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domingo, dezembro 31, 2006

Os melhores (e o pior) de 2006!


Satanique Samba Trio


# Como prometido, poucas horas antes do óbito do ano velho, segue abaixo a lista de melhores discos de 2006, de inteira (ir)responsabilidade do blogueiro aqui. Foram repetidas (quase obsessivas) audições para conseguir rankear tanto disco bom. Com o tanto de lançamentos legais nesse ano que se vai, daria pra fazer uma lista honesta de pelo menos 50 discos, é claro que reservando para a segunda metade da classificação, aquela atenção esporádica, e mais curiosa que admiradora. Mas deixando o papo furado de lado, segue aí o inventário:

Melhores Discos de 2006

Internacional
1° - Light Grenades – Incubus
2º - Revelations – Audioslave
3º - The Eraser – Thom Yorke
4º - Black Holes and Revelations – Muse
5º - Amputechture – Mars Volta
6º - Stadium Arcadium – Red Hot Chili Peppers
7º - Pica Seso – Vudú
8º - Enemies Like This – Radio 4
9º - Riot City Blues – Primal Scream
10º - Tah Dah – Scissor Sisters

Honras ao mérito:The Information, do Beck; The Greatest, da Cat Power; Shine On, do Jet; First Impressions of Earth, do Strokes; Return To The Cookie Mountain, do TV On The Radio; Timeless, do grande Sérgio Mendes; Saturday Night Wrist, do Deftones; Dimensions, do Wolfmother; From Under the Cork Three, do Fall Out Boy; Steep Trails, do Ankla.

Nacional
1º - Carrossel – Skank
2º - Estado Natural – Casa Bizantina
3° - Luxúria – Luxúria
4º - – Caetano Veloso
5º - Superguidis – Superguidis

Honras ao mérito: Transfiguração, do Cordel do Fogo Encantado; Seu Minuto, Meu Segundo, do Gram; Meu Samba É Assim, do Marcelo D2;


Banda Revelação:
O poderoso trio instrumental cuiabano Macaco Bong, que já exibiu sua música única e maravilhosa duas vezes em Goiânia, mas foi impressionar o blog lá no Paraná, no festival Demo Sul, em Londrina. Melhor descoberta do ano!


Melhores Shows em Goiânia Rock City
1º - Ratos de Porão fechando o Goiânia Noise Festival.
2º - Pata de Elefante no teatro Zabriskie.
3º - Mundo Livre S/A no Caverna Rock Club.
4º - Violins no Bananada.
5º - Los Porongas no Bananada.
6º - Casa Bizantina no circo Laheto, lançando Estado Natural .
7º - Fossil no Goiânia Noise Festival.
8º - Rollin’ Chamas fechando o Bananada.
9º - MqN no Zabriskie, lançando o single Buzz In My Head.
10º - Pedra 70 no Omelete Rock Club

Honra ao mérito: Satanique Samba Trio no Bananada; Olhodepeixe no Bolshoi Pub; Patrulha do Espaço no Goiânia Noise; Snooze no Goiânia Noise Festival; O Bando do Velho Jack no Bananada; Debate no Goiânia Noise.

*

# Como o digitador aqui acabou sobrando em Goiânia, o jeito vai ser curtir o reveillon por aqui mesmo. O DJ Öric, senhor dos black beats e distinto amigo do blog, promove hoje o Reveillon dos Amigos, festinha gastronômica esperta e que vai contar com sets refinados, dele próprio, do Fred Valle (Ex-Vícios da Era) e do Ivan (Ex-NEM). Este colega que vos digita também vai se ocupar das picapes e botar uns rocks dos bons pra dançar.


*


Em meio às festividades de final de ano, uma notícia pra lá de triste pegou muita gente boa de surpresa. O grande Ari Rosa, músico talentoso e compositor surpreendente, que empunhava seu violão na Umbando – ótima banda que combina a tradição dos ritmos brasileiros com a doçura e o azedume do rock n’ roll –, faleceu na sexta feira, dia 29. O blog não está completamente a par dos acontecimentos, mas o que corre é que o querido Ari foi assassinado. Chocado pela nota funérea, o blogueiro se despede sem a alegria costumeira, desejando profundamente que o amigo Ari esteja em paz.

