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sexta-feira, junho 03, 2011

Depois de anos, mais um disco do Mopho (download)

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Segundo garante o release do Mopho, certa vez Arnaldo Baptista, em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", cravou: "O contrário de Mopho não é fômo, o contrário de Mopho é vortêmo".




E é acompanhado de Luiz Carlini (guitarra em “A Malvada”), Wado (voz em “Quanto Vale Um Pensamento Seu”), Billy Magno (piano e clarinete em “Prelúdio”) e Marco Túlio Souza (violão 12 cordas em “Caleidoscópio”) que o grupo alagoano cumpre mais uma vez a máxima psicodélica do gênio mutante e ressurge, depois de 7 anos, com Volume 3 (Pisces Records), terceiro título de uma curta porém admirável discografia.


Na única vez que vi a banda ao vivo, na edição de 2001 do festival Porão do rock, em Brasília, um público com sangue nos olhos parecia não compreender as camadas lisérgicas do essencial disco de estreia do conjunto e exigia sua saída imediata do palco, protestando por distorção e velocidade. Sem se abalar, o quarteto cumpriu seu set com o apuro que suas músicas demandam e, só ao final, alfinetou a plateia se desculpando por não tocar “aquela do Ramones”. O pecado daquela molecada, prefiro acreditar, foi expiado com o tempo e a descoberta de que o Mopho é descendente legítimo de uma das linhagens mais nobres do rock, filho direto de matrizes fundamentais como Beatles e Mutantes.



Mopho
Foto de divulgação



Lançado um ano antes de sua polêmica apresentação no festival, o debut homônimo (Baratos Afins) carrega nas tintas de certo escracho hippie, empilhando guitarras derretidas e teclados mofados sobre letras que se equilibram entre o nonsense e referências à cultura psicodélica. Sucesso certo e repercussão mais que positiva na imprensa especializada, graças a gemas como “Não Mande Flores”, “A Geladeira” e “Uma Leitura Mineral Incrível”.


Em 2004, depois de dissolvido e reorganizado com apenas 2 membros da formação original, o grupo lança Sine Diabolo Nullus Deus (novamente pela Baratos Afins), com sonoridade mais crua e sutilmente desviada para um rock mais básico, como dá pra sentir nas pérolas “Tanto Barulho Por Nada”, “Hoje Eu Lembrei do Seu Sorriso” e “Well, Well... Oh Yeah!”.



Em Volume 3, depois de outro longo hiato sem novidades, a banda retoma sua melhor forma fermentando a receita clássica do psicodelismo, fluindo melodias chapadas em peças como “Dani rabiscou”, “As Pessoas São de Vidro” e “Produto Ordinário Popular”, que mereceriam novos elogios de catedráticos do gênero, como o finado maestro Rogério Duprat ou o próprio Arnaldo Baptista.



Para baixar todas as 10 faixas do álbum, clique aqui.



Update -
Para adquirir o CD em formato físico, clique aqui e visite a loja da Pisces Records.



Um comentário:

Pisces Records disse...

para adquirir o cd em formato fisico:
http://www.piscesrecords.com.br/store/mopho-volume-03.html