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Emoldurando 2010 de vez na História, o goiânia rock news encerra o assunto com a lista de melhores da editoria da casa, resumida na minha humilde pessoa. Depois de reavaliar tudo o que passou aqui pelo agá-dê e dos depoimentos dos ilustres convidados da já tradicional enquete do blog, onde foram citados mais de 70 artistas e bandas (como Blundetto, Arrigo Barnabé, Firebug, Beach Fossils, Eric Clapton, Red Kross, Jards Macalé, Neil Young, Grace Carvalho, Rob Mazurek e Itamar Assumpção, além dos quase onipresentes Arcade Fire, Marcelo Jeneci, Paul McCartney e Tulipa Ruiz), espremi o melhor de 2010 segundo a minha percepção numa sequência que revela, em primeiro lugar, que mesmo em ano que não lança disco o Hurtmold consegue ser mais relevante que certas unanimidades.
Explico: com a matriz de férias, em 2010 os operários do Hurtmold dedicaram atenção aos seus projetos solo, o que rendeu quatro ótimos álbuns (MTakara3 – Sobre Todas e Qualquer Coisa, Bodes e Elefantes – Behold The Ice Goat, MDM – MárioDeMário e Chankas – Chankas), tão diferentes entre si quanto deve ser a boa invenção de vanguarda. Já a notícia do ano foi o lançamento de Maldito Vírgula e Devia Ser Proibido, os dois discos inéditos e póstumos do Itamar Assumpção, continuação de Pretrobrás, a trilogia iniciada com Por Que Que Eu Não Pensei Nisso Antes de 1998, que vieram acompanhados de toda a discografia do compositor, na cobiçada (e esgotada) Caixa Preta.
Já o transe chapado de Latin, do Holy Fuck, que aproxima o rock instrumental da música eletrônica, ganhou minha preferência quase de primeira e divide atenções no topo da lista de melhores discos internacionais com as apoteoses melódicas de Go, primeiro solo do Jonsi, mais conhecido como vocalista do Sigur Rós.
Quanto aos shows do ano passado, desde que estava lá, diante do inacreditável, eu já sabia que aquele era o melhor momento do ano: a apresentação do Mars Volta, no SWU, foi embasbacante, pra dizer o mínimo. Mas o Living Colour, em Brasília, também soube impressionar, num clima bem mais intimista que o do megafestival em Itu, que ainda foi palco da assustadora primeira visita do Rage Against the Machine ao Brasil.
Os shows de Macaco Bong, em Goiânia, e Franz Ferdinand, em Brasília, também merecem a menção, assim como Educação, filme do Lone Scherfig com roteiro do Nick Hornby. O destaque óbvio fica por conta de Tropa de Elite 2, do José Padilha, que varreu o País e se tornou o maior fenômeno de todos os tempos no cinema nacional. Coração Louco, do Scott Cooper, foi o melhor filme musical do ano, em grande parte pela atuação emocionante do Jeff Bridges que, por outro lado, rendeu ótimas risadas no hilário Os Homens que Encaravam Cabras, do Grant Heslov.
Os mais atentos vão perceber alguns pequenos ajustes em relação às listas que mandei pra votação do Scream & Yell, mas como mudar de opinião nunca foi delito, me senti à vontade para remodelar a coisa conforme o cálculo final. O balanço completo, nome a nome, você acompanha seguindo a linha, aí embaixo:
MELHORES DISCOS – NACIONAL
1. Sobre Todas e Qualquer Coisa - Mtakara3
2. Caixa Preta – Itamar Assumpção
3. Las Venus Resort Palace Hotel – Cibele
4. Greve das Navalhas – Violins
5. Bad Trip Simulator # 2 - Satanique Samba Trio
6. Na Cidade – Pata de Elefante
7. Behold the Ice Goat – Bodes e Elefantes
8. MDM – MDM
9. Chankas – Chankas
10. Escaldante Banda – Garotas Suecas
Bodes e Elefantes - "Saudade do Que Não Tenho"
MELHORES DISCOS – INTERNACIONAL
1. Latin – Holy Fuck
2. Go – Jonsi
3. Total Life Forever – Foals
4. Hands All Over – Maroon 5
5. High Violet – The National
6. Write About Love – Belle and Sebastian
7. Amar La Trama – Jorge Drexler
8. Mount Wittenberg Orca – Dirty Projectors + Björk
9. Everything in Between – No Age
10. Infinity Arms – Band of Horses
Jonsi - "Animal Arithmetic"
MELHORES MÚSICAS – NACIONAL
Rei da Cocada – Mtakara3
Grude – Itamar Assumpção
The Yellow Eyes of the Owl - Goldfish Memories
Saudade do Que Não Tenho – Bodes e Elefantes
De Repente – Pó de Ser
Olha o Sol – Chankas
Frankenstein - Cibele
Cores Voltando - MDM
Comercial de Papelaria – Violins
Forasteiro – Thiago Petit
MDM - "Cores Voltando"
MELHORES MÚSICAS – INTERNACIONAL
Red Lights – Holy Fuck
Animal Arithmetic – Jonsi
Bloodbuzz Ohio – The National
Mickey Mouse and the Goodbye Man - Grinderman
No Embrace – Dirty Projectors & Björk
I Want the World to Stop – Belle and Sebastian
Blue Blood – Foals
Gigantes (Mark Ernestus Version) – Tortoise
Fever Dreaming – No Age
Blue Beard – Band of Horses
Tortoise - "Gigantes" (Mark Ernestus Version)
MELHORES SHOWS
Mars Volta – SWU (Itu -SP)
Living Colour – Autódromo Nelson Piquet (Brasília - DF)
Rage Against the Machine - SWU (Itu -SP)
Macaco Bong e Convidados – Goiânia Noise Festival
Franz Ferdinand – Marina Hall (Brasília - DF)
Vícios da Era – Festival Bananada
El Mató A Un Policia Motorizado – Goiânia Noise Festival
Terra Celta – Festival Vaca Amarela
Caldo de Piaba – Festival Bananada
Otto – Goiânia Noise Festival
Franz Ferdinand - "No You Girls" (Marina hall - Brasília)
MELHORES FILMES
Educação – Lone Scherfig
Tropa de Elite 2 – José Padilha
Coração Louco – Scott Cooper
Os Homens que Encaravam Cabras – Grant Heslov
Ben Hur – Christian Duguay
Um Homem Sério – Irmãos Cohen
A Rede Social – David Fincher
Centurion - Neil Marshall
Divã – José Alvarenga Jr.
Ben Hur – por Christian Duguay
segunda-feira, janeiro 31, 2011
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