*

De qualquer forma, feliz ano que vem procês.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

O frenético movimento dos rabos!


Marcelo Maia e seu contra-baixo na terça jazzy do Glória,
onde o blogueiro celebrou mais um aniversário.

Foto: Vivian Collichio

# Como você deve ter percebido, já vai uma semana desde a última atualização deste recinto negro com letras brancas que você ora lê. Mas a seqüência frenética de acontecimentos festivos dos últimos sete dias impossibilitou o blogueiro aqui de se sentar em frente ao computador para anotar o que quer que fosse. E olha que ainda temos um final de semana recheado de reveillon pela frente: os dois dedinhos pra cima em movimentos ritmados e contrários ao das pernas desnudas, vamolá...

# # Um dia depois da festa de lançamento da revista Decibélica nº 5 (que o blog incrivelmente perdeu) na quarta feira, a Cine Capri se apresentou no palco da Jump Alternative Club para quase ninguém. Menos de 15 humanos (o blogueiro incluso) faziam as vezes de platéia. Como reflexo disso o show foi desanimado, burocrático e ansioso pelo fim.

# # # Para a sexta feira, dia 22, o MqN havia reservado o teatro Zabriskie para o lançamento das Fuck CD Sessions, que em sua primeira edição revelou o single Buzz In My Head. Para a festa, os anfitriões convidaram a Black Drawing Chalks e a Bang Bang Babies. Com apenas duzentos ingressos disponibilizados, o pequeno teatro se enchia de gente ansiosa pela prometida noitada. A Black Drawing Chalks abriu os trabalhos, mas foi durante o pequeno intervalo que se seguiu à apresentação do grupo que o blog aqui se fez presente no lugar. Cerveja na mão, amigos cumprimentados e a Bang Bang Babies sobe no tablado para cometer seu divertido sobe e desce garageiro. Apesar de mais do mesmo, o quarteto goiano consegue chamar a atenção pela simplicidade e honestidade das canções, fortemente guiadas pelo rock de guitarras, com um pé no passado, mas com os dois ouvidos grudados no que acontece agora.

# # # # Apoteose da noite, o MqN ocupou o palco sob ovação de um grupo de fãs, que de tanta entrega já faz parte do show do quarteto em Goiânia. Hinos locais como Cold Queen, Baby Burn e Red Pills foram festejados com reverência, entre muitos moshs e banhos de cerveja. O esporrento single Buzz In My Head, motivo da festa, não desvenda nenhuma grande novidade, mas funciona muito bem ao vivo e garantiu o frenético movimento dos rabos, tão solicitado pelo nobre e arredondado vocalista. Completamente ensopada de cerveja, a banda deixou o palco ainda sob a aclamação de um cento de moleques suados, ofegantes e satisfeitos, prontos para festejar o natal.

# No natal em família do blog, tudo na mais perfeita ordem: reunião do clã Coutinho para beber litros de cerveja, tirar centenas de fotos, rir em doses cavalares, sacanear e ser sacaneado, ingerir quilos de carne mal passada de cadáveres animais frescos, e, no meu caso, responder dezenas de vezes que já cresci sim, mas não vou cortar o cabelo não... enfim, todas essas adoráveis coisas que só passamos na companhia dos nossos. E o seu natal, como foi?

# # Dia 26, logo depois da ressaca do natal, este amigo que vos tecla celebrou mais um ano de vida, completando assim a preocupante marca de vinte e sete carnavais, sete copas do mundo e milhares de shows de rock guardados na memória. Para comemorar a data, o blogueiro se reuniu com os amigos lá no Glória, pra tomar o melhor chopp da cidade, fumar charutos indígenas e assistir ao poderoso jazz trio que é residente da casa e todas as terças feiras promove a recriação improvisada do melhor que o gênero já produziu. Um beijo pra Vivis, pra Sol, pra Érika e pra Isabella, companheiras da farra aniversária e que presentearam o amigo aqui com um belo medidor de cachaça, daqueles de pendurar na parede. Muito agradecido pelo mimo!

