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terça-feira, abril 22, 2008

Novato Veterano

# Mallu Magalhães, o fenômeno adolescente mais indie da internet brasileira vai estrear em palcos goianos no próximo Bananada. Pelo menos é o que soprou o Fabrício Nobre para o blogueiro aqui, durante a última edição do TacabocanoCD, festival competitivo da Fósforo Cultural. Além dela, vêm o paulista Curumin, que também traz seu samba elétrico pela primeira vez à cidade, Maurício Takara (baterista do Hurtmold e parceiro do coletivo carioca Instituto), em carreira solo que experimenta o hip-hop, desconstrói a música brasileira e flerta com o jazz minimalista.
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A cuiabana The Melt, a paulista Are You God?, a Paraense Filhos de Empregada, a pernambucana Amp, a paranaense Bad Folks e os cariocas cheios de axé do Do Amor, além d’0 Lendário Chucrobillyman, também estarão conosco durante os três dias de festa.

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Mallu Magalhães: Bananada 2008
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Fora as bandas da cidade que, seguindo a diretriz do festival, mais uma vez assumem a responsabilidade de fechar cada uma das três noites. Dessa vez a carga caberá mais uma vez ao Violins, mas também à reunião insólita batizada Banda da Eline (formação regida pela ex-backing vocal do Hang the Superstars que fará um show de "clássicos" do rock goiano) e pelo glorioso retorno da Mandatory Suicide, uma das mais ilustres bandas goianienses dos anos noventa, há alguns anos inativa, mas que ressurgiu para cerrar as cortinas do Bananada dois mil e oito.

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As demais bandas locais selecionadas são Johnny Suxxx & The Fuckin' Boys, Mechanics, In Bleeding, Goldfish Memories, Mugo, Diego de Moraes, Motherfish, Shakemakers, Bang Bang Babies, Abluesados, Ressonância Mórfica, MqN, Black Drawing Chalks, Seven/Orquestra Abstrata e The Envy Hearts.



Mauricio Takara
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# Festival TacabocanoCD

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And The Oscar Goes To...

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Assim que tudo acabou, Diego de Moraes não acompanhou sua banda até o camarim, ainda teve fôlego para mais uma palhinha informal, a título de galanteio para as câmeras, sentado no retorno, violão no colo e sorriso largo num semblante satisfeito. Perguntei, Qual a diferença desse show de hoje, bancando a atração principal da noite, e daquele em que você era só mais um dos concorrentes desse mesmo festival, ainda tentando aparecer em Goiânia? A resposta jubilosa, “Eu estou mais velho!”.

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O TacabocanoCD é o festival das descobertas, ainda que seu maior achado desse ano seja quase um velho conhecido. Dois palcos: um de bandas convidadas, e outro de grupos concorrentes – esses de olho na possibilidade de vencer a corrida e poder registrar decentemente seu primeiro álbum. A polêmica? O grande vitorioso da gincana das guitarras é um conjunto novato sim, mas composto por, digamos, veteranos do circuito. A Mugo fez a melhor apresentação da noite (sem separar competidores dos não-competidores), uma das mais prestigiadas e com maior interação com o público. As explosões esgoeladas de fúria extrema, elaboradas entre melodias quase-comportadas, fizeram todo o sentido diante do teatro cheio, e depois de Screams (a última música do pocket-show) pouca gente tinha dúvidas sobre quem venceria a disputa.

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Outra corrida, essa menos explícita, foi desencadeada pelo Fabrício Nobre, da Monstro Discos, que anunciara dias antes que da relação dos competidores, tiraria três nomes para o line up do Bananada dois mil e oito. Sweet Racers, Gloom (a segunda colocada da concorrência oficial) e Bad Lucky Charmers primeiro ganharam elogios, e depois as três vagas para o maior dos festivais goianos do primeiro semestre.

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A tocantinense Bodah Diciro apareceu sem medo de desafinar, e num dos shows mais primais da noite ganhou o público com seu charme riot-teen, inspirado no lado mais sujo e feio do grunge noventista. O reggae anódino e inofensivo do Rastacry me manteve afastado do palco até que a louvação hippie tivesse terminado, pouco antes que a paranaense Droogies se ocupasse das atenções com seu mistifório de rock punk, antecedendo seus conterrâneos do Charme Chulo.

