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quinta-feira, setembro 30, 2010

Oops (V)

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Isso é um assalt...




... esquece.










quarta-feira, setembro 29, 2010

People (don’t?) change

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They tried to make me go to rehab, but I said...


... no, it's not Lupus.



A imagem eu pesquei no FB do Cambaleado.






Goiânia Noise Festival 2010

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O Goiânia Noise Festival, clímax de fim de ano da música independente de Goiás (e, vá lá, do Brasil) já começou a tomar forma. Foram divulgadas 10 das atrações que farão parte do sempre farto line-up da festa.


Motosierra (Uruguai), no Noise de 2007


A grande “novidade”, por ora, é o quarteto garage The Mummies, de San Francisco (e as aspas ali atrás dizem respeito ao fato de que a visita dos gringos lunáticos que tocam enrolados em gase já estava na boca do povo desde o semestre passado). Dos goianos, o primeiro nome confirmado não é surpresa nenhuma: como você bem sabe, estranhamente o Black Drawing Chalks foi alçado à categoria de luminar do rock goiano e, por isso, deve ganhar vaga em horário, err, Nobre. Ainda na praia das guitarras desembestadas, o Walverdes volta à Goiânia com disco novo e, palavras do próprio Fabrício (vocalista e super-agente), “sem o Mqn pra atrapalhar”.


O grupo carioca Do Amor você já deve conhecer. Mas se não conhece, quase posso garantir que não está perdendo grande coisa. A mistura forçada de ritmos regionalistas do quarteto que também serve de banda de apoio pro Caetano Veloso, é tão artificial quanto confusa (mas se você é daqueles que ainda se deixam fascinar por esse tipo de arapuca pra turista europeu, não perca. Você merece.)


Mas a grande pérola deste primeiro lote de atrações vêm da Argentina e se você não conhece, deveria. A primeira vez que eu vi o El Mato A Un Policia Motorizado em ação foi em Cuiabá, no palco do festival Calango de 2008, e lá mesmo fui convertido pela intensidade instrumental e pelo charme lo-fi da música dos arrentinos. Imperdível.


Vespas Mandarinas é a banda nova do Chuck (ex-Forgotten Boys), do Mauro Motoki (Ludov), do Mike (ex-Video Hits) e do Thadeu Meneghini (Banzé), e a julgar pelo currículo individual de seus integrantes, pelo menos uma conferida in loco é recomendável (ainda que credenciais vencidas não garantam porra nenhuma). Já o Musica Diablo é o projeto paralelo do Derrick Green (Sepultura) com um pessoal de bandas como Nitrominds, Siegrid Ingrid e Threat e também merece atenção, assim como o sempre impressionante happening bestial que é o show do Krisiun.


Já para o show do Otto você pode separar um espaço especial na sua programação pessoal: apesar de sempre parecer confuso e pouco inteligente (principalmente nas entrevistas), o Otto fez um dos melhores discos do ano passado, num exorcismo dolente que enverniza a dor de cotovelo com uma dignidade comovente.


(E da Nina Becker eu não sei muito o que esperar, mas pode anotar aí que minha curiosidade é grande).










terça-feira, setembro 28, 2010

Música por sexo (e idade)

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Joachim Van Herwegen
é usuário do LastFM...




... e fez um levantamento detalhado sobre as preferências musicais dos demais usuários do site, dividindo as predileções de seus colegas por sexo e idade.


Os detalhes da pesquisa, você pode conferir aqui.






Floyd explica

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Fale-me sobre sua mãe...


... pequeno Ludovic.






segunda-feira, setembro 27, 2010

Traidor do movimento

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Viu que o Kboco, artista surgido das entranhas arborizadas do setor Bueno, está expondo na ilustríssima 29ª Bienal de São Paulo? E viu que a obra dele exposta lá foi (ironicamente) pichada, com a inscrição “Invasor”?



Pra quem não está associando o nome à pessoa dá pra dizer que, no fim dos anos 90s começo dos anos 00s, o Kboco perambulava ali pelas imediações do parque Vaca Brava, pelo setor Marista, Sul, Universitário e Centrão, com algumas latas de spray na mochila, espalhando pelos muros da região seu traço sinuoso – tão urbano quanto primitivo – em grafites absolutamente personais (que sempre fugiram do lugar-comum do gênero, que faz tanta questão de sua ligação íntima com o hip hop norte-americano).


Depois disso roletou pelo Recife e por São Paulo, fez aparições pela América Latina, expôs em Nova York, na Bienal de Valência – Espanha, e até na Suíça (na maior feira de arte do mundo, a Art Basel).


Obra de Kboco feita em parceria com o arquiteto Roberto Loeb é pichada ao lado do prédio da Bienal
Foto: Folha de São Paulo


E a pichação de sua obra na Bienal de SP talvez seja explicada pela antipatia que o pessoal do grafite, “a galera das ruas”, parece nutrir por ele, aparentemente pelo fato de Kboco ter sido tão bem acolhido pelas principais galerias de São Paulo, e agora pertencer à ala mais endinheirada e influente do mercado das artes, "negando" de certa forma suas raízes “street”. O que é uma puta bobagem, como qualquer criança-da-vida-real, com as contas do mês para pagar, pode perceber facilmente.





sexta-feira, setembro 24, 2010

Keep Out!