# # # Ainda em ritmo de festa (né Sílvio?), o blogueiro se despede prometendo desovar aqui uma porção de informações supimpas, assim que janeiro chegar. Bota fé?

# # # # Reveillon? Pois é, não sei. Tinha decidido ir pra São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, pra ver os shows das ótimas Olhodepeixe e Pedra 70, mas desisti hoje de manhã. E você, o que vai fazer? Faz aí um convite super pro blog aqui, rola não?

# Antes de 2006 suspirar pela última vez, o blogueiro publica a lista dos melhores do ano, que este espaço negro com letras brancas elaborou com tanta cautela, sensibilidade e encanto (2006 foi um ano farto em vários quesitos). No próximo post tá tudo aqui, beleza?



# # Então é isso, se não nos vermos antes, um feliz 2007 procê, com muitos decibéis de respeito, ótimos filmes e livros legais ao seu redor. Feito?




P.S.: Por falar em livro, comprei esses dias o quase clássico Pinball (cuja primeira edição data de 1982), romance onde o polonês-americano amigo do George Harrisson, Jerzy Kosinski, põe na mão de Patrick Domostroy – o protagonista da trama – a quase impossível tarefa de descobrir a identidade de Goddard, um astro do rock que mantém tudo sobre si – exceto sua música – em rigoroso sigilo. Ainda tô no primeiro terço, mas do jeito que a leitura anda saborosa aposto que essas trezentas e tantas páginas vão pro saco rapidinho. Depois te falo.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Sete, Catorze, Vinte e Um!




Pois então, chegando o natal né? Fartura gastronômica e boa vontade pra dar e vender, não é isso?

# Sábado passado aconteceu no pátio da Redrum, ali em frente ao bosque do Goiânia Shopping, o mini-festival Decibélica Rock n’ Rum, parceria da revista com a loja de moda rock para promover tardes de muito barulho. A primeira a se apresentar foi a Cine Capri, grupo que cativou o blogueiro ainda no seu nascedouro, mas que passou por modificações e agora revela as cicatrizes do renascimento. Se por um lado as músicas perderam um tanto daquele peso - que contrastava adoravelmente com a delicadeza dos teclados e vocais -, por outro lado ganharam nos detalhes, na costura sutil mas eficiente da guitarra de Thiago Calegari, o novo componente do conjunto. Com três músicas novas no repertório, a banda precisa agora de um disco, virtual ou não, para alimentar sua relação com o público.

# # Logo depois deles, Diego Moraes, o vencedor do concurso Tacabocanocd, se apresentou sem o acompanhamento de sua irmã de treze anos na bateria. Escoltado apenas por seu violão, o rapaz não se intimidou e exorcizou qualquer tensão cumprimentando a platéia aos gritos, perfilando logo depois sua farta carta de ironias e pilhérias em forma de canção. Num primeiro momento pode-se fazer uma associação do mancebo com o afamado Raul Seixas, mas o blog sugere uma referência mais próxima: comentava-se ao lado do palco – numa roda de amigos que, debaixo do sol causticante, bebiam a cerveja em grandes goles – que o garoto parecia uma versão mirim do legendário Carlão, vocalista e performer do Vó Delmira. Aparentemente imune às comparações, o moçoilo palhetou seu instrumento com a desenvoltura que poucos conseguem ter, e conquistou a molecada que se escondia do sol em qualquer sombra disponível para melhor assistir sua apresentação. Depois do show, Fabrício Nobre da Monstro Discos perguntava sorrindo: “ Cadê aquele moleque doente mental que acabou de tocar?”. Terá o garoto cativado o nobre monstro?

# # # Depois de toda essa sandice voz e violão, a Goldfish Memories plugou suas guitarras e despejou sua massa sonora compacta e acelerada ladeira abaixo, seguidos pelo noise guitar do Motherfish.

# # # # Pra fechar a bagaça, a Bella Utopia. Estava até curioso pra assistir, já que tinha ouvido comentários bem depreciativos, mas por outro lado havia escutado gente com “gosto confiável” defendendo a banda da moça. Mas a comprovação veio em forma de imitação pobre de quase tudo o quê de pior há no rock atual. Hora de tomar cerveja com os amigos, jogar conversa fora e assuntar sobre a noite de sábado.

