quinta-feira, dezembro 31, 2009
deus é Foda
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Eu Não Sou Um Bom Lugar
E Eu Que Não Queria
terça-feira, dezembro 29, 2009
Repertório Pop Global
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Qualidade e Correria
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Fugi da folga só pra subir a opinião do Mateus Potumati, na sequência da enquete de fim de ano interrompida pelas atividades protocolares de Natal e aniversário.
E no reveillon, o que é que vira?
Melhor disco:
Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe - E.m.i.c.i.d.a.
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Então é Natal...
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Não sei você, mas eu gosto do Natal. Ou pelo menos das orgias de comida e bebida que o acompanham. Mas antes de seguir para a ceia e devorar aves gordas deliciosamente transgênicas (entre goles fartos de vinho e Coca Cola), passei aqui pra deixar registradas as preferências de mais um convidado. Marcelo Costa é o jornalista que organizou a lista de Melhores da Década do Scream & Yell, votação que reuniu quase 70 nomes, entre críticos, músicos e escritores, cujas listas (inclusive as minhas) você pode conferir no link lá embaixo, depois do texto:
Mais uma vez, o Brasil deu um banho nos gringos no quesito grandes discos. A safra foi tão boa que fica difícil escolher apenas um. Pullovers, Cidadão Instigado, Otto, Lucas Santtana, Bruno Morais e Banda Gentileza poderiam ocupar esse lugar, e fariam bonito, muito bonito. No entanto, o melhor disco do ano na verdade são dois: “Cala a Boca Já Morreu” e “Saiba Ficar Quieto”, as duas sessões, os dois álbuns que formam o pacote “No Chão, Sem o Chão”, de Rômulo Fróes.
Em seu terceiro álbum, Rômulo Fróes abraça o rock sem largar a mão do samba. O resultado são dois discos arrebatadores que destacam as parcerias com os artistas Clima e Nuno Ramos e as participações de Curumin, Tatá Aeroplano, Lanny Gordin, Mariana Aydar, Lulina e Nina Becker (no sambinha chicobuarquiano “Ninguém Liga” e na atmosférica “Astronauta”, com André Mehmari ao piano). O disco é tão bom que não é só o melhor do ano, mas sim um dos meus dez preferidos da década.
Quanto ao show, no ano que o Radiohead veio ao Brasil e fez uma apresentação memorável em dos piores lugares de São Paulo, o meu melhor momento frente a um artista aconteceu em Roma, na Itália. Bruce Springsteen não arredou o pé do palco durante 2h59 minutos. Rolou “Hungry Heart”, “Born To Run”, “Dancing In The Dark” e, mamma mia, “Thunder Road”. Nunca vou esquecer dele ajoelhado aos pés do microfone, totalmente ensopado, dizendo: “Não dá mais, Roma”. Deu mais uma: “Twist and Shout”. Foda.
Já a música deste ano é uma radiografia de uma geração que sonhou em “ser forte, corajoso, bom de bola, um dos bonitos da escola, mesmo que não fizesse questão”. Luiz Venâncio, do Pullovers, não só fez uma das grandes músicas dos últimos tempos: “Tudo Que Eu Sempre Sonhei” é um hino de uma geração perdida que, enfim, percebeu: “que é tão bom estar aqui, e muito ainda está por vir”. É uma daquelas letras que deviam ser decoradas por muita gente, e que foi coroada por um belíssimo arranjo do Pullovers. Para ouvir e continuar sonhando.
Melhores da década:
Nacional
1. Los Hermanos - Bloco do Eu Sozinho
2. Wado - A Farsa do Samba Nublado
3. Terminal Guadalupe - A Marcha dos Invisíveis
4. Mundo Livre S/A - Por Pouco
5. Rômulo Froes - No Chão, Sem o Chão
6. Pato Fu - Toda Cura Para Todo Mal
7. Walverdes - Antincontrole
8 . Cidadão Instigado - Uhuuu
9. Violins - Tribunal Surdo
10. Bidê ou Balde - Outubro ou Nada
Internacional
1. Wilco - Yankee Hotel Foxtrot
2. Radiohead - Kid A
3. Queens of The Stone Age - Songs For The Deaf
4. Franz Ferdinand - You Could Have It So Much
5. Arcade Fire - Funeral
6. The Flaming Lips - Yoshimi Battles The Pink Robots
7. Paul McCartney, - Chaos and Creation In The Backyard
8. Morphine - The Night
9. Johnny Cash - American IV: The Man Comes Around
10. Roddy Woomble - My Secret is My Silence
Marcelo Costa é editor do Scream & Yell, editor de homes do iG, iBest e BrTurbo, DJ eventual e cozinheiro de fim de semana.
