Analytics:

sexta-feira, outubro 31, 2008

Suicide Soundtrack

# Bon Iver, codinome do cantor e compositor norte-americano Justin Vernom, é uma espécie de Nick Cave glacial. O folclore ao redor do lançamento de For Emma, Forever Ago (primeiro disco desde a extinção de sua ex-banda, DeYarmond Edison) é um conto-de-fadas indie, mais uma daquelas histórias sobre como a música e a solidão podem transformar um coração dilacerado numa pequena pérola pop.





Reza a lenda que, pouco depois do fim do DeYarmond Edison, Vernom foi abandonado pela namorada e, envolvido pelo sofrimento, se isolou numa antiga cabana de caça no interior do Wisconsin. Cercado por toneladas de neve, Justin caçava sua própria comida e assobiava canções tristes. Nesse cenário primitivo e inóspito, entre o corte da lenha e a nevasca do dia, Bon Iver teria composto as 9 canções do disco.


For Emma... é praticamente só violão e voz (com exceção de discretos beats eletrônicos e alguns metais), cheio de músicas simples, tão econômico nos arranjos que chega a flertar com o minimalismo; é caprichoso nos silêncios, gelado nos climas e intimista nos modos.


As melodias, magoadas e esvoaçantes, ficam a cargo dos vocais (quase sempre dobrados), enquanto os violões repetem acordes como num mantra sentimentalista. Se a delicadeza rústica de Flume te der um nó nas entranhas, não estranhe se tudo piorar no country-gospel, moroso e dolorido, The Wolves (Act I and II), nem se a depressão acenar por entre o dedilhado mortiço de Re: Stacks.




Justin Vernom



Se a realidade confirma, ou não, a história do isolamento (da cabana e de toda aquela neve), eu não sei, mas apesar de qualquer coisa For Emma, Forever Ago, com toda sua comovente e congelada singeleza, seria mesmo a música perfeita para acompanhar uma experiência desse tipo. Uma trilha sonora que, incrivelmente, empresta alguma dignidade à idéia de suicídio.



# A Gabriela Munin, que assina o blog this messy is mine, e também cuida da Tronco Produções, manda avisar a quem interessar possa que o Macaco Bong (dono de um dos melhores discos lançados em 2008) inicia uma frenética mini-turnê pelo interior de São Paulo, dividindo palcos com outra banda notável do novo rock brasileiro, a The Name (cujo EP, Gone, foi um dos melhores lançamentos do ano passado). A maratona começa no próximo domingo, e se estende até o dia 16, contabilizando 13 shows em 15 dias. Garotas Suecas e Gigante Animal também caem na estrada, com uma boa dúzia de shows marcados, cada.




# O Goiânia Noise, em parceria com a Trama Virtual, quer trazer você, que não mora em Goiânia, para curtir o melhor festival do Brasil, na faixa. Quem explica é o site da gravadora paulistana:


Este ano, a TramaVirtual é mais do que nunca parceira de um dos mais clássicos festivais da música independente brasileira. E, em conjunto, tivemos uma idéia para levar você até o Goiânia Noise Festival 2008, uma idéia, com o perdão do trocadilho, do barulho. E bem divertida, você vai ver.A história é a seguinte: você faz um vídeo, coloca no YouTube e manda o link pra gente, neste endereço aqui - tramavirtual@trama.com.br. Vale tudo e não precisa ser música, nem fazer sentido. Tem que ser, apenas, barulhento. Os autores dos dois vídeos mais legais e criativos vencem a promoção Faça barulho para ir ao Noise e levam a viagem.A partir de hoje (27/10) até o dia 7/11 você pode nos entregar sua façanha-noise. Capriche.



# Quantos anos você tem? Bem, eu já estou perigosamente perto dos trinta, fui criança nos anos oitenta, e adolescente nos noventa. Já gastei muitas horas da minha existência gravando, em fitinhas k-7, compilações friamente calculadas para conquistar aquela amiguinha do prédio, ou mesmo para agradar a namorada nova. Era bom nisso, sucesso confirmado pelos resultados que a artimanha, quase sempre, rendia.
.
Mas hoje, gastar mais de uma hora para montar a coletânea perfeita para a conquista de uma cópula romântica, é impensável. Eu nem tenho mais tape-deck, e as toneladas de fitinhas que acumulei durante mais de uma década de reproduções obsessivas, jazem esquecidas debaixo de algumas toneladas de lixo urbano, em algum aterro sanitário nos arredores de Goiânia. O dinamismo das gravações caseiras de CD-Rs soterrou aquela prática que antes cultivávamos com tanto cuidado.
.
Enfim, adoro a tecnologia, e não tenho nenhum apreço por aquele saudosismo do tipo “no meu tempo é que era bom!”, mas gostei de lembrar desse passado recente, que já parece tão distante. E o motivo da lembrança foi o site Cassete From my Ex, que reúne histórias (e as coletâneas para ouvir) de fitas gravadas por ex-namorados. Torci para encontrar alguma história conhecida, mas soube me contentar com os contos alheios. Quase quis consertar meu toca-fitas...




Eu vou, mas eu volto.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Jogo do Contente

# O Violins, que resolveu se “aposentar” recentemente, depois que o baterista Pierre Alcanfor desistiu das baquetas, pode se desdobrar em dois novos nomes. Depois do fim da banda, Beto Cupertino Thiago Ricco e Pedro Saddi convidaram o baterista Zé Junqueira (Olhodepeixe) para formar um novo grupo, a priori com uma proposta bem diferente daquela que o Violins vinha desenvolvendo. Os experimentos já começaram, e até já ouvi a gravação de uma canção-protótipo, registrada durante um dos ensaios (mas que ainda não revelou a grande mudança). A novidade da vez é que, ao que parece, Pierre Alcanfor desistiu de abandonar a bateria e pode se “reconciliar” com Beto Cupertino, numa outra banda (que também não terá “nada” a ver com Violins). Ainda não há nada certo, mas se realmente isso acontecer, os fãs-órfãos do conjunto terão motivos de sobra para parar de lamentar, no Orkut, seu fim precoce.