# No domingo, a Pedra 70 se apresentou no Bolshoi Pub, logo depois da discotecagem do amigo aqui. A banda, como boa parte do povo que lê isso aqui já sabe, recria clássicos do rock brasileiro dos anos sessenta e setenta, imprimindo uma cara própria mas respeitando as gemas dos nossos gênios do período. Não completamente lotada, mas com um público numeroso, a casa ainda abrigou o set de black music e afins do amigo e dj, Matias, que se ocupou da pista após o fim do show. Noite feliz!

# Semana pré natal cheia de eventos rock. Amanhã a festa Decibélica Apresenta! leva para o palco do Bolshoi Pub (Av. T-2, setor Bueno) o sempre ensandecido show do Rollin’ Chamas, mais a discotecagem do DJ Spavieri (SP) e das Meninas do Rock. Na quinta feira a Cine Capri faz as honras na comemoração dos 10 anos da Jump Alternative Club (av. República do Líbano, 1742, setor Oeste), com entrada free até a meia noite. Já na sexta feira o MqN lança o single Buzz In My Head, estréia das Fuck CD Sessions, com um show que se promete devastador, ao lado das também locais Bang Bang Babies e Black Drawing Chalks, lá no teatro Zabriskie (rua 148, nº 248, setor Marista). E pra fechar, no sabadão, a estréia rock do novíssimo Club Fiction(av. 87, setor Marista), com a festa Turn It On, onde os DJs Tony Sedex, Outsider, Fabrício Nobre e Jhonny Suxxx se ocuparão de não deixar ninguém parado, com o melhor do Garage, New Wave, indie, Samba Rock, Soul e afins.

# # No domingão é só relaxar e aproveitar a refeição do ano, rindo das gafes que sua família adora cometer reunida. Programação rocker abundante nesses últimos suspiros de 2006. Vai perder?

*

# Conhece Toda Cura Para Todo Mal, disco que Pato Fu lançou ano passado? Pois é, além de ser um discaço, tem alguns pequenos tesouros do lirismo pop ali. Se você conhece Amendoim, sabe que tudo ali combina: letra e música copulam com apuro simétrico e o resultado é um perfect pop que emociona. A Introduçãozinha leva a memória diretamente a Wynton Marsalis e toda aquela fantasia gostosa do Snoopy, e o que se segue é diversão instrumental pura e simples, desenhada debaixo de uma despretensão poética geniosa e genial. Se você não conhece, vai lá no Emule, faça um download ishhperto e cante comigo:

Amendoim – Pato Fu
John Ulhôa


Acho que sou um cachorro sim
Acho que sou um cachorrim
Minha vida vai
Um ano contam sete
Rumo ao fim
Acho que ninguém tem dó de mim

Quase não me sobra tempo algum
Não conheço bem lugar nenhum
Fora do trabalho
Eu acho essa cidade
Tão ruim
Acho que ninguém tem dó de mim

Todo dia nasce um bebê
Pra dividir a vida com você
Todos os dias vão nascer
Bebês com meia vida pra viver

Todos os dias vão nascer

Ié ié ié!

Sou tão dedicado a ser comum
Anos vão passando um a um
E o tempo pela frente
Comigo é diferente
Conto assim:
Sete, catorze, vinte e um

*

Te vejo amanhã lá no Bolshoi, combinado?

sábado, dezembro 16, 2006

Acordar pra dormir de novo!


Rob Gordon e Laura, par romântico (?) de Alta Fidelidade


# Hoje, sabadão à tarde, acontece no pátio da Redrum, a festa Decibélica Rock n’ Rum, com presença das bandas Bella Utopia, Cine Capri, Adrenalina, Goldfish Memories e do vencedor do concurso Tacabocanocd. Além disso tudo, o blogueiro aqui comanda as picapes e bota o melhor do rock em vinil pra tocar. O detalhe esperto, é que toda essa programação vespertina aí é completamente free, você só precisa desembolsar o da birita. Levanta esse traseiro gordo daí e vai mexer o rabo lá!

