Analytics:

sexta-feira, abril 17, 2009

Non Stop

O Perito Moreno, codinome da carreira solo de Beto Cupertino (ex-Violins), parece ser tão prolífico quanto sua ex-banda. Semana passada postei aqui um link para download de seu primeiro “disco” - Made to Escape, e antes que eu (e, provavelmente, você) tivesse tempo de digerir o track-list, outro “álbum” já boiava na web. Save the Elephants foi “lançado” no começo da semana e tem seis músicas que eu ainda não ouvi.


Como já disse aqui mesmo algum tempo atrás, Beto Cupertino mantém, em estúdio, um outro projeto ao lado de seus ex-sócios de Violins (com exceção do Pierre Alcanfor) e do baterista Zé Junqueira - titular do banquinho na quase inativa Olhodepeixe, onde as guitarras foram dispensadas e o foco é nas texturas eletrônicas e melodias de teclados. Ainda não ouvi direito nem a primeira sequência do Perito Moreno, mas me baseando no ensaio que assisti dessa formação de teclados-baixo-bateria do projeto sem nome, em comparação com a carreira solo do vocalista, não consigo ter nenhuma dúvida sobre qual é mais legal. Mesmo por que violão e voz raramente me surpreende de forma positiva.




Perito Moreno




O prêmio Multishow, conectado com as preferências da audiência do canal, e ciente da importância de Goiânia para o novo pop brasileiro (hehe), botou o “nosso” Pedra Letícia pra concorrer nas categorias: Revelação, Melhor cantor, Melhor grupo, Melhor instrumentista, Melhor música, Melhor clipe, Melhor show e Melhor CD. E eu nem sabia que o PL tinha vídeo-clipe – é verdade que nunca procurei saber. É verdade também que não tive coragem de me cadastrar no site do Multishow para conferir a veracidade da informação (recebi a notícia por e-mail), mas parece que é isso mesmo.


Lembro de quando ouvi falar pela primeira vez sobre a banda. Fui ouvir e, é claro, dispensei de cara, mas fiquei intrigado com a repercussão que o então trio conseguia, principalmente fora de Goiânia. Fui testar a popularidade do “fenômeno” no Youtube e fiquei abestalhado com os milhões (é, milhões mesmo, nada de hipérboles espertinhas) de views. Era show no interior do Paraná/São Paulo/etc. com milhares de pessoas cantando junto, músicas que eram absoluta novidade pra mim, vários fan videos e centenas de comentários impressionantemente empolgados. E tudo isso havia surgido quase silenciosamente (pelo menos pra mim) ali do lado, em lugares que eu até freqüentava em ocasiões mais, err, nobres.


Dia desses o PL lotou mais um show, dessa vez em Goiânia, lá no shopping Flamboyant. Ainda consegui ficar assustado, vendo uma matéria sobre a apresentação no Jornal Anhanguera, com o tanto de gente (famílias, crianças, velhinhos... o arquetípico público que não gosta de música – se é que você me entende) que conhece e canta junto com a banda. Tudo bem que boa parte do repertório foi de hits suspeitos, mas a comoção do público parecia ser tão grande, nas músicas autorais, quanto no bailão festa-do-interior.


Por essas e outras (que me desculpe o Fabiano Áquila, que realmente gosta – e entende, de música e sempre foi tão simpático comigo), que o Pedra Letícia não merece o meu voto. Nem se eu perdesse meu tempo votando em enquetes desse tipo.







Vou ali engolir um feriado.

Um comentário:

Gomes disse...

Não que eu goste de Pedra Letícia, aliás: odeio! E também me surpreendo por nunca ter ouvido nada deles em Goiânia e hoje morar em Campinas-SP e ver que eles fazem bastante sucesso fora de Goiânia, mas acho ligeiramente arrogante dar às "famílias, crianças, velhinhos... o arquetípico público que não gosta de música" esse tipo de classificação. Te entendendo ou não. Ainda que o 'povo brasileiro' não tenha um mínimo de educação musical, acredito de verdade que os rockeiros brasileiros se encaixam nesse mesmo público sem conhecimento musical. Se essas pessoas se dispuseram a ir até lá, eles devem sim gostarr de música! ainda que não tenha a ver com a música que tanto nos agrada.

Apesar de discordar com você nisso, vou aproveitar o momento pra dizer que tenho entrado diariamente no blog, por realmente gostar dos textos! É bom saber das notícias da terrinha, estar longe de tudo isso é foda!