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sexta-feira, abril 27, 2007

Quem Tiver de Sapato Não Sobra!



# Mais duas bandas foram somadas ao line-up do Bananada 2007. A gaúcha Pública, que encantou parte da crítica especializada no ano passado com o rock doce e beatle de Polaris, o primeiro disquinho da turma. O outro conjunto é formado pela moçada do Dimitri Pellz.

# # Depois de tanto ler e ouvir falar da Pública estou bem curioso para conferir se tanto confete confere com a realidade. Por enquanto dá pra dizer que Polaris é mesmo um disco responsa, que exala melodias e considerações líricas das mais sensíveis do mercado, e tudo amarrado com a delicadeza de guitarras e pianos. Estarei lá para tirar a prova.


# A Fora da Lei, coletivo goiano de criação áudio-visual dos mais fecundos, dos amigos Sérgio Valério e Carlos Cipriano, está comemorando cinco anos de atividade. Até uns dois anos atrás, o blogueiro aqui integrava ativamente o núcleo de produção do coletivo, sendo responsável por roteiros, pesquisa e textos do programa de rádio Espírito da Música (Rádio Universitária - 870AM), que chegou a ser premiado como Melhor Programa Musical da Rádio goiana, pela faculdade Cambury (hoje incorporada à Universidade Católica). Além de, durante alguns anos, fazer a cobertura conjunta dos festivais da cidade, que resultaram em farto material em vídeo, ainda bruto e sem destinação certa, (nessa época o blogueiro assinava a então coluna Goiânia Rock News no Cybergoiás.com).

# # Também dá pra botar na lista de parcerias entre o amigo aqui e a Fora da Lei, a mostra Quem Tiver de Sapato Não Sobra, que foi realizada quinzenalmente durante vários meses de 2004 nas dependências do antigo Complexo Cultural Chafariz, outrora instalado ali no Palácio da Cultura, no Café-Teatro que tinha lugar na parte de cima da biblioteca Marieta Telles, na praça Universitária. A mostra, que sempre ajuntava mais de uma centena de humanos e chamou atenção até da TV Anhanguera, que mandou repórteres mais de uma vez, apresentava o creme da produção áudio-visual independente goianiense e brasileira.

# # # E tudo isso aí sem falar nas recentes Fora da Lei Sessions, que nada mais são do quê sessões aperiódicas que mostram pequenos flagrantes do quê de melhor acontece nos palcos da cidade, postados no Youtube e reproduzidos aqui na tela do blog. Você mesmo já assistiu um monte de coisa boa aqui, né?

# # # # E para celebrar uma data tão especial, a Fora da Lei vai promover uma outra mostra, dessa vez só com os trabalhos dos incansáveis Serginho (o Serjunkie) e Carlos Cipriano, além dos primeiros trabalhos como diretora da Andréa Miklos, a esposa do Sérgio. A festa vai acontecer lá no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, nos dias dois e três de maio (quarta e quinta), com ingressos a preços simbólicos de um e dois reais, respectivamente.

# # # Programe-se aí e chega lá, você não vai se arrepender!

Programação:

*Eu ando tão besta agora ou Sonhos nunca mais
(Sérgio Valério / 2002, 1 min)

*Aqui é Rock!
(Carlos Cipriano e Sérgio Valério / 2002, 6 min)

*Calado ou Não chore, é apenas um filme
(Sérgio Valério / 2003, 2 min 30")

*6:35 pm
(Sérgio Valério / 2003, 2 min)

*O desespero fotográfico de meu pai
(Carlos Cipriano / 2003, 3 min 30")

*As 24 donzelinhas
(Carlos Cipriano e Sérgio Valério / 2003, 3 min)

*P/ Maysa
(Sérgio Valério / 2003, 1 min)

*O filme que nunca existiu
(Sérgio Valério / 2005, 6 min)

*Um Cabra Nu Escuro
(Sérgio Valério / 2005, 8 min e 30")

*Do you remember when we rock?
(Andréia Miklos e Sérgio Valério / 2006, 4 min)

*Curiosos, delirantes... ou Eu tenho medo do seu amor
(Carlos Cipriano / 2006, 6 min)

Lançamento dos curtas:

*Flower power
(Sérgio Valério / 2007, 1 min)

*Sábado 14 ou Um filme para festas ravers
(Andréia Miklos / 2007, 2 min 30")

*Minha árvore
(Andréia Miklos / 2007, 4 min)

*Violas, batucos e outras folias
(Carlos Cipriano / 2007, 15 min)



# Final de semana prolongado e muita coisa boa pra preencher as noites da folga. Hoje, sexta-feira, a boa é o Ziggy Box Club, que vai chacoalhar os humanos com a noite Samba, Soul e Rock, com discotecagens do Fabrício Nobre, do Múcio e da Marcelle.

# # Amanhã à tarde, a primeira prévia do Bananada 2007 acontece lá no pátio da Ambient Skate Shop, no 1º Ambient Despenque no Gap, com skatistas malucos despencando do vão que separa a loja da pista de manobras, e que vai contar com show do The Envy Hearts, mais discotecagem rock.

