E as intervenções de rua do Oscar Fortunato continuam dando o que falar:
Quando eu vi essa frase no muro da Avenida Tocantins, eu entendi o recado. A mensagem fala muito mais de um nascimento do que de um óbito. Afinal a Cora morreu em 1985. A frase diz respeito a essa arte nova que surge na calada da noite, fala dessa arte que surge colorida com suas letras distorcidas. Este artista usa a linguagem do mundo, pois a frase está escrita em inglês. Estes adesivos estão espalhados em cada esquina da cidade, mas poucos prestam atenção.
Droga, repito, é Cora Coralina, que is not dead, como já sei que andaram dizendo por aí (que "Cora Coralina is dead", pichado, num muro). A morte não existe. Cora Coralina, sim.
3 comentários:
Muito feliz o primeiro blog, realmente a direção é essa. O segundo, a única coisa que eu posso falar que foi a coisa mais maculelê que eu li nos últimos 41 anos, tanta riponguice me divertiu.
A lembrança ritualística do Olimpo brasileiro aproxima o artista do que o desrespeitoso colega, Oscar Fortunato, chamou de "maculelê" e "riponguice".
A amorosidade de Cora Coralina é o indígena e negro amor que se manifesta como arte em meio à pobreza, o mito de amor que sonha com um Brasil novo, a pátria da arte, para a qual, inclusive, o desrespeitoso colega colabora, com um trabalho que poderíamos chamar de brilhante, não fosse nossa tamanha decepção.
Att.
Marcus Minuzzi e Sílvia Goulart (coletivo de arte A Negra Ama Jesus).
Fico realmente grata por descobrir o nome deste artista. Já tinha visto e escrito sobre outras intervenções que ele fez, mas só agora descobri o nome dele. Gosto muito do jeito dele de escrever. As frases dele ficam martelando na minha cabeça.
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