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sexta-feira, abril 20, 2007

Fora do ar por uns dias...

Leônidas e seus 300


# Detesto cinema cheio! Adoro colocar o pé na poltrona da frente, entende? Mas bastante curioso que estava, fui ver 300 – a adaptação do Zack Snyder para a agá-quê do Frank Miller - no meio da semana passada. Não imaginava, nem de longe, a multidão de sacos de pipoca e cocas-cola gigantes, e nem sabia da existência de mastigações tão amplificadas. Tá certo que era dia de promoção, e o apelo do Rodrigo Santoro como Xerxes (“quem?”) é maior do que eu supunha. Mas tudo bem. Consegui me sentar num lugar razoável, no extremo de uma das fileiras, o que me deixava pelo menos 50% livre, bem ao lado de uma outra poltrona vazia, que ficou solitária quando ocupei sua colega. Pouca gente vai ao cinema sozinho (é, eu estava sozinho), e para esses eu ensaiei a cara mais mal humorada que pude (já fui bom nisso) e consegui manter afastados os pretendentes à vaga.

# # Depois de conseguir ignorar o resto dos humanos presentes, fui tentar entender se o filme era tudo isso mesmo que tanto falavam os meus amigos. Gosto muito dos épicos Hollywoodianos contemporâneos. Gostei muito de Tróia – do alemão Wolfgang Petersen –, apesar das concessões que camuflaram certos detalhes, mas fiquei enojado com Helena de Tróia, pastiche caça-níqueis com direção do “desconhecido” John Kent Harrison. Achei Alexandre, do Oliver Stone, um grande filme, com cenas magníficas e certa fidelidade histórica - descontados alguns pecadinhos. Cruzada é outro filme que vale muito a pena, assim como Gladiador, os dois do Ridley Scott. Também gosto da Joana D’Arc do Luc Besson (apesar de uma Mila Jovovich “piradinha” demais, no papel da francesinha rebelde).

# # # Depois dos trailers e daquele aviso pra desligar o celular, uma conhecida atmosfera de máquina do tempo tomou conta da sala (duvido que a maioria tenha percebido, ocupada em mastigar pipoca com coca), mas ainda não tinha sacado que aquele era o melhor de todos esses épicos modernos. O rei Leônidas (Gerard Buttler), líder máximo de Esparta, inconformado com as decisões do oráculo, reúne 300 dos seus melhores guerreiros – forjados no aço para morrer em combate –, e decide enfrentar o descomunal exército do megalômano “deus-vivo” Xerxes (Rodrigo Santoro), que já conquistara a Ásia e desejava expandir seus domínios para além da Europa.

# # # # Quem ainda não foi conferir o filme nos multiplex da vida, pode estranhar, mas 300 tem as melhores cenas de batalha do cinema! Uma obra-prima da cine-fotografia eletrônica. “Cenários” e “Paisagens” incrivelmente reais e bonitos, onde as duas forças duelam com tanta veracidade, que logo você está nervoso, ansioso e amedrontado com o próximo movimento do exército do Rodrig... heheheh do Xerxes, vai. Chama a patroa ou os bródis e vai correndo assistir. Imperdível!



O Tribunal Surdo do Violins
Foto: Lídia Arrais


# No último domingo, 15/04, aconteceu o lançamento oficial de Tribunal Surdo, o disco novo do Violins. E pra marcar a data, a banda resolveu se apresentar lá no Bolshoi Pub. Tudo muito diferente do lançamento de Aurora Prisma, que a exemplo de suas músicas, teve uma festa cheia de solenidade, com ares de “super-produção”: participação de um quarteto de cordas e metais, lotação esgotada no tradicional Teatro Goiânia – que abriga quase mil pessoas – e apresentação exclusiva do pavoroso vídeo-clipe que tinham feito para Auto-Paparazzi (se não me engano). Tudo divulgado com outdoors espalhados pela cidade.

# # O lançamento de Grandes Infiéis não teve tanto glamour, mas também foi num teatro – dessa vez no tablado da Cambury – e ainda com alguma pompa. Também não estava cheio, mas ainda assim o pessoal cantou junto, gritou e pediu músicas.

