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terça-feira, maio 27, 2008

"Lenda" Urbana

# Pois é, e do Bananada, o que você me conta? Pra mim a “novidade” foi que, em três dias de shows num festival de rock, as duas melhores apresentações foram de grupos sem guitarras. A Mallu Magalhães, no auge daquele adorável e meigo constrangimento adolescente, teve a meia-hora mais concorrida do festival, com tumulto na abertura das portas do teatro e a mesma devoção digital histérica aprendida outro dia nas telinhas do Youtube. Já seus conterrâneos do Are You God? se valeram de uma selvageria barulhenta controlada entre recortes improváveis, numa espécie de grindcore matemático, em que o intenso deboche-autista do vocalista João (na única vez em que se dirigiu ao público, fitando o teto escuro, foi para dizer que o show não tinha valido as doze horas de viagem até Goiânia), deu um sentido ainda mais dramaticamente dantesco a uma das melhores apresentações do primeiro dia.
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Curumin

Foto: R0cket

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O Fim do Silêncio também entra nessa lista, ao lado da Mandatory Suicide, que fechou a noite aclamada pela nostalgia da geração anos noventa do rock goiano, e pela admiração que essa nostalgia provoca em parte do pessoal que nasceu há menos de vinte e cinco anos.
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O show do Curumin, com sua formação pouco usual (bateria, programações de beats e arranjos enfeitados com detalhes eletrônicos e, às vezes, um baixo elétrico), foi de Jorge Ben a Beastie Boys com um instinto dançarino tão genuíno, que ninguém se lembrou de sentir falta de uma guitarra no palco da melhor performance do festival.
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No sábado, o Chimpanzé Clube Trio, que é um desdobramento da extinta Os Ambimonistas, foi a primeira boa surpresa da noite – numa combinação de rock de sotaque funk com música brasileira –, pouco antes da pernambucana Sweet Fanny Adams se reconhecer nos indies goianos e pregar para os convertidos. A carioca Do Amor também conseguiu amealhar adeptos para seu ajuste de rock com acento regionalista entre os moderninhos de roupas coloridas e nerds menos acanhados, mas o produto da mistura é mais prosaico do que o burburinho em torno de seu primeiro EP sugere.
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A Orquestra Abstrata, ex-Seven, também merece um lugar no ranking dos melhores. Dos shows do grupo que eu já acompanhei, esse foi o melhor, onde o quarteto estava mais bem entrosado e mais à vontade na sua investigação de texturas e sonoridades. A curitibana Bad Folks, ao contrário do que seu nome indica, é uma mistura até bem simpática de Bob Dylan com Flying Burrito Brothers (e que acaba lembrando o Credence Clewater Revival também), e conseguiu dialogar com o pessoal sorridente que enchia a arena, disposto a bater palminhas na marcação e balançar a cabeça de um lado para outro.
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Mallu Magalhães

Foto: R0cket

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A “lenda” ao redor do auto-intitulado Lendário Chucrobillyman não chegou até mim, mas mesmo assim fui lá pra confirmar que one-man-band de cu é rola. Depois de conferida a informação, resolvi abandonar o teatro onde o artista solitário continuava se atracando com guitarra, bateria e com uma espécie de apito de pato, enquanto muita gente fazia cara de espanto, como se estivesse realmente impressionada com a atrapalhada performance do paranaense.
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De posse de mais uma latinha de coca-cola fui arranjar um lugar para assistir ao show mais esperado da noite (pelo menos por mim). Maurício Takara é o baterista, vibrafonista e trompetista do, esse sim, lendário Hurtmold (veterano grupo paulista de música experimental, cuja fama já atravessou o atlântico), mas veio a Goiânia com seu projeto pessoal, o MTakara3, onde, ao lado de Richard Ribeiro (ex-baterista do Debate) e do colega de Hurtmold Rogério Martins – na percussão, explora outros lados da estranheza prática e corporal que a música oferece, numa espécie de culto nonsense ao movimento do corpo. A colagem cerebral de elementos criados a partir de filigranas eletrônicas, andamentos e sobreposições gravados ali mesmo em cima do palco, combinada aos arranjos cuidadosamente alucinados de trompete e saxofone, fizeram desse o melhor show de um domingo que ainda teria MqN e a esperada Banda da Eline.
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Aliás, de tão esperado esse show acabou se transformando numa celebração bêbada de parte significativa do cenário local, que de cima de um palco lotado trocava jatos de cerveja com o público enquanto traçava uma linha histórica de canções do lado mais garage do rock goiano. Músicas de Mechanics (Sex Misery Machine, Formigas Comem Porra), MqN (Heart of Stone, Burn, Baby, Burn) e Rollin Chamas (É O Sal), além de tantas outras, revezaram vários músicos ao lado da primeira-dama do rock daqui. No videozinho aí embaixo dá pra espiar um pedaço da farra, que já começa com o Fabrício Nobre distribuindo latas de cerveja para a platéia. Dê um play e veja você mesmo:
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# Por falar em MqN, o quarteto lançou dia desses o volume três das Fuck CD Sessions, com as músicas Breakin' Crystal Stones e Crazy Train. Breakin’ Crystal Stones desvenda uma marcação cardíaca para riffs de guitarra tão pesados quanto sensuais, tudo dentro daquela paisagem mastigada que vai de Grandfunk à AC/DC sem grandes surpresas. Crazy Train, o “lado b”, não é uma cover para a música do Ozzy Osbourne, e também transita dentro do esperado, o que nesse caso não é demérito algum, já que o MqN há anos abriu mão da originalidade em prol daquela derivação saudável que mantém o rock vivo e potente. Você pode arranjar as duas canções do single clicando aqui.
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Daqui a pouco eu volto com a matéria larga e detalhada sobre tudo o que aconteceu nesses quatro dias de Bananada, aqui e lá no Portal Fora do Eixo.
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Te vejo por aí

