quinta-feira, junho 30, 2011
"Então Toma", clipe novo do Emicida
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A atuação é meio tosca nos diálogos.
"Então Toma" - Emicida (Videoclipe Oficial)
Mas a vibe blaxploitation do clipe/música segura a onda.
quarta-feira, junho 29, 2011
Dom Casamata lança vídeo clipe
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Dom Casamata é o trio instrumental formado pelo John Walter (baixo), pelo Caio Stuart (guitarra) e pelo Zé Junqueira (bateria). E "Filharal" é a primeira música do grupo a ganhar um vídeo clipe.
Dividido entre imagens de estúdio e cenas das ruas de Goiânia, o filminho serve também pra noticiar a evolução grooveira da banda e aguçar a curiosidade da geral a respeito de sua estreia em disco.
O filho pródigo
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Pois é, durante a semana passada eu não vim nenhuma vez aqui. Isso por que estava em São Paulo e nas pequenas folgas que me sobravam descobri que o hotel Excelsior tem a coragem de não disponibilizar conexão wireless nos quartos. E meu ânimo não me dava salvo conduto para trabalhar na recepção ou no restaurante, únicos lugares da estalagem com wi fi. Pra completar desembarquei em Goiânia trazendo o vírus de uma gripe nojenta que, por sua vez, trouxe uma febre a reboque, me deitou numa cama e ainda hoje me acompanha.
Mas percorrendo as veias do centro de São Paulo (que, como bem compara Slavoj Zizek, parece a paisagem pós moderna ideal para Blade Runner, com todos aqueles helicópteros circulando acima de um cenário de decadência exagerada), desviando do exército de zumbis sem-teto que ou jazem debaixo de cobertores fedidos ou cambaleiam atrás de um toco de cigarro jogado na sarjeta, e investigando os sabores que a cidade oferece (o hambúrguer de calabresa do Sujinho empatou com a picanha com brócolis do Lenharetto, mas não ganhou do espaguete à bolonhesa d'O Gato que Ri), arranjei tempo para ir ver o Macaco Bong no Studio SP e confirmar a banda como a coisa mais interessante do rock brasileiro atual, apesar de seus "ilustres" convidados da noite.
A sobrevida do projeto que nasceu da parceria entre os Bongs e o Siba, o naipe de metais do Móveis Coloniais de Acaju, o percussionista do Porcas Borboletas e o pianista prodígio Vitor Araújo, e que ganhou formato nobre com o ex-ministro Gilberto Gil, não funcionou na noite do último dia 23. Depois da abertura acachapante em que o trio desfiou parte do repertório de seu impressionante disco de estreia, André Frateschi subiu ao palco e, com vocais bem definidos divididos entre releituras de Jimi Hendrix e standards do rhythm and blues, quase convenceu, não tivesse forçado a barra com uma equivocada tentativa de emular o encontro do trio com Gil e, o pior, ter a coragem de submeter o Macaco Bong à uma canção do Paprika.
Depois de Frateschi sair de cena foi a vez de Miranda Cassim atrapalhar o show. E nem uma versão para a ótima "I Wanna Make It wit Chu" – do Queens of the Stone Age (com André de volta ao tablado), foi capaz de atenuar o embaraço, de modo que a apresentação só voltou à boa forma após os convidados deixarem o palco. Novamente sozinho, o Macaco Bong, como quem se desculpa pela espera torturante, apresentou músicas novas que prometem uma sequência à altura de Artista Igual Pedreiro, mas infortunadamente a banda logo convidou a dupla insípida para retornar ao picadeiro, o que, pra mim, equivaleu a uma despedida precoce.
No dia seguinte, sexta feira, fui conhecer a Casa Fora do Eixo – SP, instalada ali no bairro da Liberdade. O casarão enorme abriga, além de 18 moradores, uma espécie de caos organizado, já que se o funcionamento político-cultural é exemplar, o lugar não esconde certa displicência com o arranjo doméstico, mantendo uma atmosfera de quarto-de-adolescente em quase todos os cômodos. Dividida em seções (articulação política, centro audiovisual, sala multimídia, estúdio para transmissão de ensaios ao vivo etc...), curiosamennte é de dentro do eixo que a cúpula Fora do Eixo delibera as ações nacionais do coletivo, cuja maior vitrine atual foi a Marcha da Liberdade, movimento que tomou as ruas de várias cidades do Brasil no último dia 18 de junho, ganhou repercussão internacional e se impôs como pauta até da poderosa rede Globo.