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Micro e Mega
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Dono do terceiro ponto de vista na investigação do goiânia rock news sobre os melhores do ano que acaba, no quesito música, o jornalista e produtor Cultural Pablo Kossa mistura, com naturalidade, neófitos com veteranos, e resume o ano num diálogo de igual pra igual entre micro e mega:
Melhor disco - Gostei e ouvi bastante o A Passeio do Porcas Borboletas. Os caras conseguiram dar um passo a frente na ideia de refundir a vanguarda paulista, com um texto de acidez poética que os coloca em patamar diferenciado na música contemporânea brasileira. Poderia aqui ainda destar os discos do Wado, Cidadão Instigado, Caetano Veloso... Mas acho o do Porcas mais significativo. Dos internacionais, me impressionou o vigor do Live in London do Leonard Cohen. Lindo e singelo, além de expressivo.
Melhor música - Destaco pelo poder do texto "A Base de Guantánamo", do Zii e Zie do Caetano Veloso. A situação do presídio que estupra os direitos humanos fora do território americano é de um absurdo tão atroz que Caetano conseguiu traduzir aquilo que também sinto em relação ao fato.
Melhor show - Por conta das atividades do mestrado, acabei viajando para poucos festivais em 2009 e assisti mais a shows aqui em Goiânia mesmo. Para dar o título, destaco o Malditas Ovelhas no [festival] Release Alternativo. Mesmo com o teatro esvaziado, os caras mandaram um som impressionante de bom e não desanimaram por tocar para pouca gente. Isso definitivamente diferencia uma banda. Mas também gostei do Umbando e do Johnny Suxxx no [festival] Vaca Amarela, Diego de Moraes e o Sindicato no Bananada, Detetives no dia do Noise no Bolshoi, Racionais no Goiânia Arena e os gringos Kiss no Rio de Janeiro e AC/DC em São Paulo.
Pablo Kossa é articulista do Diário da Manhã
e membro da cúpula da Fósforo Cultural.
terça-feira, dezembro 22, 2009
Pensando Sobre A Vida
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Prosseguindo com os cálculos de fim de ano sobre o melhor da música lançado em 2009, a pedido do goiânia rock news a jornalista (ex-editora do DMRevista - caderno cultural do Diário da Manhã) Mariana Tramontina desfila suas preferências dos últimos 12 meses, e lista os maiores álbuns da década segundo seu ângulo de audição:
A cada ano fica mais complicado escolher um disco que se destaque por completo. Singles muito bons são lançados, mas as bandas dificilmente conseguem repetir a mesma boa fórmula em álbuns. E o Think About Life é um dos nomes que, este ano, fechou um disco redondo. O segundo CD destes canadenses de Montreal, Family, é deliciosamente frenético, cheio de groove, melodias pop e criativo, embora não seja exatamente original (há ecos de TV On the Radio, LCD Soundsystem ou Go! Team em extensão). Em cima das bases de sintetizadores, Family é uma festa electro-funk com guitarras de indie rock e batidas club. Destaque para "Sofa-Bed", "The Veldt" (construída em cima da letra de "My Girl", do Temptations) e "Set You On Fire".
A estreia do Passion Pit, Manners, também merece citação, ao lado do disco country de Elvis Costello, Secret, Profane and Sugarcane; o Arctic Monkeys com o barulhento stoner em Humbug e o folk experimental do Grizzly Bear em Veckatimest. Em território nacional o destaque vai para os curitibanos da Banda Gentileza, que lançaram o disco de estreia homônimo, além de Frascos, Comprimidos, Compressas dos baianos do Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta e Cristalina do Lulina.
Paradoxalmente, escolher a música do ano é ainda mais difícil do que escolher o disco, mas pelo motivo contrário: há muitos bons singles circulando por aí, como "Sofa-Bed" do próprio Think About Life, "Moths Wings" do Passion Pit e a sombria "Fire And The Thud" do Arctic Monkeys. Há "Basic Space" do The xx, "My Night With The Prostitute From Marseille" do Beirut (que, apesar de não ser desse ano, foi lançada no duplo March Of The Zapotec), "Blood Bank" do Bon Iver, "Unfinished Business" do White Lies, "Young Adult Friction" do Pains Of Being Pure At Heart, "Let's Go Surfing" do The Drums, "Chaka Demus" do Jamie T, "I'm A Pilot" do Fanfarlo... bom, posso ficar devendo a música do ano? :-)
O melhor show fica com a banda mais esperada no Brasil nos últimos anos: Radiohead (em SP). Show grandioso, impecável e repertório carregado por músicas de toda a carreira. Outros que valem citar foram a bonita apresentação de Damien Rice também em São Paulo, a estreia do Faith No More no Brasil em Porto Alegre e o show fervoroso do Franz Ferdinand em uma boate paulista. Roberto Carlos no Ibirapuera merece lembrança, na comemoração dos 50 anos de carreira.