# # # Já à noite você vai ter que se decidir: o Ziggy Box apresenta a noite Botinada, com o ilustríssimo e lendário Kid Vinil comandando o som, ao lado do Nobre e do Gustavo Vasquez.

# # No club Fiction, a folia fica por conta dos djs candangos Pezão e Barata, que convidam seus colegas goianos Öric e Ângelo Martorelli, dos White Funky Boys, para dividir as atenções da pista na primeira edição goiana da tradicional Criolina, festa que há dois anos lota o bar do Calafi todas as segundas feiras, na capital federal. O Criolina dá tanto o que falar em Brasília, que já ultrapassou os limites de festa semanal e virou programa de rádio e tevê.

# # # O som do Criolina? Tudo de melhor que o jazz, o samba, o funk e o soul já deram ao mundo. Sem contar a enorme curiosidade do pessoal, que descobre beleza até na lambada e no folclore do leste europeu.

# # # # E na segunda feira (véspera de feriado) o Bolshoi Pub apresenta o tradicional tributo ao Led Zeppelin, que tanto já foi elogiado na cidade, pela fidelidade na reprodução dos clássicos da banda de Page e Plant.



Por enquanto é só, tudo bem pra você?

quarta-feira, abril 25, 2007

"Panela velha é que faz comida boa!"


# Saiu a programação do Bananada 2007. Essa é a segunda edição desde a reformulação no formato do festival, que a partir de 2006 girou seus holofotes para as bandas da cidade – que passaram à condição de headliners nas três noites –, e aprofundou o diálogo entre a produção local e o quê de melhor acontece na nova música brasileira de guitarras. No ano passado a aposta deu certo, e os goianos – MqN, Violins e Rollin’ Chamas – fizeram as honras de atrações principais com louvor, mantendo a casa cheia até o último decibel.

# # Dessa turma toda listada aí embaixo, o blogueiro aqui recomenda atenção especial para alguns nomes, anota aí:

# # # Dom Casamata e a Comunidade é um trio instrumental cheio de coisa pra dizer. Baixo, guitarra e bateria a serviço do groove e de vôos psicodélicos. Chegue cedo no domingo! Perder o show da Graforréia Xilarmônica também seria um pecado mortal contra o folclore pop nacional, esteja lá.

# # # # Estou curioso pra ver o Envy Hearts. Ainda não os vi ao vivo, mas já me recomendaram. Dessa vez eu vejo. Outra que que despertou minha curiosidade, mas não sei muito bem o quê esperar do show é a amazonense Mezatrio, que tanto já agradou, como desagradou, em audições esparsas de MP3 avulsos. A cearense 2Fuzz já é velha conhecida. Em 2005 recebi um material bem bacana deles, com um disco em digipack, por nome Amousia, além de um devedê com dois vídeo-clipes caprichados. Vamos ver agora se os o pós-grunge enfeitado de tristeza do pessoal funciona ao vivo. Também vou prestar atenção no show do Rockz, pra ver se é mesmo tudo o que falam por aí. Sei não... Ver o MqN jogar em casa é sempre divertido, apesar das altíssimas e insuportáveis temperaturas que a cúpula de concreto do teatro - e quem está destro dela - tem de suportar nessas ocasiões.

Agora, curioso mesmo eu estou pra ver o que restou daquela, outrora, maravilha mineira chamada Udora. Depois de lançar o magnífico Liberty Square, e de uma temporada de cinco anos perambulando pelos EUA, a banda voltou para o Brasil desfigurada. Uma vez na terrinha, Gustavo Drummond, o vocalista e compositor, chamou novas figuras e reativou o conjunto, mas dessa vez cantando em português. O que eu ouvi dessa nova fase entoada na língua pátria não desceu bem de jeito nenhum. Tá certo que eram gravações da pré-produção do disco Goodbye-Alô (que sai em breve), longe do que viriam a ser definitivamente, mas mesmo assim...


# # # # # No mais, estarei firme ali ao lado do palco nas apresentações do Diego de Moraes (o nosso Raul Seixas indie, hehehe), da Monno (mais por curiosidade que por qualquer outra coisa), do Shakemakers e do Violins.


# E a sua lista prévia de favoritos no Bananada 2007, qual é? Digaê.


18/05 – Sexta-Feira
Mechanics - GO
Violins - GO
Shakemakers - GO
Coletivo Rádio Cipó - PA
Devotos - PE
Barfly - GO
Super Hi-Fi - RJ
Del-O-Max - SP
Sangue Seco - GO
Monno - MG
Watson - DF
Goldfish Memories - GO
Diego de Moraes - GO

19/05 – Sábado
Valentina – GO
MqN – GO
Trissônicos – GO
Born A Lion – Portugal
Udora – MG
Vamoz – PE
Motherfish – GO
Rockz – RJ
Black Drawing Chalks – GO
2 Fuzz –CE
Mezatrio – AM
The Envy Hearts – GO
Chapéu, Cerveja e Frustrações – GO

