Antes disso teve de tudo. Criolo fantasiado de Lobo Mau, a pressão de uma banda em sua melhor forma, algumas das maiores músicas da nova MPB, turma de crianças invadindo o palco e até um alô atencioso pro Ivo Mamona, com direito a coro de “Na Periferia”.
Mas apesar do discurso militante pró-rap nacional, Criolo não se veste como a média dos rappers e evita os trejeitos típicos do gênero, assumindo no palco uma postura cênica incomum no hip hop brasileiro. E é natural que seja assim, já que Nó na Orelha – seu segundo disco e motivo da fama recente, está longe de ser simplesmente um disco de rap, ainda que contenha alguns raps.
O saxofonista Thiago França estava particularmente inspirado e com o improviso frenético que antecede o fim de “Bogotá” ganhou a reverência pública do cantor, que apresentou os demais músicos com o mesmo carinho. Aliás, um dos grandes trunfos de Nó na Orelha é a banda, escolhida a dedo e capitaneada pelo Ganjaman, que azeitou a formação à perfeição e hoje rege um dos melhores shows do País.
Na saída da festa falava-se numa palteia de cinco mil pessoas dentro do Centro de Eventos. Mas fosse quatro ou seis a contagem não faria muita diferença depois que Criolo e banda agradeceram ao público e deixaram o palco ainda mais satisfeitos que a massa suarenta que escorria para o ar livre pelas portas de vidro embaçado.
3 comentários:
amei!!!
goiania arrasando!!
valeu pelos videos do show!!
bjo proceis!!
Um dos melhores shows que já fui!
O melhor show da minha vida! Sem duvidas o show abriu minha mente!
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