# # # Agora, no lançamento de Tribunal Surdo, possivelmente o melhor álbum do Violins, o grupo optou por deixar, de uma vez por todas, a bazófia de lado, e resumir a coisa no que ela sempre foi, apesar da maquiagem: um show de rock, direto, sem muito roteiro, meio sisudo e com solenidade nenhuma, assim como as narrativas bizarras do disco. Os cerca de trezentos humanos (dessa vez todos de pé) que se espremiam em frente ao palco, não pareciam preocupados com o aparato cênico de outros tempos, e de novo gritavam, pediam músicas e faziam piadinhas, cheios de intimidade. O vocalista e guitarrista Beto Cupertino, que para a apresentação adotou um visual aparentemente inspirado em Daniel Johns, líder do Silverchair, apareceu sem camisa e com trechos de letras do disco espalhadas pelo corpo: “A Bíblia vai te salvar”, ou “Seja Bom!”, davam o recado do cinismo extremo e psiquiátrico do novo álbum. Grupo de Extermínio de Aberrações, uma das melhores desse quarto disco, foi cantada em coro, enquanto pequenos clássicos do Aurora Prisma, como Deus Você e do Grandes Infiéis, como Glória, fizeram a alegria dos fãs veteranos.

# # # # O som, durante toda apresentação, esteve impecável, mérito do trabalho afiado do Smooth e do Cristiano (que de última hora, conseguiu sanar um problema imenso, que poderia atrasar, ou até adiar o show), e o único imprevisto – a pele da caixa acabou cedendo durante o show –, foi sanado em minutos.

# # # # # Se reinventando a cada álbum, o Violins segue construindo sua carreira em cima de uma obra, cimentada com temáticas e sonoridades sempre diferentes, mas sempre particularizadas por uma marca forte, e que (pelo menos até agora) dá garantias de satisfação. Mais sobre Tribunal Surdo, o disco, em breve aqui no blog.


# A Vícios da Era, banda veterana – e ultimamente bissexta –, voltou aos palcos na última semana, também no Bolshoi Pub. Nesse eu não fui (culpa de umas cervejas e um espeto de picanha, lá no bar do Gaúcho), mas os amigos disseram que o show foi bem legal, apesar de uns perrengues técnicos.

# # O grupo, capitaneado pelos irmãos Smooth e Brunaite, divulgam em breve uma série de shows pela cidade, marcando sua volta aos palcos depois de mais de um ano afastada deles. Pra quem não conhece, a Vícios da Era está aí há mais de quinze anos, numa carreira discreta e constante. Lançaram dois discos até hoje: o bom Vícios da Era, de 1999, e o super bacana Antídoto, de 2003. O som do trio dança entre guitarras zeppelianas e grooves inspirados, tudo pulverizado entre melodias pop. Tirando, é claro, os arroubos de docilidade vocal do Smooth, porquê esses, ninguém agüenta! Ou você agüenta?


# Muitos goianos no prêmio Dynamite, que agora é patrocinado pelo Toddy, aquele mesmo que acompanha suas manhãs há anos (às vezes trocado por um Nescau, mas que nunca some de vez). Os prediletos do blog estão grifados aí embaixo, cabe a você decidir se eu tenho, ou não, razão.

# # Eu tenho certeza que sim!

-Álbum Rock- Hang The Superstars
"First Lost And Always" (GO/Monstro Discos)
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- Álbum Indie Rock
Barfly - "The Longest Turn" (GO / Monstro Discos)
Valentina - "Valentina" (GO / Monstro Discos)
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- Álbum Punk/Hardcore
Señores - "Paz entre Nós, Guerra aos Señores" (GO / Monstro Discos)
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- Álbum Música Eletrônica
Control-Z - "Control-Z" (GO / Alvo Discos)
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- Revelação
Bang Bang Babies - "Bang Bang Babies" (GO / Alvo/Fósforo Records)
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- Selo/Gravadora
Fósforo Records(GO)
Monstro Discos(GO)
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- Veículo Impresso
Decibélica (GO)
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- Programa de Tv ou Emissora
Reator (GO/DMTV)
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- Programa de Rádio ou emissora
97 Noise (GO/Rádio 97 fm)
Festa Black (GO / Positiva FM)
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- Casa de Shows
Martim Cererê (GO)
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- Melhor Evento
Goiânia Noise Festival (GO)
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- Personalidade
Fabrício Nobre(GO)
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# # Vota lá!




Até!

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