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quarta-feira, setembro 29, 2010

Goiânia Noise Festival 2010

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O Goiânia Noise Festival, clímax de fim de ano da música independente de Goiás (e, vá lá, do Brasil) já começou a tomar forma. Foram divulgadas 10 das atrações que farão parte do sempre farto line-up da festa.


Motosierra (Uruguai), no Noise de 2007


A grande “novidade”, por ora, é o quarteto garage The Mummies, de San Francisco (e as aspas ali atrás dizem respeito ao fato de que a visita dos gringos lunáticos que tocam enrolados em gase já estava na boca do povo desde o semestre passado). Dos goianos, o primeiro nome confirmado não é surpresa nenhuma: como você bem sabe, estranhamente o Black Drawing Chalks foi alçado à categoria de luminar do rock goiano e, por isso, deve ganhar vaga em horário, err, Nobre. Ainda na praia das guitarras desembestadas, o Walverdes volta à Goiânia com disco novo e, palavras do próprio Fabrício (vocalista e super-agente), “sem o Mqn pra atrapalhar”.


O grupo carioca Do Amor você já deve conhecer. Mas se não conhece, quase posso garantir que não está perdendo grande coisa. A mistura forçada de ritmos regionalistas do quarteto que também serve de banda de apoio pro Caetano Veloso, é tão artificial quanto confusa (mas se você é daqueles que ainda se deixam fascinar por esse tipo de arapuca pra turista europeu, não perca. Você merece.)


Mas a grande pérola deste primeiro lote de atrações vêm da Argentina e se você não conhece, deveria. A primeira vez que eu vi o El Mato A Un Policia Motorizado em ação foi em Cuiabá, no palco do festival Calango de 2008, e lá mesmo fui convertido pela intensidade instrumental e pelo charme lo-fi da música dos arrentinos. Imperdível.


Vespas Mandarinas é a banda nova do Chuck (ex-Forgotten Boys), do Mauro Motoki (Ludov), do Mike (ex-Video Hits) e do Thadeu Meneghini (Banzé), e a julgar pelo currículo individual de seus integrantes, pelo menos uma conferida in loco é recomendável (ainda que credenciais vencidas não garantam porra nenhuma). Já o Musica Diablo é o projeto paralelo do Derrick Green (Sepultura) com um pessoal de bandas como Nitrominds, Siegrid Ingrid e Threat e também merece atenção, assim como o sempre impressionante happening bestial que é o show do Krisiun.


Já para o show do Otto você pode separar um espaço especial na sua programação pessoal: apesar de sempre parecer confuso e pouco inteligente (principalmente nas entrevistas), o Otto fez um dos melhores discos do ano passado, num exorcismo dolente que enverniza a dor de cotovelo com uma dignidade comovente.


(E da Nina Becker eu não sei muito o que esperar, mas pode anotar aí que minha curiosidade é grande).










3 comentários:

Roberto disse...

"mas se você é daqueles que ainda se deixa fascinar por esse tipo de arapuca pra turista europeu, não perca. Você merece.)"

kkkkkkkkkkkk

o ultimo cd do Caetano eu não ouvi ainda mas gosto da sonoridade do "Cê"
mas é obvio que não é isso que eles estão trazendo na bagagem, tomara que eles tenham parado com aquelas parafernalhas de festinha de carnaval frustrada. para quem não lembra -> http://goo.gl/PjhN

eduardo disse...

Ôooo, este Noise promete! Só senti falta nesta primeira escalação da presença de mais bandas do Norte e do Nordeste; eu adoraria poder conferir de novo o som dum Los Porongas e dum Plástico Lugar, ambas foda... Pô, e Mummies vai ser insano! Podia rolar uma "Zombie Walk" no dia do show, com a zumbizada tendo como ponto de chegada o show dos caras. =P

Abraço. Keep on rockin'!

eduardo disse...

* ERRATA: Plástico LuNar!