# Notícia bem estranha circulando na internet. É um papo esquisitíssimo sobre uma possível volta do... Led Zeppelin (!)!! Segundo o boato, Plant, Page e Jones se reuniriam com Jason Bonham, o filho de John Bonham, e partiriam para uma turnê iniciada com um show em homenagem ao fundador da Atlantic Records, o defunto Ahmet Ertegun.
# # Tudo bem que estamos no “ano da volta” e que o Asia, o Genesis, o Jesus & Mary Chain, o Police, o Rage Against the Machine, o Slint e até os Mutantes (tá, foi ano passado), o Spinal Tap e as Spice Girls (?) retornaram às atividades, mas será mesmo que as tias velhas se juntam de novo?
Eu ainda não acredito, por assim dizer, mas bem que torço. Gostaria bastante de ver How Many More Times, Dazed and Confused e No Quarter num show do... Led Zep(!). Só não sei se o herdeiro do Bonham original seria a melhor escolha para o cargo de baterista, hã, substituto. Assim de cabeça, de sopetão, consigo pensar numa meia dúzia de nomes mais bem cotados, lista essa encabeçada pelo Dave Grohl.
# # # Mas nem vou começar a opinar, a cara de alarme falso é grande demais.
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# # # # Tomara que eu esteja errado.
# O dj Guga de Castro, domingo lá na Farra na Casa Alheia, me deu uma compilação chamada Ceará Sound Fashion, que reúne duas dezenas de bandas e músicos de Fortaleza e do interior, numa amostra do saudável caleidoscópio musical que é o estado. Já já boto alguma coisa aqui sobre o disco, que, pra adiantar, tem coisas legais como Fóssil e Cidadão Instigado.
# O Violins disponibilizou mais uma música (em versão demo) de A Redenção dos Porcos, prometido sucessor de Tribunal Surdo. A canção, gravada só com voz e violão, atende por Guerra Santa e, como auto-anuncia, trata de temas religiosos com aquele conhecido sarcasmo, elegante e mordaz:
Quanta concorrência por um nome Tantos porta-vozes sob véus, em conflito por um deus Em conflitos que não honram o seu nome
# # Ouça você também, clicando aqui, e depois me diga o que achou.
# # # Por falar em Violins, já viu a versão que a curitibana Terminal Guadalupe fez para Grupo de Extermínio de Aberrações, uma das mais fodonas do Tribunal Surdo?
# Domingão passado foi dia de Farra na Casa Alheia. A festa cearense, capitaneada pelo dj Guga de Castro, aterrissou em Goiânia numa bela noitada, que deixou nosso colega nordestino pra lá de impressionado com a quantidade de belas senhoritas se acabando na pista de dança.
# # Depois do comando sônico do Fabrício Nobre e do amigo aqui, nos cd-js, os residentes do Criolina (festão da segunda feira candanga) Lucho e Barata se ocuparam dos rebolados, e convidaram o dj Guga de Castro para entrar na roda. A pista comandada a seis mãos e repleta dos mais belos espécimes femininos da cidade estava mesmo de comover “estrangeiros”, se é que você me entende.
# # # Depois de tudo, o Guga ainda se deixou impressionar também pela típica gastronomia fast goianiense, num desses pit-dogs de toda madrugada.
# Estava ali assistindo um devedê do Silverchair, da turnê do Diorama, aquela obra-prima. Young Modern, o disco novo, é dos melhores também, mas não passou nem perto de superar a lista de canções incrivelmente maravilhosas que compõe o track list do Diorama. E não consigo entender o discurso de quem prefere a banda no começo, naquela época do Frogstomp, quando sonhavam morar em Seatle e usar camisas de flanela xadrex...
# Passei aqui meio rápido, só pra te convidar (você, amigo leitor que está em Goiânia) pra dar uma chegadinha lá no Bolshoi Pub daqui a pouco, pra participar da Farra na Casa Alheia, festaça do dj Guga de Castro, importada lá de Fortaleza, e que desembarca na cidade turbinada pelos dj sets caprichados dos amigos Barata e Lucho (djs residentes da Criolina, festa semanal brasiliense) além do Fabrício Nobre (Monstro Discos/MqN) e deste amigo aqui, que vos digita estas palavras.
