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sexta-feira, agosto 03, 2007

Por isso eu acredito nos riffs...

Bang Bang Babies


# A Bang Bang Babies é a banda escolhida para a segunda edição do Compacto ReC, projeto dos blogs e sites que compõe a rede de comunicação da Fora do Eixo, o coletivo que vem se entranhando na nova música independente brasileira em várias frentes.

# # O BBB gosta de rezar na cartilha do rock de guitarras sujas, jaquetas de couro e alcoolismo inconseqüente, e em Look Out, From My Backyard e Going Down, se revela discípulo de Stooges, MqN e Libertines.

# # # Você, amigo leitor, pode tirar suas próprias conclusões adquirindo também a segunda edição do Compacto ReC, clicando aí embaixo. Boa audição:


LookOut - Bang Bang Babies

From My Backyard - Bang Bang Babies

Going Down - Bang Bang Babies

Foto 1 BBB

Foto 2 BBB



# Para gorar um anunciado segundo semestre promissor em matéria de shows roqueiros internacionais em Goiânia, as Donnas resolveram cancelar sua passagem pela cidade. Alegando receio quanto ao caos aéreo que infla os aeroportos do Brasil e telejornais do planeta com imagens de passageiros dos mais desgostosos com os atrasos, cancelamentos e imprevistos de toda sorte, as mocinhas também devem estar bem assustadas com o absurdo acidente do avião da TAM em Congonhas.

# # Segue o texto do mail enviado pelo Renato Martins, promoter da mini-turnê brasileira das Donnas, ao Fabrício Nobre, produtor do que seria o show delas em Goiânia:

Oi Fabricio

Eu gosto de ser direto e honesto nas coisas que eu faço.

Ontem o manager das Donnas me ligou e pediu encarecidamente que eles não querem tocar antes do show de São Paulo. Ele tem um amigo que mora em Floripa e passou pra ele sobre o caos aéreo que esta rolando no Brasil. (Ele viu as imagens do acidente de Congonhas pela CNN). Eu expliquei que a gente não vai voar por Congonhas, mas mesmo assim ele alegou que não quer que as meninas toquem 1 dia antes de SP.


Ele alegou que o vôo é cansativo e que tem conexão, que pode atrasar etc. A gente saindo de Curitiba pra Goiânia não tem vôo direto e necessariamente tem que trocar de aeronave. Eu não quero de maneira nenhuma agüentar o cara surtando e falando merda pra mim.

Isso me prejudica tb, visto que eu já estava contando com a grana do show de Goiânia. Eu insisti com o cara dizendo que eu precisava desse show pros meus custos, mas ele foi irredutível.

Eu sei que isso pode prejudicar vcs ai, mas melhor agora que não vendeu ingresso ainda do que em cima da hora. Fique ciente que não foi uma decisão minha, e que isso ta me prejudicando tb, mas eu fico a disposição pra repor isso de alguma maneira, ajudando no que eu puder.

Espero que entendam a minha posição.
Abrs
Renato Martins
www.ataquefrontal.com


# Já voa pela internet a tão falada música do Devendra Banhart em parceria com o Rodrigo Amarante, ex(ex?)-Los Hermanos, batizada brejeiramente de Rosa. Não ouvi muitas vezes, mas por enquanto não me pareceu lá grande coisa. Procura você aí, nos P2P da vida, fácil de achar.





A Amarga Sinfonia do Superstar é o nome do segundo disco do Superguidis, que volta à cena com um álbum bem melhor resolvido que seu debut, (apesar das boas canções, o disco pecava pela gravação). Em Amarga Sinfonia... o quarteto teve assessoria de estúdio de Philipe Seabra, e canta suas crônicas nerd – sobrecarregadas daquela urgência descobridora do começo da vida adulta –, em cima de timbres bem escolhidos e riffs inspirados no melhor dos anos noventa.

O conjunto gaúcho se mantém associado a um dos selos mais decentes do país, o Senhor F Discos, e se confirma no pódio dos maiores melodistas indie em atuação no Brasil.

Abrindo o disco, Por Entre as Mãos divaga espontânea, lamentando a efemeridade da vida, enquanto Mais do Que Isso levanta guitarras Pumpkianas para confessar: “Eu quero fazer todo que você faz/ Mais do que isso eu sei que não sou capaz”. A Exclamação, dilapida distorção shoegazer em melodias rasgadas, antes de Parte Boa dançar no diálogo das guitarras e, no jogo com as vozes, recordar os Smiths.

Mais Um Dia de Cão quase explica o porquê de letras tão bobas fazerem tanto sentido, seguida de perto pelo romantismo nonsense de O Cheiro de Óleo, que calmamente se desespera:

Todo mundo cai/ Todo mundo escorrega

E todo mundo sabe que isso é normal/ Menos eu e você

Mas pouco me importa/ Agora eu só quero sentir

Esse teu cheiro de óleo

Ainda Sem Nome garante que “Besteira é coisa séria”, e Os Erros Que Ainda Irei Cometer denuncia uma angústia precoce, consumida no medo de perder o que ainda não se tem e na lembrança daquilo que já se foi. Nunca Vou Saber carrega com guitarras o frágil lirismo adolescente que reclama: “Já sou velho demais/ Mas não tão esperto quanto queria ser/ Aí vem você e confunde tudo ainda mais”. Apenas Leia, explode em simplicidade poética e melódica, e 6 Anos se despede com a comiseração exagerada dos corações sensíveis.


Depois do fim, a ghost track Riffs encerra, de fato, o disco, e numa espécie de resumo, considera: “Por isso eu acredito nos riffs/ Eles me farão mais feliz!”

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