segunda-feira, fevereiro 19, 2007
I keep walking in straight lines
Silverchair
Foto de divulgação
# Então, como você deve ter notado, o blogueiro não foi para Cuiabá acompanhar a maior das 20 edições do Grito Rock, já que quebrou a perna em dois lugares na última terça feira, e foi desaconselhado veementemente pelo doutor a encarar mais de dez horas numa van, rumo à Hell City. Puto com isso, saboreando a contragosto o pior dos tédios carnavalescos e devorando toneladas de filmes no dvd, o amigo aqui tem passado as horas como pode, sem muito movimento ou vida social (e existe vida social fora das festas nessa época?).
# No player Movie do blog nenhuma grande novidade (a locadora mais próxima já estava quase vazia quando me atentei para o fato de um carnaval sobre a cama e de pé pra cima), mas na manhã desse domingo que passou esbarrei na tevê com um filme fantástico, de um diretor extraordinário, lançado quatro anos atrás e que eu há algum tempo não via.
# # Trata-se do genial Separações, dirigido pelo não menos genial Domingos de Oliveira, que protagoniza a fita – ao lado de sua amada Glorinha (Prsicila Rosembaum) – como Cabral. A estória gira em torno do romance longevo, teatral e literato do casal, que é rompido por um pedido de “tempo” por parte de Glorinha (sempre elas), que acaba se apaixonando por Diogo (Fábio Junqueira), um arquiteto bem sucedido e mais jovem que Cabral.
# # # Apesar da aparente trivialidade do tema (que inumeráveis filmes já abordaram com muito menos propriedade), o extraordinário Domingos de Oliveira trata a matéria com tanta sinceridade, entrega e sensibilidade, que o assunto, tão mastigado e desgastado, consegue um frescor impressionante. É tamanha a verdade impressa nos diálogos, monólogos e na perfeita atuação do ator/diretor, que todo ser humano emocionalmente saudável e com alguma experiência sentimental vai conseguir enxergar a universalidade talentosa com que são tratados os eternos problemas do coração.
# # # # Tocante!
# De novidades musicais, o novo do Kings of Leon, Because Of The Times, que acabei de ‘adquirir’ com minha amiga Emule, mas ainda não consegui escutar o bastante pra uma opinião honesta. Parece que está mais contido e menos ‘tosco’ (e isso não é um elogio!). Mais pra frente boto aqui umas linhas decentes sobre ele.
# Young Modern, o novo e aguardadíssimo disco do maravilhoso Silverchair deve conhecer a luz do mercado em 31 de março. Desde o comovente Diorama (2002) sem novidades, a banda australiana já deixou escapar duas das canções que constarão no track list mais esperado do ano. São elas Straight Lines (o primeiro single) e Caught By the Fame, que aguçam ainda mais a curiosidade acumulada daqueles que esperam por esse álbum há mais de cinco anos, como esse amigo que vos digita essas linhas empolgadas.
# # Straight Lines tem aquela conhecida e adorada atmosfera dolente e delicada, alternando grandiloqüência e intimismo, com vocais esvoaçantes e dolorosos, nuances de minimalismo pop e uma solução melódica de fazer chorar.
I don't need no time to say
There's no changing yesterday
If you keep talking and I keep walking in straight lines
# # # Caught By the Fame é pesada, intensa e terna, cheia de guitarras melodiosas, vocais gravemente emocionados e, ainda, um sutil apelo grunge embutido nos pequenos vazios de agonia.
# # # # Achei Straight Lines fantástica, digna dos melhores momentos do Silverchair, e Caught By the Fame também é bem acima da média. Young Modern é, de longe, o disco mais esperado de 2007 para esse blog aqui, e o aperitivo só abriu ainda mais o apetite glutão de milhares de almas curiosas e aflitas.
# # # # # Me diz aí: quanto tempo até cair, inteiro, na net? Hein?
# Pra terminar, mais uma edição das Fora da lei sessions.
# # Conhece a Nancyta? E Os Grazzers? Pois é, direcionando o cursor do seu mouse sobre o play aí embaixo, você vai poder relembrar o antológico show da banda baiana mais legal do Goiânia Noise 2002. São menos de três minutos, mas dá pra sentir saudade, já que a banda acabou há pelo menos dois anos. Se você não estava lá, morda-se de inveja:
Então tá, vou assistir Syriana ali no quarto, e já volto...
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Um comentário:
Nancyta era massa, pena q acabou!
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