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segunda-feira, março 31, 2008

No Fim do Verão

A Redenção dos Corpos, o show
Foto: Dani Cavalcante
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# A fila para entrar, esticada na porta do Bolshoi Pub, dava a pista que a noite seria movimentada ali.O Violins, grupo dos mais produtivos do rock goiano, lançaria oficialmente, daí a pouco, o quinto disco de sua curta carreira.
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Construído ainda em cima do mesmo universo temático que fez a fama de Grandes Infiéis e Tribunal Surdo – os álbuns imediatamente anteriores, A Redenção dos Corpos
ganhou um show montado entre o intimismo mortiço das canções repartidas por beats eletrônicos – executadas somente pelo vocalista Beto Cupertino na guitarra (que substituía os arranjos de violão do disco) e por Pedro Saddi nos teclados/programações – e o já conhecido rock de guitarras, sombrio, melodioso e que não economiza num sarcasmo circunspecto e grave.

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Quando as primeiras batidas de A Busca ecoaram pela casa, vários gritinhos de histeria responderam instantaneamente, vindos de todos os lados da platéia que lotava a pista, e com um tanto a mais de intimidade anunciada do canto onde se concentravam as namoradas dos músicos em cima do tablado.
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Alguns pequenos problemas no retorno não atrapalharam a festa que Problema Meu, uma das músicas mais poderosas desse disco novo, e Convênio (do Grandes Infiéis, quase nunca presente em shows) provocaram nas duas centenas e meia de seres humanos que se apertavam em frente ao palco vermelho. Grande parte esforçando a garganta pra acompanhar as letras em “boa” altura, e muitos outros com os punhos cerrados levantados acima da cabeça, numa franca demonstração de entusiasmo e comoção. A banda retribuiu o arrebatamento com um set list caprichoso em misturar canções de quase todos os álbuns (deixaram de fora qualquer citação ao seu primeiro registro, o EP Wake Up and Dream), e para o fim do bis, sacou da manga Grupo de Extermínio de Aberrações, talvez a canção mais importante do Violins até hoje, e que injetou uma nova dose de empolgação na pequena multidão já entregue.

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Depois do fim do show, entre uma cerveja e outra, o baixista Thiago Ricco me confessou a satisfação de ver uma resposta tão boa a canções tão novas. Na verdade o lançamento das músicas precedeu a premiére do disco, já que cada uma foi disponibilizada para download separadamente, uma por dia, no site do conjunto, ainda em fevereiro. Mesmo assim poucas bandas do rock independente brasileiro têm um poder de mobilização tão forte.

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Dava pra “enxergar” aquelas caras satisfeitas que compunham o público escutando em casa, repetidas vezes, cada uma das quatorze faixas de A Redenção dos Corpos, até decorar todas as letras, com o intuito de se deixar emocionar e cantar com os olhos fechados, no dia da tão esperada festa de lançamento. E, pelo jeito, valeu a pena.

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# No sábado, dia vinte e nove, corri lá para o Martim Cererê, no Festival Matéria Prima, disposto a conferir o show do GO - Zero Matoso, por indicação do Diego de Moraes, que me encheu de recomendações acerca do conjunto liderado por seu ex-parceiro Fernando Simplista. Por, mais ou menos, uma hora não chego a tempo, e atrasado que estava só consegui assistir à última canção do show do próprio Diego de Moraes, que se depedia de um teatro cheio e interessado em suas pirações elétricas e cheias do discurso caótico e feliz de quem acaba de se descobrir finalmente descoberto (segundo me sopraram numa das janelas aqui do msn, em São Paulo o nome do Diego de Moraes está dos mais comentados)

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Depois disso, a descomunal fila pra tudo (bar, banheiro, pra conseguir um lugar decente nos teatros) me fez desistir da noite e trilhar o caminho de casa, deixando pra trás outra fila gigantesca, do lado de fora, de pessoas mendigando um lugar lá dentro, à espera de uma desistência como a minha pra poder ocupar o espaço deixado "vago".

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Se sinal de sucesso não é isso, não sei o que é então. O pessoal da UFG/Rádio Universitária, que produziu o festival Matéria Prima, deve estar rindo para as paredes diante de tão grande, inesperada e ribombante audiência.

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# Liberdade Inc é a mais nova boa novidade do rock goiano. O grupo pluga suas guitarras lá em Anápolis, cidade a cinqüenta quilômetros da capital, e depois de poucos meses de ensaio, gravou cinco músicas lá no Rock Lab Studio. O resultado quase completo desse processo pode ser conferido no Myspace da banda, e já adianto que é dos mais bacanas.

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Vou tentar falar com esse pessoal e assim que conseguir boto mais umas linhas sobre essa tão bem vinda novidade aqui nesta mesma tela.

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Tchau


4 comentários:

Anônimo disse...

cara, ganhei o novo cd do Violins, mas justamente por causa da organização do festival matéria-prima (e tb por causa da pós-produção - correria a semana toda, ehhehe), ainda não pude escutar do jeito que eu gosto, mas o som que eu ouvi me deixou curioso...

escuto e volto aqui pra comentar!

abs e obrigado por participar do festival!

Anônimo disse...

o show foi liiiiindo! violins e a melhor banda de goias, e junto com los hermanos e moveis coloniais e a melhor do brasil

sarinha

Anônimo disse...

Que dia vai ter The datsuns? Cada um fala uma coisa... afffff

Anônimo disse...

Violins é a melhor banda do brasil!!!! ela e los hermnanos, mas lh acabou, então é só violins