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Não gosto de nada da M.I.A.. Também não odeio, é mais uma questão de desinteresse, indiferença mesmo. Talvez por isso não tenha dado atenção ao burburinho que atravessou a semana passada ruminando alguma coisa sobre a polêmica do vídeo de “Born Free”, o single novo da cantora:
Todo mundo já deve ter decorado a história de que M.I.A. descende de refugiados do Sri Lanka, é filha de um guerrilheiro e que os EUA já a consideraram terrorista. Mas se é esse o verniz que empresta algum sentido ao roteiro do clipe, onde a música assume o mero papel de trilha sonora desimportante para o curta-metragem dirigido pelo Romain Gavras (herdeiro polemista do também cineasta Constantino Costa-Gavras), que pinta o exército do Tio Sam como a caricatura de um batalhão nazista lunático, tão sádico quanto sanguinolento (abusando da estética-do-choque em cenas de impressionante gratuidade), então acho que gosto menos ainda da popstar cingalesa.
Mas sei lá, vai ver eu não entendi, e minha suspeita de que a crueldade de Roma não seja muito diferente da selvageria de qualquer outro numa posição de poder, seja mesmo pura ingenuidade da minha parte.
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