quinta-feira, maio 22, 2008

Ganhou?

# Passada rápida, só pra comunicar aos ilustres leitores disso aqui o resultado da promoção dos ingressos para o Bananada dois mil e oito. Os três felizes sorteados podem buscar seus respectivos ingressos, munidos de um documento com foto, na sede da Monstro Discos, ali no Shopping Mil, no setor Pedro Ludovico.
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A Lia Ribeiro, que quer muito ver A Grande Trepada (opa!), O Lendário Chucro BillyMan e o Amp, leva uma entrada grátis para o domingo, último dia de festival. O Arthur Vitor Costa Batista mora em Anicuns (interior do estado), e contou uma história triste na esperança de me convencer pela pena, acabou dando sorte e leva um ingresso para sábado, para ver Mallu Magalhães, Chimpanzé Club Trio, Do Amor e Bang Bang Babies. E, por fim, a lacônica Mariana Leutwiler levou um convite para a sexta feira, primeira noite de festa, mesmo sem dizer a qual dia queria concorrer, e nem quais shows do line-up estão na sua lista de preferências. Pelo menos foi simpática e deixou um sorriso amável.
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Cada um dos três ganhadores já recebeu um e-mail avisando de sua sorte no jogo. Como dito ali em cima, cabe a eles se dirigirem até a sede da Monstro Discos, de posse de um documento com foto, para retirarem seus respectivos prêmios. E vejo todos vocês lá no Bananada.
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Aliás, vejo antes. Hoje, lá no República Estúdio, acontece a pré-festa que inicia as celebrações deste Bananada. Como todos já sabem, são três shows surpresa (sendo que dois deles serão de bandas de fora do estado), acompanhadas por três dj sets, a cargo de Michael Nite (vocalista/guitarrista do Motherfish), Gugu (baixista do MqN) e desse amigo que vos digita.
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Além disso, a Olhodepeixe ocupa o palco de veludo vermelho lá do Bolshoi Pub, para lançar o single Puta Alemã, uma das melhores canções de dois mil e oito, de uma das melhores bandas do novo rock brasileiro.
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De hoje até domingo a roda não pára pra nada. Maratona de guitarras, amplificadores e muitos decibéis de respeito.
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E o pior, é que na segunda feira o que sobrar de você ainda vai ter que acordar cedo e ignorar o zumbido insistente dentro da cabeça dolorida, durante mais um longo dia de trabalho. Mas ainda não é hora de pensar nisso.
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A gente se vê entre um show e outro.