Mas antes de chegar em São Paulo eu estava na cidade de Goiás, a antiga capital do Estado, espiando o FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental, e além dos filmes (dormi durante quase toda a exibição de 2012 – Time For Change), assisti o Violins cometer um show morno diante de uma plateia indiferente, e apostei certo na premiação de Teia do Cerrado como melhor curta-metragem goiano (como já foi mencionado no último post antes do recesso forçoso).
Download novo EP do Caldo de Piaba
domingo, junho 19, 2011
FICA, vai ter show!
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Uma das premiadas no 13º FICA - Festival Internacional de Cinema Ambiental, Uliana Duarte ("sócia" do grnews e diretora do curta-metragem Teia do Cerrado) blogou ainda na última quarta feira sua opinião sobre o formato tradicional do festival, que conjuga a exibição dos filmes com a apresentação de grandes shows musicais. Concordo em parte, já que acho bem pertinente o diálogo entre cinema e música, mas tenho várias reservas quanto à curadoria das atrações musicais, que enchem a cidade de "páraquedistas" completamente alheios à proposta principal da festa, o cinema. Ou você acha que cada hippie sujo que delirou com o discurso atravessado do Mano Chao sabia pelo menos o nome das principais fitas exibidas no teatro São Joaquim? Acompanhe o raciocínio da Uli:
trecho captado com canon powershot. hotel vila boa, 09.06.2010.
Semana passada recebi um email da redação de O Popular com algumas perguntas sobre o 13FICA. Como a entrevista não foi publicada, copio aqui a mensagem com as perguntas da jornalista Rute Guedes e minhas respostas.
Olá, tudo bem?
Estou escrevendo uma reportagem sobre o 13 Fica e tenho uma questão para os realizadores que trabalham com audiovisual em Goiás.
-Como avalia o enfoque dado nesta edição em particular do festival a atividades não cinematógraficas, como o espaço dado para shows musicais com artistas locais, artistas de expressão nacional e até um internacional?
-Acredita que essa mistura de cinema e música, que sempre houve no Fica, é um modelo ideal para um festival de cinema?
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Rute Guedes
Jornal O POPULAR
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Eu presumo que essa condição de grande festa que é dada ao FICA e que este ano se mantém, apesar de tantos cortes no orçamento do Estado (principalmente na parte destinada à area cultural), pode ser uma forma de afirmação pelo governo de Goiás de que existe um forte compromisso com a cultura, traduzido pelo alto custo de um evento monumental em uma cidade simbólica como Goiás. A imagem que fica é a do poder público zelando pelo patrimônio cultural e pelas artes em geral. Não poderia nem quero diminuir a importância do festival, apenas aproveito sua pergunta para discutir a concepção do evento.
Na minha opinião a “mistura de cinema e música”, como você disse, não é um modelo ideal para um festival de cinema, mas sim para um festival de artes. A programação de shows não tem identificação com cinema e nem com a causa ambiental.
Alguns dos mais importantes filmes ambientais que estão sendo produzidos no mundo são exibidos no FICA, e não acredito que o público seja atraído à cidade de Goiás para ver filmes ou pensar o meio ambiente. Outros respeitados festivais de cinema têm uma programação paralela singela, alguns nem mesmo produzem shows ou grandes festas, como o FORUM DOC, o Doc Buenos Aires e o Cine OP, para citar exemplos que pessoalmente conheço. Esses festivais, inclusive, são conhecidos e assim respeitados por estarem estruturados sobre um planejado e eficiente trabalho de curadoria que, ano após ano, realiza extensa pesquisa, aprofunda suas questões e se afirma, justificando, enfim, a que veio.
O FICA poderia gerar conteúdo crítico; produzir grandes conversas entre realizadores de filmes e ativistas ambientais após as sessões; ou abrigar mini-mostras de cineastas que se dedicam à causa ambiental, como Adrian Cowell, que doou seu acervo à PUC GO. Isso seria, ao meu ver, prioridade num festival de cinema ambiental.
A grande festa é, sim, muito divertida, pode-se assistir a filmes fantásticos e shows maravilhosos (mini-vídeo abaixo); eu mesma já presenciei shows, debates e oficinas no passado, e defendo sempre a realização anual do festival, mas com uma ponte quebrada no meio do caminho, a administração pública poderia ter dado outra destinação a uma parte dos recursos do evento, fazendo a opção por menos festa para ter mais rápido e fácil acesso ao nosso querido FICA este ano.
