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terça-feira, janeiro 22, 2013

Guitarrista do Black Drawing Chalks grava com cozinha do Macaco Bong



Edimar Filho é guitarrista do Black Drawing Chalks. Mas sua veia criadora vai além do frenesi hard rock e em dezembro último escalou a cozinha do Macaco Bong (o baterista Ynaiã Benthroldo e o baixista Gabriel Murilo) pra tirar da gaveta e registrar algumas canções que compôs longe do BDC. Bati um papo com ele, pra saber mais desse projeto que ainda não tem data de lançamento. Vai vendo:




Como nasceu esse projeto? 
Edimar Filho - Eu tinha umas músicas que não encaixavam em outros projetos que eu tinha participado nos últimos 3 anos. E eram umas músicas que eu estava muito curioso para ver como iriam soar com um arranjo, uma banda tocando junto. Além de que sempre quis tocar com o Ynaiã. Somos amigos há alguns anos já, nos encontramos o ano inteiro pelo País e existe uma afinidade artística e de como entendemos nossa carreira muito grande. Acho que seria natural a gente ter um projeto junto algum dia. Aí, como eles viriam para Goiânia em novembro, acabamos indo pro estúdio Rocklab e gravando duas músicas.

Sobre mais convidados, eu imagino que sim. Tenho muitos amigos de quem eu sou fã do trabalho, e gente que eu queria compor junto um dia. Por não ser algo que tenha data para ser entregue, ou mesmo tenha uma obrigação de dar em alguma coisa como um disco, ou algo assim, acho que vou levando isso aí do jeito que me soar mais legal, na medida em que as oportunidades forem aparecendo e que pessoas legais forem se interessando em fazer parte de algum modo


Black Drawing Chalks + Macaco Bong


É instrumental? Como você definiria o som? 
Não, é cantado mesmo. E eu cantando... o que não deve chamar muito a atenção. rsrs. Não é uma banda de rock, apesar de flertar muito com rock, nos timbres, em algumas intenções. As músicas são mais calmas. Em algumas coisas não deve ter nem bateria, ou guitarra. Mas é uma idéia muito inicial. A gente sentou para tocar isso junto uma vez. Acho que ainda vai mudar muito o que pode vir a acontecer com essas composições. Passa pelo folk, rock, indie, musica brasileira. É muita referência e intenção misturada, que nem sempre fica nítido na música ou no arranjo. Na verdade estou curioso para saber como podem sair as próximas músicas e de como essas que a gente gravou podem mudar e amadurecer nos próximos encontros.





Como aconteceu o convite do Ynaiã e do Gabriel? 
Aconteceu em alguma viagem que a gente se encontrou. Na verdade, eu e Ynaiã há muito tempo que já tinhamos a ideia de fazer um lance junto com música, mas a gente não sabia o que. Os Macacos Bong são, na minha opinião, os artistas mais corajosos da minha geração no País, profissionalmente e esteticamente. Se não me engano, a gente estava em São Carlos-SP, eu, Ynaiã e Gabriel, para uma mesa que participaríamos numa conferência, na UFSCAR, e o Marck do Dead Rocks também estava. Numa conversa de noite, num bar do lado da casa que a gente estava, foi que eu acho que chamei eles, tipo..."Então...eu tenho umas músicas aí, que queria gravar com vocês. Topam fazer isso quando forem para Goiânia em Novembro? - E eles toparam... rsrs


Qual é o plano de lançamento dessas músicas? 
Nenhum plano de lançamento e nenhuma ideia ainda se faremos 10 músicas ou 3, ou se vai ou não existir um show disso. Por enquanto, é só a gente se encontrando aqui em Goiânia ou em Belo Horizonte, para tocar umas músicas e ver o que sai disso. 




Como vai dividir seu tempo entre o BDC e esse novo projeto? 
Não tem como dividir. O Black Drawing Chalks me consome muito tempo e é a prioridade da minha carreira no momento. E eles têm o Macaco Bong, que também é para o ano inteiro. Acho muito pouco provável que venha a acontecer algum show desse projeto, se ele chegar mesmo a virar um projeto. rsrs. Devemos fazer mais algumas músicas, gravar, e depois decidir o que fazer com isso.


Você já disse que considera o Macaco Bong como a melhor banda brasileira da atualidade, o que achou do disco novo?
Eu achei o disco novo incrível, como o primeiro. Com uma mudança de maturidade nas composições. Uma banda mais calma e ao mesmo tempo mais agressiva em alguns momentos. As guitarras mais suaves, as harmonias mais calmas, a bateria mais diversificada e a entrada do Gabriel deu uma outra direção para as harmonias das músicas. Ao vivo também, embora soe incrível como sempre soou, soa diferente. O Gabriel conseguiu entrar muito bem na banda, como músico.

Mas acho que o fato de ser a "melhor" banda do Brasil para mim hoje, envolve não só música. Envolve comprometimento, coragem, noção de realidade, leitura do presente. Eu acho eles uns artistas completos, porque se entendem como artistas com função social e não só artistas com conceito estético. E isso eu acho que não tem como dissociar, ainda mais no atual momento da música brasileira que vivemos.

















Um comentário:

Anônimo disse...

Olha a foto da brincadeira aí
https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/424148_323488811095305_1311450743_n.jpg
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