terça-feira, maio 20, 2008

Puta Alemã

# Os Mutantes, ou o que sobrou do maior grupo do rock brasileiro de todos os tempos, disponibilizou, há algumas semanas, a primeira música inédita em trinta anos, e o nome da canção não poderia ser mais apropriado. Mesmo sem a companhia do irmão e guru do conjunto em sua melhor fase (fim dos anos sessenta\início dos setenta), Arnaldo Baptista, e abandonado também pela voz substituta de Zélia Duncan, Sérgio Dias entregou orgulhoso Mutantes Depois aos milhares de fãs espalhados pelo mundo, em download gratuito. Sérgio Dias, que já havia comandado a nave mutante sozinho na segunda metade dos seventies (depois de expulsar, com o aval do irmão, Rita Lee de suas funções, e de se despedir posteriormente também de Arnaldo, após a guinada progressiva de O A e o Z - gravado em setenta e quatro, mas só lançado nos anos noventa), assumiu o manche solitariamente mais uma vez, já que Arnaldo aparentemente não está em condições psicológicas de ajudar a carregar o fardo pesado desse retorno aos palcos e estúdios da lenda psicodélica tropical. Resta saber se a viagem vai valer a pena...
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# A Olhodepeixe, a despeito da pouca freqüência com que tem aparecido nos palcos goianos nos últimos tempos, faz parte do seleto e concorrido top ten das melhores bandas de rock dessa nova safra nacional, e Puta Alemã, novíssimo single que será oficialmente lançado depois de amanhã, dia vinte e dois, lá no charmoso Bolshoi Pub, é uma das melhores músicas lançadas em dois mil e oito. Desde dois mil e cinco, quando estrearam em disco com o ótimo Combustível, sem lançar nada, nos últimos meses a banda retornou aos estúdios e essa é a segunda canção que ganha vida (a primeira atende pelo nome de Mundão, e foi registrada para a trilha sonora do filme Neville e o Lobisomen de Goiânia), e um sucessor para Combustível pode aparecer ainda esse ano.
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Se você ainda não viu o quarteto em ação, não haveria melhor oportunidade (a não ser, é claro, que você já tenha adquirido seu ingresso para a festa Pré-Bananada, que acontece no mesmo dia e horário, lá no República Estúdio), já que Puta Alemã revela um Olhodepeixe amadurecido, menos romântico e bem mais satírico que o de costume, e isso completado por um instrumental quase progressivo em sua construção repleta de detalhes e passagens intrincadas, que remete, sem soar derivativo, ao painel caótico e surpreendente de uma mistura entre Mars Volta e Muse.
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Agora cabe a você decidir, as duas pedidas são das melhores; vai ver a apresentação da Olhodepeixe, ou vai lá no República Estúdio desvendar o line up misterioso da festa pré-Bananada, dançando ao som dos melhores dj sets da cidade?
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# Também no dia vinte e dois, mas dessa vez durante a tarde, a programação do Bananada dois mil e oito oferece para os humanos interessados uma série de palestras, com figuras de relevância no cenário independente brasileiro e até com um representante da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo, que versarão sobre os mais diversos e interessantes temas.
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Pra quem faz seus próprios horários, ou não vê problema em despistar o patrão durante as tardes de quinta e sexta feira, é um programão. Aí embaixo você confere tudo em detalhes sobre os seminários. Quem informa é a Monstro Discos, em parceria com o projeto Brasil Central Music.
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Este ano os seminários do Bananada terão formato diferenciado. A proposta é trazer pessoas que têm um case específico sobre determinado tema que está envolvido com o momento atual da música independente no Brasil e no mundo. A pessoa apresentará o projeto e o público poderá interagir com perguntas, dúvidas e questionamentos sobre o que foi dito.
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De formato mais dinâmico, os seminários são direcionados a bandas, produtores culturais, gestores de cultura e para o público em geral..
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22/05 - quinta-feira 15h00
Download Remunerado - Fernanda Cardoso (Trama Virtual)
Fernanda Cardoso é produtora da Trama Virtual e vem apresentar a experiência do download remunerado. O projeto consiste em conquistar empresas para serem amigas da música independente, sendo que as mesmas investem uma verba mensal no site Trama Virtual e essa é dividida entre todos os downloads realizados durante o período. O público tem download gratuito e as bandas recebem por sua produção, proporcionalmente ao número de downloads registrados no site.16:30h -
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French Cowboy Tour - Fernanda Popsonic e Pil Popsonic
Fernanda e Pil são integrantes do Lucy And The Popsonics, banda que nos últimos meses de março e abril fez uma tour de 40 dias com quase 20 shows pelos EUA e Europa. Nessa mesma turnê, eles tocaram em dois festivais: SXSW (Texas-EUA) e IDEAL (França). Eles apresentarão como foi a tour e toda a questão logística, financeira e emocional, mostrando o caminho das pedras para bandas que tenham a meta de tentar uma projeção internacional e shows no exterior.
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23/05 - sexta-feira14h30
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Overmundo/Casa de shows Studio SP - Alexandre Youssef
Alexandre Youssef apresentará o projeto do site Overmundo – do qual é um dos criadores e coordenadores – com informações sobre a tecnologia utilizada, o desafio da web 2.0, o processo de criação da comunidade e dados atualizados sobre o site. Na segunda etapa, falará sobre o Studio SP, casa de shows paulistana, do qual é proprietário. Ele mostrará seu modelo de negócio e a concretização do espaço como importante ponto de encontro da nova geração de artistas paulistas e brasileiros.
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Virada Cultural de São Paulo - José Mauro Gnaspini (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e coordenador da Virada Cultural)
José Mauro Gnaspini apresentará o projeto inspirado nos grandes festivais europeus e que reuniu, no ultimo dia 26 de abril, mais de 5 mil artistas em cerca de 700 atrações, durante 24 horas ininterruptas por todos os cantos da capital – das ruas do Setor Central aos Centros Educacionais Integrados da periferia do município. O coordenador irá fornecer um panorama de toda a produção desse grande projeto. Evento: Seminários Bananada 2008Dias: 22 e 23 de maioLocal: Sebrae – Avenida T-3, nº 1000, Setor BuenoEntrada FrancaApoio:Associação Brasileira de Festivais Independentes – Abrafin Brasil Central MusicSebrae/GO
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# E a promoção dos ingressos para os três dias de Bananada continua valendo. Deixe seu nome, e-mail e me diga quais os shows que você mais quer ver ver no festival, informando também qual é o dia de sua preferência (se a sexta, o sábado ou o domingo) e corra o risco de ser o feliz ganhador. Tudo ali na caixa de comentários, como sempre.
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.Tchau!

