quarta-feira, novembro 29, 2006
Assembléia hardcore.
BNegão e os Seletores de Freqüência
Foto:r0cket.multiply.com
* Goiânia Noise Festival
# Domingo, terceiro e último dia de farra, cansaço acumulado e muitos shows ainda pela frente. Atrasado por causa da chuva, o blog se viu presente no Oscar Niemeyer a tempo de matar a enorme curiosidade a respeito dos cearenses da Fossil. Post rock instrumental intenso, sobrecarregado e repleto de minúcias, extendido em temas longuíssimos que conduziam, sempre, ao transe hipnótico. Climatizações e atmosferas geladas, encadeadas de uma forma tão bonita que inspiravam as mais diversas sensações em quem se deixava envolver. Espetacular!
# # Já haviam se apresentado, Obesos, Mersault e a Máquina de Escrever, Johnny Suxx n’ the Fucking Boys, Supergalo e Crazy Legs.
# No palco Noise o Carbona consumia energia adolescente com seu hardcore cheirando chiclé de bola, enquanto os cariocas da Maldita preparavam terreno para seu show de horrores. Numa salada que envolve Marylin Manson, Sepultura, Metallica, Portishead, Tolerância Zero e um tanto mais de bizarrices, o grupo prendeu a atenção de centenas, cometendo sua performance insana regada a sangue de groselha e solo de bateria incandescente. Marcante, pra dizer o mínimo!
# # Mais uma vez voltando ao palco Noise e aos problemas com o som, a Valentina tentava derrotar a distância e aquecer o menor público dos três dias. A banda lançou no festival o seu disco de estréia, mas sem conseguir inflamar seu pequeno público cativo, ficou mesmo no zero a zero.
# # # Entrando no apogeu do fim da farra, BNegão e Os Seletores de Freqüência fizeram as honras, com suas melodias impregnadas de setentismo black power, rimas urbanas e requinte de gafieira. Nova Visão, Dorobô, Prioridades e A Verdadeira Dança do Patinho, entre algumas novas e outras pepitas de Enxugando o Gelo, mostraram que o caldo do Planet Hemp rendeu bem mais que a prolífica e talentosa carreira solo de Marcelo D2.
# Fechando a tampa dessa décima segunda – e bombada – edição do Goiânia Noise, o Ratos de Porão levou novos e velhos fãs ao júbilo. Aglomerada e espremida no gargalo do palco Noise, a caravana agacê confraternizava entre adolescidos rapazotes, e (quase) respeitáveis senhores, que ao longo dos anos aprenderam a amar os sons coléricos e estúpidos de João Gordo e companhia. Para essa parte mais velha da turma, o RDP reservou canções como Pobreza, Cucificados pelo Sistema, Caos, Agressão/Repressão e Não Me Importo, todas de Crucificados Pelo Sistema, primeiro e clássico álbum do grupo. Mas não faltaram os esporros de Homem Inimigo do Homem, disco mais recente, e motivo dessa turnê.
# # Relembraram com a violência devida, pérolas de Descanse em Paz e Anarkophobia mas, como era de se esperar, não incluíram nenhuma do magnífico Just Another Crime... In Massacreland, único registro da banda em inglês, e talvez por isso ignorado.
# # # João Gordo ainda encontrou energia para discutir com um dos milhares de moleques que insistem, sabe-se lá por quê, em detratá-lo e chegou a atirar o microfone no rumo da criança, que não sei se sobreviveu... ao vexame. Felicitou pessoalmente e com bom humor uma das seguranças, que corria com rigor atrás daqueles ultrapassassem a área permitida para os moshs e invadissem o espaço reservado para a banda e manuseou a assembléia hardcore como quis. Vinte e cinco anos de palco servem pra alguma coisa, afinal!
* Abraços para os amigos da estrada, Coruja (ex baixista do La Pupuña) e Léo Rockassete (baterista dos Rockassetes), que entraram para a lista de bródis do blog ainda em Londrina, durante o Demo-Sul, e visitaram Goiânia Rock City durante o festival.
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3 comentários:
Massa, mas o show do Valentina foi muito legal tb!
Blog bem legal esse! Já tá no favoritos.
Bjooo
Valentina é um lixo, mas o blog é legal mesmo!
blé, que bosta isso aqui!
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