Foto: Manoel Júnior
# Na quarta feira, o Ziggy Box – novo clube rock de Goiânia – teve sua gloriosa noite de inauguração. Logo na chegada, pelo tamanho da fila, dava pra adivinhar como estava a lotação do lugar. Lá dentro, o dj Fabrício Nobre bombava a pista com seu set de rock duro, esquentando as centenas de convidados para a noite que prometia ser longa. Desfilando pelo club, boa parte das figurinhas carimbadas da cidade; integrantes de várias bandas, jornalistas, escritores, produtores, artistas plásticos, os amigos deles, e ainda os amigos dos amigos, todos transitando perfeitamente à vontade onde, outrora, era cenário para as piruetas GLS dos antigos freqüentadores. Depois de atravessar com certa dificuldade toda a extensão da casa lotada, acomodei a perna quebrada perto do palco, que preparado aguardava pela hora do show.
# # Pouco depois da meia noite o dono da festa, o Johnny Suxxx, assumiu o comando do som, enquanto o Fabrício se aprontava para ocupar o tablado à frente do MqN. Aproximadamente uma da matina, o quarteto mais barulhento do meio oeste nacional plugou seus instrumentos e aumentou o volume da festa. O MqN nunca escondeu e nem tem vergonha de assumir que gosta mesmo é de copiar e reprocessar o som das bandas que ama, e sendo assim o merecimento é todo deles. Até a primeira metade do espetáculo, perfilaram todos os hits do último disco Bad Ass Rock N’ Roll; Come Into This Place Called Hell, Hard Times, Cold Queen e Let It Rock, além do single Electrify, que foi lançado na Europa pela revista portuguesa Underworld, e no Brasil chega num split 7” com os Forgotten Boys.
# # # Já perto das duas da manhã, a perna presa dentro do gesso começou a se incomodar da posição desfavorável, e o jeito foi o blogueiro procurar a saída e retornar para casa, apostando que o MqN ainda ia deixar fugir das caixas de som os sucessos indie de Hellburst; Caribbean Beach e Burn, Baby, Burn!, além da premiére das Fuck CD Sessions, o single Buzz In My Head. Mas aí já é especulação...
# # # # Amigos que enfrentaram a festa até o fim, disseram que a balada foi mesmo pesada, com direito a casais trancafiados no banheiro, pista pulsando até altas horas, embriaguês coletiva e muita vontade de todo mundo de que o Ziggy Box Club tenha uma vida longa, e que acabe por se transformar em mais um clássico do nosso rock. Bota fé?
# Lá de Palmas, o bróder Aluízio Cavalcanti (repórter do rock tocantinense e filho do amigo, jornalista e poeta dos melhores, Gilson Cavalcanti), manda notícias de como aconteceu a edição local do Grito Rock Integrado, que recebeu duas bandas de Goiânia, a Olhodepeixe e a Goldfish Memories, além de várias outros grupos da região, durante o último carnaval. Dá uma olhada aí:
ROCK AUTORAL ESQUENTA FOLIA ALTERNATIVA EM PALMAS
A chuva que ameaçava cair na tarde do sábado de carnaval passou foi longe e fez da noite do Grito Rock em Palmas, um verdadeiro caldeirão. A combinação de rock and roll, birita e carnaval não poderia provocar outro efeito a não ser elevar a sensação térmica às cucúias.
O clima estava mesmo favorável para os metaleiros. Em meio às aproximadamente 300 pessoas, sobravam moicanos, coturnos e camisetas do Iron Madein. Diferenças à parte (como diria Gregory Mark, da goiana Olhodepeixe), a noite foi muito mais do que a enxurrada de vocais agudos e duetos de guitarras, disparados por Edu Alves e seus comparsas da Nakta, uma tocantinenses a se apresentaram no festival. Mesmo deflagrando um repertório de clássicos do Iron, e provocando a maior roda de pow-go da noite, a banda limitou-se à uma interpretação esforçada.
Mesmo com o atraso de quase duas horas na programação, as duas bandas goianas, Goldfish Memories e Olhodepeixe (as últimas da noite), deixaram o recado de um rock inventivo e, sobretudo, original. Subindo ao palco pra lá das duas da madruga, o Goldfish, capitaneado por Pablo Villasboas, abusou das guitarras sujas de Renato e Danilo a la Queens of the Stone Age (que inclusive tiveram duas músicas interpretadas pela banda goiana: 'Regular John' e 'Feel Good Hit of the Summer'). Do set list executado no festival, quatro músicas estarão em breve no primeiro EP da banda: 'Alcoholic juice', 'Reaction', 'Tricks' e 'Rise above the flame'. Logo logo, as gravações devem está disponíveis no www.myspace/goldfishmemories.
Encerrando a noite (ou melhor, iniciando o dia), a Olhodepeixe trouxe para sua segunda apresentação na capital tocantinense, canções do álbum 'Combustível' (Alvo / 2005) e algumas novidades. Os gatos pingados que aguardavam a apresentação puderam sentir o que vem aí no próximo cd da banda. Dispensando a maioria dos solos firulentos, o quarteto goiano acelerou o bit das novas canções e abusou do peso, nos grooves comandados por Batata (baixo) e Zé (bateria). O aperitivo do que vem por aí pode ser degustado em doses homeopáticas nas novas 'Ponto-de-cruz' – do guitarrista Fridinho –, e 'Baygon'.
Na mesma noite, botaram a cara a tapa as bandas Territorial, de Araguaína-TO e Fiscalização Eletrônica. A primeira, detonou um repertório de garagem 100% autoral, já a última... bem, a molecada ainda é jovem e tem tempo para abandonar os hits radiofônicos e apostar numa coisa nova.
Num balanço geral, a organização do evento saiu satisfeita com o resultado. Gustavo Andrade, um dos cabeças da AMPLIHARD – Produções Alternativas, garante que o caminho é esse, “experimentar”. Nova dose cavalar de rock vem aí no mês de julho, nos dias 06 e 07, na 3a. edição do PMW Rock Festival.
Aluízio Cavalcanti
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# Então até!
2 comentários:
A ziggy é massa, mas falta espaço e um palo descente. bem qui o povo podia reformar lá.
Os caras vão reformar lá nunca, imagiva a grana q não se gasta numa obra dessas.
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