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Quando o cotidiano alcança o video-game...
sexta-feira, abril 30, 2010
+HIGHLIGHTS
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E por falar em Mqn (burn, baby, burn!), as sobras da entrevista que o vocalista Fabrício Nobre concedeu ao jornalista Mateus Potumati, publicada na edição 16 da revista +SOMA – lançada em março, estão no site do magazine.
Hellburst
Daí fomos para os USA gravar o Hellburst. Pela primeira vez (ou uma das primeiras vezes) um disco de rock em Goiânia foi aprovado na Lei de Incentivo a Cultura, era uma grana que a gente nem sabia como usar, mas os estúdios e captadores daqui sabiam, claro. Eu dei uma estudada, usei um projeto de parceiro de base, e aprovamos e captamos sozinhos o recurso. O pessoal do Man Or Astroman já tinha feito a segunda tour no Brasil, Mudhoney também, eu acho... e por meio deles recebemos o convite para gravar no Zero Return Studio, foi massa.
Primeira vez pelo, menos para mim, fora do Brasil, gravando com ídolos, correria e tal. A grana da lei, que mal dava para gravar aqui, deu para gravar lá, pagar as passagens, o role todo, e ainda ter um compacto em vinil. A capinha feita com foto de estúdio de um amigo nosso foda chamado Bruno e o design do Maurício Mota. Nos 100 primeiros discos vinha um patch da banda junto de brinde, estes dias vi no case do Gabriel dos Autoramas esse patch, e vi umas fotos do Wry recentes com Mario usando o mesmo patch. O disco saiu mesmo em 2002, e no final do ano entrou em várias listas, top 10 da Dynamite, top 50 da Folha de São Paulo, melhor disco de rock nos jornais locais. Foi muito legal. O disco saiu no mesmo ano que Anticontrole dos Walverdes,
Para continuar seguindo a letra e conhecer também as histórias que rodearam as gravações e lançamento de Bad Ass Rock and Roll, das faixas do projeto Fuck CD Sessions e da coletânea argentina 10 Anos Depois (que compila num mesmo disco os dez primeiros anos de carreira do Mqn), leia a matéria na íntegra, clicando aqui.
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E por falar em Mqn (burn, baby, burn!), as sobras da entrevista que o vocalista Fabrício Nobre concedeu ao jornalista Mateus Potumati, publicada na edição 16 da revista +SOMA – lançada em março, estão no site do magazine.
Reconhecíveis, além de um jovem Fabrício, estão
o Túlio (Metropolis) e o Miranda (baterista do Mqn)
o Túlio (Metropolis) e o Miranda (baterista do Mqn)
O extra traz, além da foto quase antediluviana (de uma época em que o roliço cantor ainda apresentava uma saudável aura juvenil e uma silhueta bem menos avantajada), a discografia do grupo, inclusive singles e EPs, comentada pelo seu mentor, que desenterra até o mezzo renegado Television In Full Color:
Television In Full Colour
A gente lançou uns discos assim: em 98 / 99 lançamos em demo K-7, feito a mão, eu e Jorge fizemos e cortamos as capas e montamos as fitas, gravado numa copiadora de uma igreja que o Jorge tinha o canal com a tia dele, o Television In Full Colour, e também em cd prensado na Sonopress e tal... dois formatos. Mas o disco, era uma demo mesmo feita por uma banda que era cover e estava se encontrando, não lembra em nada ou muito pouco os 12 anos seguintes. A gente nunca mais tocou estas músicas, o disco saiu independente total e não pela Monstro. E um novo MQN se estabeleceu.
Single: A Car Goes Fast
Depois lançamos um single em vinil com A Car Goes Fast (que tem uma outra versão no álbum posterior) e a instrumental "1:13" (dentro da tara que a gente tinha por surf music, sempre gravamos algo que remete a Surf Music nesse começo da banda). Foi um split com Thee Butcher's Orchestra, ainda gravado aqui em Goiânia, num estúdio comercial, bem profissional e tal, mas hoje por exemplo especializado em DVDs de duplas sertanejas e/ou gospel. Mas o lance começou a ficar legal, o Adriano "Butcher" Cintra que mixou o disco, o disco saiu pelos selos Monstro e Ordinary, capa do Maurício Motta (HTS), tudo bonito!