E meus cinco discos preferidos da década?
Strokes - Is This It
Arcade Fire - Funeral
Death Cab For Cutie - Transatlanticism
The National - Alligator
Los Hermanos - Bloco do Eu Sozinho
Mariana Tramontina é repórter do Uol Música.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Ihh, começou...
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Inaugurando a semana de Natal com a já habitual enquete de fim de ano do goiânia rock news (que indaga gente envolvida com música, por paixão e/ou profissão, sobre quais foram, em suas respectivas opiniões, o melhor disco, o melhor show e a música mais legal do ano que acaba – além de um top 5 dos álbuns mais importantes da década), o jornalista Leonardo Dias Pereira é o primeiro da fila de ilustres convidados a dar seu pitaco definitivo sobre a paisagem pop de 2009:
Apesar dos pesares, não tem como deixar de eleger o Uhuuu! do Cidadão Instigado como o melhor álbum nacional de 2009. O modo como a banda consegue costurar diversos estilos e timbres em suas músicas é algo que beira o genial. Muitos apontaram o anterior como um dos melhores da década, mas foi neste disco que a trupe de Catatau conseguiu atingir aquilo que se convenciona chamar de sonoridade pop.
Nos internacionais, vou deixar o coração falar mais alto e votar no Them Crooked Vultures. Parece Queens of the Stone Age? Parece. Lembra Led Zeppelin em alguns momentos? Lembra. Mas, vem cá, sério que vocês esperavam algo diferente? Tem que ser muito tapado pra não detectar momentos geniais como em “Mind Eraser, No Chaser” e “Dead End Friends”. O que dizer de “Elephants”, então? A música termina e a sensação é de que uma manada de elefante te atropelou.
“Lights Off” do Boss in Drama, projeto do geniozinho Péricles Martins, foi uma das músicas que mais tocou no meu player. Dance music sacana, pra se esfregar na sua garota tomando uma taça de champanhe, vinho, ou goró que melhor lhe apetecer.
Nas gringas, “Hurtin’ You” do Ben Kweller é uma das que mais ouvi. Baladinha country com tudo o que esse gênero melhor oferece: letra dilacerante, steel guitar chorando no fundo e backing vocals feminino.
O melhor show poderia ficar com o Radiohead caso Mr. Patton e seu Faith No More não viesse para nos chocar. A apresentação dos ingleses foi irretocável, mas Mike Patton é deus.
Porra, caralho!
Top 5 da década
Internacional
Yankee Hotel Foxtrot – Wilco
Discovery – Daft Punk
Songs for the Deaf – Queens of the Stone Age
Raising Sand – Robert Plant & Alisson Krauss
Is This It? – The Strokes
Nacional
O Bloco do Eu Sozinho – Los Hermanos
Nada Como Um Dia Após o Outro Dia – Racionais MC’s
As Próximas Horas Serão Muito Boas – Cachorro Grande
Rubinho Jacobina e a Força Bruta – Rubinho Jacobina
Uhuuu! – Cidadão Instigado
Leonardo Dias Pereira é editor de conteúdo do
Urbanaque e colaborador da Rolling Stone Brasil.
sexta-feira, dezembro 18, 2009
quinta-feira, dezembro 17, 2009
My Favourite Remix
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O DJ e produtor Kurc (The Name, Holger...), desconstruiu o hit do verão dos independentes, “My Favourite Way” do Black Drawing Chalks, e o resumiu numa espécie saltitante de breakbeat, embutindo no desmonte a pronúncia entorpecente adequada à música eletrônica.
Eu, que já não enxergava tanta beleza assim na versão original, soube desgostar também de sua variante modernizada (e descaracterizada) com timbres e intenções eletrônicas. Mas quem sabe você, que é mais esperto do que eu, afine seus ouvidos com a maioria (do Twitter, pelo menos) e ache a recriação “genial” também.
