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sexta-feira, agosto 20, 2010

... ou desocupa a moita.

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Encerrando mais uma temporada da série “Vai Ou Não Vai?”, o baterista do Violins, Pierre Alcanfor, novamente desobrigou-se de suas funções.


Fred Valle


Da última vez que isso aconteceu, Beto Cupertino, em decisão partilhada pelos demais membros, não viu motivos para continuar e decretou o fim da banda, deixando uma porção de órfãos lamentadores chorando as pitangas em comunidades da internet e depositando todas as suas expectativas em um novo projeto engatado imediatamente pelos remanescentes (que convidaram o baterista Zé Junqueira – hoje no Pedra Letícia – para assumir banquinho e baquetas), mas abortado depois de alguns meses pelo renascimento do próprio Violins.


Mas dessa vez a coisa não assumiu ares tão dramáticos, e a maioria dos devotados cultores do quarteto sequer teve tempo de sentir a falta do agora ex-baterista: para o lugar do Pierre, o Violins comprou o passe de Fred Valle, que além do Vícios da Era já deixou sua assinatura rítmica, entre outros, no Macaco Velho e no The Colagens (sem contar as inúmeras gigs, onde acompanhou quase todos os nomes da “nossa” MPB oficial, tão derivativa e insípida quanto subdesenvolvida e pretensiosa).


Olhando daqui, arrisco um palpite de que com a troca o Violins saiu ganhando. Nenhuma dúvida quanto ao talento já comprovado do Pierre, que subscreveu junto com o grupo alguns dos discos mais importantes do rock goiano (e brasileiro). Mas o novo arco de influências e referências trazido pelo Fred Valle (que muito provavelmente é bem diverso do padrão do Violins) pode deixar a fórmula da banda ainda mais excêntrica e instigante, enxertando células de suíngue grooveiro em meio aos panoramas distorcidos criados pelo guitarrista Beto Cupertino.


É esperar pra ver (e ouvir).





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