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terça-feira, novembro 20, 2007

Melhores discos do ano?

Mais uma da série Filipetas clássicas do rock goiano



# Si No, o novo do Café Tacvba (lembra deles?) está se experimentando na vitrola aqui do pecê, e até agora, nas primeiras orelhadas, tem se saído bem. Tem até algumas, El Outsider, Volver a Comenzar , De Acuerdo, e Vamonos (dona de tchuru-rus e tudo mais) que já grudaram e vez ou outra me pego cantarolando despreocupado, por aí.


# # O Café Tacvba, grupo que nasceu no México, ficou relativamente conhecido no Brasil em meados dos anos noventa, quando foi abraçado pela Mtv daqui e ensaiou um intercâmbio com grupos brasileiros, que não deu lá grandes frutos. Muito eclético ou regionalista demais para uns, o Café Tacvba é uma parabólica de sons, que mixa de tudo em sua receita caleidoscópica, sempre cantando em castelhano e atribuindo às suas raízes a mesma importância de tantas outras quaisquer. Si No flerta com a disco-music, se utiliza do vigor testosterônico do rock de guitarras, brinca de ser indie, e numa alquimia pop de fino trato, transmuta tudo em idioma musical agradavelmente assobiável e dançante.



# A Black Drawing Chalks disponibilizou duas novas canções para o download dos internautas interessados em rock grave, rápido e esgoelado. Trata-se de Leaving Home e Magic Travel, que você leitor amigo, pode adquirir com dois ou três cliques. Já vi alguns shows bem divertidos do BDC, mas também já presenciei uns bem chatos (me lembro em especial de um na extinta Ziggy Box club, em que esperava pela apresentação dos argentinos do Vudú, e amaldiçoei o show horrivelmente azucrinante que o quarteto conduzia de cima do palco). O negócio é que a moçada tava precisando aprender a respirar, o frenetismo insistente e ininterrupto não funciona o tempo inteiro.


# # Mas o road-rock estradeiro Leavig Home revela uma atenção ao fato, já que a cadência sensual das guitarras até faz curvas rápidas, mas não perde aquele pulso voluptuoso do hard rock, enquanto a celeridade dominada de Magic Travel não se desespera em meio à tanta velocidade. A músicas foram registradas lá no Rock Lab, estúdio de propriedade do Gustavo Vasquez, baixista do MqN e produtor musical. Ouça você aí também, depois em diga o que achou.




* ** *** ** *



Em dois mil e um, a sétima edição do Goiânia Noise - realizada pela primeira vez lá no Martim Cererê -, trouxe, também pela primeira vez, uma atração estrangeira ao festival. O nome gringo era o do Nebula, que também se esmerava em emprestar gravidade e peso metaleiro ao rock. Mas dessa edição, minhas melhores memórias vem mesmo da apresentação exagerada de um João Gordo no auge de sua imensidão obesa e doente, mas não menos colérico e poderoso no comando da massa devota, à frente do Ratos de Porão. Foi um dos shows mais incríveis da história do festival (que depois voltaria a ser visitado pelos ratos), numa combinação histórica de vontade e empolgação, num espaço quente como o inferno, mas que acolheu perfeitamente aquele momento de explosão hardcore.


Foi lá também que, pela primeira vez, chapei minhas quatro rodas com o show fustigante e provocador do Hurtmold, que se diferenciava da maioria dos colegas de line up pela pouca ortodoxia musical e ânsia experimental aguçada. Espiei sem muito interesse os rodopios acelerados dos paulistas da Prole, e também não me deixei levar pelos beats cheios de sotaque carregado dos Sonic Júnior. Lembro que uma multidão de gorilas mal-encarados se deixou seduzir pelas provocações de Bianca Jhordão, “vocalista-gatinha” do Leela, que garantia querer ser o prato principal da moçada que babava litros na sua frente.


Os baianos do Dead Billies, grupo que dominou a pauta dos comentários pós festival, ganharam um séqüito de admiradores em Goiânia, com decibéis de surf rock inquieto e festivo, ainda que os trejeitos argentinos da paulista Detetives também tenham arregimentado seguidores para seu rock básico, instintivo e espontâneo.