Single: Devil Woman / 13 Nights
Então saiu Devil Woman / 13 Nights (um cover de Monkeywrench, projeto paralelo dos caras do Mudhoney / Tim Keer, e outros) ... vinil classe, quem fez a capa foi o Nic, um cara que fazia tudo da Bidê ou Balde na época.
Television In Full Colour
A gente lançou uns discos assim: em 98 / 99 lançamos em demo K-7, feito a mão, eu e Jorge fizemos e cortamos as capas e montamos as fitas, gravado numa copiadora de uma igreja que o Jorge tinha o canal com a tia dele, o Television In Full Colour, e também em cd prensado na Sonopress e tal... dois formatos. Mas o disco, era uma demo mesmo feita por uma banda que era cover e estava se encontrando, não lembra em nada ou muito pouco os 12 anos seguintes. A gente nunca mais tocou estas músicas, o disco saiu independente total e não pela Monstro. E um novo MQN se estabeleceu.
Single: A Car Goes Fast
Depois lançamos um single em vinil com A Car Goes Fast (que tem uma outra versão no álbum posterior) e a instrumental "1:13" (dentro da tara que a gente tinha por surf music, sempre gravamos algo que remete a Surf Music nesse começo da banda). Foi um split com Thee Butcher's Orchestra, ainda gravado aqui em Goiânia, num estúdio comercial, bem profissional e tal, mas hoje por exemplo especializado em DVDs de duplas sertanejas e/ou gospel. Mas o lance começou a ficar legal, o Adriano "Butcher" Cintra que mixou o disco, o disco saiu pelos selos Monstro e Ordinary, capa do Maurício Motta (HTS), tudo bonito!
Single: Devil Woman / 13 Nights
Então saiu Devil Woman / 13 Nights (um cover de Monkeywrench, projeto paralelo dos caras do Mudhoney / Tim Keer, e outros) ... vinil classe, quem fez a capa foi o Nic, um cara que fazia tudo da Bidê ou Balde na época.
Hellburst
Daí fomos para os USA gravar o Hellburst. Pela primeira vez (ou uma das primeiras vezes) um disco de rock em Goiânia foi aprovado na Lei de Incentivo a Cultura, era uma grana que a gente nem sabia como usar, mas os estúdios e captadores daqui sabiam, claro. Eu dei uma estudada, usei um projeto de parceiro de base, e aprovamos e captamos sozinhos o recurso. O pessoal do Man Or Astroman já tinha feito a segunda tour no Brasil, Mudhoney também, eu acho... e por meio deles recebemos o convite para gravar no Zero Return Studio, foi massa.
Primeira vez pelo, menos para mim, fora do Brasil, gravando com ídolos, correria e tal. A grana da lei, que mal dava para gravar aqui, deu para gravar lá, pagar as passagens, o role todo, e ainda ter um compacto em vinil. A capinha feita com foto de estúdio de um amigo nosso foda chamado Bruno e o design do Maurício Mota. Nos 100 primeiros discos vinha um patch da banda junto de brinde, estes dias vi no case do Gabriel dos Autoramas esse patch, e vi umas fotos do Wry recentes com Mario usando o mesmo patch. O disco saiu mesmo em 2002, e no final do ano entrou em várias listas, top 10 da Dynamite, top 50 da Folha de São Paulo, melhor disco de rock nos jornais locais. Foi muito legal. O disco saiu no mesmo ano que Anticontrole dos Walverdes,
Para continuar seguindo a letra e conhecer também as histórias que rodearam as gravações e lançamento de Bad Ass Rock and Roll, das faixas do projeto Fuck CD Sessions e da coletânea argentina 10 Anos Depois (que compila num mesmo disco os dez primeiros anos de carreira do Mqn), leia a matéria na íntegra, clicando aqui.
Samba Psicodélico
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do rock psicodélico ao samba torto
+ DJs convidados
circo lahetô
(ao lado do estádio Serra Dourada)
HOJE!
+ DJs convidados
circo lahetô
(ao lado do estádio Serra Dourada)
HOJE!
quinta-feira, abril 29, 2010
quarta-feira, abril 28, 2010
A Abrafin Não Liga Pra Mim!
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O debate que vem fermentando uma animada polêmica nos bastidores da nova música independente brasileira (disputa que, não raro, descamba pra hostilidade retórica) ganhou mais um fórum. A ágora virtual itinerante dos independentes, desta vez migrou para a caixa de comentários do Scream & Yell, que recentemente publicou a controversa carta-aberta assinada e divulgada pelo João Parayba, o célebre percussionista do Trio Mocotó.
