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quinta-feira, agosto 14, 2008

Promessa é dúvida!

* De volta à Goiânia, depois de um fim de semana tão cansativo quanto recompensador. E eu não estou falando de Cubo-cards.




Gustavo Vasquez (MqN)
no palco do festival Calango 2008




# O festival Calango, em Cuiabá, começou na sexta feira – como já comentei numa meia-dúzia de palavras ali no post de baixo, e invadiu o sábado com vontade. Numa seqüência capaz de dominar o mundo (ou, pelo menos, a atenção das duas mil pessoas que transitavam pelo centro de eventos Pantanal), a espantosa banda argentina El Mato Un A Policia Motorizado, a paulista Cérebro Eletrônico, a cuiabana Macaco Bong e a também paulista Hurtmold, fizeram os melhores shows da noite, cada uma a seu modo.

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Mas não dá pra não destacar o Macaco Bong tocando em casa. Acho que nunca vi uma platéia tão empolgada numa apresentação de música instrumental (nem no show deles próprios no Calango do ano passado). Bem, talvez já tenha visto algo parecido numa apresentação da Pata de Elefante em Goiânia, num minúsculo, acolhedor e completamente lotado teatro Zabriskie, alguns anos atrás. Mas se o trio cuiabano tem o mesmo vigor da banda gaúcha (o que já é incrível), ainda tem a vantagem honorável do talento superlativo de Bruno Kayapy, que é o mais criativo guitarrista dessa nova música brasileira que ferve pelos festivais do país.

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No domingo, também houve uma seqüencia que me prendeu em frente aos dois palcos, mas ela aconteceu num crescente, que começou com o instrumental pesado e preciso do grupo paulista Elma, seguiu com a new wave de sotaque ingênuo e brasileiro da Revoltz, continuou com as atmosferas geladas e sobrecarregadas da cearense Fóssil, e deu uma brochada com os tiozinhos violeiros do siriri e cururu, improvisados (e muito mal microfonados) para tapar o buraco deixado pela Snorks (a gaúcha Walverdes, apesar de escalada para o sábado, também não havia aparecido, aparentemente por causa de uma pneumonia), e recomeçou com a mineira Porcas Borboletas e o paulistano Curumin. Lá na frente, ainda deu pra pescar o show do Cabruêra, apesar da aglomeração mal-cheirosa do público universitário de saia-rodada e sandalinha-de-couro.

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Mas a história toda eu conto na volta, depois que explicar por que o show do Muse foi mesmo, de longe, a melhor apresentação do Porão do Rock.

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