# # A Farra começa ali pelas oito da noite (garotas não pagam até as dez) e mergulha noite adentro debaixo dos melhores sons do ocidente. Te espero lá?
# Nunca fui fã de blues – apesar de pinçar uma coisa aqui e outra ali, dos mestres, é claro –, mas respeitava o The Not Yet Blues Band pela honestidade musical e entrega dos ótimos músicos. Acontece que, vai entender por que, o trio parece ter apelado feio e kikou justamente a tal da reverenciada honestidade pro alto, apareceu enxuto (sem aquela tonelada de solos tediosos), popíssimo e com uma roupagem emo (!!) pra lá de tardia.
# # Dá até pra enxergar a mesma fórmula furada que o Gustavo Drummond aplicou impiedosamente no seu Udora, que com dois maravilhosos discos gravados, deu as costas para os fãs e “renasceu” na estética pasteurizada da geração Malhação. A mesma coisa parece estar acontecendo com o TNYFBB (que agora atende singelamente por TNY)... tirando a parte do “dois maravilhosos discos gravados”.
# A mais nova banda boa de Goiânia atende pela alcunha misteriosa de Mugo, e é pura explosão neo-metaleira. O grupo, que tem como guitarrista o Léo Alcanfor, ex-Violins, disponibilizou três coágulos sonoros brutais na grande rede e também toca hoje lá no palco do Ziggy Box Club.
# # Screams, Dreamin Awake e Insane Path são os nomes das “canções”, que exalam ódio e bestialidade contemporânea como poucas conseguem. Escute aqui, e depois me diga o que achou.
Vou ali botar uns rocks pro povo dançar e já volto.
No começo do mês o Porão do Rock, festival dos mais saudáveis do novo rock brasileiro, tomou de assalto os holofotes do nosso circuito independente. Com atrações do porte do Bellrays, Sepultura e Mudhoney – além de alguns dos filhos mais interessantes dessa efervescência musical toda, como Macaco Bong e Superguidis –, comemorou seus primeiros dez anos de existência tirando onda de gente grande. Vem comigo que eu te conto:
We Feel Like A Bullet
Debaixo do emaranhado de barras de ferro que davam sustentação à enorme estrutura situada entre os dois palcos e que, piso acima, abrigava a área vip da décima edição do Porão do Rock, uma dúzia de pessoas falavam alto, empolgadas pela cerveja e por papos que tentavam investigar os caminhos do rock independente nacional. Procuravam descobrir, entre um gole e outro, como as coisas vão estar daqui alguns poucos anos. O Ulisses Xavier, da produção do festival e vocalista da Plástika distribuía cartõezinhos Coolnex, que continham uma raspadinha que dava direito à downloads gratuitos, tanto da Plástika quanto de bandas do line-up do festival.
Lá em cima na área vip – games de guitarra, bar bombado e arquibancadas nas laterais dos palcos –, a fauna esquisita do pop nacional desfilava orgulhosa. Do lado de lá, milhares de humanos fantasiados percorriam incansáveis o asfalto frio do estacionamento do estádio Mané Garrincha, indo dos palcos para a praça de alimentação e chegando, por fim, na tenda, que exibia uma escalação com DJs de todos os tipos: quase tudo escapava das caixas de som, de Slayer à Amy Winehouse, sem constrangimentos.
Nos palcos, uma penca de bandas já havia se apresentado, começando pelo punk operário e comunista dos Garotos Podres, seguidos pelo Allface. Perdi o Linha de Frente, banda local de hardcore Vegan (aqueles radicais do No flesh, No Drugs...) malvadão, que tocou antes do Galinha Preta (um dos melhores shows do último Bananada) e dos Mechanics.
Dance of Days: Bizarrice emo
O Dance of Days é uma piada bizarra pra lá de longeva, deve-se admitir, e como era de se esperar, a molecada comprou satisfeita a exibição de Nenê Altro e companhia. Após o show, adolescentes maquiados disputavam poses ao lado do, err, “ídolo”, diante dos flashes dos amigos.