Mas como parte do coro dos descontentes felizmente não perdeu o bom humor, houve quem transformasse o assunto em “inspiração”. Auto-intitulada RockStar,um músico paraibano uma banda pernambucana aproveitou o fórum para divulgar seu protesto contra a indiferença da ABRAFIN. Espremido em menos de 3 minutos e esgoelado no ritmo acelerado de um punk-rock perdido entre a crueza histórica do gênero e a pós-modernidade confusa da trilha sonora da Malhação, o sujeito vocifera (clique aqui para ouvir a pérola):
A Abrafin Não Liga Pra Mim!
Sou roqueiro de verdade
Montei uma banda legal
Agora eu quero é destaque
No cenário musical
Não sou de fazer amizade
Mas sei que hoje é fundamental
Ter diploma de puxa saco
Pra tocar num festival
Misturei humor com metal
E até que não ficou ruim
Mas eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Abri mão da minha moral
Pra fazer show num botequim
Porque eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Se rola palestra no Acre
Ou reunião em Natal
Ninguém me diz nos debates
Onde é que eu arrumo um Real
Pra pagar hotel e passagem
De uma turnê nacional
Vou vender minha virgindade
Na praça de São Nicolau
Misturei humor com metal
E até que não ficou ruim
Mas eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Abri mão da minha moral
Pra fazer show num botequim
Porque eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
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O debate que vem fermentando uma animada polêmica nos bastidores da nova música independente brasileira (disputa que, não raro, descamba pra hostilidade retórica) ganhou mais um fórum. A ágora virtual itinerante dos independentes, desta vez migrou para a caixa de comentários do Scream & Yell, que recentemente publicou a controversa carta-aberta assinada e divulgada pelo João Parayba, o célebre percussionista do Trio Mocotó.
Para ler a íntegra da carta aberta
de João Parahyba no Scream & Yell,
clique aqui.
de João Parahyba no Scream & Yell,
clique aqui.
A parcela dos leitores que não é de artistas e/ou produtores envolvidos com o meio pouco participa, mas o engajamento dos integrados é ferrenho e apaixonado. Redargüindo à acidez da carta, que quer revelar uma suposta desvalorização do papel do artista na nova lógica apregoada pela integração dos festivais, uma enxurrada de anotações cheias-de-razão ferveu a audiência da questão (e do Scream & Yell), de modo parecido com a ebulição de adjetivos chulos X elogios ensaiados ocorrida na repercussão da entrevista concedida pelo Pablo Capilé, membro de primeira hora da ABRAFIN (Associação Brasileira dos Festivais Independentes) e líder natural dos Fora do Eixo, ao site O Inimigo, onde, em dado momento se disse, dentro da ABRAFIN, “um defensor de que não se deveria pagar cachê às bandas. Festival é uma mostra.”.
Na época, rabisquei uma lauda com o que penso sobre o assunto, que pra mim não é motivo pra tanta altercação, e publiquei aqui. Num resumo rápido:
Não consigo enxergar muita polêmica no tema. Juro.
Pra mim as coisas são tão simples quanto poderiam ser.
Música é, essencialmente, prazer estético, comunicação.
Cada banda vale quanto pesa, e se a sua ainda não se
comunica como você gostaria, e não garante um público
que valha o investimento, festival nenhum no mundo
vai gastar sua verba com você.
Obviamente ainda assino embaixo do que escrevi há alguns meses, e desconfio que a reclamação do Parahyba tenha tantos contornos ideológicos, ainda que opostos, quanto o chavão “Artista Igual Pedreiro”, que antes de batizar a estreia em disco do Macaco Bong já era axioma dos cubistas e propunha a desglamourização da figura do artista, e o nivelamento da criação com qualquer outra atividade da, para usar o vocabulário dos convertidos, cadeia produtiva.
