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quinta-feira, dezembro 28, 2006

O frenético movimento dos rabos!


Marcelo Maia e seu contra-baixo na terça jazzy do Glória,
onde o blogueiro celebrou mais um aniversário.

Foto: Vivian Collichio

# Como você deve ter percebido, já vai uma semana desde a última atualização deste recinto negro com letras brancas que você ora lê. Mas a seqüência frenética de acontecimentos festivos dos últimos sete dias impossibilitou o blogueiro aqui de se sentar em frente ao computador para anotar o que quer que fosse. E olha que ainda temos um final de semana recheado de reveillon pela frente: os dois dedinhos pra cima em movimentos ritmados e contrários ao das pernas desnudas, vamolá...

# # Um dia depois da festa de lançamento da revista Decibélica nº 5 (que o blog incrivelmente perdeu) na quarta feira, a Cine Capri se apresentou no palco da Jump Alternative Club para quase ninguém. Menos de 15 humanos (o blogueiro incluso) faziam as vezes de platéia. Como reflexo disso o show foi desanimado, burocrático e ansioso pelo fim.

# # # Para a sexta feira, dia 22, o MqN havia reservado o teatro Zabriskie para o lançamento das Fuck CD Sessions, que em sua primeira edição revelou o single Buzz In My Head. Para a festa, os anfitriões convidaram a Black Drawing Chalks e a Bang Bang Babies. Com apenas duzentos ingressos disponibilizados, o pequeno teatro se enchia de gente ansiosa pela prometida noitada. A Black Drawing Chalks abriu os trabalhos, mas foi durante o pequeno intervalo que se seguiu à apresentação do grupo que o blog aqui se fez presente no lugar. Cerveja na mão, amigos cumprimentados e a Bang Bang Babies sobe no tablado para cometer seu divertido sobe e desce garageiro. Apesar de mais do mesmo, o quarteto goiano consegue chamar a atenção pela simplicidade e honestidade das canções, fortemente guiadas pelo rock de guitarras, com um pé no passado, mas com os dois ouvidos grudados no que acontece agora.

# # # # Apoteose da noite, o MqN ocupou o palco sob ovação de um grupo de fãs, que de tanta entrega já faz parte do show do quarteto em Goiânia. Hinos locais como Cold Queen, Baby Burn e Red Pills foram festejados com reverência, entre muitos moshs e banhos de cerveja. O esporrento single Buzz In My Head, motivo da festa, não desvenda nenhuma grande novidade, mas funciona muito bem ao vivo e garantiu o frenético movimento dos rabos, tão solicitado pelo nobre e arredondado vocalista. Completamente ensopada de cerveja, a banda deixou o palco ainda sob a aclamação de um cento de moleques suados, ofegantes e satisfeitos, prontos para festejar o natal.

# No natal em família do blog, tudo na mais perfeita ordem: reunião do clã Coutinho para beber litros de cerveja, tirar centenas de fotos, rir em doses cavalares, sacanear e ser sacaneado, ingerir quilos de carne mal passada de cadáveres animais frescos, e, no meu caso, responder dezenas de vezes que já cresci sim, mas não vou cortar o cabelo não... enfim, todas essas adoráveis coisas que só passamos na companhia dos nossos. E o seu natal, como foi?

# # Dia 26, logo depois da ressaca do natal, este amigo que vos tecla celebrou mais um ano de vida, completando assim a preocupante marca de vinte e sete carnavais, sete copas do mundo e milhares de shows de rock guardados na memória. Para comemorar a data, o blogueiro se reuniu com os amigos lá no Glória, pra tomar o melhor chopp da cidade, fumar charutos indígenas e assistir ao poderoso jazz trio que é residente da casa e todas as terças feiras promove a recriação improvisada do melhor que o gênero já produziu. Um beijo pra Vivis, pra Sol, pra Érika e pra Isabella, companheiras da farra aniversária e que presentearam o amigo aqui com um belo medidor de cachaça, daqueles de pendurar na parede. Muito agradecido pelo mimo!

# # # Ainda em ritmo de festa (né Sílvio?), o blogueiro se despede prometendo desovar aqui uma porção de informações supimpas, assim que janeiro chegar. Bota fé?

# # # # Reveillon? Pois é, não sei. Tinha decidido ir pra São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, pra ver os shows das ótimas Olhodepeixe e Pedra 70, mas desisti hoje de manhã. E você, o que vai fazer? Faz aí um convite super pro blog aqui, rola não?

# Antes de 2006 suspirar pela última vez, o blogueiro publica a lista dos melhores do ano, que este espaço negro com letras brancas elaborou com tanta cautela, sensibilidade e encanto (2006 foi um ano farto em vários quesitos). No próximo post tá tudo aqui, beleza?



# # Então é isso, se não nos vermos antes, um feliz 2007 procê, com muitos decibéis de respeito, ótimos filmes e livros legais ao seu redor. Feito?




P.S.: Por falar em livro, comprei esses dias o quase clássico Pinball (cuja primeira edição data de 1982), romance onde o polonês-americano amigo do George Harrisson, Jerzy Kosinski, põe na mão de Patrick Domostroy – o protagonista da trama – a quase impossível tarefa de descobrir a identidade de Goddard, um astro do rock que mantém tudo sobre si – exceto sua música – em rigoroso sigilo. Ainda tô no primeiro terço, mas do jeito que a leitura anda saborosa aposto que essas trezentas e tantas páginas vão pro saco rapidinho. Depois te falo.

2 comentários:

Eduardo Mesquita disse...

Quá, Quá, Quá, Quá, Quá.. esse primeiro comentário foi hilário! E quem não quer jeitos diferentes de ganhar dinheiro, cara pálida? Ou melhor ainda, jeitos "fáceis" e lícitos de ganhar dinheiro. rsrs
Gentil Hígor, primeiramente meus honestos parabéns para ti. Merece muita felicidade, sabes disso.
Na sequência a Jump... que pena. O lugar é ótimo pro rock, mas ainda não pegou. O que fazer para ter um movimento decente lá? Vencer o preconceito somente será suficiente? Talvez faça falta uma outra casa de rock na cidade, e quanto a isso, aguardem novidades pra 2007.
Você pergunta do nosso natal, nós leitores, e eu te digo do meu: cachaça na roça, de novo. Só que dessa vez eu enfiei o pé com gosto, e junto ao meu sogro consumimos perto de três litros das mais diferentes cachaças do país. No fim do exagero eu já conseguia identificar uma cachaça de Salinas ou de Orizona pelo cheiro. Claro que essa clarividência desapareceu assim que eu pude purgar o álcool do organismo, mas foi bom enquanto durou.

Cara, e esse livro? Bom comentar para seus leitores que ele está a venda no Carrefour (ao menos no sudoeste) por menos de dez lascas! Uma pechincha, se é tão bom quanto dizes. Acho que ainda hoje passo lá e garanto o meu.

No mais, nada mais! Um puta 2007 e uma virada pra deixar marcas e cicatrizes.

Há braços, mano novo!! Putz, são quase dez anos de diferença! Preocupa não, ainda tem muita coisa pra fazer nesse mundo.

Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei

Anônimo disse...

Muda essas cores ! PORRA ;D