Depois de uma visita à barraca da pizza e uma esticada no quiosque da pepsi (!), fui espiar os argentinos do Satan Dealers, que são bem melhores do que os portugueses incensados do Born a Lion, que ocupariam o palco daí a pouco. O Satan Dealers já dividiu um vinilzinho colorido de 7” com o MqN, intitulado We Feel Like A Bullet, e sua receita bem temperada de MC5 com Motorhead funciona muito bem, daqui a pouco até a Ana Maria Braga copia.
O Zamaster, a despeito de ser uma das bandas fundadoras do Porão do Rock, é uma anedota teen, tardia e desnecessária, e a também brasiliense Harllequin enumera arrogante todos aqueles clichês caricatos do heavy metal, magistralmente representados pelo Massacration.
Anunciados como a sensação do folk metal mineiro (!!!), o Tuatha de Danann apareceu com uma mistura inusitada de heavy metal comportado, fundido sob performance hippie. Flautas e batas coloridas em “harmonia” com guitarras e climas épicos, cheios de pretensão celta. Incrivelmente a multidão disforme gostou bastante. Eu não entendo mais nada...
Depois de tamanha demonstração de paciência e tolerância, me concedi o direito de não me aproximar da arena durante o show do Angra, e fui encontrar os amigos para a última pepsi da noite.
“I Dont Care Where You Come From”
Havíamos acabado de chegar à Brasília, eu e o Ulisses Henrique, e paramos num dos milhares de shoppings da cidade para comer. Entramos e de pronto encontramos, por acaso, o Bruno Kayapi, guitarrista do Macaco Bong e bróder desde o último Demo-Sul, festival que acontece sempre no segundo semestre lá em Londrina, no Paraná.
Na saída do shopping o carro do Ulisses apaga e resolve não mais responder, e eis que sobra pra mim e pro Kayapi a ingrata tarefa de empurrar a Parati morta até o mecânico mais próximo, coisa que não tínhamos a mínima idéia de onde seria. Eram quase quatro da tarde e o sol ainda ardia seco no horizonte da capital.
Vinte e quatro horas depois, estávamos todos no mesmíssimo shopping, dessa vez sem preocupações imprevistas e almoçando com voracidade. Era o intervalo das reuniões da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), e muita gente boa devorava fast food como se fosse a comida da mamãe: Anderson Foca (DoSol - RN), Fabrício Nobre (Monstro/MqN – GO ), Pablo Kossa (Fósforo Rec - GO), Gustavo Sá (Porão do Rock - DF), Ney Hugo (Espaço Cubo/Macaco Bong - MT), Dewis Caldas e Ahmad (Volume/Espaço Cubo -MT), além de alguns jornalistas e blogueiros. Daí a pouco a maratona final dos debates nesse aniversário de 10 anos do Porão iria recomeçar.
Pouco depois que o sol se escondeu no horizonte plano e azul de Brasília, a Lafusa plugou sua bossa-pop para quase ninguém, antes de o Macaco Bong ocupar o palco ao lado e, apesar do pouco público, ostentar sua música poderosa e envolvente, ajuntando no gargalo da área vip, opiniões importantes do jornalismo nacional. Jamari França, crítico d’O Globo e editor do Jam Sessions – Blog do Jama, assistiu tudo, e depois, na coletiva de imprensa do trio instrumental, fez questão de sacar seu bloquinho de anotações e ir falar com o pessoal.
Aproveitei o show do Rock Rocket para jogar meia hora de conversa fora, antes de voltar à arena para acompanhar o Superguidis, que lança o segundo disco ainda esse ano, pelo selo candango Senhor F. Cheios de fãs na cidade, o grupo gaúcho é mesmo um daqueles fenômenos discretos que começam a pulular nos quatro cantos do país. No caso deles, dá pra pensar que antecipam o vindouro revival dos anos 90, que já deve estar se remexendo e pronto para romper a superfície frágil dessa febre anos 80 que nos assombra já há alguns anos.