20/05 – Domingo
Desastre – GO
Rollin’ Chamas – GO
Johnny Suxxx & The Fucking Boys – GO
Daddy-O-Grande + Dead Rocks – EUA +SP
Graforréia Xilarmônica – RS
Mersault e a Máquina de Escrever – GO
Banzé – SP
Stereoscope – PA
Galinha Preta – DF
Slot – SP
RPDC – GO
Woolloongabbas – GO
Dom Casamata e a Comunidade - GO
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# E aí, gostou?
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# # Ou não vai passar "nem na porta"?
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# # # Hehehehe
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segunda-feira, abril 23, 2007

When MC5 meets Aretha





# O posto de banda mais legal desses últimos meses vai mesmo para a Bellrays, que – cruzem os dedos – deve aterrissar toda a sua adorável garagice soul em palcos tupiniquins antes de o semestre virar. Cotados como uma das atrações principais do brasiliense Porão do Rock (ao lado do Mudhoney), a Bellrays não é exatamente uma novata, está na ativa desde 1991, lançou quatro discos (além de compactos em vinil e fitas cassete) e já se encheram dos jornalistas que tentam rotular o som bacana que fazem, e que sempre caem no clichê do “When MC5 meets Aretha Franklin”.


# # O último disco do quarteto, Have A Little Faith, ainda mistura a barulheira do garage-rock com a sensualidade elegante da soul music, evidenciando ainda mais a voz poderosa e negra de Lisa Kekaula, o que dá mostras fartas da saúde artística de uma grande banda em seu melhor momento.

# # # O Porão do Rock tá chegando. O blog vai arranjar um jeito de acompanhar in loco tudo o que vai acontecer nesse grande festival, e de lá mesmo reporta os melhores momentos para o amigo leitor que ficar em casa. Combinado?


# # Outra banda que tem girado bastante nos players do blogueiro aqui é a goiana Valentina, que estreou em disco recentemente. Ainda não ouvi o álbum as duas dúzias de vezes que sempre levo pra preparar uma opinião, mas dá pra dizer que fiquei até surpreso. Nunca tive muita simpatia pelos shows bagunçados e por demais performáticos do grupo, mas a bolachinha, que veio recheada de guitarras ferozes e beats acelerados, parece revelar um amadurecimento imenso. Vou ouvindo e mais pra frente boto umas linhas sobre o disco aqui.


# Mais um disco que em breve pula na tela do blog é o Al Qaeda Greatest Hits, premiére em cd do Corja, grupo liderado pelo polêmico proprietário da Two Beers or Not Two Beers e amigo do blog, Wander Segundo. Entupido de distorção, velocidade e vocais infernais, o disco tem vários bons momentos, onde a rebeldia e agressividade incontida do Segundo toma sua forma mais bem acabada (muito, mas muito melhor que os rompantes de “moralismo purista underground” que já nos acostumamos a esperar dele no Orkut). Como estou com o disco no player já há um bom tempo, vou tentar colocar esse texto já no próximo post.


# O Autoramas está em turnê pelo velho continente. Depois de levar suas guitarras para passear na Inglaterra e em Portugal no meio do ano passado, em 2007 os cariocas engendraram uma visita mais demorada pela Europa. Com onze datas confirmadas, o trio iniciou sua tour européia antes de ontem, novamente em Portugal, mas ainda alcançará ouvidos belgas, holandeses e espanhóis.

# # Dá uma olhada no itinerário descoladésimo da rapaziada:

* 20/04, sexta
Local: Bar Lounge – Lisboa, Portugal
barlounge.blogspot.com/

* 21/04, sábadoDividindo palco com o Murdering Tripping Blues
Bar Sol Posto - Castro Verde, Portugal
www.myspace.com/groovierecords

* 24/04, terça
Dividindo palco com o Preachy Boys
Via Club Coimbra - Coimbra, Portugal
www.myspace.com/coimbraofftherecord

* 26/04, quintaDividindo palco com o Fat Freddy
Porto Rio - Porto, Portugal
www.porto-rio.com

* 27/04, sextaDividindo palco com o Murdering Tripping Blues
Alfa Bara – Leiria, PORTUGAL
www.myspace.com/baralfa

* 28/04,sábadoDividindo palco com The Act-Ups
Sociedade Harmonia Eborense - Évora, PORTUGAL
www.myspace.com/socharmonia

* 30/04, segundaDividindo palco com o Green Machine
La Iguana Club - Vigo, Espanha
www.laiguanaclub.com

* 03/05, quinta
The Frontline - Ghent, Bélgica
www.thefrontline.be

* 11/05, sexta
The Black Lotus - Terneuzen, Holanda

* 12/05, sábado
Dividindo palco com o The Hydroids
The Carlo Levi - Liege, Bélgica
carlolevi.be

* 13/05, domingo
The Ace Cafe - Rumst, Bélgica
www.acecafe.be

# # # O site do conjunto capitaneado pelo Gabriel Thomaz conta ainda que em breve sai o quarto disco do grupo, sucessor de Nada Pode Parar os Autoramas. O disco está sendo produzido pelo novo midas do pop, o Kassin (que já trabalhou com Los Hermanos e é integrante do projeto +2, ao lado de Moreno Veloso e Domenico Lancelotti), com co-produção de Berna Ceppas, nas dependências de seu estúdio, o Monaural, no Rio de Janeiro.