Grato!
.
.
.
# A banda mais legal do último fim de semana é a Grato!, que acumula os restos da extinta The Ugly, e fez o único show que me convenceu a permanecer dentro do teatro durante um set list inteiro, nessa última edição do festival Release Alternativo. Com quase mil membros em sua movimentada comunidade do Orkut, o grupo que ainda é quase um desconhecido na cidade, já prepara seu segundo álbum, e se inspira no pop britânico de guitarras, salpicando referências sutis à música brasileira, em meio às reminiscências de Radiohead, Muse e Rufus Wainwright, mistura que, creio eu, vai atingir em cheio os tais fãs-orfãos do Violins.


Se as guitarras não exalam a mesma aspereza do ex-grupo de Beto Cupertino, as referências compartilhadas e a associação entre vocais agudos, propositadamente frágeis, e uma paisagem instrumental asséptica, enxuta e minuciosamente atenta às melodias, garantem a comparação. Porém, músicas como Canção Clichê, Toda Minha Solidão, Tolo, Pulsar e Amargo descrevem uma postura bem mais positiva, escondendo um sutil discurso religioso por entre o lirismo-Pollyana. Já essa inocência, o Violins nunca teve.


# Já a música mais legal das últimas semanas, tão descartável quanto um I-Phone novinho, é 21 Century Life, primeiro single da estréia do cantor australiano Sam Sparro. O disco, batizado simplesmente com o nome do músico, é mais um desses que tentam reciclar a disco music com tempero electro-pop, comportamento rock e sotaque indie. Mas a diferença do Sam é que ele conseguiu fazer um álbum inteiro dessa mistura, sem soar repetitivo como o Gossip, nem.maçante como o Klaxons. Desde que os primeiros discos de Radio 4 e The Rapture saíram, que essa “nova” onda disco não dava um filho tão hábil em administrar timbres e beats, traduzidos em verdadeiras texturas temporais para a pista de dança.


21 Century Life, a canção, é uma espécie de elo perdido entre o baile pop do Tings Tings e aquele climão enfumaçado de inferninho dance dos melhores momentos do Justice. Já Wainting For Time e Cottonmouth botam a gravidade sensual da soul-music para conversar com o intimismo pós-moderno do trip-hop, enquanto Recycle It vêm disfarçado de R&B moderninho, cheio de uma saborosa marra funk.





É um disco para ser ouvido nos fones de ouvido, ou nas pistas de dança. Por enquanto fico com meus fones, mas no próximo dia 7, experimento ele na pista lá do Club 777, na Kill the DJ Especial de aniversário de 2 anos do Goiânia Rock News.




# O negócio é o seguinte: com atraso de algumas semanas, este blog amigo que você ora lê, celebra seu segundo ano de vida no ar, numa edição especial da festa Kill the DJ – The Rock Sessions. A farra, que costumava ser lá no Capim Pub, foi transferida para o 777, já que problemas com a fiscalização quase interromperam a última Kill, lá no clubinho punk. Portanto, dia 7 de novembro a pista da Casa das Artes (nome do prédio que abriga o 777), será ocupada pelos dj sets deste que vos bloga, da Bebel Roriz (Meninas do Rock) do Alessandro Ferro (ex-Os Gays) e do João Lucas (Johnny Suxxx & the Fucking Boys), além do Live P.A. do dj Abdala (residente do projeto 5ªAtiva). O ingresso vai custar a ridícula bagatela de 5 reais para os rapazes (com nome na lista), e será totalmente FREE para as garotas. Já já mais informações.




# Só pra avisar: Em exibição única, Arctic Monkeys At Apollo estará em cartaz durante a tarde de amanhã, quarta-feira, lá no cine Lumiére, no terceiro piso do Shopping Bougainville. O filme, rodado durante o último show da turnê mundial da banda, será exibido simultaneamente nos cinemas de cinco países - Inglaterra, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Brasil. Eu nunca fui um entusiasta do grupo de Alex Turner, ainda que o primeiro single de seu segundo disco, Brianstorm, seja divertido. De repente fujo do batente na quarta e dê uma passada lá no Bougainville. Quem sabe?






Até a volta

sexta-feira, outubro 24, 2008

Bingo!

Os ganhadores das últimas promoções, premiados com um ingresso VIP (com direito a um acompanhante) para o festival Release Alternativo, hoje lá no Martim Cererê, e mais dois ingressos para a Brutal Fest, que reúne duas dezenas de bandas furiosas amanhã, também lá no Martim Cererê, são:




# Mariana Neri Garcia de Paula Assis – Release Alternativo


# Filipe Silva de Paula – Brutal Fest


# Ewerton Vitor – Brutal Fest


Sendo assim, você, Mariana Néri, pode se dirigir hoje à portaria do Martim Cererê, munida de um documento com foto, e se identificar como a premiada na promoção Goiânia Rock News. Seu nome estará na lista de convidados, e você pode levar um amigo (a), que ele (a) também estará livre de pagar o valor da entrada.


