Se você ainda não conhece, vai conhecer agora. Dessa vez você não escapa. A não ser que você seja mais um daqueles que sentem vergonha de reconhecer que a-do-ram a tevê. Eu amo meu controle remoto, e gosto bastante da música do Beirut, mas dessa mini-série é que eu não tive a manha de gostar (apesar da Letícia Persiles). Ainda prefiro House!
O Casa Bizantina, uma das melhores e mais relapsas bandas de Goiânia, está, devagarzinho, saindo mais uma vez daquele mesmo ostracismo auto-imposto e preguiçoso de sempre. Dessa vez a novidade é a música Jardim Invisível, recém-disponibilizada na página do grupo no Myspace, junto com Helio Vai e Um Beijo pra Matar o Tempo, num total de três canções inéditas que provavelmente vêm no próximo álbum da banda, que deve sair no ano que vem. Estado Natural, terceiro álbum do conjunto, foi um dos melhores discos de 2006, e na lista de melhores daquele ano ficou em segundo lugar, atrás apenas do Carrossel, do Skank, e deixou Cê, do Caetano Veloso, e o primeirão do Superguidis pra trás.
Ainda não me acostumei com Jardim Invisível. Na verdade, na primeira vez que ouvi achei até bem ruim. Mas andei insistindo e ela já soa melhor. Vamos ver se foi só uma má-impressão, ou se realmente é uma derrapada. Dessas três inéditas que já estão navegando pela web afora, Um Beijo pra Matar o Tempo é, de longe, a melhor. Apertando o play aí embaixo dá pra ouvir Jardim Invisível. Confira você mesmo:
# E o Goiânia Noise? O Helmet não fez todo aquele barulho que chegamos a pensar que faria (eu mesmo não fiquei pra ver), mas quem viu disse que valeu a pena. Sei não, quase impossível (o quase é só por que eu não vi o show) a banda de Page Hamilton ter feito um show mais impressionante que o do coletivo carioca Instituto, que fechou a noite de sábado com o tão falado show do classicaço Tim Maia Racional Vol. 1, lançado “recentemente” (pela primeira vez em cd) pela Trama.
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Pode anotar aí, esse vai ganhar o segundo lugar na lista de melhores shows do ano segundo o Goiânia Rock News (vai perder “só” pro Muse). E olha que, como já falei alguns posts atrás, fui assistir meio desconfiado, por que essa história de Tim Maia Racional já está dando no saco (nada contra os discos, muito pelo contrário), e por que tinha visto um show do pessoal no Multishow, em que a Thalma de Freitas abusava tanto dos cacoetes e vibratos da soul-music, que tive que mudar de canal.
Mas correu tudo maravilhosamente bem, Thalma de Freitas também deve ter assistido a esse show pela tevê e se contorcido de vergonha, prometendo a si mesma economizar na chatice da próxima vez. Sorte minha, que vi um show em que a cantora/atriz global soube se conter e valorizar a sutileza de sua voz veludosa e sua presença de palco, tão teatral quanto sexy.
Do tão falado show do Black Mountain eu achei só ok. Talvez um pouco mais do que isso, mas não foi a maravilha toda que andam dizendo por aí, pode acreditar.
O show do Guizado foi tão psicodélico quanto chato, e se nos fones de ouvido as músicas do grupo são uma trilha sonora até decente para as horas diárias em frente à telinha do computador, no palco a coisa funciona diferente (ou não funciona). Assisti sentado, e só não dormi por que tinha o Black Drawing Chalks no outro palco, na seqüência.
Acabei vendo pouca coisa do show do BDC, e me permiti perder o show do Cabruêra, que vi pela primeira vez lá em Cuiabá, no último Calango, e quase gostei. Mickey Junkies foi outra decepção. Não que eu esperasse muita coisa, mas ainda assim esperava mais do que a “lendária” banda de Osasco apresentou.
Diego de Moraes está cada vez mais afiado. Afinando sua ironia-operária ao mesmo tempo em que recusa os discursos prontos, se confirmando cada vez mais dono do palco, onde se traduz muito melhor que em qualquer uma de suas gravações (pelo menos as que eu já ouvi), que são só um instantâneo opaco do que ele faz ao vivo. O garoto brilha mesmo é no tablado, à frente d’O Sindicato, onde canta, desafina e se emociona, oferecendo um deboche musical tão honesto e consistente, que não dá pra não gostar.
Já falei que o show do Vaselines cheirou a naftalina? Já contei que, ao contrário do que uns e outros podem pensar, isso não é um elogio?
# Boiam pela internet, alguns links com as músicas registradas DURANTE o Goiânia Noise. Não se trata de áudio de shows, são gravações de bandas que não estavam na programação oficial, mas registraram músicas no mega-stand do Rock Lab Studio, montado no pátio do festival, cheio de skatistas de trinta e poucos anos (hehe).
O track list está aí embaixo, e se tiver coragem para fazer um download, você só precisa clicar aqui.
01_Ultravespa_Deixe o meu inferno e volte para o seu
02_The Galo Power_Psychobilly
03_Just Another Fuck_Old School Murder
04_HC 137_A Água Acabou
05_Critical Strike_They Always Took it for Granted
06_Corja_Oque Você Vai Fazer Quando a TV Quebrar
07_Macacos Gordos_Ouvidos Covardes
08_Girlie Hell_Wake Up
09_Sapo Verde_Preguiçoso
10_Sangue Seco_Gado
11_Baba de Sheeva_Baba de Sheeva
12_Vaillant_Maria.
* Fim de ano, época das adoráveis e odiosas listas de melhores (adoráveis as minhas e as de (alguns) amigos, e odiosas as do resto da humanidade). Na volta vou botar aqui algumas opiniões de um pessoal que entende do assunto.
E se não entende, pelo menos deveria.
Agora é sério. Já volto.
5 comentários:
Casa Bizantina?? isso ainda existe mesmo??
afff
mas já curti, ja
hoje nem sei mais
O Instituto foi fodah demais mesmo, que show viu
gostei praca...
putz.... bom mesmo foi o motek e o gangrena gasosa, nunca pogei tanto na vida. e o motek foi foda tb, beeem viajandãoe tal
e essa leticia persiles ae e a maior gata mermo
ai ai ai
Cara, na boa?
Vc tem um gosto bem duvidoso...
Sei que gosto é gosto, mas falar que Diego de Morais(que é um saco, convenhamos!) ''brilhou'' e Black Mountain não foi sensacional...
Desculpa, mas vc perdeu meu respeito!
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