# Pra terminar: o Espaço Cubo, coletivo cuiabano dos mais atuantes no rock independente nacional, completa cinco anos de atividade intensa e de serviços prestados à articulação que tantos cartuchos e oportunidades tem dado nova música brasileira. Parabéns para os bródis de Hell City. Certeza absoluta de que estamos no caminho certo! http://www.cubocomunicacao.blogger.com.br/news_aniversario_espaco_cubo_05anos.htm


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Até daqui a pouco!

sexta-feira, abril 20, 2007

Fora do ar por uns dias...

Leônidas e seus 300


# Detesto cinema cheio! Adoro colocar o pé na poltrona da frente, entende? Mas bastante curioso que estava, fui ver 300 – a adaptação do Zack Snyder para a agá-quê do Frank Miller - no meio da semana passada. Não imaginava, nem de longe, a multidão de sacos de pipoca e cocas-cola gigantes, e nem sabia da existência de mastigações tão amplificadas. Tá certo que era dia de promoção, e o apelo do Rodrigo Santoro como Xerxes (“quem?”) é maior do que eu supunha. Mas tudo bem. Consegui me sentar num lugar razoável, no extremo de uma das fileiras, o que me deixava pelo menos 50% livre, bem ao lado de uma outra poltrona vazia, que ficou solitária quando ocupei sua colega. Pouca gente vai ao cinema sozinho (é, eu estava sozinho), e para esses eu ensaiei a cara mais mal humorada que pude (já fui bom nisso) e consegui manter afastados os pretendentes à vaga.

# # Depois de conseguir ignorar o resto dos humanos presentes, fui tentar entender se o filme era tudo isso mesmo que tanto falavam os meus amigos. Gosto muito dos épicos Hollywoodianos contemporâneos. Gostei muito de Tróia – do alemão Wolfgang Petersen –, apesar das concessões que camuflaram certos detalhes, mas fiquei enojado com Helena de Tróia, pastiche caça-níqueis com direção do “desconhecido” John Kent Harrison. Achei Alexandre, do Oliver Stone, um grande filme, com cenas magníficas e certa fidelidade histórica - descontados alguns pecadinhos. Cruzada é outro filme que vale muito a pena, assim como Gladiador, os dois do Ridley Scott. Também gosto da Joana D’Arc do Luc Besson (apesar de uma Mila Jovovich “piradinha” demais, no papel da francesinha rebelde).

# # # Depois dos trailers e daquele aviso pra desligar o celular, uma conhecida atmosfera de máquina do tempo tomou conta da sala (duvido que a maioria tenha percebido, ocupada em mastigar pipoca com coca), mas ainda não tinha sacado que aquele era o melhor de todos esses épicos modernos. O rei Leônidas (Gerard Buttler), líder máximo de Esparta, inconformado com as decisões do oráculo, reúne 300 dos seus melhores guerreiros – forjados no aço para morrer em combate –, e decide enfrentar o descomunal exército do megalômano “deus-vivo” Xerxes (Rodrigo Santoro), que já conquistara a Ásia e desejava expandir seus domínios para além da Europa.

# # # # Quem ainda não foi conferir o filme nos multiplex da vida, pode estranhar, mas 300 tem as melhores cenas de batalha do cinema! Uma obra-prima da cine-fotografia eletrônica. “Cenários” e “Paisagens” incrivelmente reais e bonitos, onde as duas forças duelam com tanta veracidade, que logo você está nervoso, ansioso e amedrontado com o próximo movimento do exército do Rodrig... heheheh do Xerxes, vai. Chama a patroa ou os bródis e vai correndo assistir. Imperdível!



O Tribunal Surdo do Violins
Foto: Lídia Arrais


# No último domingo, 15/04, aconteceu o lançamento oficial de Tribunal Surdo, o disco novo do Violins. E pra marcar a data, a banda resolveu se apresentar lá no Bolshoi Pub. Tudo muito diferente do lançamento de Aurora Prisma, que a exemplo de suas músicas, teve uma festa cheia de solenidade, com ares de “super-produção”: participação de um quarteto de cordas e metais, lotação esgotada no tradicional Teatro Goiânia – que abriga quase mil pessoas – e apresentação exclusiva do pavoroso vídeo-clipe que tinham feito para Auto-Paparazzi (se não me engano). Tudo divulgado com outdoors espalhados pela cidade.

# # O lançamento de Grandes Infiéis não teve tanto glamour, mas também foi num teatro – dessa vez no tablado da Cambury – e ainda com alguma pompa. Também não estava cheio, mas ainda assim o pessoal cantou junto, gritou e pediu músicas.

