam ‘acampadas’ no apartamento da Luna e compartilharam momentos bem divertidos com o blog


# Então é isso.

# No próximo post, Cachorro Grande, Móveis Coloniais de Acaju e Casa Bizantina: Goiânia Noise Party.

segunda-feira, outubro 23, 2006

“Pro Mundo Inteiro Acordar, e a Gente Dormir...”

# Segunda-feira ensolarada, porém gelada, na capital paulista.

Fim de semana ‘quase’ glacial, recheado de punk cerebral, gafieira jazzy e delírios artísticos contemporâneos (ou qualquer coisa “perto” disso). O blogueiro aqui retorna a Goiânia na quarta-feira, e nela mesmo (na quarta-feira) relata o “roteiro turístico-cultural” percorrido na megalópolis.

# # Quais os versos mais cretinos da música pop nacional?

Há algum tempo atrás eu e a Vivis, tecladista da Cine Capri e distinta amiga deste blog, discutíamos sobre o tema. Aqui em São Paulo o assunto foi mais uma vez posto em pauta em plena avenida paulista, na noite de domingo – antes da turma encher a cabeça de Itaipava long neck no Tom Jazz –, e um top Five foi estabelecido. Segue aí:

1 – “Quando deus te desenhou, ele tava namorando”
Desenho de Deus - Armandinho

Comentário: Campeão absoluto. Essa simples elocução, acomodada entre trejeitos da pior espécie de pop-reggae (se é que tem alguma que preste), é capaz de provocar uma irritação tão profunda no ouvinte, que chega a insinuar pensamentos homicidas. Cuidado.

2 – “Nossa relação acaba assim, como um caramelo que chegasse ao fim”
Garoto de Aluguel – Zé Ramalho

Comentário: Sem comentários.

3 – “Tira essa bermuda que eu quero você sério”
Como Eu Quero – Kid Abelha

Comentário: Sério?

4 – “Mulher de amigo meu pra mim é homem. Por isso você é o homem da minha vida”
O Homem da Minha Vida – Língua de Trapo

Comentário: A cretinice redonda, sem arestas e de propósito! Alguém aí conhece os Dezessete Big Golden Hits Super-Quentes Mais Vendidos do Momento?

5 – “Veio a maior cornucópia de mulheres, todas mucosas pra mim. O mar se abriu pelo meio dos prazeres, dunas de ouro e marfim.”
Odeio – Caetano Veloso

Comentário: “Todas Mucosas pra mim”? “Dunas de ouro e marfim”? O Caetano ta se achando mesmo hein? Tudo bem que Cê tenha algumas boas canções (o que não é o caso de ‘Odeio’), mas esse versinho aí é de lascar.

** *

Então é isso, até a volta.

quarta-feira, outubro 18, 2006

"O Piloto Russo na Aldeia Suskir"

#Confirmado o show do The Who no Brasil em março de 2007, na praça da Apoteose no Rio de Janeiro. A formação que se apresentará no país conta com Pete Townshend e Roger Datrey (guitarra e voz), acompanhados, na bateria, por Zak Starkey, filho de Ringo Starr, Simon Townshend, irmão de Pete, na guitarra, e por mais dois músicos de apoio. Ainda para este ano, Thowshend e Daltrey, prometem o primeiro disco de inéditas em duas décadas (alguém se lembra do Who nos anos 80? Não precisa.).

# #Acompanhando os amigos, Roger Waters (que esteve no país em 2002) também desembarca sua nova turnê na Apoteose, ao lado do Who. Os shows dessa excursão são sempre divididos em 2 partes, de mais de uma hora cada. O segundo ato do espetáculo é nada menos que a íntegra do classicaço ‘Dark Side Of The Moon’. Brrrrrr...

#Saquei hoje que tô numas de rock latino. Mexicano, meio porto-riquenho, mais pro argentino. E dos mais diversos e diferentes panoramas: o Ankla ( metalcore malvadão e com cara de ‘new’, do Ramon Ortiz, antigo guitarrista do ótimo Puya, e com o Íkaro Stafford (de Goiânia, ex-Punch) nos vocais), que foi formada e atua nos EUA;o bom e velho Santana ( Caravanserai é sempre incrível); o Soda Stereo (são meio esquisitos, mas são legais); Los Alamos (buenos hermanos!); Bersuit Vergarabat (nunca achei o Bersuit grande coisa... e, tem jeito não, continuo sem achar); o poderoso A.N.I.M.A.L. (“Cada palabra como una granada de revolucion!!” ); Babasonicos; e Los Natas; ( esse último fez um show aqui na cidade que não me impressionou tanto, mas estou tentando aqui).Enfim, todos eles tem se encontrado bastante, nos últimos dias, aqui no player do pecê. Uns por curiosidade, outros por nostalgia e os demais porquê são mesmo umas sonzeiras.