Foi nessa edição que o pessoal da então recentemente extinta Loki, reconfigurado e fundido sob a nova alcunha de Crackdown, ressurgia com uma cara mais moderninha, admitindo influências da música brasileira e com cover do Balão Mágico no repertório. A gritaria desesperada, misturada aos momentos de breve melancolia, garantiu shows divertidos e bem freqüentados ainda por uns dois anos, antes do conjunto se dissolver.


Lembro pouco dos shows derretidos e morgantes do Momento 68 e dos Dharma Lovers (sempre achei DL meio chatola), e na apresentação do Devotos de Nª Sra Aparecida, do Thunderbird, me dignei a espiar de fora, por que nem tudo é perfeito.




E daqui a dez anos, quais serão as lembranças desse festival de agora?



Atenção, a temporada Goiânia Rock News de papai-noel está só começando. Agora o blog mais rock do meio oeste nacional vai presentear seus leitores com uma edição da revista Outracoisa (com os goianos na capa, encartada com o álbum que celebra e compila o décimo terceiro Goiânia Noise). e mais dois discos de estréia, da cuiabana Vanguart, e do carioca Super Hi-Fi.


Para correr o risco de ganhar, é só fazer como combinado. Vai ali na caixa de comentários e deixa anotado o seu nome, um e-mail válido, qual dos presentes prefere ganhar, e me diga também quais são os melhores discos de dois mil e sete, na sua opinião (o seu top five). Vai lá, diz pra mim o que agradou seus ouvidos nesse ano que termina, e de quebra leve pra casa um dos mimos.


Vou lá no Goiânia Ouro, dar uma olhada nas Music Conferences do Goiânia Noise.

8 comentários:

Anônimo disse...

Nome: Gustavo de Carvalho Borges
email: gustavo.de.c.borges@gmail.com
cd: Super Hi FI

top5:

1 - Black Drawing Chalks - Big Deal
2 - Goldfish Memories - Goldfish Memories
3 - MQN - Fuck Cd Sessions Vol.2
4 - MQN - Ten Long years
5 - Cascadura - Bogary

Anônimo disse...

Eu quero a revista com o cd do noise, por favoooooooor!

my top 5:

*Radiohead - In Rainbows
Neon Bible - Arcade Fire
*Smashing Pumpkins - Zeitgeist
*Interpol - Our Love to Admire
*Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even Sank
*Superguidis - A amarga sinfonia do superstar

ah,

cindybell@gmail.com

brigada

Anônimo disse...

Errr, top 6

Unknown disse...

Daniel Henrique Dias Oliveira
dhdotur@hotmail.com

eu quero a revista com o cd do Noise

top 5:
01 Bjork: Volta
02 QOTSA: Era vulgaris
03 Nação Zumbi - Fome de Tudo
04 Paulinho da Viola - Acústico MTV
05 Trilha Sonora do Filme "Não por Acaso"

Ulisses Henrique disse...

Ulisses Henrique
ulisseshenrique@gmail.com

Ok, me passe esse Vanguart aí!

Top 5

- Black Drawing Chalks - Big Deal
- Bjork - Volta
- Smashing Pumpkins - Zeitgeist
- Magic Bullets - A Child But in Life Yet a Doctor in Love
- The Devastations - Yes U

Carpe Diem

Anônimo disse...

Pode mandar a revista com o cd do noise aí!!


MqN - Ten Long Years
Vanguart - Vanguart
Superguidis - A Amarga Sinfonia Do Superstar
Goldfish Memories - Goldfish Memories
BDC - Big Deal

antoniosonoro@pop.com.br


outracoisa!

Anônimo disse...

Modest Mouse
Chemical Brothers
Smashing Pumpkins
Sigur Rós
Radiohead


cd do vanguart


julianajordao@tecprom.com.br

Unknown disse...

ixi eu kero tb!!!
ana karolina yano
karolyano@hotmail.com