De todo modo, um download tira-dúvidas não custa nada. Baixe a peça para o vosso agá-dê, aprecie com moderação, e tire suas próprias conclusões:
"My Favourite Way" (DJ Kurk Remix) – MP3 Download (7,07 MB)
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Noise na NOIZE
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Acaba de sair a edição de dezembro da revista NOIZE, com destaque para Black Drawing Chalks, N.A.S.A. e E.M.I.C.I.D.A., textinho do Gerbase sobre o Never Mind the Bollocks, Fabrício Nobre falando rapidamente sobre as turnês do MqN, e até uma versão miniaturizada daquele meu texto sobre o Goiânia Noise, separado de suas divagações para caber na folha do magazine.
Clique na imagem, para ampliar.
A NOIZE é uma publicação gratuita sobre música, moda, design e comportamento. A revista, que está em sua trigésima edição, é distribuída gratuitamente em SP, RJ, SC, PR e RS desde 2007.
Revista NOIZE nº 30 - Download PDF (19,3 MB)
A versão online, na íntegra, pode ser conferida no site do periódico, que também disponibiliza o arquivo de todas as edições passadas, com o opcional de download em PDF.
Té.
terça-feira, dezembro 15, 2009
Cerveja headbanger
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Expandindo seus negócios para além da música, o Sepultura lança em breve sua própria marca de cerveja (de puro malte de trigo), com aroma frutado de cravo e maçã, e teor alcoólico de 4,4%.
Agora, se eu ver um metaleiro dizendo, com certo orgulho de cervejeiro experiente, que a breja do Sepultura é boa por que tem aroma frutado de maçã e canela, prometo tentar não rir (muito alto).
Como a promessa é que a Sepulweiss chegue ao mercado a tempo de virar assunto nas festas de fim de ano, acho até que vou desenterrar meu vinil do Arise (Rock in Rio Limited Edition) para acompanhar uma degustação natalina.
Tá servido?
segunda-feira, dezembro 14, 2009
O som da saudade
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Todo mundo sabe que um pé-na-bunda pode ser transformador, e que (para quem tem talento pra isso) o melhor exorcismo é a conversão de dor em música (ou literatura, ou cinema...), mas a história ganha contornos de novidade quando quem se utiliza do clichê é o ex-Mundo Livre (e agora ex-marido) Otto, justamente por que talento sempre foi um substantivo duvidoso para falar de sua carreira solo.
Porém, desmascarado como Rob Flemming diante de Charlie Nicholson, em 2008 Otto se viu despido de seu bem maior (sua então estonteante esposa, a eterna “Engraçadinha” Alessandra Negrini) e, despedaçado pela própria desgraça afetiva, aparentemente concentrou cada gota de desespero na música, regando seu deserto interior com um refinamento surpreendente, tão habilmente doloroso quanto manifestamente genuíno: do fim de seu casamento com a atriz global, Otto pariu a fórceps Certo Dia Acordei de Sonhos Intranquilos, o quarto e, de longe, melhor disco de sua carreira.
Trazido à pauta brasileira depois que o New York Times e o Boston Globe destacaram suas qualidades, hoje Certo Dia Acordei... circula pela crítica nacional com status de um dos melhores discos do ano.
A faixa de abertura, “Crua”, invoca certa cafonice melancólica, emoldurada sobriamente por arranjos de corda e um lamento seco: “Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.”.
Já em “O leite”, Otto se acompanha da melhor cantora brasileira dos últimos tempos, a Céu, para cravar, com ares de profecia: “Quando eu perdi você, ganhei a aposta” (e foi precisamente essa passagem que me fez lembrar o romance mais famoso do Nick Hornby, quando Rob Flemming confessa que durante seus dois anos de namoro com Charlie Nicholson sentia que a qualquer momento seria desmascarado).
Na sequência do repertório, Otto se reaproxima de seus contemporâneos, e o groove balançado de “Janaína” chega a lembrar o suingue manhoso do Eddie, o primo pobre (e negligenciado) do manguebeat.
Mas a azeitona do Martini, que faz uma conexão improvável entre a lírica popular de Reginaldo Rossi e aquela crueza desesperada de Paul Mc Cartney em “Oh! Darling”, ganha forma na purgativa “6 minutos”, em que esbanjando tensão e resgatando timbres old school Otto cria imagens tão nítidas quanto reveladoras: “E você me falou de uma casa pequena, com uma varanda, chamando as crianças pra jantar... isso é pra morrer!”