Já vocês, Filipe Silva e Ewerton Vitor, poderão conduzir vossas camisetas pretas e caras de mau à mesma portaria do Martim Cererê, amanhã lá na Brutal Fest, e contar a mesma história (menos a parte de levar um amigo (a) na faixa). O prêmio é pessoal e intransferível, portanto levem um documento com foto para comprovar suas identidades.
.
.
.
Boa festa para todos vocês.

quarta-feira, outubro 22, 2008

24 Hour Party People

# # O Skank, em 2008, é uma banda diferente daquela que explodiu no dial das efe-emes em 1994, depois de se apresentar no palco do extinto Hollywood Rock. Hoje em dia as efe-emes já não tem, nem de longe, o mesmo poder, e o Skank há muito abandonou a metaleira e o frenetismo festivo que tanto o caracterizou nos anos 90, e apontou sua parabólica para o pop de outros tempos, tanto o daqui quanto o da matriz. Filtrando sua mineirice por entre camadas de um suave psicodelismo, e enxertando grooves que trazem pra perto tanto o funk canastrão de Roberto Carlos e Tim Maia do começo dos seventies, quanto o desbunde dançante daquele Happy Mondays do fim dos eighties, o quarteto se reinventa a partir de suas próprias, e recentes, transformações, recordando sem constrangimentos sua fase mais saltitante.


O desenho da capa do disco novo, Estandarte, é do artista paranaense Rafael Silveira (vocalista e trompetista da banda curitibana Los Diaños, uma das atrações do Goiânia Noise de 2006), que se diz pautar pelo trabalho de artistas underground como Robert Crumb e Chris Ware, pelo pop surrealism de Kirsten Anderson, e pela publicidade dos anos 40/50.


Há dois dias que Estandarte toca insistentemente no player aqui do pecê, e até agora Chão, a faixa 3, é a melhor descrição desse novo momento do grupo: guitarras agridoces, beat pronto para as pistas, surpreendentes justaposições psicodélicas e uma delicadeza pop das mais refinadas. Mais um para as listas de fim de ano.


Antes que eu volte com aquele texto completo e chato, vai escutando a pérola da vez apertando o play aí embaixo. Me diz se não te lembra o Happy Mondays em seus melhores momentos:






* Update urgente: Parece que agora é sério (eu disse "parece"). O Guns n' Roses finalmente dá pistas de que o lançamento de Chinese Democracy, o disco mais caro da História (estimativa de 13 milhões de dólares de custo), e um dos mais demorados (14 anos de espera - só perde para o Smile, do Brian Wilson, que levou 40 anos para aparecer nas prateleiras), vai mesmo dar as caras depois de tantos alarmes falsos.


O grupo de Axl Rose disponibilizou hoje, em seu site, a primeira faixa oficial, que leva o mesmo nome do disco. Por se tratar de uma canção que levou quase 15 anos pra sair, confesso que não me impressionou em nada. Tudo bem que eu nunca fui um grande fã dos Roses (sempre preferi a matriz, o Aerosmith), mas depois de tanto blá blá blá ao redor desta história, a "decepção" era quase certa. Decepção entre aspas por que eu nunca queimei uma pestana que fosse, esperando pela democracia chinesa. Nem essa, nem aquela.


Mas vai lá no site do, outrora, supergrupo você também, escute e me diga se Appetite for Destruction não dá de 10 (e olha que não levou nem um quarto do tempo para ser gravado e lançado).


É Axl, acho que você envelheceu. Com tudo de ruim que isso traz a reboque.


* Update urgente 2 - Voltei aqui pra avisar de outro vazamento, dessa vez bem mais interessante. Trata-se do disco de estréia do Little Joy, banda que a metade mais talentosa dos ex-compositores do Los Hermanos montou junto com o Fabrizio Moretti (Strokes), e a namorada deste.

Ainda estou nas primeiras ouvidas, mas como já tinha 5 das 11 faixas rodando direto no player do pecê, posso dizer que o disco "solo" do Amarante é dos mais simpáticos, pra não dizer empolgantes. Como disse aqui outro dia, Brand New Start é uma das melhores canções do ano, ainda que soe vagamente como um single perdido de um momento inspiradíssimo dos Strokes (talvez pelo efeito que Amarante usa nos vocais).


Quer conferir se estou exagerando? Cique aqui e providencie você também um download. Depois me fale o que achou.


O track list é esse aí embaixo:


1. The Next Time Around
2. Brand New Start
3. Play the Part
4. No One's Better Sake
5. Unattainable
6. Shoulder to Shoulder
7. With Strangers
8. Keep Me in Mind
9. How to Hang a Warhol
10. Don't Watch Me Dancing
11. Evaporar




PROMOÇÕES: Brutal Fest X Release Alternativo*


* 1 - No próximo dia 24 acontece lá no palco do Martim Cererê a quarta edição do festival Release Alternativo, promovido pela Fósforo Cultural e que prioriza a novíssima produção roqueira local. Serão 14 bandas, sendo 12 grupos goianienses, mais Hebe e Os Amargos (PA) e Ophelia and the Tree (MG).

Goiânia Rock News sorteia um ingresso VIP para a festa (com direito a um acompanhante), e se você quer correr o risco de entrar na faixa e ainda convidar aquela sua vizinha (ou vizinho), faça como sempre, deixe anotado ali na caixa de comentários o seu nome, um e-mail válido e me diga, na sua opinião, qual a melhor das bandas novas de Goiânia. O resultado sai no fim da semana, antes da festa começar.



* 2 – A promoção do Brutal Fest, que vai sortear duas entradas para o baile do mal, ainda está de pé. Vai lá nos cometários e deixe nome, e-mail e me diga, na sua opinião, qual a melhor banda do metal nacional. O resultado também sai no fim se semana, e os ganhadores poderão retirar seus ingressos na Hocus Pocus, a lojinha udi-grudi que você tanto ama.


Vai lá, escolha uma das promoções (ou tente a sorte nas duas) e seja feliz. Quanto mais você pedir, mais chances tem de ganhar.