domingo, maio 18, 2008

"Bananas For You All"

# Na quinta feira próxima, dia vinte e dois, as festividades do Bananada dois mil e oito serão abertas. O palco da festa pré-Bananada tem um line-up misterioso (três bandas surpresa, sendo que duas não são de Goiânia), mas a pista de dança já tem dono. A troca dos discos fica por conta de dj Michael Night (vocalista do Motherfish), dj Gugu (baixista do MqN), e do blogueiro aqui. A coisa toda acontece lá nas dependências do República Estúdio, na alameda Botafogo, e se você também quer participar da farra é melhor se apressar, já que estão à venda apenas oitenta ingressos. Quem comprar um passaporte para os três dias de Bananada também leva um desses oitenta convites. Se eu fosse você, correria lá na sede da Monstro Discos, ou mesmo no República Estúdio e garantiria minha vaga.
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Já na sexta feira, primeiro dia de festival, não seja bobo e só abandone o Martim Cererê depois que a lendária Mandatory Suicide tiver calado suas guitarras. Talvez a maior banda do rock goiano dos anos noventa (uma das poucas que era garantia de público, que rompeu as fronteiras do estado, e que mantinha um séqüito de admiradores no interior de São Paulo). O heavy metal conciso e exato do grupo, que sempre bebeu de fontes nobres como Faith No More, Pantera e Van Halen, vai fechar a noite de abertura.
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Já o esporro selvagem dos paulistas do Are You God? também aguçou a minha curiosidade, e os shows do carioca Jonas Sá e do paulistano Curumim estão entre os mais cotados, na minha lista de prioridades. Também quero ver a gaúcho Identidade (que empresta membros para a banda do Júpiter Maçã). Fim do Silêncio e Mugo também merecem atenção especial, além de Goldfish Memories e Inbleeding.


O sábado, tradicionalmente o dia mais cheio, vai receber a mistura psicodélico-dançante do Chimpanzé Club Trio; o rock etéreo de sabor brasileiro do Cérebro Eletrônico; o folk bonitinho da nossa Cat Power adolescente, a Mallu Magalhães; o rock moderninho da pernambucana Sweet Fanny Adams e o axé de guitarras dos cariocas do Do Amor, sem falar nos “nossos”, Diego de Moraes e O Sindicato, e Violins.


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No domingo e último dia de folia, as melhores pedidas ficam por conta do devaneio experimental da Orquestra Abstrata (antigo Seven), o rock clássico e divertido da Shakemakers, o psychobilly topetudo e sem-vergonha d’ A Grande Trepada, a estranheza vanguardista do m.takara3 (projeto solo de Maurício Takara, baterista do Hurtmold, SP Underground e Instituto, que envolve hip hop, desconstrução jazzy e uma abordagem musical das mais incomuns), e a esperada e curiosa assembléia de artistas goianienses, reunidos sob o comando da Eline, ex-backing vocal do Hang the Superstars, e batizada didaticamente de Banda da Eline.
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É claro que o mais legal de um festival como o Bananada é descobrir coisas novas, e por isso mesmo espero sinceramente ser pego de surpresa por alguns dos nomes omitidos neste post.
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E para quem já se despediu do salário desse mês, ou quer economizar pra comprar uma guitarra, montar uma banda e tentar aparecer na lista de convocados da próxima edição da festa, Goiânia Rock News dá uma mão e leva a sorteio um ingresso para cada um dos três dias do Bananada dois mil e oito. É só ir, como de praxe, ali na caixa de comentários e deixar seu nome, e-mail e me dizer quais atrações mais interessam ao seu par de ouvidos, não se esquecendo de informar se o ingresso pretendido é o da sexta, o do sábado, ou do domingo. O resultado sai na quinta feira, dia vinte e dois, e os felizes sorteados poderão buscar seus convites na sede da Monstro Discos, ali no shopping 1000, no setor Pedro Ludovico.
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Já volto.







quinta-feira, maio 15, 2008

Cum On! Feel the Tocantinoise

# Para onde vai o rock? Melhor: Para onde vai o novo rock brasileiro?


Estou conversando com os três Macacos Bong, sentado numa das camas do hotel que lhes serviam de casa durante sua passagem por Goiânia – para o show de lançamento de seu primeiro disco –, e a impressão que tenho é a de que, apesar de intimamente envolvidos com toda essa lógica cultural e de enxergar tudo do ponto de vista de uma das maiores novidades dessa música independente, eles não saberiam me responder. Aliás, alguém saberia?


Artista Igual Pedreiro


Um trio de rock instrumental (um não, dois! A Pata de Elefante também merece tantos créditos quanto) na ponta de lança da nova música brasileira não é algo exatamente recorrente na história da nossa cultura pop. Entre um trago no cigarro e um gole de água mineral, os três parecem mais preocupados, no momento, com um jogo de futebol na tevê. O Flamengo iria perder por três a zero. No Maracanã! Para onde vai o novo rock brasileiro?