Depois do Cromonato (que fez sucesso com sua igrejinha) e da Vamoz! (ainda não arranjaram um baixista?), o Moptop colheu mais uma vez os louros de banda “grande”. Menininhas lascivas se aglomerando na grade, garotos cantando junto, e alguma histeria. É impressão minha, ou eles estão mesmo cada vez menos parecidos com os Strokes? Os cariocas tem show marcado ao lado do Hurtmold e da britânica Magic Numbers, no Rio e em São Paulo, dentro da programação do Conexão Indie-Rock Festival.
Depois da indecisão estilística do Supergalo, o Móveis Coloniais de Acajú injetou delírio na massa compactada e saltitante. A big-band brasiliense também compõe o line up do Conexão Indie e tem show marcado ao lado do Mombojó e dos ingleses do The Rakes, dia 26/06no Rio e 27 em São Paulo.
Chegando à apoteose da noite, o quarteto mais cool do festival subiu no palco e num desfile louco, Lisa Kekaula (que já foi vocal de apoio do Basement Jaxx) e seu Bellrays fizeram a apresentação mais impressionante de toda a festa. Priorizando as flechadas certeiras do último e ótimo Have A Little Faith, a negra gorda e dona do maior black power que já eu vi, se transformou em musa da multidão, que estampava um sorrisão no rosto e movimento frenético e ritmado nos quadris. O êxtase foi tamanho que Lisa desceu do palco e confraternizou com o pessoal de cima da base dos fotógrafos, num flagrante captado pelo bróder e companheiro de viagem Ulisses Henrique. Aperte o play:
A Nação Zumbi teve a tarefa de suceder o combo punk/soul californiano e, como era de se esperar, não decepcionou. Que a cozinha do grupo pernambucano descobriu um jeito único de groovear, todo mundo já sabe, mas a cada apresentação que vejo do septeto pernambucano, me convenço ainda mais de que eles vivem seu auge artístico agora, ao contrário do que sugere o lugar comum de maioria da crítica, que relega esse título ao passado de explosão midiática da era Chico Science.Talvez por que até hoje os momentos de maior comoção sejam em Maracatu Atômico e Da Lama ao Caos, clássicos absolutos, e um tanto desgastados, do pop noventista brasileiro.
So, shake your head, sucker!
Seguindo, o Sepultura apresentou seu novo baterista para o público do meio oeste brasileiro. Jean Dolabella, que abandonou as baquetas do Udora na véspera do fim vergonhoso a que parece estar fadado o grupo mineiro, não deveu nada à performance superlativa de Iggor Cavalera, mesmo por que se manteve fidelíssimo ao que o antigo titular do posto que agora ocupa fazia. Aparentemente não quis correr o risco de bater de frente com os fãs xiitas da banda.
Hinos remotos como Troops of Doom e Inner Self, dividiram atenções com clássicos como Refuse/Resist e com o cover de Bullet the Blue Sky, do U2, presente no track list de Revolusongs, mas o arrebatamento se deu mesmo foi na matadora seqüência final, que enfileirou Territory, Arise e Roots, Bloody Roots. Não sobrou pedra sobre pedra, nem costelas no lugar.
Ninguém se importa Mark, ninguém!
Depois da destruição do Sepultura, os “tios” do grunge ocuparam o palco ao lado. Mesmo na ingrata posição de headliner pós-Sepultura, o Mudhoney (foto) conseguiu arrebanhar as camisas xadrez, os tênis surrados e óculos de massinha, e os agrupar na frente do palco, o que não somou mais do que quinhentas almas atenciosas e regozijantes.
Ainda assim, Mark Arm e sua turma não não se intimidaram e perfilaram seus hits mais esporrentos. Suck Your Dry e Touch Me, I’m Sick foram comemoradas intensamente pelos indies de plantão, antes da banda cancelar a coletiva de imprensa marcada para depois do show.Pra terminar, Mark Arm soltou essa, em agradecimento:
“Thank You Brasília... or Goiânia. I dont care where you come from!”.
É mole?
E depois ainda dizem por aí que Goiânia não é Rock City.
Andei sumido nessa última semana né? Pois é estava ocupado em engrossar as estatísticas do desemprego brasileiro.