# # # Agora, no lançamento de Tribunal Surdo, possivelmente o melhor álbum do Violins, o grupo optou por deixar, de uma vez por todas, a bazófia de lado, e resumir a coisa no que ela sempre foi, apesar da maquiagem: um show de rock, direto, sem muito roteiro, meio sisudo e com solenidade nenhuma, assim como as narrativas bizarras do disco. Os cerca de trezentos humanos (dessa vez todos de pé) que se espremiam em frente ao palco, não pareciam preocupados com o aparato cênico de outros tempos, e de novo gritavam, pediam músicas e faziam piadinhas, cheios de intimidade. O vocalista e guitarrista Beto Cupertino, que para a apresentação adotou um visual aparentemente inspirado em Daniel Johns, líder do Silverchair, apareceu sem camisa e com trechos de letras do disco espalhadas pelo corpo: “A Bíblia vai te salvar”, ou “Seja Bom!”, davam o recado do cinismo extremo e psiquiátrico do novo álbum. Grupo de Extermínio de Aberrações, uma das melhores desse quarto disco, foi cantada em coro, enquanto pequenos clássicos do Aurora Prisma, como Deus Você e do Grandes Infiéis, como Glória, fizeram a alegria dos fãs veteranos.

# # # # O som, durante toda apresentação, esteve impecável, mérito do trabalho afiado do Smooth e do Cristiano (que de última hora, conseguiu sanar um problema imenso, que poderia atrasar, ou até adiar o show), e o único imprevisto – a pele da caixa acabou cedendo durante o show –, foi sanado em minutos.

# # # # # Se reinventando a cada álbum, o Violins segue construindo sua carreira em cima de uma obra, cimentada com temáticas e sonoridades sempre diferentes, mas sempre particularizadas por uma marca forte, e que (pelo menos até agora) dá garantias de satisfação. Mais sobre Tribunal Surdo, o disco, em breve aqui no blog.


# A Vícios da Era, banda veterana – e ultimamente bissexta –, voltou aos palcos na última semana, também no Bolshoi Pub. Nesse eu não fui (culpa de umas cervejas e um espeto de picanha, lá no bar do Gaúcho), mas os amigos disseram que o show foi bem legal, apesar de uns perrengues técnicos.

# # O grupo, capitaneado pelos irmãos Smooth e Brunaite, divulgam em breve uma série de shows pela cidade, marcando sua volta aos palcos depois de mais de um ano afastada deles. Pra quem não conhece, a Vícios da Era está aí há mais de quinze anos, numa carreira discreta e constante. Lançaram dois discos até hoje: o bom Vícios da Era, de 1999, e o super bacana Antídoto, de 2003. O som do trio dança entre guitarras zeppelianas e grooves inspirados, tudo pulverizado entre melodias pop. Tirando, é claro, os arroubos de docilidade vocal do Smooth, porquê esses, ninguém agüenta! Ou você agüenta?


# Muitos goianos no prêmio Dynamite, que agora é patrocinado pelo Toddy, aquele mesmo que acompanha suas manhãs há anos (às vezes trocado por um Nescau, mas que nunca some de vez). Os prediletos do blog estão grifados aí embaixo, cabe a você decidir se eu tenho, ou não, razão.

# # Eu tenho certeza que sim!

-Álbum Rock- Hang The Superstars
"First Lost And Always" (GO/Monstro Discos)
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- Álbum Indie Rock
Barfly - "The Longest Turn" (GO / Monstro Discos)
Valentina - "Valentina" (GO / Monstro Discos)
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- Álbum Punk/Hardcore
Señores - "Paz entre Nós, Guerra aos Señores" (GO / Monstro Discos)
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- Álbum Música Eletrônica
Control-Z - "Control-Z" (GO / Alvo Discos)
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- Revelação
Bang Bang Babies - "Bang Bang Babies" (GO / Alvo/Fósforo Records)
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- Selo/Gravadora
Fósforo Records(GO)
Monstro Discos(GO)
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- Veículo Impresso
Decibélica (GO)
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- Programa de Tv ou Emissora
Reator (GO/DMTV)
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- Programa de Rádio ou emissora
97 Noise (GO/Rádio 97 fm)
Festa Black (GO / Positiva FM)
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- Casa de Shows
Martim Cererê (GO)
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- Melhor Evento
Goiânia Noise Festival (GO)
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- Personalidade
Fabrício Nobre(GO)
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# # Vota lá!




Até!

terça-feira, abril 10, 2007

Ando Meio Desligado...

Violins recebe o Goiânia Rock News e a Decibélica em Casa
Foto LuiZ Antena


# Em primeiro lugar uma reclamação pública: o blogueiro está sem internet em casa há dias, e se encontra deveras insatisfeito com o serviço de banda larga da Net Virtua, que não se empenha em resolver o problema, atrasando uma série de compromissos somente possíveis com uma conexão minimamente decente.


# # Atualizar essas linhas rubras é um desses compromissos, que foi protelado até o limite da paciência (minha e dos leitores), e que agora cumpro numa lan-house do setor Sul, que tem um som até ok (já rolou All My Life do Foo Fighters e Mil Acasos, do último (e bom) disco do Skank), mas deve estar economizando no ar-condicionado. Odeio suor!



# No feriado, a páscoa foi familiar: a fazenda (e seus fartos quitutes) na sexta feira, casa de vó (e seus fartos quitutes) no sábado e repouso lo-fi no domingo. Tudo sem internet. Acredita?


