sexta-feira, fevereiro 25, 2011
Estrangeira em alto mar
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˜"Não quero sol, nem gosto bom de sal...
Blubell - "Estrangeira"
... a minha parte eu quero artificial..."
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Recuo estratégico
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O goiânia rock news reduziu a marcha durante esta semana, concentrando esforços pra, quem sabe?, colher boas novas logo ali na frente.
Té.
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Radionews
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Vazou The King Of Limbs, o novo do Radiohead. O disco tinha lançamento oficial agendado para amanhã, 19 de fevereiro, mas o mundo foi "surpreendido" hoje com a antecipação da peça, disponibilizada legalmente no site da banda (e que, obviamente, se transformou em milhares de links ilegais, que já bóiam na web)
Radiohead - "Lotus Flower"
No twitter, tem gente jurando que o álbum é uma mistura de Amnesiac e Kid A com o maravilhoso primeiro disco solo do vocalista e líder Thom Yorke. Mas aqui para o meu par de ouvidos, que investiga qualquer semelhança entre um e outros enquanto digito , ainda não foi revelada qualquer semelhança substancial com The Eraser, que segundo as preferências da casa (e contrariando uma legião de seguidores do Radiohead) é a obra-prima de Yorke. "Lotus Flower", que habita o videozinho acima, é o primeiro single do álbum.
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Eu sou do tempo em que a gente se telefonava
terça-feira, fevereiro 15, 2011
the number of the beats 1 - lado b
Cultuado como esconderijo do não-óbvio e, em certa medida, sinônimo de arte desatrelada de obrigatoriedades, o lado b sempre teve a mística a seu favor. Pelo menos no underground. Já emprestou o nome e a fama para o extinto e clássico programa do Massari na Mtv e já serviu de território neutro para artistas populares arriscarem uma nota fora do baralho. Mas aqui no goiânia rock news, ele é o encaixe faltante ao primeiro volume da coleção de hits do blog, que, como você já sabe, se chama the number of the beats e está esperando pelo vosso download lá embaixo.
Abrindo a coleção, "Red Lights", a primeira música de Latin, terceiro disco do Holy Fuck - orgulho do rock canadense. Seguindo, o Maurício Takara enche a sala com “Rei da Cocada”, um funk experimental tão saboroso quanto esquisito, que antecede “Je T'aime Mais Que O Jerome”, delírio poliglota do Itamar Assumpção. “No Embrace” é a cereja do bolo de Mount Wittenberg Orca, resultado da parceria do Dirty Projectors com a Björk, e vem antes da atmosfera glacial de “Animal Arithmetic”, destaque de Go, segundo disco solo do Jonsi.
Com “Mickey Mouse And The Goodbye Man”, Nick Cave, à frente do Grinderman, adiciona a aspereza que prepara o terreno para a afobação punk de “Fever Dreaming”, do No Age. “Saudade do Que Não Tenho” é um desvario aberrante, mas também é um dos melhores momentos de Behold the Ice Goat - disco do Bodes e Elefantes, e “Reinvenção da Roda” é uma espécie de resumo temático de Greve das Navalhas, quinto e apocalíptico álbum do Violins. Lado b do lado b, as três últimas peças oscilam entre o experimentalismo aberto do Tortoise (“Gigantes (Mark Ernestus Version)”), o pop matemático do Foals (“This Orient”) e a polifonia jazzy do MDM (“Cores Voltando”).