Já volto

segunda-feira, outubro 20, 2008

Touch me I'm Sick

# Segunda Feira - Dia finalmente nublado, depois de um final de semana crepitante.


Mudhoney
Foto: Yasmin Prado

# No sábado, lá no Martim Cererê, a Monstro Discos comemorou seu aniversário de 10 anos de vida com shows de todas as bandas de seu casting local, dividindo atenções com a lenda underground de Seattle Mudhoney, que fez um show bem melhor que o que o que eu vi em Brasília, ano passado. Os maiores problemas do Mudhoney nessa apresentação, lá no Distrito Federal, foram o tamanho do lugar (a gigantesca arena do festival Porão do Rock), e sua posição no line-up, fechando a noite, pouco depois de o Sepultura fazer um show destruidor.


O Mudhoney, que já conta uns 20 anos na estrada, funciona bem melhor em inferninhos como os teatros do Martim Cererê, tanto pelo intimismo esporrento de seu repertório, quanto pelo fato de sua popularidade ser mais seletiva que massiva. Nunca fui fã ardoroso do quarteto, mas depois de meia de um barulho tão genuíno, impossível não se deixar impressionar com o vigor e pressão que Arm, Turner, Maddison e Peters ainda imprimem em cada canção.


O outro grande show da noite foi da Black Drawing Chalks, que apresentou algumas músicas novas (fortes, cadentes e pesadas) em meio às canções de seu primeiro disco, Big Deal. Aliás, a BDC já garante lugar entre os melhores shows da cidade, desenvolvendo um mix poderoso de Black Sabbath, Corrosion of Conformity e Soundgarden ( e que ainda flerta com o hard rock), mas faz questão de uma caprichosa assinatura própria.


Mark Arm ainda voltou ao palco para acompanhar Fabrício Nobre nos vocais, durante a apresentação do MqN, e os Rollin Chamas transformaram o palco, mais uma vez, num salão de festas lotado, onde todo mundo se sentia à vontade para fazer o que bem entendesse. A essa hora o grosso do público já tinha procurado o caminho de casa, mas mesmo diante de poucas dezenas de humanos, a farra durou além do que gostariam os seguranças, e técnicos de som, ansiosos pelo retorno ao lar.

Eu mesmo deixei o teatro algumas vezes, acompanhando a procissão que aproveitava a promoção da cerveja, que teve sua menor cotação perto do fim da festa, valendo apenas um real por latinha depois do decreto bêbado de Márcio Júnior, que já havia se apresentado com o Mechanics, mas ainda habitava o palco dos Rollin Chamas.




# A reunião do pop latino – Acontece nos dias 27, 28, 29 3 30 de novembro (na semana seguinte ao Goiânia Noise), o festival El Mapa De Todos, que vai promover uma reunião inédita da música jovem feita na América do sul, e terá Brasília como cenário. Promovido pelo jornalista Fernando Rosa (capo do selo/site Senhor F) em parceria com a etiqueta portenha Scatter Records, o festival vai trazer ao Brasil nomes luminares do rock/pop andino como Turbopótamos (Peru), Los Mentas (Venezuela), La Quimera Del Tango e Babasónicos (Argentina), Javiera Mena (Chile), Danteinferno (Uruguai), Supertílio (Colômbia), além de dois representantes europeus, Azevedo Silva (Portugal) e Sr. Chimarro (Espanha). Entre os artistas brasileiros, já estão confirmados Marcelo Camelo (RJ), Macaco Bong (MT), Beto Só (DF) e Mundo Livre S/A (PE).


"O objetivo do evento é materializar a idéia crescente na sociedade, vista em várias outras áreas, de um processo de integração inédito na América do Sul. Pela primeira vez, os países da região começam a se olhar de maneira mais ampla", esclarece Fernando Rosa, que espera uma vida longa para o festival.


# O primeiro disco do Little Joy, o novo grupo de Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos), Fabrício Moretti (Strokes) e Binki Shapiro (namorada de Fabrício), deve alcançar o mercado dia 04 de novembro, pelo lendário selo britânico Rough Trade (Belle & Sebastian, Libertines, Strokes, Jarvis Cocker, Arcade Fire, etc...). Seis canções já escaparam para a web, e se Brand New Start é, fácil fácil, uma das melhores músicas do ano (carregada de uma adorável ingenuidade medida, que vai te fazer assobiar o dia inteiro, sem perceber), The Next Time Around ganha pela simplicidade melódica comovente e quase minimal, uma daquelas pop songs perfeitas para dias nublados a dois.


Até gostei do disco solo do Marcelo Camelo, mas o Little Joy conseguiu me deixar mais curioso, o que não é lá nenhuma novidade, já que sempre preferi as canções do Amarante às do Camelo, no Los Hermanos. Pelo jeito as coisas mudam mas continuam nos mesmos lugares.




# Depois de abandonar os metais em brasa e de fechar sua auto-intitulada trilogia da transformação – Maquinarama (2000), Cosmotron (2003) e Carrossel (2006) –, o Skank volta à tona com Estandarte, onde se reconecta com lembranças de seu próprio passado, reprocessada sob a ótica atual do grupo, que filtra tudo num tecido psicodélico sessentista, experimentando timbres e texturas eletrônicas para seu onirismo pop, bem temperado por guitarras agridoces e lirismo aguçado.


Aprendi a gostar dos três últimos títulos dos mineiros, e hoje acho Cosmotron um dos grandes álbuns do pop nacional dessa primeira década do novo século. Estandarte ainda está se acomodando nos meus ouvidos, mas a julgar por essas primeiras ouvidas, posso dizer que vai ser fácil gostar de mais essa aposta de Samuel Rosa e cia. Mais tarde voltamos a esse assunto.




PROMOÇÕES: Brutal Fest X Release Alternativo

* 1 - No próximo dia 24 acontece lá no palco do Martim Cererê a quarta edição do festival Release Alternativo, promovido pela Fósforo Cultural e que prioriza a novíssima produção roqueira local. Serão 14 bandas, sendo 12 grupos goianienses, mais Hebe e Os Amargos (PA) e Ophelia and the Tree (MG).