Quase um “velho” conhecido do público goiano, o grupo cuiabano encheu de gente, no dia oito de março último, o charmoso Bolshoi Pub para inaugurar a pequena turnê de lançamento de Artista Igual Pedreiro, também gravado em Goiânia, no fim do ano passado. A apresentação enumerou todas as longas dez faixas do disco, na ordem oficial, começando pelas linhas quentes, líquidas e tensas de Amendoim, passando pelos dedos leves e lascivos de Fuck You Lady e Black’s Fuck, despindo referências em Bananas For You All e Belezza, até atingir o clímax molhado e duro de Vamosdarmaisuma. Quase uma hora e meia de um potente discurso mudo e sincopado, que terminou num clique abafado, revelando suspiros e ovações de puro prazer de uma platéia entregue.


A música instrumental desligada de conservatórios e mais próxima do rock nunca esteve em um momento tão bom no panorama nacional. Além de Macaco Bong e Pata de Elefante, toda uma nova safra de grupos que dispensaram um vocalista surge por todo o País. Aqui em Goiânia o antigo Seven, hoje Orquestra Abstrata, e o trio Funky Dom Casamata e A Comunidade levantam com louvor essa bandeira. Outros exemplos respeitáveis são a Fóssil, lá de Fortaleza e os Dead Rocks, do interior de São Paulo, além de inúmeros outros nomes menos cotados, mas que contribuem para um painel, finalmente, promissor para um gênero tão subestimado quanto pródigo.