# # Nada de noitadas. Perdi o lançamento do disco novo do Mechanics, Antropomorphics, no Ziggy Box Club, e nem fiz questão de saber das outras coisas. O bróder e antigo colega de Cybergoiás Ulisses, ainda deu o toque da Mostra 8 pras 11, que exibiria lá na sala do Goiânia Ouro, A Vida de Bryan (clááássica alternativa cinematográfica à vida do Jesus histórico), Jesus Camp (doc sobre a lavagem cerebral evangélica nos EUA) e Jesus Cristo Caçador de Vampiros (trash movie em que o salvador volta dos céus para afugentar campiros malvados), antes do domingo amanhecer, mas nem isso foi capaz de tirar o blogueiro do claustro auto-imposto.


# # # No sábado, a boa foi mesmo ficar em casa e saborear a apresentação d’Os Mutantes no Altas Horas, programa do Serginho Groisman, e gargalhar com a imensíssima gafe que a Fernanda Torres cometeu, tentando passar por entendida da carreira do grupo dos irmãos Baptista. Depois de tocar Technicollor, numa interrupção carregada de espontaneidade, a atriz se vira para a banda e solta: “Estou montando uma peça maravilhosa, e que tem uma música de vocês que eu procuro, mas nunca acho o cogumelo de zebu!”. Segundos tensos e troca de olhares silenciosos se seguem, até que, da forma mais polida possível, Zélia Duncan explica para a moça que essa não era uma canção d’Os Mutantes, e sim da Rita Lee com a Tutti-Frutti, banda do admirável guitarrista Luiz Carlini. Engolindo seco, a filha da Fernanda Montenegro utilizou-se de todo o seu rebolado para não deixar a peteca cair, e tentar “manter a classe”. Hilário.


# # # # A música em questão atende por nome de Ando Jururu, e está registrada justamente no primeiro disco de Rita Lee após sua polêmica saída (expulsão?) dos Mutantes, o Atrás do Porto Tem Uma Cidade, e talvez explique o momentâneo mal estar que a banda enfrentou com o questionamento infeliz e equivocado da Fani (hehehe).


# # # # Depois dos hits Ando Meio Desligado e Balada do Louco, o conjunto se despediu com Top Top, música em que Zélia Duncan e sua voz grave se perderam, e não conseguiram mais se achar. Ainda bem que era a última.



# Por falar em tevê (eu adoro!), já viu aquele comercial que tem passado no Discovery Channel, e que te convida para assistir a um documentário sobre terras geladas? Pois é, nem sei que dia vai passar o tal doc, mas a trilha sonora da propaganda é nada menos que Hoppípolla, grandiosa e dilacerante canção do essencial Takk, obra-prima dos islandeses do Sigur Rós, e quase toda vez que esbarro com ela (a propaganda) dá uma vontade de deitar e ouvir o Takk de ponta a ponta...



# Presentes de páscoa da minha querida irmã, a Walkíria Coutinho, Disparos no Front da Cultura Pop, do inglês Tony Parsons e Almanaque Anos 70, da talentosa Anna Maria Bahiana, aterrissaram nas mãos do amigo aqui nesse fim de semana caseiro. Disparos... foi lançado no fim de 2005 pela editora Barracuda, e reúne ensaios e críticas do jornalista britânico publicadas entre 1976 e 1994, em veículos diversos, como o emblemático semanário New Musical Express, o influente The Guardian, o famoso Daily Telegraph além da revista Elle, Arena e Literary Review.


# # Já o saboroso Almanaque Anos 70 reúne num compêndio gordo e cheio de fotos, ícones de toda sorte daquela década alucinada, numa espécie de documento comportamental, que revela a ótica de quem viveu intensamente o desbunde daqueles anos loucos, no caso a própria Ana Maria Bahiana, que assinou pela primeira vez sua carteira de trabalho como assistente de redação da lendária edição brasileira da Rolling Stone norte-americana (A nossa RS de então, era pirata e freqüentou as bancas somente durante o ano de 1972, extinguindo-se logo depois).


# # # Vou lendo e depois falo mais.



# E finalmente chegou ao mercado o esperado quarto disco do Violins. Tribunal Surdo já está a venda no site da Monstro Discos (monstrodiscos.com.br), e o show de lançamento está agendado para dia quinze de abril, lá no palco charmoso do recém reformado Bolshoi Pub.


# # Essa última edição da revista Decibélica (MqN na capa), traz uma extensa entrevista com os rapazes do grupo, onde revelam como enxergam a própria discografia e como esperam que esse novo disco seja recebido. A entrevista foi feita na casa do vocalista Beto Cupertino, no apagar das luzes da gravação do álbum, pelo amigo que aqui vos digita, com fotos do bróder LuiZ Antena.



# O selo goiano Allegro Discos, que estreou no mercado no início de 2006 com Vou Tirar Você Desse Lugar, tributo pop à Odair José, disco que rendeu prêmios e elogios da crítica especializada nacional, prepara mais alguns lançamentos especiais para 2007.


# # A novidade mais próxima é uma outra homenagem, que dessa vez recorda aquela música que mantinha, nos anos setenta, o sucesso das rádios populares e que sempre foi condenada ao título de cafona. Trata-se de Eu Não Sou Cachorro Mesmo, que coliga artistas e bandas das mais distintas, como a paulistano Clube do Balanço, a brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, a carioca Ramirez, o pernambucano Silvério Pessoa, o alagoano Wado, o gaúcho Frank Jorge, e até o conjunto português Clã, entre vários outros.