Goiânia Rock News sorteia um ingresso VIP para a festa (com direito a um acompanhante), e se você quer correr o risco de entrar na faixa e ainda convidar aquela sua vizinha (ou vizinho), faça como sempre, deixe anotado ali na caixa de comentários o seu nome, um e-mail válido e me diga, na sua opinião, qual a melhor das bandas novas de Goiânia. O resultado sai no fim da semana, antes da festa começar.


* 2 – A promoção do Brutal Fest, que vai sortear duas entradas para o baile do mal, ainda está de pé. Vai lá nos cometários e deixe nome, e-mail e me diga, na sua opinião, qual a melhor banda do metal nacional. O resultado também sai no fim se semana, e os ganhadores poderão retirar seus ingressos na Hocus Pocus, a lojinha udi-grudi que você tanto ama.


Vai lá, escolha uma das promoções (ou tente a sorte nas duas) e seja feliz. Quanto mais você pedir, mais chances tem de ganhar.


Até a volta...

quarta-feira, outubro 15, 2008

Black Party

# E não é que o Intimacy, disco novo do Bloc Party (é, aquele mesmo do playback vergonhoso no VMB), está se revelando um discão? Não sou nenhum fã de Silent Alarm, e nem do Weekend In The City, mas em Intimacy Kele Orekeke parece ter acertado a mão. Vou ouvindo aqui, depois falo mais.



METAAAAAAAAAAU!!

# No próximo dia 25 acontece o Brutal Fest, autoproclamado maior festival de metal/hardcore do centro-oeste, que vai reunir duas dezenas de bandas “furiosas” nos palcos do Martim Cererê.


O Brutal Fest nasceu em 2004, como porta-voz do gênero em Goiânia, e desde então vem sendo realizado anualmente, para a alegria da tribo dos cabeludos de camisas pretas. A festa já reuniu, numa única noite, mais de mil humanos adeptos, e esse ano promete tentar superar seu próprio recorde, com atrações do porte do lendário Sarcófago (que dividiu a atenção do público brasileiro com o Sepultura, no fim dos anos 80/começo dos 90). Além dos mineiros, os Mortos descem lá do Maranhão, e o Macakongs 2099 também já confirmou presença, além, é claro, de vários grupos da cidade. A programação completa da festa pagã segue abaixo, lembrando que os shows ocorrem nos dois teatros (palco metal, e palco hardcore), alternadamente.


Destrook (GO)
Inplugueddi(Goianésia-GO)
Vaillant (GO)
Deadly Curse(GO)
Perfect Violence(GO)
Morbek(Aparecida de Goiânia-GO)
Just Another Fuck (GO)
Warlikke (Aparecida de Goiânia-GO)
Khoda (Aparecida de Goiânia-GO)
Slaved Soul (Anápolis-GO)
Light Years(Anápolis-GO)
Murder (GO)
Dark Ages(GO)
Mortuário(GO)
HC-137 (GO)
Massacre Bestial (Águas Lindas-GO)
Innocent Kids (DF)
Device(DF)
Macakongs 2099(DF)
Mortos (Imperatriz-MA)
Tributo ao Sarcófago (Uberlandia/BH- MG)


E se você quer correr o risco de ganhar ingressos grátis para o baile profano, é só fazer como de costume. Ir ali na caixa de comentários e anotar nome completo e um e-mail válido, dizendo, na sua opinião, qual a melhor banda brasileira de música pesada nos últimos tempos. Serão sorteados dois ingressos, portanto dois ganhadores, e o prêmio estará disponível para os premiados lá na Hocus Pocus, a tradicional lojinha underground que você conhece tão bem.

Então, vai lá na comment-box e me diga qual é “A” banda que te faz querer ser o Kerrry King (ou o Phil Anselmo, ou o Chuck Billy...)?

domingo, outubro 12, 2008

Banda do Ano!

# Amanhã ou depois a Monstro Discos lança oficialmente a 14º edição do Goiânia Noise Festival. Helmet (EUA), Vaselines+Belle &Sebastian(UK), Black Mountain(CAN), Black Lips (EUA), The Ganjas (Chile), The Tormentos (Argentina), Marcelo Camelo+Hurtmold, e mais alguns outros nomes, já foram adiantados aqui, nesta mesma tela azul.




Sexxxy Angels

Durante a semana que começa hoje, a produtora do festival vai anunciar a lista oficial das demais atrações, e dentre as internacionais constarão os nomes de Calumet Hecla (EUA), Black Mekon (UK), e Motek (Bélgica). Já a lista dos nacionais virá acrescida dos nomes de Instituto (coletivo carioca de músicos e produtores que deve fechar a noite de sábado), do paulistanos Guizado e Periferia S/A, do também carioca Gangrena Gasosa, do gaúcho Frank Jorge, e do Mickey Junkies (Osasco - SP). O festival acontece no final de novembro.





# E quase matam a KILL - Na última sexta feira, noite da segunda edição da KILL THE DJ (festa promovida por este blog em parceria com o amigo Alessandro Ferro, ex-editor chefe do Cybergoiás), tudo corria bem, pista lotada, penteados suspeitos, pessoas bonitas (ou nem tanto) bebendo e sorrindo, diversão no ar e bla bla bla, até que fiscais da AMMA (Agência Municipal de Meio Ambiente) resolveram encanar com o barulho (o mais engraçado é que os mini-festivais punk que acontecem ocasionalmente no pub nunca foram incomodados por causa disso).




Até “entendo” a posição irritada da vizinha reclamante (entendo sem ver, na hora da querela eu estava tentando manter o povo dançando), já que ela amarga 4 longos anos dividindo muro com o clubinho punk. Mas o curioso foi isso acontecer justo na KILL, que nem de longe faz tanto barulho quanto uma ou duas bandas furiosas berrando contra o sistema. Pé frio total!