Com três ou quatro cliques, começando pelo link aí embaixo, você providencia um download e deixa a segunda parte da coleção ao alcance do seu par de ouvidos.
the number of the beats (lado b) vol 1 - download mp3 (99.33 MB)
2. Rei da cocada - M. Takara 3
3. Je T'aime Mais Que O Jerome - Itamar Assumpção
4. No Embrace - Dirty Projectors + Björk
5. Animal Arithmetic - Jonsi
6. Mickey Mouse And The Goodbye Man - Grinderman
7. Fever Dreaming - No Age
8. Saudade Do Que Não Tenho - Bodes & Elefantes
9. Reinvencao da Roda - Violins
10. Gigantes (Mark Ernestus Version) - Tortoise
11. This Orient - Foals
12. Cores Voltando - MDM
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
the number of the beats 1 - lado a
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Nascido da constatação evidente de que o goiânia rock news nada mais é que uma enorme coletânea de comentários sobre discos e canções, este post marca a estreia da coleção periódica de hits particulares do blog. Batizada the number of the beats e sempre dividida em lado a/lado b, a coleta do grnews (cuja curadoria atende somente aos critérios de preferência desta solitária editoria) se pretende um óbvio reflexo do que é comentado aqui, nesta mesma tela azul.
E abrindo o lado a da première, o Freelance Whales escamoteia a tristeza com a terna “Generator ^ First Floor”, antes de uma das discretas glórias locais, o Goldfish Memories, definir suas guitarras em “The Yellow Eyes of the Owl”. Exemplo fácil do tal bom gosto indie, em “Bloodbuzz Ohio” o The National supera o gueto e extrapola o rótulo antipático com classe, preparando terreno para o suingue internacionalista da Cibele. André Abujamra também reclama lugar e marca presença com o irresistível afrobeat concretista “Origem”, seguido pelo Garotas Suecas, que mantém a fervura em ambiência setentista com o funk marcado “Olhos da Cara”.
A despeito de sua estréia oficial em disco com o Sindicato (intitulado Parte de Nós), a melhor música do Diego de Moraes no ano passado veio de um de seus projetos paralelos, o Pó de Ser, e esconde uma rara psicodelia agreste atrás de um título singelo, "De Repente". Já o tom confessional de “Forasteiro”, do Thiago Pethit, faz dobradinha com a candura latina do Jorge Drexler em "Tres Mil Millones De Latidos".
E fechando a sequência, toda a aflição melancólica da Band of Horses, com “Blue Beard”, as melodias solares de “I Want The World To Stop”, do Belle and Sebastian, e a placidez experimental do Chankas. Click and enjoy:
the number of the beats (lado a) vol 1 - download mp3 (80.45 MB)
2. The Yellow Eyes of the Owl - Goldfish Memories
3. Bloodbuzz Ohio - The National
4. Sapato Azul – Cibele
5. Origem - André Abujamra
6. Olhos da Cara - Garotas Suecas
7. De repente - Pó de Ser
8. Forasteiro - Thiago Petit
9. Tres Mil Millones De Latidos - Jorge Drexler
10. Blue Beard - Band Of Horses
11. I Want The World To Stop - Belle and Sebastian
12. Olha o Sol - Chankas
P.S.: A segunda parte deste volume 1, o lado b da coleção, entra aqui mesmo logo mais.
sábado, fevereiro 12, 2011
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
É hoje!
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Vou botar uns discos pra tocar lá, numa espécie de "podcast ao vivo" com o chapa Ulisses Henrique, baixista da estrela da noite - o Lovefoxes, e alto executivo da grife pin UP botons.
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Penumbroso e Envolvente (II)
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Que o Macaco Bong é o melhor produto do independente nacional, pouca gente tem a cara de pau de discordar, mas o vídeo de “vamodahmaisuma” (do show-catarse da versão 2011 do projeto Macaco Bong e Convidados, com Emicida, Vitor Araújo, Jack, Siba e Guizado) é um documento inquestionável dessa sua nobre posição.
Repare que logo depois do sétimo minuto do filminho o guitarrista Bruno Kayapy, com um simples aceno, detona a invasão que transforma o palco em pista de dança e dá o tom celebrativo que deixa tudo ainda mais arrepiante. Vale cada um dos dez minutos!
terça-feira, fevereiro 08, 2011
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
A Imagem do Som
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"Apreciamos vocês pelo amor que têm pela música...
