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terça-feira, julho 24, 2007

Dia Internacional do Rock é o caralho!!

Don't Cry For Me Argentina!


# No último dia 14, a bandaça argentina Vudú se apresentou pela primeira vez em Goiânia. O show foi mesmo dos mais inspirados, cheio de poses e daquela potência guitarreira setentista que nunca envelhece. Começando o espetáculo com recordações do rock rural e lisérgico do Credence Clewater Revival (Born on a Bayou) e da versatilidade exuberante do Led Zeppelin (Moby Dick e Good Times, Bad Times), não tardou muito o quarteto de Rosário perfilou suas próprias preciosidades em pouco mais de uma hora de êxtase etílico.

# # Com o Ziggy Box Club completamente lotado, ali por volta de meia-noite, a local Black Drawing Chalks abriu os trabalhos da noite, numa das mais infelizes apresentações de sua curta carreira. Ainda não ouvi a sério o disco de estréia do quarteto (mais um que repousa paciente na pilha de espera), mas já vi shows que, se não me conquistaram o coração, até que agradaram. Nessa noite em especial a banda não convenceu, e a sensação que mais causava na audiência espremida, era vontade de passar à próxima atração da noite.

# # # A Johnny Suxxx & the Fucking Boys seguiu com o programa, numa apresentação discreta e eficiente, como cabe aos bons coadjuvantes.

# # # # Depois de lembrar Credence e Led Zep, os headliners argentinos ingenuamente comandaram a pré-festa da comemoração do nosso título de campeão da Copa América, com as pepitas de Sueños Elétricos e Picaseso, seus dois últimos álbuns. Empolgados pelo álcool e pela música excelente, este blogueiro aqui, acompanhado de uma dúzia de outros entusiastas repentinos do tema, esgoelávamos impropérios bem humorados para nossos então adversários na final da Copa América, arriscando, aos berros bêbados, um profético placar de três a zero (o jogo seria na tarde do dia seguinte).

# # # # # Depois de desplugadas as guitarras, o banda se recolheu ao camarim, seguida pela equipe do site do Tatoo Rock Fest (que os entrevistaria), e por um pequeno séqüito de curiosos que insistia com o assunto do futebol, e foi devidamente expulso depois que a câmera, enfim, foi ligada.

Da ressaca do dia seguinte eu não falo nada.

# O grupo gaúcho Superguidis finalmente apareceu com seu esperado segundo disco, intitulado curiosamente como A Amarga Sinfonia do Superstar. No Myspace do conjunto, quatro canções constantes do track list do disco estão disponíveis para audição. São elas: Mais Um Dia de Cão, O Cheiro de Óleo, Parte Boa e Mais do Que Isso. As melodias distorcidas, a espontaneidade lírica e o bom humor nerd ainda estão lá, mas dessa vez gravados bem mais decentemente que na estréia, de sonoridade beeeem amadora. A produção dessa Amarga Sinfonia ficou a cargo do Phillipe Seabra, da rediviva Plebe Rude, e chega ao mercado pelo selo mais cool da capital Federal, o Senhor F Discos.

# Dia treze passado, no tal Dia Internacional do Rock, aconteceu em Goiânia, a título de celebração, uma festa que reuniu bandas suspeitas, como a idosa Língua Solta, e a caricatura mal-feita auto-batizada Moni-K, ao lado nomes de respeito, como a Olhodepeixe e a Casa Bizantina. Da Língua Solta não esperava nada diferente, e o set-list cheio de anacronismo e rebeldia tardia, esboçado sobre covers de Pink Floyd e Barão Vermelho, se desenrolou tedioso e sem surpresas.

# # Depois, a Olhodepeixe subiu suas guitarras e se encarregou do barulho. Numa apresentação apenas correta, exibiu suas novas canções à avaliação do público e brindou alguns rostos satisfeitos com outras de Combustível, sua estréia em disco.

# # Na seqüência, a tal da Moni-k se ocupou do palco e expulsou qualquer par de ouvidos minimamente exigente de perto das caixas de som. Não sei precisar o tamanho do equívoco musical que foi a apresentação da senhorita de cabelos revoltos e cara de má, já que me assegurei uma boa distância da tenda, mas deu pra sacar que a coisa foi completamente sem noção.

# # # Pra fechar a noite a Casa Bizantina recolheu para si as atenções do lugar, mas não chegou a empolgar. Com músicas do último disco Estado Natural, misturadas aos discretos clássicos dos dois primeiros discos, a Casa fez um show apenas mediano, e para confirmar a meia-bomba da noite, cometeu uma cover bisonha de Ando Meio Desligado, d’ Os Mutantes.

E como diria, sabiamente, o sempre contraditório Lobão:

Dia Internacional do Rock é o caralho!!


2 comentários:

Ulisses Henrique disse...

Moni-k é a filha da Sharon Osbourne com o Raul Seixas!!!
Rapá, você chamando Lobão de sábio, que milagre é esse?? hehehe
Abraço

Carpe Diem

Anônimo disse...

Sabia que já tinha ouvido essa frase em algum lugar. Só podia ser do Lobão!