Agora, a missão impossível da vez será achar outro lugar tão legal para fazer a próxima edição, que estava marcada (antes do ocorrido), para acontecer lá mesmo no Capim Pub, dia 07 de novembro. Tem alguma sugestão?




# A Última - Qual a banda brasileira do ano? Eu ainda não sei, mas a novíssima Sexxy Angels deve levar esse tróféu pra casa. Assista ao vídeoclipe de Sou Gostosa aí embaixo (Sou novinha/E safada/ Eu e minhas amigas topamos qualquer paradaaaaaa...) , e me diga você, amigo leitor (ou leitora), se é ou não é uma banda BOA. Uma dica: comandando o microfone (hehe), nada menos que a Mônica Mattos (eu sei que você conhece...), tirando uma de Amy Winehouse.

Sexxxy Angels - Sou Gostosa (Vídeoclipe)


.
.
.
.
Por enquanto é isso, mas eu volto rápido

quinta-feira, outubro 09, 2008

Clubinho Punk

# Lembra da história do último post, do rapaz de 25 anos que ainda amargava uma virgindade entalada no...

KILL!



Bem, que amargava essa condição desfavorável, e solicitava a ajuda de internautas incautos para resolver seu problema (calma, não é desse jeito!)? Pois bem, não sei se a demanda do nosso amigo é verdadeira, ou se ele, de sacanagem, apenas copiou a idéia de um american virgin mais desinibido. Ao que tudo indica, a versão original do tema vem da gringolândia, e O Último “Americano” Virgem (quem tem mais de 25 anos deve se lembrar desse classic movie das madrugadas do SBT) já conta com quase 900 mil acessos, e assim como na versão nacional, a amiga só libera o “prêmio” depois de 5 milhões de visitas à página, prometendo se esbaldar no colo do colega no alvorecer do ano que vem.


Tudo bem que parece mais uma brincadeira viral de nerds desocupados (e virgens?), mas mesmo nesse caso dá pra rir muito da criatividade sem limites da tribo de óculos de aros grossos e pouca (nenhuma?) experiência sexual.

E o pior é que a prática virou mania. Agora há “virgens desesperados” de todas as qualidades, apelando à sua misericórdia virtual para resolver seus próprios problemas. O melhor deles é o “coitado” que se diz Virgem da Apple, e que nunca conseguiu comprar um Macintosh, gastando um discurso “comovente” na tentativa de mobilizar cinco milhões de cliques em sua página, o que, segundo ele, lhe renderá um Macbook Air, presenteado por um amigo vendedor de computadores que tratou a aposta com ele. Caso não consiga tantos acessos, terá que patrocinar anúncios publicitários para o colega.


E aí, vai ajudar mais esse pobre coitado?




Clube do boato - Corre discretamente um novo boato orkutiano, que diz que o legendário grupo punk inglês Discharge é o nome cotado para substituir o Circle Jerks (que cancelou todos os shows de 2008, por causa de uma parada cardíaca que atacou o vocalista Keith Morris) no Goiânia Noise Festival. Até agora ninguém da produção do festival se manifestou, nem confirmando ou desmentindo. Perguntei para um amigo que trabalha na Monstro Discos (produtora do GNF), mas ele desconversou... Será?



KILL THE DJ – The Rock Sessions - Amanhã, lá no Capim Pub (o clubinho punk mais toscamente charmoso da cidade), o Goiânia Rock News, junto com o amigo Alessandro Ferro, promove a segunda edição da KILL THE DJ – The Rock Sessions, festa que reunirá os djs Gustavo Vasquez (MqN), Ivan Pedro (ex-NEM), Alê Ferro e o amigo digitador aqui, para uma noite cheia de bailado indie-punk-rajneesh (quem não se lembra do saudoso Cybergoiás?).

Na primeira edição da festa, que aconteceu no dia 29 de agosto passado, o baile dançante foi comandada pelos djs Suxxx (Johnny Suxxx & the Fucking Boys) e Feoli (ex-Valentina), além do dj set do colega aqui, e rendeu uma pista lotada e satisfeita até quase o sol sair.

Nome na Lista - Como de costume, a entrada para as garotas é FREE até a meia-noite, e os marmanjos precisam sacar apenas 5 reais do bolso para participar da brincadeira. A lista que vai te garantir essas regalias está na comunidade Goiânia Rock City, mas como você é um leitor preguiçoso, tem um atalho bem aqui.

Mas caso sua verba mensal para a diversão já esteja no fim, não se desespere. Este que vos bloga leva dois ingressos masculinos (já que a noite é Girls FREE) a sorteio. É só anotar nome completo e e-mail válido ali na caixa de comentários, dizer o que você espera ouvir (e dançar) na pista, e aguardar a boa notícia. Os ganhadores ficam sabendo de sua premiação amanhã à tarde.




Espero você lá!


terça-feira, outubro 07, 2008

Pornô Animado

# No último sábado, dia 4, o paulista Curumin voltou à Goiânia com seu Japan Pop Show, na turnê do disco homônimo, segundo da curta carreira solo do multi-instrumentista, que, entre outros, já integrou a banda do eterno ex-Titãs Arnaldo Antunes.



Dj Múcio e dj Pri, a aniversariante da noite

Já tinha visto o Curumin ao vivo duas vezes em 2008, uma em Goiânia (no último Bananada), e outra em Cuiabá (no festival Calango). Foram duas apresentações curtas, como sempre são os shows em festivais (no máximo quarenta minutos cada), mas mesmo com pouco tempo disponível o músico soube disparar na mira, revirando as pequenas multidões (espremida no teatro Pyguá – em Goiânia, e espalhada pelo Centro de Eventos Pantanal – em Cuiabá) com uma mistura fina de samba, funk, soul, pop, dancehall e r&b moderninho, tudo temperado sutilmente com melodias premeditadamente “cafonas”, escondidas no caldo.