Uliana Duarte
quarta-feira, junho 15, 2011
Túnel do Tempo (VII)
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Ano passado, na edição anapolina do Grito Rock América do Sul, o Porcas Borboletas fez um show antológico, recheado com as performances frenéticas de Danislau Também, Enzo Banzo e toda a turma.
Até aí nada de novo, já que o grupo mineiro ficou famoso pelas apresentações de teor altamente teatral. A novidade, no caso, foi a apoteose improvisada do Danislau, que durante os minutos finais desceu do palco ainda com o microfone na mão, se meteu no meio dos carros que transitavam pela rua (o show acontecia ao ar livre, numa praça da cidade) e acabou entrando num ônibus que arrancou e se misturou ao tráfego, levando o vocalista pra sabe-se lá onde.
Ontem, mais de um ano depois, o pessoal do Coletivo Pequi (produtor do festival em Anápolis) subiu o vídeo do ocorrido para a web, e agora você também pode "presenciar" o fato.
terça-feira, junho 14, 2011
Marcha lenta
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Nos últimos dias, envolvido com outros projetos que em breve virão à tona, estive fora de Goiânia e não tive muito tempo pra passar por aqui.
Mas o abandono é temporário e ao longo dessa semana de FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, a frequência de atualizações tende a voltar ao normal. No retorno à rotina ainda estou organizando a casa, despejando num arquivo do Word toda a caralhada de informações colhidas no finde e engrenando novamente a primeira marcha. Devagar o motor do grnews vai esquentando novamente e ganhando a velocidade de sempre.
Ta todo mundo errado, menos eu
terça-feira, junho 07, 2011
Duas músicas novas do Beirut - ouça
Beirut - "East Harlem"
São elas "East Harlem" e "Goshen", que esperam pela sua apreciação nos players acima e abaixo.
Beirut - "Goshen"
O repertório completo do álbum provavelmente obedecerá a seguinte ordem:
Update - Pra baixar as peças, clique aqui.
Túnel do Tempo (VI)
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Partindo da notícia do restauro de três clipes antigos (dois do Cigarettes e um da Pelvs) publicada no site do selo carioca midsummer madness, fui escarafunchar o acervo videográfico no canal da etiqueta no Youtube, que acumula dezenas e mais dezenas de registros.
A partir do vídeo de "Trippy", da Pelvs - uma das melhores bandas da "velha-guarda" do indie nacional, pesquei também o clipe de "Frequency" (tirada do EP Amonite, de 2001) do Valv, que completa o par dos meus preferidos do catálogo da gravadora fluminense.
Aproveitando a viagem, trouxe também um ao-vivo-na-Trama-Virtual da Pelvs tocando "Keep Your Music Away", 7ª faixa do seu melhor disco, Anotherspot (2006).
E pra fechar a conta em número par, trouxe também o videozinho de "The Sense of Movement", faixa título do primeiro disco cheio do Valv (2008), que aparentemente (e infelizmente) encerrou atividades.
Bom dia pra você também.
segunda-feira, junho 06, 2011
Un-Convention Argentina
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Nascida em Manchester - Inglaterra, a Un-convention é uma grande experiência colaborativa entre músicos, jornalistas, produtores e selos independentes, que visa o intercâmbio de práticas e tecnologias relativas ao mercado cultural e o registro relâmpago de um disco inteiro com artistas de cada país onde a convenção acontece.
Na edição argentina, que aconteceu durante o último fim de semana em Buenos Aires, foi produzido também um doc sobre o evento, divulgado hoje pela manhã.
Ano passado, a Un-Convention aconteceu também em Goiânia onde eu participei, ao lado do Mateus Potumati - editor da revista+SOMA, de um debate sobre a imprensa musical, lembra?
Fernando Simplista - Contando Os Compassos pra GO-010 Zona Rural (teaser)
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Fernando Simplista é parceiro do Diego de Moraes (que nunca se cansou de recomendar o amigo como um dos melhores compositores da atualidade, em Goiânia e redondezas).
Ainda não esbarrei com um show só dele, mas assim que sair GO-010 Zona Rural - o disco de estreia do rapaz, vou (vamos) poder tirar a prova dos nove.
sexta-feira, junho 03, 2011
Bailão Quente, juventude!
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Te espero lá.
