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quarta-feira, janeiro 19, 2011

Os melhores de 2010 (XIII)

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Seguindo rumo ao fim, quem dita sua lista de melhores do ano para a nossa enquete dos destaques musicais de 2010 é o Marcelo Costa, do Scream & Yell. Siga a linha:


Tulipa Ruiz - Efêmera


"2010 foi um ano bem fraquinho em termos de lançamentos. Como dizia uma velha canção dos Picassos Falsos, “o mundo anda mal, mas sou eu que não presto”. No entanto sempre aparecem uns disquinhos para arrancar um sorriso, ou inspirar a quebrar tudo. Do lado nacional, sorrisos. Tulipa Ruiz [com Efêmera] e Cérebro Eletrônico [com Deus e o diabo no liquidificador] lançaram dois discos ótimos, que pessoalmente não sei dizer qual é o número 1 de 2010. Dois discos pop, inteligentes, gostosos de ouvir.

Tulipa Ruiz - "Brocal Dourado"


Além fronteira, divido-me entre a raiva calculada de Win Butler contra os subúrbios e a violência de Nick Cave em sua bandinha de garagem. Arcade Fire e Grinderman lançaram dois discos soberbos, daqueles que merecem serem ouvidos com calma nessa corrida desenfreada pelo novo que virou o cenário musical na era internet. Antigamente seria possível viver feliz durante meses, quiçá anos, com estes dois discos rolando no aparelho de som. Relaxe e aproveite.

Grinderman - "Evil"


No quesito melhor música, uns portugueses foram uma das mais felizes descobertas de 2010. Os Pontos Negros, de Queluz, arredores de Lisboa, lançaram um bom disco, Pequeno Almoço Continental, que traz “Amor É Só Febre”, a canção mais Strokes que Julian Casablancas tenta compor nos últimos anos – e não consegue.

Os Pontos Negros - "Amor, é Só Febre"


O Cérebro Eletrônico, novamente, emplacou uma bela balada sessentista, “Cama” enquanto Apanhador Só fez uma canção que Tom Zé aprovaria: “Não é o prédio que está caindo, são as nuvens que estão passando”, diz a ótima letra.

Paul McCartney - Yesterday (Morumbi - SP)


Por fim, no palco não teve pra ninguém. 2010 é de Sir Paul McCartney. Seja na Ilha de Wright, seja no Morumbi, Paul McCartney não fez só o grande show do ano, mas um dos momentos mais brilhantes da música pop em território nacional em muito, muito tempo. Já do lado nacional, Romulo Fróes havia feito uma apresentação irrepreensível na Casa Dissenso, mas a coroa de campeão vai para Otto, que fez do SWU sua casa, e todos os presentes companheiros de dor chamando a Betina pra jantar. Muito mais do que seis minutos de beleza. Um show inteiro para guardar na memória.

2010 foi. Que venha 2011. E que seja melhor. Será?"



Marcelo Costa é editor-chefe do Scream & Yell e editor de homes do iG, iBest e BrTurbo






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