Mas o palco da vez foi o do House Garden, club estranho ao mundo da cultura alternativa (cheio de camisas de botão e saltos-alto), mas simpático e hospitaleiro para com as figuras estranhas atraídas pela presença do destaque do último Bananada. A massa do público, porém, era dos frequentadores costumeiros, e mesmo assim boa parte das músicas do show foi acompanhada em coro por uma porção significativa da platéia.

Misturando o repertório de seus dois discos com citações explícitas à Nina Simone e Roberto Carlos, o trio seduziu as duas ou três centenas de humanos que se apertavam em frente ao palco diminuto, numa coreografia fractal tão caótica quanto divertida, e foi ovacionado especialmente nos hits Kyoto e Caixa Preta, as duas canções de Japan Pop Show com mais apelo dançarino (culpa dos graves estruturais do r&b norte-americano e do pancadão ordinário do funk carioca), e no "Parabéns pra Você" dirigido à dj Pri, residente da casa e aniversariante da noite.


Depois da festa oficial, a noite ainda escorregou para a sede do Nonanuvem (produtora/ateliêr das amigas Uliana Duarte e Fabíola Morais), onde entre uma cerveja e outra Curumin e sua trupe puderam conhecer o sabor da genuína pamonha goiana, rendendo elogios educados à iguaria.

.
Vista geral da pista
.
.
.
# E da web-série mundial “Inútil, porém (muito) engraçado”, vem o pedido singelo e anônimo de um internauta de 25 anos que se diz virgem, inábil para a conquista e (obviamente) frustrado com sua condição. Trata-se do site Ajude Um Virgem, em que o pobre rapaz explica seu problema:
.
Bom, pessoal, é o seguinte: tenho 25 anos e ainda sou virgem. Sim, eu sei, é complicado... eu sempre fui um cara meio tímido, e a idade foi chegando. Para dizer a verdade, não estou nem um pouco feliz com isso, como dá pra imaginar.
.
Eu quase perdi a virgindade certa vez. Quando tinha 20 anos, eu arranjei uma namorada. Mas acabou não rolando - ela me deixou por um cara que tinha mais grana do que eu. Eu não me acho um cara feio, só não levo jeito para essas coisas. E desde então, também fiquei meio traumatizado.
.
Enfim. Vou revelar o motivo pelo qual existe esse site. Eu fiz uma aposta com uma amiga minha (a única amiga que sabe dessa situação, e que é aliás muito bonita): se eu conseguir 5 milhões de visitas únicas para essa página até o dia do ano-novo, ela vai me "ajudar". É isso mesmo que vocês estão pensando! Se eu não conseguir, vou virar empregado dela por um mês.
.
E aí, vai ajudar o rapaz a, finalmente, conhecer o sentido da vida?
.
.
.
.
# A última – Ainda no clima “Sex in the Rock City”, novembro promete um prato cheio para os indies e nerds tarados de plantão. Marcado para o dia 11, um tal “Evento Erótico” jura que realizará, nas dependências do Centro Cultural Goiânia Ouro, uma exibição de animes hentai, aqueles desenhos animados tipicamente japoneses, cheios de pornografia hardcore, muitas vezes misturada com (muito) sangue.
.
Além da mostra de filmes, a organização do evento promete palestras e workshops com atrizes pornô (estou curioso para descobrir o que fazem, tanto aluno quanto professora, num worshop desses), stand de vendas de produtos eróticos, brincadeiras calientes (também fiquei curioso) e eleição da garora hentai.
.
Não sei da procedência e veracidade dessa história, mas o fato é que o “Evento Erótico” já está sendo divulgado web afora. Se realmente vai acontecer (ou se tem por aí algum nerd peralta e “criativo” morrendo de rir em frente ao computador) eu não sei, prefiro não acreditar e nem desacreditar, pelo menos por enquanto.
.
Mas que seria engraçado, seria...
.
.
.
.
Por hoje é só! Vou ali assistir House.

sexta-feira, outubro 03, 2008

EmmyTV

# E você, comprou pipoca-e-guaraná e chamou os coleguinhas pra assistir ao VMB em casa?


Numa noite em que o Bloc Party foi vaiado (logo agora que fizeram, em seu terceiro disco, alguma coisa audível?) só por que resolveu seguir a escola-Britney Spears, e ostentar “ao vivo” um playback tão tosco quanto constrangedor, o tal Nove Mil Anjos ( a “esperada” banda nova do ex-Sandy, Júnior) despejou um quilo e meio de uma virilidade teen quase tardia, de moicanos bem-cortados, fundida sob aquela velha e gasta rebeldia de apartamento.


O anfitrião canastrão Marcos Mion apareceu pelado (em duplicata duvidosa, com seu eterno companheiro Mionzinho), e fantasiado de Mallu Magalhães (que incrivelmente não levou nenhuma estatueta para casa); Andréas Kisser foi homenageado com depoimentos suspeitos e obrigado a solar, ao vivo e sem playback, contra um ventilador, numa das cenas mais dispensáveis da noite.

O NX Zero continua papando tudo (levou três troféuzinhos para casa), e o Bonde do Rolê causou, tanto oficial quanto extra-oficialmente. Depois de roletar o palco labiríntico, entoando Solta O Frango (com participação do DJ curitibano Boss In Drama), a vocalista Ana Bernardino ainda quis protestar quanto à premiação do NX Zero como Artista do Ano, reclamando o laurel para seu Bonde, numa situação que envergonharia até João Gordo. Aliás, o vocalista do Ratos de Porão é a “reserva moral” dos VJs da Mtv, e o único que se permite (e que, ao que parece, é permitido) zoar de verdade com todo o circo armado ao redor de tanto besteirol pop levado a sério.