# # Nesse link aí embaixo (só copiar e colar na sua barra de endereços) você vê o videoclip da música ‘Steep Trails’ do Ankla, o primeiro da listinha cucaracha aí em cima. Quem tem mais de 20 anos e freqüentava o mundo rock da Goiânia de meados dos anos 90, provavelmente vai se lembrar da cara do Íkaro, nos tempos em que ele ainda liderava o Punch, dividia estúdio com o MqN e cometia o lançamento do ingênuo Cesium 137, único disco da banda.

http://www.youtube.com/watch?v=08wjDbD5Xrs

#Não, não vou falar do Renato Russo.

#Parece que o Violins ‘perdeu’ uma parte das gravações do disco novo e vai registrar novamente algumas (ou alguma) das músicas que se foram. Por culpa disso, o lançamento do álbum foi adiado para o fim do ano, e não mais será realizado no Goiânia Noise, que acontecerá a partir do dia 24 de novembro, como dito no último post.‘Grupo de Extermínio de Aberrações’, um rock sisudo mas meio zoado, pesado e dançante, cínico e pra lá de bizarro, ganhará roupa nova devido ao acidente de percurso. Aliás, o track list desse esperado quarto trabalho do Violins é cheio de títulos, no mínimo, curiosos (as músicas que eles nomeiam então...). Olha só:

1.Delinqüentes Belos
2. Anti-Herói (parte 1)
3. Campeão Mundial de Bater Carteira
4. Grupo de Extermínio de Aberrações
5. Missão de Paz na África
6. Anti-Herói (parte 2)
7. O Interrogatório
8. A Lei Seca
9. Solitária
10. O Piloto Russo na Aldeia Suskir
11. 22
12. Ford
13. Saltos Ornamentais Árabes para Treinamento de Atiradores Americanos
14. O Manicômio


# #Goiânia Noise 2006.
É, Los Hermanos, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e Ratos de Porão!? Fora o arroz de festa e as outras surpresas? No Centro Cultural Oscar Niemeyer? Então tá!

* Post novo agora só na sexta ou no sábado, direto de Sampalândia. Bienal de Arte Contemporânea e Festival de Cinema de São Paulo! Até lá.

sábado, outubro 14, 2006

Estado Natural, faixa a faixa

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Terceiro disco do Casa Bizantina, Estado Natural já foi investigado num texto que assinei no número 3 da revista Decibélica. Já o nº 4 (que ganhou as ruas semana passada - capa com os Rockassetes), traz uma curta entrevista com o grupo, que fiz antes do lançamento do álbum, quando os guitarristas/compositores Fabiano Olinto e Evandro Putz comentaram, em separado, cada uma das músicas do disco. Mas como a editoria da revista publicou uma versão miniaturizada do bate-papo, segue abaixo o faixa-a-faixa na íntegra:






"A Arte da Guerra"
Fabiano – Esse é um rock de preto! Suíngue... era uma poesia que eu tinha, e que foi publicada no concurso da editora Kelps, e aí eu peguei a poesia e coloquei o som.
Evandro - É minha e do Fabiano, uma das duas parcerias do disco. Fala da coisa da guerra, é uma onda mais pesada, e acho que lembra um pouco nosso primeiro disco.


"Menarca"
Fabiano –
Eu tava num bar, uma chuva enorme caindo sobre mim, (acompanhando a letra) “... como o beijo do rio na boca do mar”. MPB? Tem MPB nela sim, é triste... Fala da mudança interna, aquela coisa de trocar as cascas, de identidade. Fala de um monte de coisas comprometedoras (risos).
Evandro - Na verdade, fala da mudança da mulher, da menstruação mesmo, da menina virar mulher... mas se olhar num outro conceito pode ser a mudança pessoal mesmo. MPB? Não, acho que não, eu não vejo MPB nessa música. Vejo esse disco inteiro como um disco de rock.


"Configurações do Espaço"
Fabiano –
Essa tem influência de música brasileira. Acordes latinos... guitarras bem voltadas pro analógico, vintage, ligadas direto nos amplificadores, timbres mais crus. Levamos quase um ano pra gravar o disco.
Evandro – Essa tem uma influência de rock inglês, The Clash... Queens Of The Stone Age? Também, talvez... a introdução lembra um pouco né? Mas não fizemos pensando nisso. A letra fala de amor. É um tema que a gente sempre mexeu (risos)...


"Só Louvam"
Fabiano –
É a remissão dos pecados. Eles sempre são perdoados no domingo, né, quando você vai à missa. Ou, alguns, quando vão ao puteiro... Com muita referência do rock britânico e do rock americano, às vezes é difícil transpor melodias, na hora de trazer do inglês pro português. A língua inglesa tem uma gangorra pra você cantar nas vogais, e no português há uma diferença. A gente tenta buscar essa variação.
Evandro - Acho que essa é uma das mais rock do disco! Me lembra anos setenta, é bem direta. Um questionamento sobre as nossas deficiências e no que a gente acredita, o porquê de cada coisa...


"Estado Natural"
Fabiano –
Fala de uma renúncia, da privação, “...vamos mudar o estado natural das coisas”.
“Bom dia querida, você é o amor da minha vida. Mas eu não quero roupas no arame, nem quero criar filhos, nem quero ir à igreja. Felizes para sempre? Nós estaremos no retrato.”
Uma renúncia familiar, o outro lado...
Evandro - De novo a gente volta no amor, mas no amor que se foi. Num novo estado, o estado natural das coisas, o estar sozinho. Como a gente nasceu mesmo, só.


"Observatório"
Fabiano –
Essa tem uma alegria brasileira com batidas duras do rock. É a música do poupador, do fazedor de parcimônias.
Evandro - Essa tem uns metais na introdução, gravados pelo Miquéias. E o Fabiano é foda! Ele deu a idéia dos arranjos de metais. É sobre o amor de novo, mas, diferente de ‘Estado Natural’, é uma esperança...


"Por Onde Anda Você?"
Fabiano –
A história de uma garota cujo namorado nunca a conheceu, uma melodia ardida. E a monotonia vem... e ele nunca vai se encontrar com ela.
Evandro - Balada rock n’ roll, com uns violões acústicos. Umas viagens em tons diferentes. Esse é o disco mais ao vivo da banda, o show mesmo. Conseguiu transmitir.


"Bala Adormecida"
Fabiano –
Dentro da gente não tem mais nada senão a vida, né? Aí, de repente, ele estava passeando pela rua, a família ficou órfã e ele... Trabalha com acordes invertidos, dá uma sonoridade mais grave, uma harmonia legal.
Evandro - Nessa gente quis homenagear um amigo que perdeu a vida por causa de uma bala perdida. Gravamos diretão, eu, o Marcelo e o Thiago (N. do E. Thiago Ricco, ex-baixista da banda, atualmente no Violins)! Gravamos de primeira, num take só.


"Dias Distantes"
Fabiano –
Essa foi uma das primeiras músicas do disco, fala sobre um cotidiano raivoso, de um jovem trabalhador que estava insatisfeito com a vida, enquanto as coisas estavam girando... Fala sobre esse lance do encontro virtual também, internet, msn... marca os encontros nesse mundo virtual, existe um outro mundo agora, Matrix né? Não que seja uma comunicação desnecessária, mas... tudo o que a gente utiliza a gente joga fora, então...
Evandro - Eu acredito que essa música pode puxar o disco. Tem uma letra boa, e é boa de tocar ao vivo (risos). Também é uma das primeiras composições para esse álbum. O Iuri (Freidberger, produtor do disco) até tirou umas guitarras mais pesadas e deixou a música mais light.


"Fluxo Beligerante"
Fabiano –
Goiânia já é uma cidade de fluxo beligerante, catastrófica no trânsito. Verdadeiros excitadores do caos! E um dia uma garota saiu correndo no meio desse trânsito, ferida pela relação com o seu amante. Elementos da música clássica, violoncelo... acordes dissonantes, elementos da nossa música...
Evandro - Essa a gente gravou quase de primeira também. O disco tava afiado, tinha três anos de gestação. Eu sempre tive vontade de ter cordas num disco meu, e essa música tem! O arranjo também é do Fabiano.


"Hey Man"
Fabiano –
Um pouco de country-rock, com elementos da música brasileira. O acordeon é do jovem e fantástico Fridinho (guitarrista da Olhodepeixe). Aliás é dele também o solo de "A Arte da Guerra".
Evandro – Dave Matthews Band? Não, na minha cabeça não... Me lembra muita coisa de rock inglês, The Smiths... é uma influência do Fabiano. Pra gravar essa música nós pegamos escondido uma guitarra do Chaffin (N. do E.: músico e marido da cantora Maria Eugênia), uma semi acústica que estava lá no estúdio, mas ele não estava lá pra pedir emprestado. Mas eu acho que ele emprestaria numa boa.


"Adiante"
Fabiano -
O cara tava sentado numa pedra e o vento estava batendo no rosto dele. Sabe aquele sentimento: aproveite esse único momento? Aproveite bem! Ela provoca, aguça o bem e o mal (gargalhadas inexplicáveis).

"Função Social do Amor"
Fabiano –
Digamos que esse é o selo do contrato social, do contrato passional. Aí, então tá tudo certo, quando o amor chega à essência... tem uma levada sugestiva pra falar sobre amor. Tem umas melodias de metais bonitas.
Evandro – Essa é a outra balada. O curioso dessa música é que a gente quis deixar o vocal um pouco atrás, pra dar um ar meio largado, meio caído na cama, no sofá, bodado, cantando fora mesmo.