Timeless (trailer for Rio & SP)
(...) Algo que está guardado, para você mesmo ou para dividir quando for preciso."
A film dedicated to composers and arrangers: Airto Morreira, Todd Simon, Miguel Atwood-Ferguson, Common, Illa Jay, Ivan "Mamão" Conti, Carlos Dafé, Justo Almario, Ma Dukes, Bilal,Thunder Cat, Posdsunuos, Talib Kweli, MF Doom, Dwele, Karriem Riggins and much more!
Dica do Abdala.
Diegloom de Moraes
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Viu os drops da apresentação da dobradinha Diego de Moraes e O Sindicato+Gloom lá no Auditório Ibirapuera, em São Paulo?
Gloom + Diego e o Sindicato - "Amigo" (Auditório Ibirapuera - SP)
E têm outros mais, de onde veio esse. Legal, né?
The Spankers no El Club
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Como profetizado aqui nesta mesma tela lá pelo meio do mês passado, a banda tcheca The Spankers desembarcou hoje em Goiânia para animar a noite de sexta feira lá do El Club.
O Spankers já dividiu palco com nomes nobres do ska/reggae/rocksteady, como a americana The Aggrolites, a espanhola Ska-P e o mito jamaicano Toots and The Maytals, e chega à cidade para apresentar sua Off Beat Generation´s Brazilian Tour (que roletou Alemanha, Eslováquia e República Tcheca), depois de shows em São Paulo e Brasília.
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Ritmo de Festa
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Assembleia Rítmica de Pinheiros é o novo projeto do incansável Maurício Takara, músico que acumula os cargos de baterista do, entre outros, Hurtmold e de artista solo muito bem sucedido, dono do disco mais instigante lançado no Brasil ano passado, Sobre Todas e Qualquer Coisa.
E quem acompanha o Takara, numa formação e instrumentação abertas, e imprime cores psicodélicas aos suaves voos jazzísticos da ARP, são os amigos de sempre, membros de formações vizinhas como Hurtmold, M.Takara 3, Trio Esmeril, Naaxtro e Bodes e Elefantes.
Mas apesar da assinatura personalíssima do grupo, enquanto assistia ao vídeo acima minha memória não parou de mandar lembranças do trompetista americano Donald Byrd, que sabia como ninguém manter ótimas melodias em plácida suspensão.
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Eles vieram e se foram, mas voltaram.
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Na versão do goiânia rock news, quem voltou ao Brasil e fez diferença em 2010 veio, um dos Estados Unidos e outro da Inglaterra. Siga a letra:
Dois dos melhores shows internacionais de 2010 foram de bandas que voltaram ao País depois de bem sucedidas visitas no passado. Living Colour e Franz Ferdinand retornaram aos palcos brasileiros como nobres representantes de suas respectivas gerações.
Lá no começo dos anos 90, o Living Colour coadjuvava alegremente com o primeiro escalão do pop mundial, acumulando alguns milhões de discos vendidos, dois Grammys, o nobre apadrinhamento de Mick Jagger (que contratou a banda para abrir os shows dos Stones na turnê de Steel Wheels, de 1989) e a reputação de ter uma das melhores apresentações de uma época de transição, que desviava um zeitgeist dividido entre os estertores da tristeza ensaiada do pós-punk e a mordacidade multicolorida do funk-o-metal, para a urgência nublada de um florescente movimento grunge.
Já o Franz Ferdinand sempre fez questão de manter certa distância da escola de seus contemporâneos mais próximos, e em apenas três discos desenvolveu uma assinatura que, hoje em dia, faz com que essa associação soe quase como um disparate, tal a personalidade estética de hits como “Take me Out” e “No You Girls”.
E quem volta uma vez e repete o agrado da estreia, deixa a porta aberta para outros retornos. Se, em 2011, tanto Living Colour quanto Franz Ferdinand conseguirem o mesmo efeito devastador em cima de um palco brasileiro, aposto que ano que vem a gente vai estar aqui pedindo bis mais uma vez.