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A décima segunda edição do festival Bananada, rei absoluto no calendário cultural de quem descarta a tradicional Exposição Agropecuária como opção de entretenimento digno, se antecipou ao fim de semana, chegou em plena quarta feira e ainda escorregou, dividido em dois, para a quinta, se rendendo ao costume somente na sexta feira, quando finalmente ocupou os teatros do Centro Cultural Martim Cererê.
Visão geral do público - Teatro Pyguá
Extraordinariamente desfalcado pela anfitriã Mqn (já que seu vocalista e fundador do Bananada, Fabrício Nobre, perambula por festivais europeus), foi o sábado quem reservou os melhores momentos de uma festa que se pretende uma espécie de altar para os milagres dos santos-de-casa.
E a despeito do deslumbre barulhento da nova geração do rock goiano, nascida sob o signo onipotente da distorção gratuita, quem melhor representou a santidade pop da terrinha foi mesmo, como vaticinado anteriormente aqui nesta mesma tela, um revivido Vícios da Era, que a despeito da longa inatividade não teve dificuldades em tirar o pó de algumas das melhores canções de sua curta discografia, ao mesmo tempo se apresentando aos novatos e afagando a memória da ala "geriátrica" do rock local.
Depois do show, num bate-papo engatado entre pedaços de pizza, Smooth (guitarrista/vocalista do Vícios) confessou aos convivas que a banda havia gostado tanto de ocupar um palco novamente, e que a interação com o público havia sido tão positiva, que a apresentação temporã no Bananada pode ter detonado uma volta do grupo aos palcos, ainda que de forma tímida (e caso se confirme a promessa, a missão 2010 do festival foi cumprida com louvores).
Já a visita mais agradável foi a dos acreanos do Caldo de Piaba, que engrossam o coro de um suposto renascimento do instrumental brasileiro, tão desprendido da formalidade dos conservatórios quanto da ortodoxia rançosa do rock. Equilibrando-se perigosamente entre o “bom-gosto” universal e o popularesco regional, é a guitarra apimentada de Eduardo Saulinho que dá o sabor especial à mistura, forçando melodias até um limite que mãos menos habilidosas conduziriam facilmente à vulgaridade.
E como o horário mais nobre da noite estava reservado para o headliner local Black Drawing Chalks (que goza de muito mais prestígio que seu rock prosaico merece, de fato) não vi problema em ceder minha vaga no teatro lotado a quem se julgava mais merecedor do espetáculo.
E já me despedindo, refleti cá com meus botões que entre os exagerados entusiastas do BDC deve habitar o mesmo tipo de criatura que incrivelmente suportou uma apresentação inteira do Some Community sem nenhuma reclamação.
Extraordinariamente desfalcado pela anfitriã Mqn (já que seu vocalista e fundador do Bananada, Fabrício Nobre, perambula por festivais europeus), foi o sábado quem reservou os melhores momentos de uma festa que se pretende uma espécie de altar para os milagres dos santos-de-casa.
E a despeito do deslumbre barulhento da nova geração do rock goiano, nascida sob o signo onipotente da distorção gratuita, quem melhor representou a santidade pop da terrinha foi mesmo, como vaticinado anteriormente aqui nesta mesma tela, um revivido Vícios da Era, que a despeito da longa inatividade não teve dificuldades em tirar o pó de algumas das melhores canções de sua curta discografia, ao mesmo tempo se apresentando aos novatos e afagando a memória da ala "geriátrica" do rock local.
Depois do show, num bate-papo engatado entre pedaços de pizza, Smooth (guitarrista/vocalista do Vícios) confessou aos convivas que a banda havia gostado tanto de ocupar um palco novamente, e que a interação com o público havia sido tão positiva, que a apresentação temporã no Bananada pode ter detonado uma volta do grupo aos palcos, ainda que de forma tímida (e caso se confirme a promessa, a missão 2010 do festival foi cumprida com louvores).
Já a visita mais agradável foi a dos acreanos do Caldo de Piaba, que engrossam o coro de um suposto renascimento do instrumental brasileiro, tão desprendido da formalidade dos conservatórios quanto da ortodoxia rançosa do rock. Equilibrando-se perigosamente entre o “bom-gosto” universal e o popularesco regional, é a guitarra apimentada de Eduardo Saulinho que dá o sabor especial à mistura, forçando melodias até um limite que mãos menos habilidosas conduziriam facilmente à vulgaridade.
E como o horário mais nobre da noite estava reservado para o headliner local Black Drawing Chalks (que goza de muito mais prestígio que seu rock prosaico merece, de fato) não vi problema em ceder minha vaga no teatro lotado a quem se julgava mais merecedor do espetáculo.
E já me despedindo, refleti cá com meus botões que entre os exagerados entusiastas do BDC deve habitar o mesmo tipo de criatura que incrivelmente suportou uma apresentação inteira do Some Community sem nenhuma reclamação.
Um comentário:
Tá ficando velho hein meu caro. hahaha
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