Macaco Bong é, hoje, quem tem a música mais genuinamente moderna, inventiva, vigorosa e instigante desse novo rock brasileiro que eu não sei pra onde vai. Mas dá pra adivinhar que, a depender dos três cuiabanos (e de uma boa dúzia de outros conjuntos, embolados ali na “liderança” desse ranking inventado) esse caminho escuro à frente nunca prometeu tanto para a nossa música, independente de qualquer coisa.
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4º PMW Rock Festival
Fotos: DJ Lucho
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# No primeiro final de semana de maio, o PMW Rock Festival celebrou seu quarto ano de vida como maior festival de música da causticante cidade de Palmas, a jovem capital do Tocantins.
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Não fosse tão exagerada no calor, um visitante descuidado que acordasse de repente numa das vias largas e amplas do centro, poderia julgar ter chegado à Brasília, tamanha a semelhança das divisões urbanísticas. Grandes platôs verdes contornando as avenidas, ornamentados com árvores frutíferas que oferecem sombras consoladoras para o caminhante, invariavelmente, suado.
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O PMW é um dos festivais-referência do Norte do País, membro ativo da Abrafin (Associação Brasileira dos Festivais Independentes) e principal evento da cultura alternativa do estado do Tocantins. Palmas ainda não completou vinte anos de idade, e apesar de amplamente inserida no circuito indie brasileiro, não pariu uma banda que realmente faça diferença, que consiga superar a média e emocionar. Sendo assim não foi surpresa nenhuma constatar que as atrações locais do festival ainda carecem de muito tempo de estúdio para fazer bonito, de fato, no borbulhante panorama dessa nova música brasileira. Mesmo a Boddah Diciro, grupo tocantinense que mais tem girado pelos festivais Brasil afora, ainda não escapa daquela derivação inócua que encanta quase toda banda iniciante, e acaba soando como imitação terceiro-mundista (e cheia de poses) daquele grunge vigoroso que marcou os anos noventa.
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A abertura da festa, na sexta feira, ficou por conta da também local Anorexia, que conta com um baterista africano e investe naquele mesmo e surrado heavy metal esgoelado e com cara de mau. .
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O simpático trio cuiabano Branco ou Tinto tem boas idéias, boas referências e boas intenções, mas ainda não chegou lá. Fez, de longe, o melhor show da primeira metade da noite, mas esse mérito é altamente questionável já que a concorrência não era das mais acirradas. A palmense Críticos Loucos não foi exceção, e gastou meia hora de chatice barulhenta antes da paraense Jolly Joker quase me animar os ouvidos. Quase!
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Depois de tanto ruído, a guitarra afiada do trio mais embriagado da noite foi a primeira boa surpresa, que acabou perdendo um tanto da graça à medida que "piadinhas" do tipo Suck My Dick and Die, eram enfileiradas como se fossem realmente engraçadas.
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Mas se depois da tempestade vem a bonança, o show da paraibana Zefirina Bomba foi o início da redenção de uma noite difícil. O trio carregou no improviso, e ocupou quase metade de sua apresentação com devaneios instrumentais psicodélicos coloridos com tinta verde-amarela. A intensa atmosfera de distorção chapada que os três criaram acabou por seduzir quem ainda não estava em frente ao palco, e pela primeira vez na noite a comoção do público foi geral, que assistiu sorridente aos tombos bêbados que o vocalista Ilsom se permitia, em meio às ressonâncias, texturas e efeitos.
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Depois que os três deixaram o palco, cambaleantes e satisfeitos pelo dever cumprido, o Móveis Coloniais de Acaju era o motivo do burburinho e da aglomeração saltitante que enchia o gargalo. Quando a big-band brasiliense ocupou o palco, a histeria coletiva se revelou a mesma que o grupo tem despertado pelo Brasil afora.Se as coreografias caóticas que atravessam frenéticas o palco de um lado pra outro fazem tanto sentido, dentro de um contexto que envolve samba, ska, rock, jazz e um tanto mais de elementos, a platéia em êxtase festejava com a mesma empolgação cada uma das canções do set list, que percorreu todas as fases da curta, porém explosiva, carreira dos candangos. O calor que já havia cedido alguns graus a essa altura da madrugada, voltou com força, durante a tradicional roda, em que os músicos descem do palco e comandam uma ciranda do meio da multidão.
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Não é atôa que o MCA (que nasceu como qualquer um desses grupos iniciantes que ainda se esmeram na imitação), tem hoje um dos melhores shows do cenário independente brasileiro. Entrosamento, apuro instrumental e espontaneidade fizeram da turma de Brasília a melhor coisa da quarta edição do PMW Rock Festival, ainda que poucos dos seus concorrentes fizessem alguma diferença.
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Vista panorâmica do público
Fotos: DJ Lucho
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No segundo e último dia, a local Val Hala abriu os trabalhos, e teve coragem de desperdiçar boa parte de seu curto set numa cover anódina do U2. O grupo paulista Somos não se apresentou, já que um de seus integrantes não conseguira voar a tempo para o show, e assim a também local Mata Burro se antecipou no line up, e teve que revelar sua receita tosca e infeliz de agacê da velha guarda antes do combinado.
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A goianiense Mugo subiu no tablado um tanto insatisfeita com o pouco público, mas conseguiu uma atenção empolgada de maioria das duas centenas de humanos que já desfilavam pelo pátio em frente ao palco. O quarteto goiano não estava em sua noite mais inspirada, e o som não ajudava, mas mesmo assim a fúria de afinações baixas temperada com pequenas doses de candura pop acabou funcionando, a despeito de tudo.
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A Mestre Kuka seguiu o programa com melodias pop rock das mais inofensivos (pra ser educado e não dizer ingênuas e risíveis), e a mineira Pleiades é uma versão infantil, menos cabeluda e tão engraçada quanto o Massacration, com o agravante performático bizarro da vocalista Cynthia Mara, que aos quatorze anos assusta com seus trejeitos frenéticos pé-no-retorno à Bruce Dickinson, e com cacoetes vocais que mais lembram um urso rouco enfurecido.
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Antes da Cachorro Grande fechar o festival com os louros, aplausos e groupies que sua insuspeita popularidade lhes garantem, a Lafusa, de Brasília, dessa vez não foi feliz nos seus trinta minutos de palco, apesar do pop redondinho e adornado com guitarras wezzerianas, que já soou melhor em outras ocasiões.
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O PMW parece ser uma espécie de pai amoroso e paciente das bandas do Tocantins, e assim que surgir um grupo local com qualidade talentosa para marcar território no acirrado cenário nacional, o festival fatalmente será apontado como um dos culpados. Por enquanto a aposta da produção ainda é o fomento de bandas novas, e esse parece ser mesmo o melhor caminho para uma cidade tão jovem, e que espera a hora de tirar dessa efervescência toda, um cartão de visitas decente,que dialogue de igual para igual com os demais grupos espalhados pelos festivais tupiniquins.
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# O festival Demo Sul, que acontece anualmente lá em Londrina (PR), recebe a partir de hoje (até o dia quinze de julho) material de bandas interessadas em tocar no palco da festa, que geralmente acontece em novembro. Os artistas interessados devem enviar um cedê (ou devedê) com a gravação de suas canções, e outro com release, mapa de palco, fotos em alta resolução e quaisquer outras informações necessárias. Se você quer tentar uma vaga na folia paranaense, junta tudo isso aí e manda para:
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Rua Xingu, nº 136 – Vila Nova
Cep. 86025-390
Londrina – Paraná – Brasil
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- A última, só a última: O grupo californiano The Calling, sucesso no início do milênio com músicas como Wherever You Will Go e Adrienne, e extinto em dois mil e cinco, foi outro que também voltou à ativa e até já confirmou uma pequena turnê pelo terceiro mundo, no caso o Brasil.
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Segundo a assessoria da banda, estão sendo negociados datas em Goiânia, Recife, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza e Manaus, além de shows aparentemente confirmados em
São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Florianópolis.
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Quem dá a notícia é o Globo Online. Depois de Megadeth, The Calling!
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Se animou?
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Vou ali, já volto pra falar dos dez anos de Bananada!