Segue trecho da carta, em que sem digitar nome aos bois, Parahyba responde à declaração de Capilé, aparentemente sem considerar que o recado do produtor cuiabano foi endereçado principalmente aos artistas novatos e/ou iniciantes, cuja não-popularidade eliminaria a legitimidade da cobrança de cachê, num festival cuja visibilidade poderia detonar a criação desse público até então inexistente:
Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio
do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade)
e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a
desculpa da promoção e da formação de público não pagam
cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação etc. e
tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam
para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha
música, minha arte”. (Cacilda Becker)
Depois de render mais de cem comentários, contra e a favor, onde anônimos, músicos, produtores e jornalistas lançaram mão de seus recursos linguísticos para defender seus pontos de vista (inclusive a ofensa pessoal) , a polêmica transbordou o Scream & Yell e se desdobrou, primeiro no que seu autor, Anderson Foca, membro da ABRAFIN e produtor do festival potiguar DOSOL, chamou de Editorial DOSOL, publicado no blog do festival; e depois, numa espécie de resposta aos detratores da ABRAFIN, assinada pelo seu presidente, Fabrício Nobre, e publicada no Nagulha.
Continuo sem enxergar tanta controvérsia, mas acho que apesar do bate-boca magoado que sempre contamina discussões assim, o assunto está evoluindo, ao mesmo tempo esvaziando lentamente a soberba dos “gênios incompreendidos” que se recusam a enxergar (e, por conseqüência, a aproveitar) essa nova realidade como infinitamente mais favorável que o modelo anterior, e desbaratando o panfletarismo rançoso dos coletivos-papagaio, que ao pasteurizar o discurso, empobrecem o debate e tentam circunscrever a questão a esquemas de pensamento pré-estabelecidos, nublando o principal, o cerne do litígio: a Música.
Na época, rabisquei uma lauda com o que penso sobre o assunto, que pra mim não é motivo pra tanta altercação, e publiquei aqui. Num resumo rápido:
Não consigo enxergar muita polêmica no tema. Juro.
Pra mim as coisas são tão simples quanto poderiam ser.
Música é, essencialmente, prazer estético, comunicação.
Cada banda vale quanto pesa, e se a sua ainda não se
comunica como você gostaria, e não garante um público
que valha o investimento, festival nenhum no mundo
vai gastar sua verba com você.
Obviamente ainda assino embaixo do que escrevi há alguns meses, e desconfio que a reclamação do Parahyba tenha tantos contornos ideológicos, ainda que opostos, quanto o chavão “Artista Igual Pedreiro”, que antes de batizar a estreia em disco do Macaco Bong já era axioma dos cubistas e propunha a desglamourização da figura do artista, e o nivelamento da criação com qualquer outra atividade da, para usar o vocabulário dos convertidos, cadeia produtiva.
Segue trecho da carta, em que sem digitar nome aos bois, Parahyba responde à declaração de Capilé, aparentemente sem considerar que o recado do produtor cuiabano foi endereçado principalmente aos artistas novatos e/ou iniciantes, cuja não-popularidade eliminaria a legitimidade da cobrança de cachê, num festival cuja visibilidade poderia detonar a criação desse público até então inexistente:
Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio
do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade)
e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a
desculpa da promoção e da formação de público não pagam
cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação etc. e
tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam
para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha
música, minha arte”. (Cacilda Becker)
Depois de render mais de cem comentários, contra e a favor, onde anônimos, músicos, produtores e jornalistas lançaram mão de seus recursos linguísticos para defender seus pontos de vista (inclusive a ofensa pessoal) , a polêmica transbordou o Scream & Yell e se desdobrou, primeiro no que seu autor, Anderson Foca, membro da ABRAFIN e produtor do festival potiguar DOSOL, chamou de Editorial DOSOL, publicado no blog do festival; e depois, numa espécie de resposta aos detratores da ABRAFIN, assinada pelo seu presidente, Fabrício Nobre, e publicada no Nagulha.
Continuo sem enxergar tanta controvérsia, mas acho que apesar do bate-boca magoado que sempre contamina discussões assim, o assunto está evoluindo, ao mesmo tempo esvaziando lentamente a soberba dos “gênios incompreendidos” que se recusam a enxergar (e, por conseqüência, a aproveitar) essa nova realidade como infinitamente mais favorável que o modelo anterior, e desbaratando o panfletarismo rançoso dos coletivos-papagaio, que ao pasteurizar o discurso, empobrecem o debate e tentam circunscrever a questão a esquemas de pensamento pré-estabelecidos, nublando o principal, o cerne do litígio: a Música.
Mas como parte do coro dos descontentes felizmente não perdeu o bom humor, houve quem transformasse o assunto em “inspiração”. Auto-intitulada RockStar,
A Abrafin Não Liga Pra Mim!
