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Quem antipatizou por antecipação com Eu Sou do Tempo em que a Gente se Telefonava por causa do hit “Chalala” – trilha sonora da minissérie global Aline, tem duas opções: ou vai ouvir o disco desarmado de ideologias, ou continua investindo no ranço e perde um dos melhores álbuns lançados nesses primeiros meses de 2011.
Espécie de segunda estréia da cantora Blubell, Eu sou do tempo... é um disco de jazz que, conduzido por uma voz meiga, se desenvolve em sintonia pop. E segunda estréia porque seu primeiro álbum – Slow Motion Ballet, a cantora relega a condição de "café-com-leite" (apesar do elogios de, por exemplo, Marisa Monte e Mallu Magalhães), justificando a exclusão por ter sido “um disco onde eu não pude ter muita voz ativa. Era aceitar aquilo ou nada”.
Se antes Blubell se apresentou atrás de guitarras, colocando-se num comparativo possível com Alanis Morrisete, agora as analogias só vão fazer sentido se expandidas para um campo tão mais largo quanto... adulto.
"Chalala" - Clipe Oficial
“Música” abre a lista em compasso discreto estabelecendo a atmosfera de cabaré, seguida pela charmosa “Chalala”, que desvenda suas intenções jazzísticas enquanto a voz açucarada e a letra esperta se encarregam do apelo pop. Já em “Triz”, Blubell se acompanha de Bruno Morais; em “1,2,3,5” divide os vocais com Baby do Brasil; e em “Good Hearted Woman” e “Pessoa Normal” partilha as atenções com Tulipa Ruiz.
Já “Estrangeira” – a melhor faixa do pacote, curiosamente não é de autoria da cantora, que travestida de intérprete dá vida e brilho à música escrita por Luiz Venâncio e Rui Barossi, este último baixista do quarteto À Deriva - conjunto responsável pela elegância dos arranjos e eficiência nos climas -, que dá o tom exato da sofisticação ausente na première renunciada.
quinta-feira, março 10, 2011
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Um comentário:
http://www.musicadebolso.com.br/videos/volume57/
Eu curti esses sons dela.
=)
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