# O que você acha de ver o Nashville Pussy em setembro, aqui mesmo em Goiânia?
# # E os Mutantes, o Melvins, o Fu Manchu, e o Motosierra, em Novembro!?
# # # Pois é...
# Desde o final do mês passado estão abertas as inscrições para bandas interessadas em participar do Compacto Rec, que é um projeto de integração nacional dos jornalistas Fora do Eixo, que em muito vai beneficiar a divulgação das melhores bandas do país. A cada 15 dias, perto de 40 sites associados disponibilizarão um single (com dois ou três fonogramas) de um conjunto do independente brasileiro. A curadoria do material inscrito fica por conta da cúpula da Fora do Eixo, espalhada pelo Brasil e que contabiliza produtores, jornalistas e chefões de selos.
# # Qualquer banda pode se inscrever, e para saber mais do assunto, dá um pulo no blog do projeto, nesse endereço aqui ó: http://www.compactorec.blogspot.com/
# # # A turma reunida no Compacto Rec é essa aí embaixo, e contabiliza muita gente boa. Dá uma espiada:
# Você não compareceu na Goiânia Rock News Party, domingo desses, não é? Pois é, perdeu os shows incríveis de duas das bandas mais fodonas da cidade, Violins e Olhodepeixe, e não movimentou freneticamente o rabinho na pista, ao som dos melhores rocks do momento né?
# # Pois então, condolente para com sua situação, pobre leitor ausente, este blogueiro coloca aí embaixo, à disposição do vosso play, um gosto de som do que foi a noitada Goiânia Rock News, com uma canção do show da Olhodepeixe. O áudio está até bem legal, mas a iluminação charmosa do pub não ajudou muito na confecção do videozinho (crédito para o bróder Ulisses Henrique, que assina o Sobre Tudo Que Interessa, blog dos mais bacanas) O nome da peça é Jamé, e recomendo muita atenção para o solo monstro, do guitarrista prodígio Fridinho. Clicaê:
# Domingão agora, este blogueiro bota em campo mais uma vez seu DJ Set, n’ A FARRA NA CASA ALHEIA, ao lado dos amigos DJs Lucho e Barata (residentes do Criolina, em Brasília), DJ Fabrício Nobre (MqN, Monstro Discos) e DJ Guga de Castro (o dono da festa, importada lá de Fortaleza, no Ceará). A folia vai acontecer lá no Bolshoi Pub, à partir das oito da noite, com ingressos FREE para as senhoritas e custando apenas dez dinheiros para os rapazes. É Rock a noite inteira, misturado com funk, samba, soul, punk, indie, bossa e o caralho a quatro. Cola lá!
# No último domingo, lá no Bolshoi, aconteceu a primeira Goiânia Rock News Party, festa deste blog que você ora lê. Se nem todo mundo que teve vontade de dar as caras por lá para assistir as apresentações inspiradas da Olhodepeixe e do Violins e sacudir a poeira do paletó , apareceu, quem carregou seu traseiro gordo até o pub garantiu um domingo dos mais divertidos.
# # Antes da Olhodepeixe subir suas guitarras, o blogueiro amigo aqui se encarregou dos cedê-jotas, com um set parecido com esse aí ó:
You Really Got Me – Kinks My Party – Kings of Leon Fa-Fa-Fa – Data Rock Capitalism... – International Noise Conspiracy I Will Survive – Cake SexyBack – Justin Timberlake Hard to Beat - Hard Fi Take On Me – A–HA Video Killed the Radio Star – Buggles Daft Punk Is Playing At My House – LCD Soundsystem Berlin – Black Rebel Motorcycle Club Everybody’s Gonna Be Happy – Queens of the Stone Age (Kinks Cover) MMMBop – Hanson (hehehe) De Doo Doo Doo De Da Da Da – The Police Are You Gonna Go My Way – Lenny Kravitz
E algumas outras, que eu não vou me lembrar nunca mais quais são.
MMMBop...