# # Já amanhã, domingão a partir das 20 hs, o blogueiro bota um som pra dançar no Bolshoi Pub, antes do show da ótima Pedra 70, que ocupa o palco a partir das 22 horas com suas recriações saborosas do rock brasileiro dos sixties e seventies. Pra essa noitada dominical, qualquer humano de posse de míseros dez reais está mais que convidado. Vai lá ouvir um rock velhote, vai... ho ho ho

*
(...)

Acordei no meio da noite. Aliás é muito comum eu acordar no meio da noite, adoro emergir da inconsciência do sono, para tomar consciência de que ainda posso usufruir dela por horas. Enfim, adoro acordar pra dormir de novo, e quando ia subir no colo da modorra novamente, dei de cara com os contornos dela. Nua e bela, oculta somente pela penumbra carinhosa da madrugada. Preferi lutar contra a sonolência e não voltar a dormir, deixei-me envolver pelo isolamento confortável daquela antemanhã ao lado dela e num exercício estóico, pus-me a contemplá-la com o rigor dos religiosos.

(...)

***

Bêjo procês!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Punk Rock Christmas


Johnny Suxx em Cuiabá
Foto:
Vini Mania


# E então, beleza pura?

# # Bom mesmo é o Riot City Blues, ‘novo’ do Primal Scream – lançado no meio do ano -, e que andava meio esquecido pelo blog. Esse álbum, que é a mescla perfeita das sonoridades do moderno rock britânico que bebe mais dos setenta que dos oitenta, pitadas de blues e r&b mais as eletronoquices de sempre (aqui usadas como condimento circunspecto) – é outro que vai ganhar uma boa colocação na lista de melhores discos de 2006 deste blog. As chacoalhantes e stoneanas Country Girl e Nitty Gritty, ou os garage blues The 99th Floor , e Dolls (Sweet Rock and Roll) arrasam qualquer pista de dança decente, tipo com todo mundo dançando batendo palminha e pá...

# # # Já Weekend In the City, novo do inglês Bloc Party não está dando conta do recado. Suas ambiências e colagens não convenceram o blogueiro, que até gosta de Silent Alarm, o debut do grupo, mas tem achado sua continuação cada vez mais chata.

# # # # Mas cá pra nós, bom meeeesmo é o Light Grenades, novo do Incubus. Já ouviu Anna Molly, e Rogue né?

# Mudando de assunto...

# # Pois é, o Hang the Superstars acabou. O blog aqui nunca foi fã do grupo, mas já assistiu algumas apresentações bem divertidas dessa que era uma das bandas mais toscas da região. A Eline, backing vocal da extinta, ventilou no Orkut a possibilidade de montar uma nova banda, dessa vez de psychobilly e ao lado de Léo Bigode, baterista dos Trissônicos e sócio da Monstro Discos.

# E então, assistiu ontem no Multishow Music Live, o show do Scissor Sister em Londres? Pois então, os novos ‘donos’ da disco music, adorados também pelos roqueiros mais curiosos e menos ortodoxos, são bons mesmo de palco e enumeraram vários hits de Tah Dah, seu ótimo último álbum, também concorrente na tal lista de melhores do ano. I Don’t Feel Like Dancin’, Paul McCartney e She’s My Man, além de outras de Filthy and Gorgeous, faziam tudo parecer uma imensa versão indie de um dos shows show da Glória Gaynor ou do Abba. Sensacional!

# # Viu que o Violins tem disponibilizado versões acústicas de algumas das canções do ainda não lançado Tribunal Surdo? Pois é, na comunidade da banda no Orkut, o Beto Cupertino está fazendo mais essa gentileza. Piloto Russo na Aldeia Suskir é excelente de qualquer jeito, até assim magrinha, só com violão e voz. Já pensou, Violins fazendo som de barzinho? Pra ouvir comendo um spetim... hehehe


# A Fósforo Records, novíssimo selo da cidade, apresenta seu estúdio próprio, onde as bandas do seu casting poderão realizar gravações com mais conforto. Além de estúdio, a intenção do selo é de que o lugar vire ponto de encontro dos humanos que movimentam a cena goianiense. O blogueiro aqui está mais que curioso para conhecer o tal estúdio, que fica ali na avenida Ricardo Paranhos. Em breve Bang Bang Babies, Technicolor e Diego de Moraes, vencedor do concurso Tacabocanocd, estréiam na casa.