Sou roqueiro de verdade
Montei uma banda legal
Agora eu quero é destaque
No cenário musical
Não sou de fazer amizade
Mas sei que hoje é fundamental
Ter diploma de puxa saco
Pra tocar num festival
Misturei humor com metal
E até que não ficou ruim
Mas eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Abri mão da minha moral
Pra fazer show num botequim
Porque eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Se rola palestra no Acre
Ou reunião em Natal
Ninguém me diz nos debates
Onde é que eu arrumo um Real
Pra pagar hotel e passagem
De uma turnê nacional
Vou vender minha virgindade
Na praça de São Nicolau
Misturei humor com metal
E até que não ficou ruim
Mas eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Abri mão da minha moral
Pra fazer show num botequim
Porque eu sei que a Abrafin
Não liga pra mim
Para ler a íntegra do texto, clique aqui.
E pra terminar, acho que cabe aqui uma fala do Ynayã, baterista do Macaco Bong, que apesar de inteiramente integrado ao esquema Artista Igual Pedreiro, não repete a cartilha como um mantra sagrado, mas enxerga, através dela, a criação de um mercado viável. E como todo mundo sabe, o mercado não perdoa:
(...) E por tudo isso, acho que vale a pena pra caralho.
E quem não acha deveria montar logo a porra da Abramin
[N. do E.: sigla para uma ainda fictícia Associação Brasileira
dos Músicos Independentes], se juntar, negociar, pleitear
melhores condições, ao invés de ficar indo de blog em blog
chorar feito umas madalenas sem futuro.
(...) E por tudo isso, acho que vale a pena pra caralho.
E quem não acha deveria montar logo a porra da Abramin
[N. do E.: sigla para uma ainda fictícia Associação Brasileira
dos Músicos Independentes], se juntar, negociar, pleitear
melhores condições, ao invés de ficar indo de blog em blog
chorar feito umas madalenas sem futuro.
terça-feira, abril 27, 2010
segunda-feira, abril 26, 2010
sexta-feira, abril 23, 2010
Bananada 2010 - Programação Completa (agora sim!)
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Saiu! Depois da publicação equivocada de uma programação fantasma, rapidamente desmentida pela produção do Bananada, o goiânia rock news divulga, em primeira mão, o line-up oficial do festival. É verdade que pouco coisa mudou da lista "fake" (na verdade, um prospect da Monstro Discos que ainda não tinha confirmação bilateral), mas em todo caso, agora o programa é assinado e confirmado pela própria produtora. Siga a linha:
01:00h Rinoceronte (Santa Maria – RS)
00:15h Mersaut e Máquinha de Escrever (Goiânia - GO)
23:30h Brown-Há (Brasília – DF)
QUINTA FEIRA 20 / MAIO > METROPOLIS
01:00h Plastique Noir (Fortaleza – CE)
00:15h Dawnfine (Goiânia – GO)
23:30h Trivoltz (Goiânia – GO)
QUINTA FEIRA 20 / MAIO > CAPIM PUB
21:30h Desastre (Goiânia – GO)
20:45h Fígado Killer (Goiânia – GO)
20:00h WxCxM (Goiânia – GO)
19:15h Chacina (Goiânia – GO)
SEXTA FEIRA 21 / MAIO – MARTIM CERERÊ
01:00h Violins (Goiânia - GO) – Pyguá
00:30h Gloom (Goiânia – GO) – Yguá
00:00h Comunidade Ninjtsu (Porto Alegre – RJ) – Pyguá
23:30h Burro Morto (João Pessoa - PB) – Yguá
23:00h Johnny Suxxx And The Fuckin’ Boys (Goiânia – GO) – Pyguá
22:30h Nevilton (Umuarama - PR) – Yguá
22:00h Camarones Orquestra Guitarrística (Natal - RN) – Pyguá
21:30h Vida Seca (Goiânia – GO) – Yguá
21:00h Nublado (João Pessoa – PB – Pyguá
20:30h Procura-se Quem Fez Isso? (Porto Alegre – RS) – Yguá
20:00h Comma (São Paulo – SP) – Pyguá
19:30h Death From Above (Goiânia - GO) – Yguá
