Último dia do ano, hora do balanço dos melhores discos que nasceram nesses derradeiros doze meses. Feliz ano que vem pra você!
Primeiro o recado do leitor, que escolheu – através da caixa de comentários e de e-mails – os seus prediletos. Depois da lista dos leitores, a lista Goiânia Rock News, com as predileções do amigo aqui.
E, pra terminar (o ano e este post), a opinião de gente que entende do assunto. Convidados por Goiânia Rock News, algumas personalidades da nova música brasileira se arriscam em pequenos textos sobre os melhores sons de dois mil e sete.
Vai lendo aí:
Melhores Discos do Ano segundo os leitores:
In Rainbows – Radiohead (10 votos)
Big Deal – Black Drawing Chalks (9 votos)
Tribunal Surdo - Violins (8 votos)
A Amarga Sinfonia do Superstar – Superguidis (8 votos)
Era Vulgaris – Queens of the Stone Age (7 votos)
Daqui pro Futuro – Pato Fu (4 votos)
Our Love To Admire – Interpol (4 votos)
Zeitgeist – Smashing Pumpkins (4 votos)
Vanguart – Vanguart (4 votos)
White Chalk – PJ Harvey (3 votos)
Reticências (EP) – Diego de Moraes (2 votos)
We Are the Night – Chemical Brothers (2 votos)
Volta – Björk (2 votos)
Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha – Pata de Elefante (2 votos)
The Blackening – Machine Head (2 votos)
Down III – Down (2 votos)
Goldfish Memories – Goldfish Memories (2 votos)
Melhores do ano Goiânia Rock News:
Mundo:
Young Modern – Silverchair
Release the Stars – Rufus Wainwright
Flying Club Cup – Beirut
It Won't Be Soon Before Long - Maroon 5
Si No – Café Tacvba
Era Vulgaris – QotSA
Mix Up – Beastie Boys
City of Echoes – Pelican
Cross - Justice
Libertad - Velvet Revolver
Carry On – Chris Cornell
Mirrorred - Battles
In Rainbows – Radiohead
Roots Rock Riot – Skindred
Infinity On High – Fall Out Boy
Brasil:
Anotherspot – Pelvs
Tribunal Surdo – Violins
Um Olho no Fósforo Outro na Fagulha - Pata de Elefante
The Colagens – The Colagens
Objeto Perdida (EP) - Macaco Bong
Monno (EP) – Monno
Onde Brilham Os Olhos Seus - Fernanda Takai
Gone (EP) – The Name
Fome de Tudo - Nação Zumbi
Big Deal – Black Drawing Chalks
A Amarga Sinfonia do Superstar - Superguidis
Melhores Goiânia Rock News do ano passado:
Internacional
1° - Light Grenades – Incubus
2º - Revelations – Audioslave
3º - The Eraser – Thom Yorke
4º - Black Holes and Revelations – Muse
5º - Amputechture – Mars Volta
6º - Stadium Arcadium – Red Hot Chili Peppers
7º - Pica Seso – Vudú
8º - Enemies Like This – Radio 4
9º - Riot City Blues – Primal Scream
10º - Tah Dah – Scissor Sisters
Honras ao mérito:The Information, do Beck; The Greatest, da Cat Power; Shine On, do Jet; First Impressions of Earth, do Strokes; Return To The Cookie Mountain, do TV On The Radio; Timeless, do Sérgio Mendes; Saturday Night Wrist, do Deftones; Dimensions, do Wolfmother; From Under the Cork Three, do Fall Out Boy, e o Steep Trails, do Ankla.
Nacional
1º - Carrossel – Skank
2º - Estado Natural – Casa Bizantina
3° - Luxúria – Luxúria
4º - Cê – Caetano Veloso
5º - Superguidis – Superguidis
Honras ao mérito: Transfiguração, do Cordel do Fogo Encantado; Seu Minuto, Meu Segundo, do Gram; Meu Samba É Assim, do Marcelo D2;
Texto originalmente publicado no Urbanaque, revista eletrônica paulista que convidou o blogueiro aqui para responder sua enquete anual:
Melhores 2007 Urbanaque
Em dois mil e dois o Silverchair lançou Diorama, o quarto e incrivelmente maior/melhor disco do pop mundial daquele (e de outros) ano. Em dois mil e sete o trio australiano entregou Young Modern ao mundo, e frustrou as expectativas, acumuladas em cinco anos de espera, dos milhões de desesperados por um Diorama II – A Missão.
Mas não a mim. Tudo bem que o Young Modern não tem o mesmo superlativo abstrato que faz do Diorama o que ele é, mas a grande sacada do Daniel Johns foi mesmo passar ao largo de toda aquela grandiloqüência dolente, e apontar sua parabólica para outras direções. Qualquer tentativa de se superar naquele mesmo terreno, possivelmente, seria desastrosa.
