(Post atualizado.:. 13:52h)
Não tinha visto isso ainda, mas aceitei que Só O Twitter Salva, e descobri a tempo. Dois dos melhores shows do independente nacional, das instrumentais Macaco Bong e Pata de Elefante, num mesmo palco (do Itaú Cultural, em São Paulo). Simplesmente sensacional!
Enjoy it!
Em tempo - “Minhas músicas são pétalas soltas, estão voando por aí.”
Parece papo de hippie tardio, mas não, não é. O gênio "do mal" Hermeto Paschoal ("do mal" por causa de seu humor instável, e também por ser o melhor "antagonista" do Egberto Gismonti, esse sim um gênio "do bem"), em novembro passado, abriu mão das licenças, pela internet, de suas músicas, e liberou para uso de qualquer um todas as suas composições.
Seguindo essa lógica, o albino mais talentoso das Américas promete disponibilizar, ainda essa semana, boa parte de sua discografia (ao todo, 34 álbuns) para download gratuito, caminhando para liberar geral. Ou seja, em breve a totalidade de sua obra estará disponível em seu site.
Ainda que a atitude do multi-instrumentista alagoano não soe como Eureka!, nesses tempos instantâneos em que nos desacostumamos a pagar por música, a sacada do Hermeto não deixa de ser uma... grande sacada. Já que (como se ele precisasse) seu nome "voltou" à berlinda e, pelo jeito, vai facilitar a vida de quem procura seus álbuns mais obscuros e/ou não editados no Brasil (tudo bem que, de alguns anos pra cá, quem procura acha, mas uma maõzinha dessas não é de se jogar fora). Além de tudo, é um ótimo combustível para sua platéia em potencial, ainda que seu público (que adora fazer cara de quem está "entendendo tudo" - principalmente se não estiver entendendo nada) seja cativo.
Da última vez que vi o tio ao vivo, deu pra "pescar" vários momentos daquele hermetismo (sem trocadilhos) estéril, que força a barra às últimas consequências. O que (1) passou longe de comprometer a apresentação, mas (2) não deixou o tio com menos cara de bobo.
O Hermeto, incrivelmente, parece se alimentar de atenção intelectualóide, portanto quanto mais estranho e incompreensível, melhor. Ainda que ele seja realmente genial, em cima do palco, na maior parte do tempo.
People don't change! Já dizia o célebre Greg House.
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terça-feira, março 31, 2009
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