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segunda-feira, maio 02, 2011

Entrevista Fabrício Nobre (A Construtora)

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Na quarta feira da semana passada a Monstro Discos anunciou a saída de Fabrício Nobre do selo (como noticiado aqui). No mesmo dia o goiânia rock news começou uma troca de e-mails sobre o assunto com o agora ex-monstro (que está em São Paulo), e o resultado da conversa é o que segue:




Por que você saiu da Monstro?
Fabrício Nobre - Saí para poder me decidar exclusivamente ao trabalho que fazia em paralelo a Monstro, que a partir do final do ano de 2010 passou ter um nome e marca A CONSTRUTORA MÚSICA E CULTURA, uma produtora, agência de booking e gestão de carreira. Também para poder ter como priorizar novas parcerias, me dedicar também a um trabalho de produzir bandas e tal.


O comunicado oficial divulgado fala que a sua saída se deu por “divergências de visões e pensamentos em relação às ações e ao futuro do selo”. Que divergências são essas?
As diferenças estão mais entre as dinâmicas de trabalho, o que cada um dos sócios pensa sobre como deve funcionar o selo, uma produtora musical, um empreendimento cultural hoje, que tipo de parcerias fazer. Acho que é mais por aí.


Qual o futuro do Bananada? O festival será realizado em 2011?
O festival acontece normalmente em 2011, só que num formato diferente, e deve ter atividades em junho, julho e agosto. Festival é continuidade, então segue de 99 até agora como desde de sempre. Passei um bom tempo pesquisando festivais e visitando festivais no Brasil e no mundo todo, estes estão cada vez mais livres de formatos, datas, amarras temporais ou regionais, então vamos experimentar algo novo esse ano, mesmo que de um jeito mais corrido. E em 2012 damos uma cara do que queremos mesmo para a seqüência dos anos.


Monstro e Construtora são concorrentes?
São duas arcas, dois trabalhos focados cada um numa atividade específica, diferentes, como lidar e fazer diferentes, muitas vezes complementares, e no meu ponto de vista pouquíssimas vezes concorrentes.


Você leva para a Construtora algum artista ou título já lançado que pertencia ao casting da Monstro? Quais são os artistas da produtora, hoje?
Não, dos ativos da Monstro o único que passa a ficar com a Construtora é o direito de realizar o Festival Bananada e explorar essa marca.

Os artistas da Construtora hoje são, Macaco Bong, Lucy an The Popsonics, Mini Box Lunar, Camarones Orquestra Guitarrística, talvez mais alguns outros de outros estados, e mais uma goianada: MQN, Black Drawing Chalks, Gloom, Diego e o Sindicato, Hellbenders, Folk Heart. Estou conversando com Violins, Banda Uó, Johnny Suxxx, Ultra Vespa...

E agora como agência nacional o céu ou inferno são o limite, literalmente, um monte de bandas colocadas com a gente para poder fazer a agência, mesmo com produtores ou outros managers...


E quais são os planos da agência?
Um plano imeditato é dar sequencia ao festival BANANADA com sua edição 2011. Estamos trabalhando já um novo plano também para a parte cultural da Ambientar 2011; fechamos recentemente uma parceira com a cervejaria Devassa e a Ambiente Skate para realizar as Dessava Sessions, que vão ter música e skate; temos shows programados em várias casas, como Metropolis, Bolshoi, El Club, CC Oscar Niemeyer, Martim Cererê, casas novas no interior e aqui, que nem foram inauguradas; estamos preparando material em áudio e vídeo com produtoras daqui e com estúio Rocklab; estamos preparando o projeto “Quanto Vale o Show” com parceiros que fazem o Rabiscaria. Mas acho que principal projeto da CONSTRUTORA deve ser trabalhar de perto com os artistas que gerenciamos a carreira e fazemos a venda dos shows e tours. Acho que a parceria com DOSOL e com a Casa Fora do Eixo-SP é fundamental para que essa ação tome corpo nacionalmente e internacionalmente. Inclusive estamos hoje todos (eu, Eline, Daianne e Edimar) em SP, e vamos ficar até quinta para poder alinhar planilhas, tecnologias e planos com pessoal da AGÊNCIA.


Em 10 anos na Monstro Discos o que você considera como sua maior realização?
Cara, tudo que foi feito na Monstro Discos acho do caralho! Tudo mesmo, tenho orgulho imenso de ter divido esse trabalho com Márcio Jr, Leo Bigode e Leo Razuk, e mais ainda com as bandas todos do selo, equipe, toda a gente que passou por lá, se formou lá com a gente, e formou o que a gente é também, Eline, Diogo, Diogo, Raoni, Douglas, Renatinho, Ciro, Luma, Leozim, Japão, Mestre, Iuri, Frank, putz, vou esquecer um monte de gente, pessoal que trampa nos festivais, os parceiro de outros festivais, acho que é desse relacionamento que tenho mais orgulho e fico feliz em ter feito parte disso intensamente.

Tem dois produtos que queria que fossem lançados enquanto eu ainda estivesse lá, mas que acho que uma hora dessas o pessoal finaliza e bota na rua, e vou sentir tão ou mais orgulho ainda do que se estivesse no selo: a caixa MONSTRO 100 e o filme dos 10 anos da Monstro. Tenho certo que são materiais maravilhosos, e que uma hora destas aí, vou receber um email avisando do lançamento.





Um comentário:

Alípio Paraíba disse...

Sempre soube que o Fabricio ia acabar virando um Manoel Poladian. Começou a metamorfose.