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segunda-feira, maio 30, 2011

Bon Iver versão 2011 (II)

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Já tem quase uma semana que tou escutando o novo do Bon Iver sem parar (disco que vazou pra web enquanto eu curtia uns dias de férias do grnews em Buenos Aires), e o que deu pra sentir é que o Justin Vernon continua muito inspirado.





Se For Emma Forever Ago (2008) é um tratado glacial sobre a dor, construído sobre violões dobrados e vocais esvoaçantes, o álbum recém lançado insiste na mesma dolência gelada, porém ampliada para guitarras elétricas, batida marcial e bumbos duplos (“Perth”).


Mas ainda que experimente novos caminhos para o mesmo fim, o cantor não despede os dedilhados acústicos que o consagraram e quem se assustou com a descrição acima pode respirar aliviado e se consolar com a pérola da fossa “Holocene”, com o country deprê “Towers” ou com toda a tristeza-marcha-lenta de “Calgary”, além do piano-e-violino mortiços de “Michicant”.


E mesmo que ainda seja cedo pra uma nota definitiva, aqui no meu ranking inventado o Bon Iver já ultrapassou o Tv on the Radio, que até há pouco liderava a lista de melhores lançamentos do ano (com Nine Types of Light), na preferência da casa.






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