Foto: Érika Teka
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# # # Perto das dez horas a Olhodepeixe aumentou o volume dos amplificadores e verteu toda a agonia lírica do seu primeiro disco, misturando às músicas novas, em quarenta e cinco minutos de intensidade instrumental e sensibilidade poética das mais aguçadas. Confere aí o set list da moçada:
Baygon Seus Movimentos Hoje Meu Mundo É Bom Inércia Jamé X-31 Plasmando Ponto de Cruz Chuva em Fevereiro
# # # # Já o Violins (foto: Vivian Collicchio), que anunciara a primeira execução pública de uma canção do prometido novo álbum (!) nesse show, não teve problemas para emocionar os amigos, apresentando basicamente peças do recente Tribunal Surdo. A tal faixa inédita e que supostamente fará parte do track listde A Redenção dos Porcos, atende pelo nome de Entre o Céu e o Inferno, segundo informa a comunidade do grupo no Orkut, e foi executada somente na guitarra.
# # # # # Depois de tudo, o DJ Matias botou seu time em campo e se ocupou da pista, enquanto a turma confraternizava embriagada e satisfeita, amaldiçoando a segunda feira que aos poucos ia acordando.
Bruno Kayapi na atividade
Foto: Ulisses Henrique
# Na semana passada aconteceu a terceira edição do Maxxxima, dessa vez em versão instrumental e ocupando o palco do Ziggy Box club.
# # A princípio o festival se apresentou super, divulgando um line up casca-grossa, que incluía a grande Pata de Elefante, os vizinhos esquisitos da brasiliense Satanique Samba Trio e os conterrâneos Dom Casamata e a Comunidade, mas depois de algumas re-configurações de local (originalmente seria no Martim Cererê) e w.o. de alguns nomes, a festa ficou mesmo por conta do fantástico trio cuiabano Macaco Bong, e das locais Seven e Lenore.
Derrick Green?
Foto: Ulisses Henrique
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# # # Assisti ao Macaco esses dias em Brasília, no Porão do Rock, numa apresentação poderosa – apesar de pouco prestigiada por causa do horário desfavorável (segunda banda da noite), mas em Goiânia a coisa foi bem mais intimista, quase um diálogo sem palavras com um público jubiloso com as viagens instrumentais impudicas e libertinas dos mato-grossenses.
# # # # Antes deles o Seven já tinha acendido uma atmosfera lisérgica, mais colorida e retrô, numa receita psicodélica que combina tramas sonoras e camadas melódicas com uma habilidade pop bem assobiável.
# # # # # E no começo da noite, a responsabilidade pesou nos ombros da Lenore, que emula bem primitivamente chatices da categoria de um Mogwaii, e/ou Godspeed You Black Emperor. Entende?
Vou ali entrevistar o Diego de Moraes, e já volto (com videozinhos) pra falar do Porão do Rock. Combinado?
# Pois então, recém chegado de Brasília, onde fui conferir a décima edição do Porão do Rock, posto aí embaixo – atrasadíssimo, eu bem sei – a última parte da cobertura do Bananada 2007. Ainda nessa semana entra aqui na tela do blog algumas boas linhas sobre como aconteceu o aniversário de 10 anos de Porão, que contou com o show sempre hipnótico do Macaco Bong (que toca hoje, 06/06, em Goiânia), com o frescor indie-gaúcho da Superguidis, com a fortíssima porrada soul dos californianos da Bellrays, com a precisão e violência do Sepultura, e com uma porção de outras atrações que agradaram edesagradaram, como sempre. Já, já.
# # O Violins – que toca na festa deste blog no próximo domingo, ao lado da Olhodepeixe – nem bem lançou o ótimo Tribunal Surdo e já anuncia planos para o lançamento de um novo álbum ainda para esse ano. E o disco já tem até nome e fórum de discussão na comunidade da banda no Orkut. A Redenção dos Porcos deve ser gravado em breve e ganhar o mercado no segundo semestre. E você, o quê espera dessa ousada explosão criativa de um dos quartetos mais talentosos do novo rock brasileiro? Digaê.