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A única banda sem guitarras da noite não traiu seu espírito caipira, mas também não convenceu todo mundo que se dispôs a prestigiá-la, e assim o teatro foi se esvaziando da gente que atravessaria a chuva até o bar para mais algumas cervejas antes de o Diego de Moraes subir no palco, ao lado de seu Sindicato.

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Elaborado pela Fósforo Cultural, a curadoria do festival ficou a cargo de figuras carimbadas do cena nacional. Quem ouviu cada uma das sessenta e quatro bandas inscritas, para selecionar dentre tantas apenas dez, foram os produtores Anderson Foca (festival Do Sol-Natal RN), Claudão (festival Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe – Belo Horizonte MG) e Marcelo Domingues (festival Demo Sul – Londrina PR). Para decidir qual, dentre as dez, seria a banda vencedora, vieram até Goiânia Talles Lopes (festival Jambolada – Uberlândia MG), Rodrigo Lariú (Midsummer Madness Records – Rio de Janeiro RJ ) e Marta Crioula (produtora Ossos do Ofício – Brasília DF).

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Se em Goiânia bandas brotam do chão de asfalto por qualquer brecha descuidada, o Tacabocanocd está se revelando um dos principais filtros, se encarregando de medir, com método e critério, o potencial dos nossos calouros, além de oferecer uma dose significativa de novidades aos festivais maiores. E se resta alguma dúvida quanto ao valor da chancela, é só olhar para o lado e ver o barulho que o Diego de Moraes vem conseguindo fazer, desde aquela noite de dois mil e seis em que saiu daquele mesmo palco ovacionado pela primeira vez.

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No próximo sábado acontece a esperada Virada Cultural, evento que vai movimentar o fim de semana paulistano, em mais de vinte e quatro horas de apresentações espalhadas por palcos da maior cidade da América do Sul. A ABRAFIN, Associação Brasileira de Festivais Independentes, tem lugar cativo na festa, e conta com a parceria do Loaded E-Zine para apresentar as trinta atrações em vinte e cinco horas ininterruptas com o melhor da nova música independente brasileira. E isso, felizmente, não se restringe ao rock barulhento que você está acostumado a gostar:

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18:00 > Vítor Araújo (PE)


18:50 > Mundo Llivre SA (PE)

19:40 > Luisa Mandou Um Beijo (RJ)

20:30 > Vanguart (MT)

21:20 > Preto Massa (MG)

22:10 > Trilöbit (PR)

23:00 > Los Porongas (AC)

23:50 > Sick Sick Sinners (PR)

00:40 > Mechanics (GO)

01:30 > Macaco Bong (MT)

02:20 > Retrofoguetes (BA)

03:10 > Estrume"n"tal (MG)

04:00 > Fossil (CE)

04:50 > Unidade Imaginária (RJ)

05:40 > Mestre Kuca (TO)

06:30 > Filo Medusa (AC)

07:20 > Boddah Diciro (TO)

08:10 > Coveiros (RO)

09:00 > Diego de Moraes e o Sindicato(GO)

09:50 > Porcas Borboletas (MG)

10:40 > Linha Dura e DJ Taba (MT)

11:30 > Costa a Costa (CE)

12:20 > Do Amor (RJ)

14:00 > Bugs (RN)

14:50 > Supergalo (DF)

15:40 > The Sinks (RN)

16:30 > Superguidis (RS)

17:20 > MQN (GO)

18:10 > Siba e Fuloresta (PE)

* apresentação: Equipe Loaded

* discotecam: DJ Lucho e Loaded (nos intervalos entre os shows)


SERVIÇO

Data: 26 e 27 de abril

Horário: 18h de sábado as 19h de domingo

Local: Praça Páteo do Collégio, Rua Boa Vista - Centro

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Tchau procê


4 comentários:

Anônimo disse...

Malu vai ser massa, esa meninaa vai longe!

Anônimo disse...

porra nenhuma, essa menina é uma farsa! sou muito mais o diego morais

Anônimo disse...

Achei paia o Mugo ter ganhado, eles já são banda grande, num podia nem comcorrer. Gloom merecia mais.

E queria ter dinheiro pra ir pra essa virada cultural, deve ter sido muito foda!

Anônimo disse...

Anódino? Mistifório? Onde é o glossário?