Young Modern pode ser dançante (Young Modern Station), melancólico (Straight Lines), esquisito (If You Keep Losing Sleep) e ainda que perca um pouco do pique em algumas faixas, disfarçadas no fim do track list, deixa vários (todos?) os hypes “concorrentes”, comendo uma poeira da grossa, lá atrás.
Melhores Discos do Ano segundo o povo rock:
Grinderman – Grinderman
O melhor disco de 2007 é Grinderman - Grinderman, por que tem Nick Cave em sua melhor forma, com uma bandaça de velhos parceiros. Isso sim é ganhar idade com dignidade.
Fabrício Nobre (GO) – MqN/Monstro Discos/Abrafin
Canastra – Chega de Falsas Promessas
"Na minha modesta opinião o melhor disco de 2007 foi o Chega de Falsas Promessas do Canastra, por um motivo muito simples: a mediocridade que impera na "cena" (inexistente) carioca, que rotulou-se através do movimento de renovação da Lapa, que em tese somente abrangeria o famoso "samba de raiz". Canastra prova que é possível freqüentar a Lapa e ainda assim fazer música de excelente qualidade sem os malfadados rótulos."
Deborah Sztajnberg (RJ) – Advogada e escritora, autora do livro O Show Não Pode Parar: Direito do Entretenimento no Brasil
Silverchair - Young Modern
Esse disco foi o que mais ouvi em 2007. Traz um pop ultra sofisticado feito por uma banda que já é veterana, apesar de seus integrantes não terem ainda chegado sequer aos 30 anos de idade. Daniel Johns, que já escreveu discos grunges requentados da explosão americana do gênero na década de 90, agora escreve pequenas pop-óperas, o que já tinha sido meio que ventilado no excelente Diorama. Um gênio da melodia a serviço da boa música. A música pop nunca foi tão estranha.
Beto Cupertino (GO) - Violins
Nação Zumbi – Fome de Tudo
Esse ano não fui um pesquisador musical, então, pouco sei sobre os lançamentos. Porém, chegou nas minhas 'zoreia' o disco novo da Nação Zumbi e fiquei fã. Musicas, arranjos, timbres e atmosferas de altíssimo nível, disco impecável, 'tipo exportação'. Produzido pelo Mário Caldato Jr., o mesmo que produziu o Odelay do Beck, Ill Comunication e The in Sound From Way Out do Beastie Boys, entre outros discos supimposos. Para ouvir e movimentar os esqueletos e banhas.
Thiago Ricco (GO) – Violins
Robert Plant and Alison Krauss - Raising Sand
Muitos podem pensar que esse é mais um CD de tiozão consagrado com uma mina mais nova pra angariar uns trocados, mas não é. As duas vozes (Robert Plant cantando de forma suave, bem diferente do que ele faz no Led) combinaram perfeitamente, e o repertório é de primeira. Basta ouvir Killing The Blues, Gone Gone Gone (Done Moved On), Please Read The Letter (música que saiu no disco Walking Into Clarksdale, e que foi salva nessa versão com a Alison Krauss) e Trampled Rose (do Tom Waits) para sentir o climão. Duetos vocais que beiram o alt. country/folk, com uma semelhança absurda de outra parceria de sucesso - Gram Parsons e Emmylou Harris.
Bruno Dias (SP) – Urbanaque.com.br
Porcas Borboletas - Um carinho com os dentes
Simplesmente genial. O Porcas Borboletas é a coisa mais criativa do mercado independente brasileiro, junto com o Macaco Bong. Texto afiado na boa escola da vanguarda paulistana, mas sem esquecer a visão Triângulo Mineiro do mundo. Coisa de primeiríssima qualidade.
Pablo Kossa (GO) – Fósforo Records
Ryan Adams - Easy Tiger
Quando Ryan Adams deixa a baderna de lado e se concentra na música, não tem pra ninguém. No esforço de autoconstrução, Adams focou o seu passado alt-country e fez um dos discos mais inspirados e emotivos de sua carreira. Baladas matadoras (Everybody Knows e Rip Off), dueto com Sheryl Crow à la Gram Parsons (Two) e rockão-arrasa-quarteirão (Halloweenhead), colocaram esse disco em alta rotação no meu mp3 player.
Wilco - Sky, Blue, Sky – Pelo que a banda passou de dez anos pra cá – uma obra-prima rejeitada pela gravadora e o vício de seu líder, Jeff Tweedy, em analgésicos – o título do álbum reflete o momento de calmaria que atualmente impera entre eles. Impossible Germany é uma das melhores composições de Tweedy desde Jesus, etc. E a forma com que eles atingiram o equilíbrio dos rompantes progressivos e o verniz country salta aos ouvidos.
Queens Of The Stone Age - Era Vulgaris – Porque Josh Homme é Deus!
Leonardo Dias (SP) – Urbanaque.com.br
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É isso, depois tem mais. Feliz ano que vem procê!