quarta-feira, maio 07, 2008

Emoção Erótica Ao Vivo

# Os ingressos para o show que o Megadeth promete fazer em Goiânia no começo de junho estão à venda desde ontem, o que enche de alegria os corações brutos dos headbangers de Goiânia e adjacências. Depois de tanto "sofrimento", com a agonia do cancelamento, acho que até vou lá no clube Jaó conferir quais canções do Youthanasia e Cryptic Writings (os meus preferidos),a banda de Dave Mustaine vai se lembrar de tocar. Os preços dos ingressos variam de sessenta (aréa Vip open bar - cerveja, água e refrigerante), a cem reais (camarote - cerveja, água, refrigerante, vodka e uísque), podem ser adquiridos ali na Tribo do Açaí (ao lado do shopping Bougainville), e os três mil primeiros compradores levam também, na faixa, um bilhete para assistir gratuitamente ao show do U.D.O., atual banda de Udo Dirkschneider, ex-vocalista do longínquo Accept (lembra?).

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Esse brinde eu passo.



Bruno Kayapy, do Macaco Bong

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# A quarta edição do PMW Festival, que mobilizou o povo rock da capital do Tocantins no último fim de semana teve lugar para mais um ótimo show do Móveis Coloniais de Acaju, outra apresentação intensamente chapada da paraibana Zefirina Bomba, e reservou boas doses de tietagem explícita para o Cachorro Grande, que também protagonizou, ao lado da goianiense Mugo, uma quase-confusão no Hotel.

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A Mugo, única banda de Goiânia no festival, teve lá seus problemas, mas conseguiu dar seu recado, esgoelado em afinações baixas. Porém os grupos da cidade ficaram devendo. Palmas ainda não tem uma banda realmente boa para se orgulhar e chamar de cria local, mesmo que a Bodah Diciro esteja começando a atravessar as fronteiras do estado e percorrer o circuito de festivais.

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Já, já entra aqui nesta mesma tela um texto largo e que vai contar em detalhes como aconteceu mais uma edição deste festival que já é marca registrada do rock tocantinense.

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# O poderoso trio instrumental cuiabano Macaco Bong lança amanhã (08/05) seu primeiro disco. A festa acontece aqui em Goiânia, mais precisamente no palco de cetim vermelho do Bolshoi Pub, e marca o nascimento oficial do melhor disco do independente nacional em dois mil e oito (conclusão precipitada? Ouça o disco e depois me diga se ainda pensa assim).

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Te vejo lá?

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# A faixa título do disco novo do Coldplay (que deve alcançar vossos players ainda nesse semestre), Viva La Vida, apareceu na web como num num passe de mágica, na manhã desse dia que acaba daqui a pouco. Achei a canção digna do padrão Coldplay, que sabe combinar doçura, dor e comoção na medida certa para emocionar. A canção - que conta com arranjo de cordas, vocalizes esvoaçantes e melodia das mais compassivas -, você pode pegar aqui, mas não garanto nada quanto a essa ser a versão finalizada, ainda que esteja em ótima qualidade. Esse é um dos lançamentos que mais aguçam minha curiosidade em dois mil e oito, e dá pra dizer que esse começo é bem digno! Ouve aí, depois me fala se eu tenho, ou não, razão!
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Tchau

Tchau

sexta-feira, maio 02, 2008

Metal Mexicano

# Depois de um hiato imperioso, porém injustificável, olha eu aqui de novo! Sumi por uns dias, mas volto a teclar diretamente de Palmas, a jovem capital do Tocantins, onde acompanho, daqui a pouco, a abertura e os shows dessa primeira noite de PMW Rock Festival, que garante apresentações esforçadas de Zefirina Bomba e Móveis Coloniais de Acaju, além da outros cinco grupos. Amanhã a melhor banda nova de Goiânia, a Mugo, ocupa o tablado do PMW ao lado de Lafusa, Cachorro Grande e mais cinco conjuntos.

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# A novela “Megadeth in Goiânia” ganha mais um capítulo emocionante. Depois de extasiar fãs com a notícia do primeiro show do eterno líder do segundo escalão do thrash metal na cidade, a banda decepcionou sua legião de seguidores com uma anunciada troca de palcos goianos por tablados mineiros, deixando toda uma tribo cabeluda de olhos marejados. Seguindo a receita mexicana de como fazer folhetins, a reviravolta da vez dá conta de que a banda dona do ótimo Youthanasia volta a encher corações brutos de expectativa emocionada, e quem garante é o próprio site oficial:

Two more cities have been added to Megadeth's 'Tour Of Duty'

in South America. The band will headline shows in Goiania,

Brazil on June 3rd and Manaus, Brazil on June 15th.





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# Como quem lê isso aqui já sabe, os dois melhores discos de rock desse ano (até agora, pelo menos) são de dois artistas, digamos, da velha guarda. Black Crowes – com Warpaint, e Lenny Kravitz – com It Is Time For A Love Revolution, souberam como desbancar uma tonelada e meia dessas bandinhas com musiquinhas legais que “acontecem” todo mês e depois se perdem para sempre nos agá-dês da vida. E eu sei que você sabe quais são.