# # # Essa turma reunida relê pílulas da obra de nomes outrora aclamados, como Benito de Paula (Retalhos de Cetim), Waldick Soriano (Tortura de Amor e A Dama de Vermelho), Reginaldo Rossi (Borogodá e Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme), Evaldo Braga (Sorria), Wando (Moça), Lindomar Castilho (Você é Doida Demais), e até o Jessé, com Porto Solidão. O álbum deve estar ao alcance das mãos e dos cliques, ainda no segundo semestre.


# # # # Outra novidade do selo, mas que ainda não tem previsão de lançamento, é o disco do gaúcho Yon Lu, compositor que se suicidou em Porto Alegre aos dezesseis anos. O gentil Sandro Belo, proprietário da Allegro Discos, ofereceu para esse blog algumas das gravações caseiras que supostamente entrarão no track list do álbum. São experiências que misturam, ao piano, polcas tradicionais com atmosferas indie, synths e programações radioheadianas com experimentos vocais delicados, e violões toscos com melodias ternas e melancólicas.


# # # # # Sem dúvida Youn Lu era um garoto de talento e sensibilidade acima da média, o que talvez explique sua tamanha tormenta, que o levou a se despedir da vida antes de completar a maioridade.



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Macaco Bong

Objeto Perdida - 2007


Todo mundo já sabe que a cuiabana Macaco Bong deu uma boa volta pelo país em 2006, exibindo sua música poderosa e envolvente, e conquistando cada vez mais admiradores. A receita mágica de seus shows – que carrega nas tintas inversas do improviso jazzístico, sem perder de vista aquele feeling suado do rock –, deixou muita gente de boca aberta. E isso, quando tudo o que tinham registrado em estúdio não passava de três canções, com gravações cruas e disponíveis no MySpace e no Trama Virtual.


Em fevereiro passado o grupo deu a luz ao seu segundo registro, o EP Objeto Perdida, que apesar de aparentemente cerebral, não se intimida em convidar o ouvinte para dançar, ainda que poucos compassos depois o bailado se desfaça em quebras inesperadas e alce vôos instrumentais atávicos.


Bananas For You experimenta os climas psicodélicos do fusion, em viagens fluidas e escuras. Belleza passeia entre dissonâncias tortas, enquanto Black’s Fuck é pura lascívia melódica, com frenéticos e violentos orgasmos rítmicos. Noise James retoma a lisergia, mas ajusta as cores com guitarras pesadas e ambientação compassiva. E por fim, a já conhecida Rancho combina climatizações hipnóticas com ecos do jazz-rock de Jeff Beck e seu Blow By Blow.


Com a melhor performance do rock instrumental nacional (lado lado com a gaúcha Pata de Elefante), o trio cuiabano está apenas iniciando seu plano de dominação mundial, mas que só ganhará força de verdade no dia em que jogarem no mercado um disco cheio, com produção profissional (Objeto Perdida é ótimo no tangente às composições, mas deixa bastaaante a desejar nas timbragens, mixagem e "perfumarias"), que pode ter tudo para ultrapassar o limite charmoso do underground e alcançar novos horizontes.


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Tchau!


terça-feira, abril 03, 2007

A Big Machine...

Forgotten Boys na festa da revista Decibélica
Foto: Pedro Leal



# Oi!

# A banda paraense Madame Saatan lançou no último domingo o single Gotas em Caos, numa ação integrada da ReC, a Rede de Comunicadores da Fora do Eixo. Na inauguração desse plano de ações daqueles que documentam a cena independente do nosso rock, a banda que pesa suas guitarras e vocais delicadamente ferinos em Belém, disponibiliza tanto Gotas em Caos, como o “lado b” Molotov, para download em diversos e representativos endereços da web.

# # Este blog que você ora lê também figura na lista da ReC,e não poderia deixar de colocar aqui um link para o distinto leitor adquirir as duas novas canções do grupo da provocante Sammliz. O link é esse aí embaixo, e é do portal da revista Dynamite, onde o blogueiro assina a coluna da Fora do Eixo. Clica aí.

Gotas em Caos:
www.dynamite.com.br/mp3/MS-GotasemCaos.mp3

Molotov:
www.dynamite.com.br/mp3/MS-Molotov.mp3

Capa, foto e letras:
www.dynamite.com.br/mp3/MS-caparelfotoletras.rar


# Na noite de sexta feira, no teatro charmoso do Goiânia Ouro, ali no centrão, a Casa Bizantina fez um passeio eletro-acústico pela sua discografia. Cheguei deveras atrasado e peguei somente o último terço do show, que não parecia ter sido lá essas coisas. O repertório de Autores, Atores e Belos Dramas até tem potencial para boas versões acústicas, mas o novo Estado Natural não dá muita margem para as sutilezas do violão, e as canções parecem pedir por distorção. É verdade que o Evandro Putz empunhava sua guitarra, mas o som que saía das caixas não ajudava e misturava os ruídos agudos de violão e viola com os arranjos de guitarra, o que quase escondia baixo e bateria. Enfim, um show bem intencionado, mas que não deu certo.