Marcelo Adnet, protagonista de alguns dos momentos mais divertidos da programação recente da Mtv, é uma das estrelas ascendentes da emissora (e chega a ameaçar o “reinado” de Mion), mas se não renovar seu repertório com urgência, pode cair no esquecimento tão rápido quanto a duração de seu programa diário (que, aliás, se tivesse mais de 15 minutos, já teria perdido os 30% de graça que ainda mantém).

Isso sem contar a versão “adulta” e de guitarras volumosas que o Fresno fez para o hino sertanejo Evidências, do Chitãozinho & Xororó. Aliás, a dupla que tenta desesperadamente renovar seu público (quem não se lembra da parceria com o MC Cabal - aquele do "hit" Me Add?), não só influenciou os cortes de cabelo dessa geração, como também resolveu participar da nova onda, e esganiçou-se com o máximo de emoção no “dueto” com o grupo gaúcho.

Mas o “melhor” de tudo, sem dúvida, foi assistir ao Di, vocalista do NX Zero, bradar a plenos pulmões (com uma certa raiva ensaiada embutida no grito): "EMO É O CARALHOOOO!", respondendo à zoação explícita de Marcos Mion, antes de receber mais um prêmio para sua coleção.




E foi assim. Se eu tivesse um pouco mais animado na noite de ontem, teria dado um pulo lá no Martim Cererê, pra sacudir os ossos no 5ºAtiva. Mas como não dá para contrariar a lei da inércia (que reza que um corpo em repouso tende a continuar em repouso), o VMB pela TV foi o programão da quinta feira à noite.


Mas amanhã, sabadão, a festa é lá no House Garden, no sempre valioso show do Curumin.


Agora eu vou ali escutar, mais uma vez, o novo do TV On The Radio, Dear Science, que entra fácil fácil nas primeiras posições das vindouras listas de melhores discos do ano.



Tchau

quarta-feira, outubro 01, 2008

Globrazilian Grooves

# A Mugo, uma das melhores formações do novo rock goiano, apareceu no começo da semana no topo do ranking nacional do Myspace. A banda, que tem como guitarrista o Léo Alcanfor, ex-Violins, encabeça a lista que ainda tem, lá embaixo, Vanessa da Matta e até, curiosidade quase mórbida, um tal Agnus Christi, conjunto death metal de Anápolis – cidade próxima à capital.




O Mugo ainda nem lançou seu primeiro disco cheio, mas os dois ep’s que se espalharam pelo mercado, virtual ou não, trouxeram um merecido reconhecimento precoce. Com quase meio milhão de page views, a página da banda no Myspace disponibiliza seis pop-songs furiosas, cheias de distorção em afinações baixas e vocais selvagens. O primeiro disco, intitulado Go To The Next Floor, está prometido para breve.




# Diego de Moraes e o Sindicato, o nome mais comentado dos últimos tempos em Goiânia, ganhou lugar na coletânea organizada pela revista Belga Brazuka (publicação franco-brasileira com tiragem mensal de 30 mil exemplares, voltada para a cultura brasileira na Europa, distribuída em Paris e Bruxelas), preparada pelo pessoal do projeto Criolina (que produz uma das festas mais legais de Brasília há 4 anos, sempre nas noites de segunda feira), batizada Criolina Globrazilian Grooves, e que enumera gente de peso como Tom Zé, Eddie, Mundo Livre S/A, B Negão, Cidadão Instigado, Cérebro Eletrônico e Do Amor, além de vários outros (de Goiânia, além do Diego, também entrou o duo electro-caipira de ocasião Control Z).





Diego de Moraes (que acabou de voltar de shows pelo norte do Brasil) participam com a faixa Amigo, e o download de todo o track list (que soma 34 artistas) você pode conseguir clicando aqui.


# Na tarde (é, à tarde) do próximo sábado, um dos shows mais legais do circuito independente brasileiro da atualidade desembarca novamente em palcos goianos. Pela segunda vez em poucos meses o paulista Curumin traz à cidade seu Japan Pop Show, nome também de seu segundo (e ótimo) disco. A apresentação do multi-instrumentista na última edição do Bananada foi simplesmente arrebatadora, e ganhou para si o título de melhor show do festival (seguido de perto pelo Mtakara3, projeto eletrônico-experimental de Maurício Takara, baterista do Hurtmold).


Alguns poucos meses depois vi o músico em ação em palcos cuiabanos, dentro da programação do festival Calango, e se a “vibe” intimista de gafieira que se instaurou na arena acolhedora do Martim Cererê durante o Bananada não decolou no Mato Grosso (talvez pela dimensão do lugar, que não permitia um contato mais próximo entre banda e público), o profissionalismo marrento de Curumin salvou o espetáculo.


O cenário para o show, dessa vez, será as dependências do House Garden, e eu não posso te dizer o que acho do lugar por que nunca botei meu par de tênis lá, mas a produção do evento (que está nas mãos do amigo Diogo Barros, da Monstro Discos) garante que o espaço é dos mais charmosos. Se eu fosse você não perderia o show de um dos melhores discos do ano.
.
.
Te vejo lá?
.
.
.
.
# E da série, Pornografia Colorida para Crianças, segue a mais nova coqueluche do Youtube, que percorre veloz milhares de janelas do msn, numa onda divertida de XXXMovies "infantis" (hehehe). Porém, muito cuidado nessa hora. Não aperte o play se estiver no trabalho - ao alcance da vista do seu chefe, ou na casa da sua avó - com a família ao fundo tomando chá com biscoitos. Mas não deixe de assistir, você também vai querer enviar o link para seus lista de amigos do msn. Play:
.
.
.
.
.
Fui!