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terça-feira, janeiro 05, 2010

Ponto Final

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Completando a pesquisa que indagou jornalistas, músicos e produtores culturais sobre o melhor da produção musical do recém-falecido ano passado, o jornalista Abonico Smith põe um ponto final nesse papo, pra gente poder girar a chave e começar a contabilizar o melhor de 2010.

Feliz ano novo!




A origem é bíblica, vem do termo sírio bar nabid (que significa “filho de profeta” ou “filho de consolo”). Contudo, o nome Barnabé ficou mais conhecido em nosso português cotidiano como o apelido daquele caipirão extramente introvertido, isolado de tudo e todos lá nos confins do interior, que não faz a mínima questão de se comunicar ou interagir com as outras pessoas ao seu redor.

Barnabé agora também é uma espécie de “melhor amigo” (imaginário?) do grupo que melhor soube decodificar as linguagens e os simbolismos do interior brasileiro e traduzi-los para uma personalidade urbana, atual, contemporânea, rock´n´roll. Desde o mês de agosto, a música “Fala Comigo, Barnabé!” cumpre a função de cartão de visitas do novo álbum do Charme Chulo, o segundo da carreira e um dos trabalhos mais aguardados da nova música brasileira em 2009.

A faixa apresenta Nova Onda Caipira, disco lançado em outubro. São onze faixas, nove delas inéditas – vale lembrar que completam o repertório as gravações “oficiais” de “De Hoje Não Passa” e “Até Dizer Chega”, canções que já haviam sido disponibilizadas em Ao Vivo Na GGG, disco que integrou a segunda leva de registros de shows realizados por bandas curitibanas no projeto Grande Garagem que Grava.


“Fala Comigo, Barnabé!” foi uma das últimas canções deste disco a serem compostas. Surgiu praticamente “nos minutos finais do segundo tempo”, quando a banda já havia iniciado os trabalhos para a pré-produção. Entretanto, foi uma agradável surpresa ter se encaixado de cara no espírito e conceito do álbum, que ao mesmo tempo aperta ainda mais os laços do Charme Chulo com a musicalidade regional brasileira, acentua a veia dançante dos curitibanos que fazem a veia pós-punk habitual se transformar em boas doses de new wave.



Abônico Smith é jornalista, e edita o Mondo Bacana.





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