# # Depois de deixar o Goiânia Ouro, o blogueiro aqui foi parar no Ziggy Box Club, para conferir o electro-rock candango da Hello Crazy People, banda que há pouco tempo foi assunto nessa tela negra, por ocasião do lançamento de seu primeiro EP. Perto das duas da madruga, a trupe sobe suas três guitarras, baixo, percussão, e tudo o mais no reduzido espaço do palco do clube, somando um total de oito humanos, em que se destacam os fetiches indie-cantantes que atendem pelos nomes de Belle e Déborah Babilônia. Músicas legais do primeiro EP, Landscape Fever e Saravá, e até uma cover meio bisonha de Umbabarauma (do fantástico África Brasil, clássico elepê do Jorge Ben), esticaram a noite até mais tarde, embora a pista não estivesse nem perto de sua lotação máxima. Prometendo um próximo EP para breve, e com um show despretensioso e festivo, a HCP até que conseguiu a simpatia dos goianos nessa discreta estréia.

# # # Assim que o tal EP novo dos brasilienses sair, o blog coloca uma opinião aqui.


# No sábado a noite era da revista Decibélica, que comemorava o primeiro ano de vida editorial, na cabeça do rol das publicações voltadas para o universo da nova música independente brasileira. Além do aniversário, era o lançamento da sexta edição, com o MqN na capa e entrevistão desse blogueiro com os rapazes do Violins, que está prestes a lançar seu quarto disco, Tribunal Surdo. Martim Cererê lotado (pra quem não conhece, trata-se de uma espécia de templo do rock goiano: duas antigas e imensas caixas d’água de concreto que foram convertidas em teatros, rodeados por um pátio arborizado e um outro pequeno teatro de arena ao fundo), molecada festejando em frente ao palco, muita gente circulando feliz e nada da edição novinha, com o vinilzinho do MqN encartado, aparecer.

# # Pois é, refém de atrasos e imprevistos, nem a revista saiu da gráfica a tempo para sua própria festa, e nem o single 7’’, Cobra – 2º edição das Fuck CD Sessions –, chegou da fábrica para acompanhar seu show de lançamento. Porém, the show must go on, e ninguém se abalou tanto com as ausências ilustres, retomando a pista em frente ao palco com o fervor tão característico dos goianos roqueiros.

# # # o Show dos Forgotten Boys foi mesmo bem divertido. Ainda que tenham deixado Stand by the D.A.N.C.E., a música, de fora, não se esqueceram do ótimo punk n’ roll Get Load e nem do single charlatão 5 Mentiras. Aliás, na vez do hit emitiví, vários dos garotos presentes deixaram aflorar seu lado groupie e se descabelaram por atenção, inclusive disputando o microfone com o vocalista/guitarrista Chuck, que, irritado, devolveu as “gentilezas” com a ponta certeira do Adidas que calçava.

# # # # Antes do Forgotten, a MqN havia incendiado a cúpula com seus clássicos locais e público cativo, fatores que há anos não deixam um show do grupo, em casa, ser menos que satisfatório. Ainda antes do MqN, os Rockefellers penduraram suas bandeiras e poses, acelerando ainda mais o ritmo da noite, que já estava pré-aquecida com o set dançante dos Sapatos Bicolores e de tantos outros conjuntos que palhetavam suas intenções desde o começo da noite.

# # # # # Depois da última nota do show do Forgotten Boys, a grande maioria da massa de resistentes locomoveu-se satisfeita para casa, rumo a um descanso feliz. Inicialmente com a mesma pretensão, o blog foi parar na chácara do bróder e editor chefe da revista, Beto Wilson, onde as bandas “estrangeiras” estavam hospedadas e aconteceria um after hour para convidados. Entre cantadas fajutas à beira da piscina, repetidas visitas ao banheiro, sono profundo e amontoado no sofá e café da manhã com bacon, ovos e chocolate quente, o amigo que vos tecla chegou em casa perto das onze horas do domingão...

# # # # # # ... e dormiu até perto das dezoito. Sem nem pensar em badalação dominical.

# Última, e boa, notícia: a Cine Capri, banda das melhores do novo rock goiano, acaba de aprovar projeto junto à lei de incentivo à Cultura. Isso significa que seu primeiro disco, que já começou a ser gravado lá nos estúdios da escola de música da Universidade Federal de Goiás, deve aparecer ainda este ano.

# # A Cine Capri é formada por gente de várias outras bandas, como o baterista Agá-Xis que, entre tantas outras, já foi o vocalista heavy Metal da ancestral Mandatory Suicide, o crooner indie da Litro, além de também malhar suas baquetas no Hang the Superstars e no Rollin’ Chamas. A baixista Carlinha, além do fato curioso de pertencer, tocando alfaia, à formação original do Coró de Pau (hehehehe), também vibra suas cordas graves na banda piada Vó Delmira, outra que aprovou projeto na Lei de Incentivo. A vocalista Geórgia vem da insossa Actemia, e completam o time, a tecladista Vivis e o guitarrista Tiago Calegari, único que não está na banda desde seu nascimento.

Então falô!