# # O selo ainda informa que em brevíssimo disponibiliza a primeira gravação do novo estúdio, dos locais Johnny Suxxx and the Fuckin’ Boys tocando Punk Rock Christmas do Sex Pistols, canção que constará no track list da coletânea de natal da revista eletrônica Urbanaque ( http://www.urbanaque.com.br/ ).



*

É, acho que é isso! Até a volta.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme


Cine Capri

# Aconteceu ontem na praça Universitária a celebração dos 46 anos da Universidade Federal de Goiás. Para animar a festa foram convidados vários grupos da cidade, de rock ou não.

# # O NEM (que cogita fortemente uma mudança de nome), de baterista novo, transformou sua sonoridade e recria-se a partir de correspondências hermanas e wezzerianas. Apesar do praticamente imprestável equipamento de som, o trio conseguiu fazer com que os humanos prestassem atenção e descobrissem o evidente progresso do novo formato; canções bem resolvidas e covers espertos ganharam a simpatia do povo rock e de incautos de plantão. Depois do show o grupo contou para o blog que acaba de gravar quatro novas músicas. Logo logo mais notícias sobre todas elas aqui.

# # # Seguindo, a Olhodepeixe tomou o palco e tentou também superar a precariedade do equipamento com as músicas de seu primeiro disco, algumas ótimas canções novas e releituras de Milton Nascimento (O Que Foi Feito Devera) e Faith No More (Diggin’ The Grave e Ashes to Ashes). Para dia 04 de janeiro, na primeira apresentação de 2007 em Goiânia Rock City, a banda promete reeditar o show tributo ao Faith No More, realizado com um sucesso retumbante em novembro, lá no Bolshoi Pub, que abriga também essa segunda edição.

# Light Grenades, o novo do Incubus, parece que vai mesmo ganhar o topo da lista de melhor disco de rock do ano. Ainda que o From Under The Cork Tree do Fall Out Boy, o Tah Dah do Scissor Sisters e o A Weekend In the City do Bloc Party também tenham frequentado os players do blogueiro essa semana, o titular absoluto foi mesmo o grupo de Brandon Boyd. Já era completamente viciado no A Crow Left Of The Murder, e achava que seria difícil superarem tamanha concentração de ótimas canções num único álbum, mas parece que se não superaram, pelo menos conseguiram um resultado tão brilhante quanto o anterior.

# # Bandas na prateleira à espera de um espaço na tela de Goiânia Rock News e que em breve aparecem por aqui: de Belém, Garagem 32 (ídem) e Stereoscope (O Grande Passeio do Stereoscope). De Londrina, Droogies (Street Striper) e Ouvidos Calados (Seres Super Sensíveis). De Maringá, o Stoned Sensation (Yellow Monkey) e a A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia. De São Paulo, Debate (idem).

# # # Do selo goiano Allegro Discos, logo o blog exibe comentários sobre Reino Fungi (E o Clube do Chá Dançante), banda lá de Joinville, e sobre a pretensão da gravadora de lançar num disco as canções de Yon Lú, compositor adolescente suicida lá do Rio Grande do Sul. Além de Eu Não Sou Cachorro Mesmo, disco tributo aos cantores cafonas da nossa mbpbb (música bem popular e bem brasileira) dos anos setenta. Confere aí o line up dessa compilação:

1) Clã - Tortura de Amor (Waldick Soriano)
2) A Euterpia - Você gosta de mim (Raimundo Soldado)
3) Silvério Pessoa & Reginaldo Rossi - Borogodá (Deixa de Banca)
4) Rádio de Outono - De que vale ter tudo na vida (José Augusto)
5) Móveis Coloniais de Acaju - Sorria, Sorria (Evaldo Braga)
6) Érika e as Telecats - Ainda queima a esperança (Diana)
7) The Darma Lóvers - Retalhos de Cetim (Benito Di Paula)
8) Laranja Freak - Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme (Reginaldo Rossi)
9) Los Diaños - Você é doida demais (Lindomar Castilho)
10) Wado - Moça (Wando)
11) Fino Coletivo - Eu te amo meu Brasil (Dom & Ravel)
12) Frank Jorge - A dama de vermelho (Waldick Soriano)
13) Lula Quiroga - Aparências (Márcio Greyck)
14) Clube do Balanço - Porta Aberta (Luiz Ayrão)
15) Colúmbia & Polar - Porto Solidão (Jessé)
16) Ramirez - Meu pequeno amigo (Fernando Mendes)

* Parece que o Wado teve que abandonar a canção do Wando, pois o cantor de Deixa Eu Te Amar não permitiu alterações na letra de Moça, música escolhida pelo alagoano.

# # # # Matéria completa sobre os lançamentos da Allegro Discos na primeira edição de 2007 da revista Decibélica. Combinado?


# Sábado que vem, dia 16, a revista Decibélica promove uma tarde de muito rock no pátio da Redrum, ali la T-5 em frente ao bosque do Goiânia Shooping, com apresentações da bandas Bella Utopia, Goldfish Memories, Adrenalina, Cine Capri e da vencedora do concurso TacabocanoCD, além da discotecagem rocker do blogueiro aqui. E tudo isso na faixa, totalmente free. Programão prum sábado à tarde hã?

# # A gente vai se falando, mas de qualquer forma espero você lá, beleza?


* Então falô!

domingo, dezembro 03, 2006

Um papo com a Pata!



# E então, já escutou Light Grenades, novo do magnífico Incubus? Pois é, desde o começo da semana que ele roda sem parar no player aqui. Anna Molly - o ótimo primeiro single -, e a desconcertante Rogue, dão uma pista de continuação estética do esplêndido A Crow Left Of the Murder, de 2002. Ainda é difícil dizer, mas essa bolachinha é forte concorrente nas listinhas de melhores do ano, que já já dão as caras cá no blog (e no resto do planeta também). Dá uma olhada no clipe arrepiante de Anna Molly: http://www.youtube.com/watch?v=vCI6qXOEHPM

# # Pra essa tabela dos melhores ainda tem muita, mas muita coisa boa. Uma panorâmica nos lançamentos do ano, destacam de pronto os novos de Chili Peppers, Mars Volta, Radio 4, Audioslave, Muse, Vudú, Scissor Sisters, Cat Power, Deftones, Jet, Thom Yorke, etecetera, etecetera, etecetera...

# # # Quem quiser manifestar sua própria arrumação de preferidos do ano, sinta-se à vontade. Gosto é mesmo que nem bunda: uns tem, outros não!

# # # # Hehehehe. Brincadeira.

# Por falar em melhores do ano, um dos concorrentes citados lá em cima, o argentino Vudú, impressionou muito o blog num show lá em Londrina, norte do Paraná, durante o festival Demo Sul. Saí de lá com dois álbuns do grupo, Sueños Elétricos, de 2003 e PicaSeso, de 2006. Sueños Elétricos é um arranjo de riffs ganchudos e suíngue bailarino, cheio de miudezas instrumentais saborosíssimas. Uma mistura dos melhores momentos do Black Crowes, com roqueirices dos anos dourados do Deep Purple.

# # Pica Seso, lançado no meio do ano, é a síntese aperfeiçoada do hard rock de arena de Van Halen e seus coleguinhas, com toda a sensualidade e apelo setentista do grande Grandfunk. Guitarras abrasivas, solos melodiosos e cozinha cardíaca, sem masturbações, mas com uma capacidade instrumental impressionante. Tudo muito bem cantado em castelhano. A identidade gráfica da banda, tanto nos charmosos cedês em digipack, como no site, também é de uma elegância de dar gosto. Dá uma sacada lá: www.vudurock.com.ar

# A Weekend in the City é o nome do novo do Bloc Party (pelo menos tudo indica que sim), que será lançado oficialmente somente em fevereiro, mas já circula fartamente na net. O segundo álbum do grupo de Kele Orekeke soa bem diferente do festivo e oitentista Silent Alarm, do ano passado. A Weekend in the City é repleto de camadas, atmosferas e colagens, texturas eletrônicas e ares intimistas. Pode desagradar os fãs da dancefloor frenética do debut, mas com certeza vai puxar umas sardinhas novas pro seu lado. O produtor convidado para lapidar a bolachinha foi Jacknife Lee, que já trabalhou com o U2 e Snow Patrol.