Com uma banda que acumula estrelas da categoria do guitarrista Fernando Catatau (Cidadão Instigado), e a cozinha da Nação Zumbi (Dengue e Pupillo, baixo e bateria), Certo Dia Acordei... ainda traz as parcerias da cantora mexicana, vencedora do Grammy Latino por seu Mtv Unpluggled, Julieta Venegas (“Lágrimas Negras” e “Filha”) e Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado (“Meu Mundo”, a única faixa dispensável da track list).
Otto ainda capitaliza o mérito de desenterrar “Naquela Mesa”, hino perdido de autoria de Sérgio Bittercourt (filho de Jacob do Bandolim) e cristalizado na voz de Nelson Gonçalves.
E é por essas (e outras) que Certo Dia Acordei de Sonhos Intranquilos deve passar à posteridade como a redenção gloriosa de um artista (pelo menos até então) tão irregular quanto errático. E se o mundo fosse um lugar justo, em respeito ao superlativo poderosamente dramático de Certo Dia Acordei..., os três primeiros álbuns que o antecedem na discografia do músico pernambucano seriam simplesmente apagados da História.
Mas como o mundo nunca foi amigo da justiça, acho que até o Otto concordaria que esse foi um ótimo recomeço.
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Eu emo Goiânia!
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Parte 1
Parte 2
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Os melhor foi o "Eu emo Goiânia, eu emo o Brasil!", mas também chapei na empolgação da crew do Ivo Mamona no palco, na ode de rimas pobres à croisinha do rapper mais youtubado da capital do rock.
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Os 40 melhores discos dos anos 00
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Resultado geral da votação do Scream & Yell
Entre os 40 finalistas, cinco discos do ano 2000, três de 2001, oito de 2002 (o ano mais fértil, segundo a lista), quatro de 2003, cinco de 2004, sete de 2005, três de 2006, três de 2007 e apenas um de 2008 e um de 2009 (sendo que nenhum disco internacional destes dois últimos anos entrou no Top 40).
Marcelo Costa - Editor do SY
Internacional
01) Is This It - The Strokes (2001)
02) Yankee Hotel Foxtrot - Wilco (2002)
03) Funeral - Arcade Fire (2004)
04) Songs For The Deaf - Queens of The Stone Age (2002)
05) In Rainbows - Radiohead (2007)
06) Sound of Silver - LCD Soundsystem (2007)
07) Kid A - Radiohead (2000)
08) Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
09) Yoshimi Battles The Pink Robots - The FLaming Lips (2002)
10) White Blood Cells - White Stripes (2001)
11) Back to Black - Amy Winehouse (2006)
12) Elephant - White Stripes (2003)
13) XTRMNTR - Primal Scream (2000)
14) Modern Times - Bob Dylan (2006)
15) LCD Soundsystem - LCD Soundsystem (2005)
16) Hot Fuss - The Killers (2004)
17) Turn on the Bright Lights - Interpol (2002)
18) Stories from the City - Stories from the Sea, Pj Harvey (2000)
19) Chaos and Creation in the Backyard - Paul McCartney (2005)
20) American IV: The Man Comes Around - Johnny Cash (2002)
Nacional
01) Bloco do Eu Sozinho - Los Hermanos (2001)
02) Ventura - Los Hermanos (2003)
03) O Método Túfo de Experiências - Cidadão Instigado (2005)
04) Nadadenovo - Mombojó (2004)
05) Cê - Caetano Veloso (2006)
06) Nação Zumbi - Nação Zumbi (2002)
07) Nada Como Um Dia Após o Outro Dia - Racionais MC’s (2002)
08) Cansei de Ser Sexy - Cansei de Ser Sexy (2005)
09) Japan Pop Show - Curumin (2008)
10) Grandes Infiéis - Violins (2005)
11) Cosmotron - Skank (2003)
12) Vanguart - Vanguart (2007)
13) Toda Cura Para Todo Mal - Pato Fu (2005)
14) Por Pouco - Mundo Livre S/A (2000)
15) A Farsa do Samba Nublado - Wado (2004)
16) Uhuuu - Cidadão Instigado (2009)
17) Melodias de Uma Estrela Falsa - Astromato (2000)
18) Futura - Nação Zumbi (2005)
19) Outubro ou Nada - Bidê ou Balde (2002)
20) À Procura da Batida Perfeita - Marcelo D2 (2003)
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Alta Fidelidade
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O Scream & Yell divulgou os resultados de sua enquete anual, que tradicionalmente convida gente envolvida com a nova música brasileira (e mundial) para listar suas preferências, numa espécie de balanço da discografia lançada no ano que acaba. Porém, em 2009 a votação foi além do habitual e formou um top 10 dos artistas mais influentes não só do último ano, mas da última década, o que esculpiu uma escala de relevância, polêmicas à parte, para o pop desse começo de milênio.
