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quinta-feira, novembro 18, 2010

Sem Comparação

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Não seria legal da minha parte comparar o show do Macaco Bong (com o pianista Vitor Araújo, o naipe de metais do Móveis Coloniais de Acaju e o Jack, percussionista do Porcas Borboletas, como convidados), ontem lá no 16º Goiânia Noise Festival, com o resto das bandas do line up do dia.




Por volta de uma e meia da madrugada, depois da passagem de som que rolou enquanto a Lucy and The Popsonics testava a paciência do pessoal corajoso que encarou o electro-pop bobinho do grupo na “arena” ao lado, os seguranças abriram a porta do teatro Pyguá e eu acompanhei de camarote o ímpeto selvagem da molecada ao invadir o recinto e tentar ocupar o melhor lugar da sala que abrigaria dali a pouco a, de longe, muito longe, melhor apresentação da noite.


E digo que não dá pra comparar porque seria covardia confrontar a intensidade superlativa da troca instrumental entre alguns dos nomes mais genuinamente promissores da nova música brasileira, com a festinha de salão-de-festas da Lucy and the Popsonics, o certeiro frescor barulhento da Superguidis, ou até mesmo com a lírica pungente do Diego de Moraes e o Sindicato.


O mesmo Macaco Bong que estreou em palcos goianos no Noise de cinco anos atrás, em 2010 atingiu um patamar criativo que elevou seu status artístico a um nível desconcertante para a maioria de seus contemporâneos em destaque, mesmo os mais interessantes. Acompanhado de, se tanto, uma meia dúzia de grupos com um poder de fogo parecido, o Macaco Bong reina soberano na elite do independente nacional e se prepara para extrapolar outros limites, já que está evidente que seu talento não cabe dentro da fronteira indie.



E uma pequena amostra disso está reservada para o próximo domingo, como você bem sabe.







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