# Mudando de assunto. Vou reproduzir aqui um recado que o Frederico Mika, baterista da Sunroad, mandou para o blog:

Saca essa: Sunroad reconhecido na Itália como uma das principais bandas de rock brasileiras de todos os tempos: http://www.rock-impressions.com/sunroad1.htm

Um abraço


# # E aí, concorda?

*

Velha conhecida do público roqueiro goiano, a Pata de Elefante devastou o que pôde em meia hora de esporro instrumental, durante a última edição do Goiânia Noise Festival. Após a explosiva apresentação, dispensando atenção para a imprensa televisiva e autografando discos para os fãs, o grupo gaúcho – que é chapa do blogueiro de outros carnavais – fez questão de atender a audiência sempre exigente de Goiânia Rock News, e conversou com o blog exibindo a simpatia de sempre. Um resumão do papo está aí embaixo, vai lendo.


A Pata lançou seu primeiro disco em 2004, qual a avaliação que vocês fazem da repercussão dessa estréia?
Gustavo Prego –
Excelente cara, muito boa mesmo! Antes do disco a gente já vinha conseguindo aparecer no cenário brasileiro, mas com ele eu acho que isso se firmou de uma outra maneira, com uma receptividade excelente. E acho que ainda vai repercutir muito.

Disco novo pra 2007?
Prego –
Previsão de lançamento pra março ou abril do ano que vem. Preparem-se...
Gabriel – Está quase pronto, estamos terminando de gravar.

E esse envolvimento da Pata com trilhas sonoras para cinema?
Prego –
É, a gente vem fazendo algumas coisas, e o mais importante é que queremos continuar fazendo. Soltaram vai entrar num longa de um cineasta gaúcho, o Gustavo Spolidoro, que já foi premiado no exterior e é de uma produtora lá de Porto Alegre, chamada Clube Silêncio, que fez o último filme do Beto Brant que é baseado num livro chamado Até o Dia em que o Cão Morreu [N. do E.: de autoria de Daniel Galera]. Tem um curta dele em que entrou Soltaram também, ele é fã dessa música.

E fizemos também uma trilha específica também para O Gabinete do Doutor Caligari, que é um filme expressionista alemão, dos anos 20... executamos a trilha ao vivo, lá em Porto Alegre. Tem a estória do Surf Adventures II, que tá pra rolar uma música nossa.
Gabriel – Já fizemos trilha pra teatro também...
Prego – Vai rolar um curta metragem sobre a Pata, com uns quinze minutos de duração, que parte de um show nosso lá em Porto Alegre, mais umas entrevistas com a banda.

Vocês também fizeram a trilha para um comercial da Mormaii né?
Gabriel –
É, a gente compôs especificamente pro comercial mesmo. Não é um jingle, é um BG mesmo, sem letra.

E a agenda de shows?
Gabriel –
Ontem estávamos em Curitiba, hoje aqui e amanhã em São Paulo, se os aeroportos ajudarem (risos)

E como foi se apresentar mais uma vez no Goiânia Noise?
Daniel –
Bah, demais! Como sempre. Quinta ou sexta vez em Goiânia, já estamos em casa. São um ou dois shows aqui por ano, que são pra lavar a alma!

E essa estória do Expresso do Rock?
Prego –
É um ônibus que saiu lá de Porto Alegre, com quatro bandas, Pata de Elefante, Locomotores, Identidade e Jeans. A gente está na estrada com eles e se encontra de novo lá em São Paulo, pra tocar no vale do Anhangabaú. E isso aí vai virar documentário também. Acessem http://expressodorock.blogspot.com

* * *

Então inté!