O goiânia rock news só conseguiu responder ao gentil convite do editor do site, o Marcelo Costa, aos 45 do segundo tempo, por causa das sérias dúvidas que um resumo de dez vagas para uma década de tantos discos cria. Mas os resultados das listas, tanto da final (elaborada segundo uma equação que leva em conta as respostas de todos os jornalistas, músicos e escritores convidados para a votação), quanto da minha contribuição para o certame, estão aí embaixo.
Depois de discordar, dá um pulo lá no Scream Yell e confira as listas pessoais de cada um dos votantes.
Hígor Coutinho (goiânia rock news)
Nacional
01. Toda Cura para Todo Mal – Pato Fu
02. Ventura – Los Hermanos
03. Artista Igual Pedreiro – Macaco Bong
04. Vagarosa – Céu
05. Tribunal Surdo - Violins
06. Cosmotron – Skank
07. Pata de Elefante – Pata de Elefante
08. Flames in the Head – Wry
09. Anotherspot – Pelvs
10. Dwitza – Ed Motta
Internacional
01. Diorama – Silverchair
02. For Emma, Forever Ago – Bon Iver
03. Takk – Sigur Rós
04. The Eraser – Thom Yorke
05. A Crow Left of the Murder - Incubus
06. Dear Science – TV On The Radio
07. St Anger - Metallica
08. Dear Catastrophe Waitress – Belle and Sebastian
09. Think Tank - Blur
10. XTRMNTR – Primal Scream
Resultado da votação geral de todos os convidados:
Nacional
1. Los Hermanos – 492,5
2. Cidadão Instigado – 141 pontos
3. Nação Zumbi – 127 pontos
4. Mombojó – 119,5
5. Caetano Veloso – 96 pontos
6. Violins – 82 pontos
7. Wado – 71,5 pontos
8. Pato Fu – 69,5 pontos
9. Racionais MC’s – 63,5 pontos
10. Cansei de Ser Sexy – 59 pontos
Internacional
1. The Strokes – 259 pontos
2. Radiohead – 238 pontos
3. Wilco – 220 pontos
4. Arcade Fire – 165 pontos
5. Queens of The Stone Age – 150 pontos
6. LCD Soundsystem – 131 pontos
7. White Stripes – 123,5 pontos
8. Franz Ferdinand – 101,5 pontos
9. Flaming Lips – 67,5 pontos
10. Amy Winehouse – 62 pontos
E aí, morreu de raiva?
Então me diz, e a sua lista, qual é?
terça-feira, dezembro 08, 2009
Lay-off
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E o 11º episódio da sexta temporada?
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segunda-feira, dezembro 07, 2009
"15 de Dezembro"
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O Goiânia Noise, como você bem sabe, costumeiramente extrapola sua programação e serve a muitos outros propósitos auxiliares que, expostos numa vitrine tão cosmopolita, repercutem mesmo depois do festival.
Nessa última edição, que celebrou o fantástico Dirty Projectors, um discreto lançamento percorreu mãos de jornalistas, produtores, bandas e transeuntes mais atentos.
CODE (ou Conselho Deliberativo) é o projeto de dois integrantes de duas das melhores bandas de Goiânia, e 100 cópias de seu primeiro single, "15 de Dezembro", foram distribuídas durante o festival em card-musics tão charmosos quanto os envelopes que os continham.
Apesar do segredo inicial, a identidade da dupla já é de conhecimento geral: trata-se de Gregory Carvalho (Olhodepeixe) e do Gustavo Vasquez (MqN), e a canção resultante da parceria desenha um panorama lírico equilibrado sobre guitarras em constante tensão tremulina e eviscerado pela fragilidade arriscada da vida real. É só mais uma canção de amor, porém insensível ao romantismo.
"15 de Dezembro", CODE - MP3 Download (9.6 MB)
(Clique com o botão direito do mouse e, em seguida, "Abrir em nova aba")
Composta, gravada e produzida em Goiânia, “15 de Dezembro” inaugura uma sociedade criadora entre dois dos compositores/músicos mais experimentados da cidade, que minaram sua sensibilidade e excesso criativo para uma das melhores novidades da música independente em 2009.
Baixou?