19:00h Demosonic (Goiânia – GO) – Pyguá
18:40h Ultra Vespa (Goiânia – GO) – Yguá
18:20h Coerência (Goiânia – GO) – Pyguá
SÁBADO 22 / MAIO – MARTIM CERERÊ
01:00h Black Drawing Chalks (Goiânia – GO) – Pyguá
00:30h La Hell Gang (Santiago – Chile) – Yguá
00:00h Mechanics (Goiânia – GO) – Pyguá
23:30h Plástico Lunar (Aracaju - SE) – Yguá
23:00h Caldo de Piaba (Rio Branco - AC) – Pyguá
22:30h Vícios da Era (Goiânia - GO) – Yguá
22:00h Some Community (São Paulo – SP) – Pyguá
21:30h Motherfish (Goiânia - GO) – Yguá
21:00h Vendo 147 (Salvador – BA) – Pyguá
20:30h Fadarobocoptubarão (Belo Horizonte – MG) – Yguá
20:00h Bruto (Brasília – DF) – Pyguá
19:30h Necropsy Room (Goiânia – GO) – Yguá
19:00h Moka (Goiânia – GO) – Pyguá
18:40h Space Monkeys (Goiânia – GO) – Yguá
18:20h ¡Oye! (Goiânia – GO) – Pyguá
DOMINGO 23 / MAIO > AMBIENTE SKATE SHOP*
18:30h Twin Pines (São Paulo – SP)
17:30h Bang Bang Babies (Goiânia - GO)
16:30h Hellbenders (Goiânia – GO)
15:30h Waldi e Redson (Goiânia – GO)
13:30h Dedo Sem Osso (Goiânia – GO)
* Acontece em paralelo ao Campeonato “Terror na Ambiente”
Confesso que, fora Burro Morto e Caldo de Piaba, o visitante que mais me instiga a curiosidade é o Camarones Orquestra Guitarrística. E disso percebi que, curiosamente, as três atrações de fora que mais chamam a atenção (pelo menos a minha) são grupos instrumentais (e, pasmem, nenhum deles é o Macaco Bong ou a Pata de Elefante).
Além dos três, quero ver de novo o Nevílton no palco. O trio de Umuarama-PR tem, pelo menos, um hit em potencial, a saborosa "A Máscara", e seu trabalho soa como uma espécie lo-fi, deliciosamente acaipirada, do Nando Reis (acreditem, isso é um elogio).
Dos locais, como já disse, não perco o show do Violins (que acabei não indo ver ontem, no palco da Fiction), e nem a apresentação bissexta do Vícios da Era. Quero ver também a dupla sertaneja Waldi & Redson, um dos vários projetos atávicos do Diego de Moares.
E você, vai querer ver o quê?
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Saiu! Depois da publicação equivocada de uma programação fantasma, rapidamente desmentida pela produção do Bananada, o goiânia rock news divulga, em primeira mão, o line-up oficial do festival. É verdade que pouco coisa mudou da lista "fake" (na verdade, um prospect da Monstro Discos que ainda não tinha confirmação bilateral), mas em todo caso, agora o programa é assinado e confirmado pela própria produtora. Siga a linha:
BANANADA 2010 – PROGRAMA OFICIAL
QUARTA FEIRA 19 / MAIO > BOLSHOI PUB01:00h Rinoceronte (Santa Maria – RS)
00:15h Mersaut e Máquinha de Escrever (Goiânia - GO)
23:30h Brown-Há (Brasília – DF)
QUINTA FEIRA 20 / MAIO > METROPOLIS
01:00h Plastique Noir (Fortaleza – CE)
00:15h Dawnfine (Goiânia – GO)
23:30h Trivoltz (Goiânia – GO)
QUINTA FEIRA 20 / MAIO > CAPIM PUB
21:30h Desastre (Goiânia – GO)
20:45h Fígado Killer (Goiânia – GO)
20:00h WxCxM (Goiânia – GO)
19:15h Chacina (Goiânia – GO)
SEXTA FEIRA 21 / MAIO – MARTIM CERERÊ
01:00h Violins (Goiânia - GO) – Pyguá
00:30h Gloom (Goiânia – GO) – Yguá
00:00h Comunidade Ninjtsu (Porto Alegre – RJ) – Pyguá
23:30h Burro Morto (João Pessoa - PB) – Yguá
23:00h Johnny Suxxx And The Fuckin’ Boys (Goiânia – GO) – Pyguá
22:30h Nevilton (Umuarama - PR) – Yguá
22:00h Camarones Orquestra Guitarrística (Natal - RN) – Pyguá
21:30h Vida Seca (Goiânia – GO) – Yguá
21:00h Nublado (João Pessoa – PB – Pyguá
20:30h Procura-se Quem Fez Isso? (Porto Alegre – RS) – Yguá
20:00h Comma (São Paulo – SP) – Pyguá
