Desde 2006 Thom Yorke não se apresentava sem o Radiohead. Depois dos poucos shows de divulgação do sensacional The Eraser, o músico se dedicou exclusivamente ao seu ganha-pão principal, mas ontem, em seu retorno solo aos palcos (no Latitude Festival, em Suffolk - UK), Thom aproveitou para desentrerrar algumas gemas de seu comovente cancioneiro eletrônico. "Harrowdown Hill", "Atoms For Peace", "Cymbal Rush", "Black Swan" e "The Eraser" se misturaram, na set list, a algumas faixas do Radiohead (a pista dada dias atrás, com a versão de Thom Yorke para "All For The Best" - do cantor norte-americano Mark Mulcahy (ex-Miracle Legion e Polaris), já indicava um retorno próximo à carreira solo).
Além disso tudo, Thom Yorke apresentou a inédita "The Present Tense", canção frágil e contida, dedilhada com uma crueza absolutamente delicada ao violão, e entoada entre tons vocais propositadamente vacilantes:
Não sei quanto a você, mas o próximo disco solo do rapaz está nas primeiras posições da minha lista inventada que classifica o "melhor que está por vir"
Junto com as melhores expectativas para os próximos de Sigur Rós, Bon Iver, Pato Fu, Silverchair, Incubus, Rufus Wainwright, Spoon, Ben Kenney, Beirut, Jamie Cullum, Violins, Dave Matthews, Vitor Araújo, Boss In Drama, Rapture, Radio 4, Nine Black Alps, Pelvs, Belle & Sebastian, The Name, TV On The Radio, Foals, e uma tonelada de outros.
Mas destes todos, o próximo solo do Thom Yorke é talvez o que concentra a expectativa mais ansiosamente curiosa, já que The Eraser é um dos títulos mais considerados e avidamente consumidos por este que vos bloga, nos últimos 3 anos. E apesar desta "The Present Tense" ser esteticamente distante da atmosfera eletrônica, etérea e asséptica, do disco anterior, o aperitivo cumpriu seu papel.
Pelo menos pra mim.
# Como sua tentativa de capitalizar alguma popularidade extra com a morte do irmão, "suspeitando" que Michael havia sido assassinado, parece não ter dado o "ibope" esperado, La Toya Jackson desengavetou "Home" (que aparentemente foi registrada e arquivada em 2006), vestiu nela uma fantasia de homenagem póstuma e saiu por aí divulgando sua condolência reciclada. A música, pasteurizada sob o signo meloso das baladas r&b, não tem sequer um mísero atributo digno de nota, e rapidamente ganhou lugar cativo no balaio do mais-do-mesmo do pop ordinário norte americano. Em todo caso, se você tiver coragem, é só clicar no play:
Curtiu?
Vou ali e volto já.
.
segunda-feira, julho 20, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário