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Na última sexta feira, depois de se apresentar em Goiânia no palco da 63ª reunião da SBPC, o Emicida lançou seu mais novo single, "Viva"
O Creators Project publicou uma mini entrevista com o rapper a respeito da novidade, reproduzida aí embaixo:
The Creators Project: Como foi o clima das gravações com o K-Salaam & Beatnick?
Emicida:Tudo aconteceu de uma forma muito espontânea. Os caras são bem resolvidos com a música e a carreira deles, assim como eu, então entrar em estúdio com um time deste sempre é prazeroso. O idioma não foi a barreira que imaginávamos que seria, afinal, estávamos fazendo música e a música é maior do que isto. Conversávamos uns 20, 30 minutos sobre cada faixa e partíamos pro aquário, sem muita firula.
Que diferenças principais sentiu no processo e no resultado do trabalho com a produção deles?
Produzir de uma maneira participativa é sempre melhor – poder opinar em cada detalhe e construir junto as músicas gera resultados melhores, era uma coisa que eu precisava pra seguir em frente na minha carreira. Sempre criei em cima de beats enviados pelos beatmakers, com eles participando do projeto. Construir as músicas desta forma dá uma cara mais homogênea ao EP, o que hoje para mim parece ser mais interessante por ser novo.
Em termos de sonoridade, o que mudou?
Acho que estou me tornando mais musical, no sentido de saber construir minhas frases casando-as melhor com as batidas. Claro que os beats também ajudaram muito nisso, mas eu acredito que trabalhamos com mini-melodias encaixadas cirurgicamente no tempo das bases, a música de K-salaam e Beatnick é grandiosa e acredito que conseguimos criar algo muito bonito nesta fusão!
O que viram ou aprenderam de novo?
Ensinamos os caras a falarem “zica braba”. Aprendi que ir para os Estados Unidos é legal, mas se você puder levar feijão é melhor ainda…
Cara, eu acredito que trouxe de lá uma outra visão sobre música, mercado, cultura, que misturada às minhas vai ser bem útil daqui pra frente.
Qual foi a inspiração para “Viva”?
A intenção de fazer as pessoas se sentirem bem independente do lugar ou situação. Muitas vezes a felicidade está em você e pode depender de uma questão de perspectiva. Amo fazer músicas que façam com que as pessoas se sintam bem, motivacionais (risos). Um dia olhei pela janela da minha mãe e vi dois moleques tomando banho de mangueira, falei ‘Caralho, a gente é rei e não sabe várias vezes…’ Voltei riscando a letra já. Ela iria se chamar Melô dos Vileiros", é um sub-titulo, mas a palavra “viva” se tornou muito forte durante as gravações e eu realmente a considero uma palavra muito bonita, virou o nome!
segunda-feira, julho 18, 2011
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