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terça-feira, novembro 03, 2009

A Night With Lasers

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Na sexta feira passada, dia 30 de outubro, o goiânia rock news celebrou, informal e secretamente, seu 3º aniversário como blog (pra quem não sabe, antes de migrar para o formato atual, o grnews era uma coluna semanal publicada sempre às sextas-feiras no extinto e saudoso Cybergoiás.com).


Damn Laser Vampires em ação
Fotos deste post: Alessandro Ferro
(Goiânia Rock City.com)


A comemoração “sigilosa” foi na Halloween With Lasers, festa promovida por este blog em parceria com o Ulisses Henrique (amigo e baixista da Cine Capri), que aconteceu lá no Metropolis, com shows da brasiliense Enema Noise e da gaúcha Damn Laser Vampires.

E se você ficou intrigado com o “informal e secretamente” do primeiro parágrafo, eu explico: cronologicamente, o aniversário do blog se cumpriu agora no fim de outubro, e mesmo que você, garota lasciva e suada que se acabou na pista de dança depois dos shows, não tenha sido informada da nobreza da data, eu estava comemorando solitariamente, enquanto trocava os discos e regia, debaixo de litros de suor, você e a pequena multidão que dançava frenética diante do palco do clubinho

Mas o “segredo” foi circunstancial, e não tem nenhum outro motivo senão o de que uma outra festa, desta vez pensada exclusivamente como celebração da data, deve acontecer em Novembro. Você, é claro, será o primeiro a saber.



Planeta, Terra. Cidade, Tóquio.


Mas voltando à sexta feira, dá pra dizer que o show do Enema Noise foi tão performático e barulhento que soterrou a música que, acredito eu, devia haver por debaixo daquela zona toda. Já o espetáculo punk’a billy do Damn Laser Vampires é um dos raros com a habilidade de abusar do lo-fi como recurso legítimo, ao invés de usá-lo como uma espécie de escudo estético para sua própria falta de talento, como faz a maioria.

Depois dos shows, lá pelas duas da manhã, vesti minha fantasia de disc jóquei e assumi a pista de dança. Originalmente eu dividiria o dj set com o Fabrício Nobre, vocalista do MqN, capo da Monstro Discos e presidente da ABRAFIN, mas meu atarefado colega foi surpreendido pelo nascimento precoce de sua segunda filha (até então esperada só para o primeiros dias de Novembro), e obviamente teve que reorganizar suas prioridades, abstendo-se do comando dos cd-jotas para ajudar a esposa a trocar as gloriosas fraldas da recém chegada Lara Nobre. Mais uma vez, parabéns ao papai!


Suando a camisa


Nas mais de duas horas que cumpri à frente da turba suarenta e moderninha que se debatia bêbada na pista de dança, tanto debochei dos pedidos estranhos e deslocados no tempo/espaço (“toca uma do Rappa pra mim?”), quanto enfrentei olhares debochados nos primeiros compassos de “MMMBop” (o mais curioso é que no primeiro refrão, esses mesmos olhares já haviam esquecido o deboche e rebolavam ao som do grude pop do Hanson).

Mas apesar das provocações, teve Sam Sparro, Golden Silvers, Boss in Drama, New Young Pony Club, Turbonegro, Primal Scream, Gossip, EMF, Robot Pigs, Rapture, Radio 4, Cindy Lauper, Cake, Justice, Earth Wind & Fire, Blur, Elastika e Friendly Fires, além de tantos outros. De modos que dá pra dizer que a pista lotada até o fim da noite foi o atestado de que todo mundo voltou feliz pra casa. Pelo menos até a ressaca bater.


I Bet that You look Good on the Dancefloor


E na volta pra casa, de carona no carro do Léo Raposo – guitarrista do NEM, completamente defumado pela fumaça de dezenas de cigarros e levemente desequilibrado pelo porre da noite, ouvi algumas gravações caseiras de músicas novas do Violins. Obviamente não me lembro muito bem delas, e depois de enfrentar uma rigorosa ressaca horizontal no sábado, fui obrigado pela minha fisiologia abalada a desistir do primeiro show do grupo na cidade desde a ressurreição. Depois da reestréia em Brasília semanas atrás, o Violins foi headliner do festival Release Alternativo, produzido pela Fósforo Cultural.


Fica pra próxima.


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