Separei uns bolachões classe A pra botar pra rodar lá no Bailão Quente da Juventude, festa esperta que o povo do Clube Recreativo do Escambo vai bombar amanhã na sede do IPAAC. O Maurício Mota (ex-Hang the Superstars) e a crew do C.R.E. também prometem sacudir a pista de dança, numa noite de discotecagem exclusiva em vinil.
A parada tá marcada pras 21h, mas como amanhã é dia de jogo da seleção brasileira em Goiânia, tô apostando que a farra começa antes, pra quem quiser ir assitir ao certame lá no IPAAC.
Depois de anos, mais um disco do Mopho (download)
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Segundo garante o release do Mopho, certa vez Arnaldo Baptista, em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", cravou: "O contrário de Mopho não é fômo, o contrário de Mopho é vortêmo".
E é acompanhado de Luiz Carlini (guitarra em “A Malvada”), Wado (voz em “Quanto Vale Um Pensamento Seu”), Billy Magno (piano e clarinete em “Prelúdio”) e Marco Túlio Souza (violão 12 cordas em “Caleidoscópio”) que o grupo alagoano cumpre mais uma vez a máxima psicodélica do gênio mutante e ressurge, depois de 7 anos, com Volume 3 (Pisces Records), terceiro título de uma curta porém admirável discografia.
Na única vez que vi a banda ao vivo, na edição de 2001 do festival Porão do rock, em Brasília, um público com sangue nos olhos parecia não compreender as camadas lisérgicas do essencial disco de estreia do conjunto e exigia sua saída imediata do palco, protestando por distorção e velocidade. Sem se abalar, o quarteto cumpriu seu set com o apuro que suas músicas demandam e, só ao final, alfinetou a plateia se desculpando por não tocar “aquela do Ramones”. O pecado daquela molecada, prefiro acreditar, foi expiado com o tempo e a descoberta de que o Mopho é descendente legítimo de uma das linhagens mais nobres do rock, filho direto de matrizes fundamentais como Beatles e Mutantes.
Lançado um ano antes de sua polêmica apresentação no festival, o debut homônimo (Baratos Afins) carrega nas tintas de certo escracho hippie, empilhando guitarras derretidas e teclados mofados sobre letras que se equilibram entre o nonsense e referências à cultura psicodélica. Sucesso certo e repercussão mais que positiva na imprensa especializada, graças a gemas como “Não Mande Flores”, “A Geladeira” e “Uma Leitura Mineral Incrível”.
Em 2004, depois de dissolvido e reorganizado com apenas 2 membros da formação original, o grupo lança Sine Diabolo Nullus Deus (novamente pela Baratos Afins), com sonoridade mais crua e sutilmente desviada para um rock mais básico, como dá pra sentir nas pérolas “Tanto Barulho Por Nada”, “Hoje Eu Lembrei do Seu Sorriso” e “Well, Well... Oh Yeah!”.
Em Volume 3, depois de outro longo hiato sem novidades, a banda retoma sua melhor forma fermentando a receita clássica do psicodelismo, fluindo melodias chapadas em peças como “Dani rabiscou”, “As Pessoas São de Vidro” e “Produto Ordinário Popular”, que mereceriam novos elogios de catedráticos do gênero, como o finado maestro Rogério Duprat ou o próprio Arnaldo Baptista.
Para baixar todas as 10 faixas do álbum, clique aqui.
Update - Para adquirir o CD em formato físico, clique aqui e visite a loja da Pisces Records.
O novo single do Coldplay
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"Every Teardrop Is A Waterfall", quem sabe o primeiro single de um possível novo disco do Coldplay, acaba de ser divulgado.
Desde Viva La Vida or Death and All His Friends (2008) sem novidades, a banda mais bonita da semana dá o tom dessa manhã de sexta.
quinta-feira, junho 02, 2011
Novo do Caldo de Piaba - Download Free
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Gravado na sede da OI FM em São Paulo, numa das edições do podcast/programa de rádio Qualquer Coisa, o terceiro EP do Caldo de Piaba foi lançado oficialmente no último dia 20.
Engrossando o caldo de uma nova era para a música instrumental brasileira, em Volume 3 o agora quarteto segue contornando tanto a sisudez de conservatório quanto qualquer estereótipo roqueiro, baseando o repertório numa mistura de ritmos nortistas com borrifos caribenhos ("Lambada do Rei", de Mestre Vieira, e "Lambada Classe A", de Aldo Sena), além de uma releitura para "La Ardillita", da banda peruana Los Destellos, e uma versão tropicalizada de "I Want You", dos Beatles.
Para fazer download da peça, clique aqui.