# # # E por falar em festa, no dia 24 desse mês que corre, a Monstro Discos traz a Goiânia a Farra na Casa Alheia, folia que acontece tradicionalmente em Fortaleza, no Ceará e que aqui na cidade terá lugar no Bolshoi Pub, onde vários DJ Sets dos mais argutos e requebráveis (o blogueiro aqui incluso, é claro) vão sacudir os esqueletos carcomidos dos roqueiros mais espertos do domingo. Anota aí na agenda.
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Bananada 2007
Domingo
Eu Sou Melhor Que Você!
O trio local Dom Casamata e A Comunidade abriu a última noite de festa com grooves finos e rasantes psicodélicos, azeitados com as melhores referências da música brasileira. Já dá pra dizer, sem medo de errar, que é a melhor banda instrumental da cidade.
Zé Henrique: Dom Casamata e a Comunidade
Depois da meia hora de chapação muda da trinca, as também locais Woolloongabas e RPDC seguiram o cronograma, mas não acompanhei nenhum dos dois shows, ocupado que estava com alguma entrevista no bakstage.
Depois da paulistana Slot reformular em japonês a receita dos Forgotten Boys, o Galinha Preta tomou conta de tudo.O crust-core (!?) esporrento e humorista dos brasilienses lotou a arena do Pyguá, e botou a molecada pra rodopiar e esgoelar várias canções junto com a banda. Um fã mais caloroso foi convidado a subir no palco e assumir o microfone na “concretista” A,E,I,O,U, e quase chorou de emoção. Fenomenal!
Nem bem a Galinha Preta calou suas desgraceiras, e a jovem guarda água-com-ácucar da paraense Stereoscope me manteve longe do Yguá, antes da Banzé ocupar o palco do Pyguá e, no ponto alto do show, fazer uma versão meia-bomba de Eu Sou Melhor Que Você, do grande, e não menos desconhecido, Mulheres Q Dizem Sim.
Logo após o fim da chatice “cabeça” do Mersault e a Máquina de Escrever, a Elma perfilou seus petardos calados, cheios de riffs pesadíssimos e cozinha extata. Não deu nem pra sentir falta de alguém berrando por cima da muralha sonora dos paulistanos. Quem disse que metal do bom não pode ser instrumental?
Perto do fim da festa, músculos em frangalhos pelos três dias de maratona, a Graforréia Xilarmônica encheu de gente curiosa a cúpula do Pyguá. Formada em 86 nos pampas, pelos irmãos Birck e por Frank Jorge, extinta em 2000 e de volta à ativa há alguns anos, a Graforréia nunca atingiu o sucesso comercial, mas adquiriu status de cult-band, e já foi gravada por gente importante do pop, como o Pato Fu, que incluiu Nunca Diga no track list de Televisão de Cachorro, e abre o ótimo Ruído Rosa com Eu, as duas dos gaúchos. No show, além do hit involuntário Eu, fizeram pares de ouvidos felizes com discretos clássicos, como A Técnica do Baixo Elétrico, Empregada e Eu Digo 7.
Daddy-O-Grande com os Dead Rocks
Na seqüência era a vez do gringo mascarado Daddy-O-Grande reger os paulistanos Dead Rocks na causticante surf-dancefloor em que se transformou a arena do Pyguá. Acompanhei a festa consumindo o mistão de hamburger da noite, sentado em frente à porta do teatro e vendo o espetáculo por entre as cabeças dançantes. Quem estava lá dentro parece ter gostado.
A série final de shows desse Bananada 2007 eu deixei pro ano que vem. O corpo exaurido, somado ao fato de já ter assistido ao Johnny Suxxx – que está se revelando mesmo uma grata surpresa –, e aos Rollin Chamas – que jogam em casa com a mesma desenvoltura do MqN –muitas vezes, estimularam meu retorno antecipado para o conforto do lar.
Já o último show da noite (que protagonizaria o gran finale do Bananada) o do Desastre, eu dispensei sem peso na consciência. Além de não perceber a menor graça no crossover obtuso e anacrônico do quarteto punk-rock, estava ansioso para repousar a carcaça e recuperar o fôlego para a segunda-feira. Afinal, se punk not's dead, time ainda is money.