19:30h Death From Above (Goiânia - GO) – Yguá
19:00h Demosonic (Goiânia – GO) – Pyguá
18:40h Ultra Vespa (Goiânia – GO) – Yguá
18:20h Coerência (Goiânia – GO) – Pyguá
SÁBADO 22 / MAIO – MARTIM CERERÊ
01:00h Black Drawing Chalks (Goiânia – GO) – Pyguá
00:30h La Hell Gang (Santiago – Chile) – Yguá
00:00h Mechanics (Goiânia – GO) – Pyguá
23:30h Plástico Lunar (Aracaju - SE) – Yguá
23:00h Caldo de Piaba (Rio Branco - AC) – Pyguá
22:30h Vícios da Era (Goiânia - GO) – Yguá
22:00h Some Community (São Paulo – SP) – Pyguá
21:30h Motherfish (Goiânia - GO) – Yguá
21:00h Vendo 147 (Salvador – BA) – Pyguá
20:30h Fadarobocoptubarão (Belo Horizonte – MG) – Yguá
20:00h Bruto (Brasília – DF) – Pyguá
19:30h Necropsy Room (Goiânia – GO) – Yguá
19:00h Moka (Goiânia – GO) – Pyguá
18:40h Space Monkeys (Goiânia – GO) – Yguá
18:20h ¡Oye! (Goiânia – GO) – Pyguá
DOMINGO 23 / MAIO > AMBIENTE SKATE SHOP*
18:30h Twin Pines (São Paulo – SP)
17:30h Bang Bang Babies (Goiânia - GO)
16:30h Hellbenders (Goiânia – GO)
15:30h Waldi e Redson (Goiânia – GO)
13:30h Dedo Sem Osso (Goiânia – GO)
* Acontece em paralelo ao Campeonato “Terror na Ambiente”
Confesso que, fora Burro Morto e Caldo de Piaba, o visitante que mais me instiga a curiosidade é o Camarones Orquestra Guitarrística. E disso percebi que, curiosamente, as três atrações de fora que mais chamam a atenção (pelo menos a minha) são grupos instrumentais (e, pasmem, nenhum deles é o Macaco Bong ou a Pata de Elefante).
Além dos três, quero ver de novo o Nevílton no palco. O trio de Umuarama-PR tem, pelo menos, um hit em potencial, a saborosa "A Máscara", e seu trabalho soa como uma espécie lo-fi, deliciosamente acaipirada, do Nando Reis (acreditem, isso é um elogio).
Dos locais, como já disse, não perco o show do Violins (que acabei não indo ver ontem, no palco da Fiction), e nem a apresentação bissexta do Vícios da Era. Quero ver também a dupla sertaneja Waldi & Redson, um dos vários projetos atávicos do Diego de Moares.
E você, vai querer ver o quê?
quinta-feira, abril 22, 2010
Retroalimentação Nerd
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E você, sentado aí lendo blog. Sai desse quarto, pega o elevador e vai dar uma volta no playground, pelo menos.
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E você, sentado aí lendo blog. Sai desse quarto, pega o elevador e vai dar uma volta no playground, pelo menos.
quarta-feira, abril 21, 2010
50 Anos no Quadradinho
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Sempre gostei de Brasília. Desde pequeno. Tudo bem que meu apreço pela capital teve o foco desviado das visitas ao zoológico, na infância, para as festas subterrâneas da UNB, na época do vestibular.
Mas já faz muito tempo que não sinto o adocicado e suarento cheiro noturno dos corredores da UNB, que visitei quase sempre nos fins de semana, e meu interesse pelo planalto central mais uma vez migrou, dessa vez do desbunde universitário para o endereço dos amigos, que se mudaram aos montes para lá. Além, é claro, de alguns shows internacionais que acabam não alcançando Goiânia.
Ano passado estive lá pra ver, entre outros, o Eagles of Death Metal e o El Mató Un Policia Motorizado; dia desses fui pra assistir ao Franz Ferdinand; e minha programação para o último final de semana incluía ver o show do Moby no Museu da República, a mais nobre atração das comemorações dos 50 anos de fundação da cidade (mas acabou que, por causa do falecimento de uma amiga, noiva de um amigo, desisti).