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Warpaint não tem cheirinho-de-carro-novo. Tem o mesmo “fedor” encanecido de uísque com cigarro e sexo de sempre. Slide guitars cheias de volúpia se entregando ao suíngue retorcido da cozinha elegante do baixista Sven Pipien e do baterista Steve Gorman. Sem nenhuma intenção de reinventar a roda, o Black Crowes foi buscar ainda mais fundo no passado da música popular dos Estados Unidos a inspiração para seu sétimo álbum, o primeiro de inéditas desde Lions, de dois mil e um. O blues rural, as work-songs e toda a tradição que nasceu daí (como a alegria gospel do rhythm and blues e a sensualidade negra da soul music) se combinam aos elementos do rock n’ roll clássico com tanta cumplicidade que quase dá pra desconfiar.

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Apesar disso a banda dos irmãos Robinson soa mais pesada e noturna do que nunca, flertando com aquela psicodelia sessentista pesada do Deep Purple do comecinho (Evergreen), com country manhoso e lascivo (Locust Street) e com os spirituals cristãos da primeira metade do século vinte (God’s Got It).

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Já o galã de filmes b, Lenny Kravitz, parece ter se arrependido daquela atmosfera moderninha equivocada de Baptism, de dois mil e cinco, e voltou sua antena para os próprios pés para dar a luz a outro grande disco, o que já não fazia desde Are You Gonna Go My Way, que fechou a brilhante trilogia de estréia do multi-instrumentista. Se em mil novecentos e oitenta e nove Kravitz apareceu para o mundo imitando como ninguém alguma coisa entre o Led Zeppelin e o Stevie Wonder, no sensacional Let Love Rule, quase vinte anos depois ele tira a mesma receita da gaveta e recria todo um universo setentista que os anos setenta não viveram pra ver.

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Mastigando mais uma vez o lema hippie do amor, o músico pode não ser um grande letrista, mas compensa a pouca habilidade com as palavras abusando de uma sonoridade contemporânea em um contexto absolutamente retrô, e debaixo da chuva de riffs "roubados" a pieguice dos refrões acaba não importando. Love, Love, Love (o primeiro single) é uma das melhores canções que Kravitz já fez e I’ll Be Waiting e Will You Marrie Me só não são melhores por que estão espremidas em pouco mais de três minutos.

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Se o hype não se cuidar, vai acabar atropelado pelos veteranos, em dois mil e oito. Até agora, pelo menos, a caça ao novo está longe de superar a garantia que os dois veteranos neo-hippies marcaram para si, com Warpaint e It Is Time For A Love Revolution. E como as iguarias mais caras do menu pop desses últimos e instantâneos tempos mal têm sobrevivido ao seu segundo verão, reconhecer que os melhores têm mais de dezoito anos não é tão difícil assim. É?

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# Saiu dia desses a programação oficial do Bananada. Este blog já havia adiantado, há algum tempo, a maioria desses nomes, mas agora a lista é oficial. Acompanha aí:

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sexta-feira (23/05)
01h30 Mandatory Suicide (GO)
01h00 Johnny Suxxx & The Fuckin' Boys (GO)
00h30 Mechanics (GO)
00h00 Are You God?
(SP)
23h30 Sapobanjo (SP)
23h00 Identidade (RS)
22h30 Curumim (SP)
22h00 Inbleeding (GO)
21h30 Jonas Sá (RJ)
21h00 Fim do Silêncio (SP)
20h30 Goldfish Memories (GO)
20h00 The Melt (MT)
19h40 Mugo (GO)
19h20 Bad Lucky Charmers (GO)
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sábado (24/05)
01h30 Violins (GO)
01h00 Diego de Moraes e o Sindicato (GO)
00h30 Motherfish (GO)
00h00 Do Amor (RJ)
23h30 Mallu Magalhães (SP)
23h00 Cérebro Eletrônico (SP)
22h30 Sweet Fanny Adams (PE)
22h00 Black Drawing Chalks (GO)
21h30 Chimpanzé Club Trio (SP)
21h00 Bang Bang Babies (GO)
20h30 Abesta (SC)
20h00 Filhos de Empregada (PA)
19h40 Abluesados (GO)
19h20 Gloom (GO)
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domingo (25/05)
00h30 A banda da Eline (GO)
00h00 Necropsy Room (GO)
23h30 MQN (GO)
23h00 m.takara 3 (SP)
22h30 O Lendário Chucrobillyman (PR)
22h00 A Grande Trepada (RJ)
21h30 Amp (PE)
21h00 Shakemakers (GO)
20h30 Bad Folks (PR)
20h00 Orquestra Abstrata / Seven (GO)
19h30 Big Nitrons (Santos - SP)
19h00 FireFriend (DF / SP)
18h40 The Backbiters (GO)
18h20 Sweet Racers (GO)

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Vou ali conferir se os Móveis Coloniais de Acaju também comovem os tocantinenses. Depois te conto.

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Tchau