Mas o caso é que, a despeito da rixa artificial com os goianos, cultivada em carioquêish forçado pela crise de identidade dos wannabe do Distrito Federal, gosto muito dessa cidade imponente, bonita, cosmopolita e, hoje em dia, tão invejosa ao ponto de fingir indiferença para com a sua vizinha mais barulhenta, insistindo em ostentar um cetro caduco que em outros tempos lhe garantira o título de capital do rock.
Parabéns Brasília, você não vale nada mas eu gosto de você!
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Sempre gostei de Brasília. Desde pequeno. Tudo bem que meu apreço pela capital teve o foco desviado das visitas ao zoológico, na infância, para as festas subterrâneas da UNB, na época do vestibular.
Mas já faz muito tempo que não sinto o adocicado e suarento cheiro noturno dos corredores da UNB, que visitei quase sempre nos fins de semana, e meu interesse pelo planalto central mais uma vez migrou, dessa vez do desbunde universitário para o endereço dos amigos, que se mudaram aos montes para lá. Além, é claro, de alguns shows internacionais que acabam não alcançando Goiânia.
Ano passado estive lá pra ver, entre outros, o Eagles of Death Metal e o El Mató Un Policia Motorizado; dia desses fui pra assistir ao Franz Ferdinand; e minha programação para o último final de semana incluía ver o show do Moby no Museu da República, a mais nobre atração das comemorações dos 50 anos de fundação da cidade (mas acabou que, por causa do falecimento de uma amiga, noiva de um amigo, desisti).
Mas o caso é que, a despeito da rixa artificial com os goianos, cultivada em carioquêish forçado pela crise de identidade dos wannabe do Distrito Federal, gosto muito dessa cidade imponente, bonita, cosmopolita e, hoje em dia, tão invejosa ao ponto de fingir indiferença para com a sua vizinha mais barulhenta, insistindo em ostentar um cetro caduco que em outros tempos lhe garantira o título de capital do rock.
Parabéns Brasília, você não vale nada mas eu gosto de você!
terça-feira, abril 20, 2010
Step By Step
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これは、東京某所で行われた、秘密のライブパフォーマンスです。フレキシビリティあふれるランニングシューズ ナイキフリーラン が演奏しています。
* 映像の中で実際に演奏に使用されているナイキフリーランは特別に制作されたものです。 販売している実際の商品では、曲げても音はでません。
Qualquer dúvida, mande sua cartinha para Rua Saturnino de Brito, 74, Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
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これは、東京某所で行われた、秘密のライブパフォーマンスです。フレキシビリティあふ
* 映像の中で実際に演奏に使用されているナイキフリーランは特別に制作されたものです。 販売している実際の商品では、曲げても音はでません。
Qualquer dúvida, mande sua cartinha para
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segunda-feira, abril 19, 2010
Pop Save The Queen
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“Fool’s Day”, o novo single do Blur, ganhou primeiro uma edição caprichada em vinilzinho de 7 polegadas, cujas singelas 1000 cópias lançadas durante o Record Store Day (espécie de mobilização continental que prestou tributo às lojas de discos independentes, no sábado passado) se esgotaram rapidamente.
Pode ser culpa do meu mau-humor, mas não vi muita graça na novidade, e desconfio que você também não vá descobrir grande coisa na peça (a não ser, é claro, que você seja fã incondicional, e pertença à essa que é a mais intrigante categoria da biodiversidade do pop mundial).
"Fools Day" - Blur
E aí, gostou?
Mesmo assim, caso você queira guardar a canção nos seus foninhos pra ouvir de novo mais tarde, é só clicar aqui e providenciar vosso download (que dessa vez, nem será ilegal).
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“Fool’s Day”, o novo single do Blur, ganhou primeiro uma edição caprichada em vinilzinho de 7 polegadas, cujas singelas 1000 cópias lançadas durante o Record Store Day (espécie de mobilização continental que prestou tributo às lojas de discos independentes, no sábado passado) se esgotaram rapidamente.
Pode ser culpa do meu mau-humor, mas não vi muita graça na novidade, e desconfio que você também não vá descobrir grande coisa na peça (a não ser, é claro, que você seja fã incondicional, e pertença à essa que é a mais intrigante categoria da biodiversidade do pop mundial).
"Fools Day" - Blur
E aí, gostou?
Mesmo assim, caso você queira guardar a canção nos seus foninhos pra ouvir de novo mais tarde, é só clicar aqui e providenciar vosso download (que dessa vez, nem será ilegal).
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