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Espere só...


... até você ter filhos adolescentes.






quinta-feira, setembro 23, 2010

A Quoi ÇA Sert L'amour, Edith Piaf?

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Pra quê serve o amor, Edith?




Dica preciosa da Vivis.






quarta-feira, setembro 22, 2010

A fire that burns

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"I have only one burning desire...





... let me stand next to your fire."




Discompasso (Edição Especial)

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Quebre a rotina...



... sem perder o ritmo.






terça-feira, setembro 21, 2010

Vaca Amarela 2010

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Em setembro passado reclamei aqui que a edição 2009 do Vaca Amarela parecia ter feito coro com o Bananada daquele mesmo ano, quando os dois festivais combinaram em caprichar na insipidez de suas programações. Em 2010 a dobradinha se confirmou afinada mais uma vez, mas felizmente agora os predicados de um e outro foram bem mais positivos. Vivendo e aprendendo.


Terra Celta
Fotos deste post: Alessandro Ferro


E se no Vaca 2009 os destaques foram poucos, o Vaca 2010 pode invejar pelo menos a casa de seu irmão mais novo: pular das dependências tão familiares quanto charmosas do Martim Cererê para a amplitude desfigurada de um galpão (mal) adaptado causou uma certa estranheza inicial, logo amenizada (mas não anulada) pela perícia psicodélica da Pata de Elefante, que já havia dado início ao sinuoso e dançante transe instrumental de sempre quando passei pela portaria e me deixei engolir pelo “armazém”.


Mas se a paisagem não era das melhores, a lei da compensação autenticou as boas vindas da Pata de Elefante com o lo-fi festivo da londrinense Terra Celta, que a despeito da singeleza circular das composições e de suas evidentes limitações instrumentais fez, talvez, o melhor show do festival. A impressionante catarse coletiva embalada pelo cruzamento esperto de melodias medievais com um compasso pop, fez do público frenético parte fundamental do espetáculo, ampliando a coisa para um divertidíssimo jogo de estímulo e resposta.


Umbando


Dia 06 de setembro último, uma segunda feira véspera de feriado, eu quase vi o Umbando no palco do teatro do Centro Cultural Goiânia Ouro. E o quase foi por conta do meu atraso e de que, quando cheguei lá, o lugar estava completamente cheio. Barrado no corredor entupido, tive que “assistir” ao resto da apresentação assim, de soslaio, entre as orelhas de um e a cabeleira de outro. No Vaca Amarela não. Se o lugar pecava pela feiúra, frieza e acústica reverberante, pelo menos não podia ser culpado pela falta de espaço, e mesmo com uma lotação razoável eu conseguiria facilmente assistir ao show do Umbando, uma das melhores formações da nova música brasileira, de braços abertos (se por acaso eu visse alguma função pra isso).


Movido mais pela curiosidade que pelo apreço, fui ver o show do Edy Star com um olhar menos musical que, hmm, antropológico. E, talvez por isso, na segunda ou terceira música eu já tinha colado na cara do Edy uma caricatura do Jeff Bridges em versão Bad Blake. E o charme decadente do enredo do filme do Scott Cooper (baseado no livro do Thomas Cobb) caiu como uma luva no outrora andrógino performer que, tal qual o velho Bad Blake, viaja sem banda de apoio, improvisando seus shows com músicos de cada cidade em que desembarca. E acompanhado por alguns dos melhores de Goiânia, (o baterista Fred Valle [Vícios da Era, The Colagens], o baixista Carlos Foca [Umbando, TNY] e o guitarrista-prodígio Fridinho [Olhodepeixe, Lady Raposa]), foi fácil simpatizar com o pós-tropicalismo de tintas glam-rock de um Edy Star já inchado, curtido pelo tempo.


Edy Star, featuring Johnny Suxxx


E antes do fim da primeira noite de festival, o Lobão ainda subiu ao palco para ajuntar a turma da madruga no gargalo e fez o show mais barulhento da noite, concentrando os hits na segunda metade da apresentação. Aguentei até quase o fim, mas quando percebi que ele estava mesmo disposto a voltar para um bis, tive certeza de que já era hora de derramar o último gole na goela e procurar o caminho da roça.





What the Fuck?!?!?

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"Vamo dançar tudo nu, tudo nu...



... tudo com o dedo no cu (menos eu)."







Rá!

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Dançou...







segunda-feira, setembro 20, 2010

Sobre o amor... (II)

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Vazou o novo do Belle & Sebastian, é isso?




A faixa aí embaixo, “Calculating Bimbo”, eu pesquei lá na Popload.




O pacote com as onze canções de Write About Love eu também arrastei pra cá, e você pode puxar pro seu agá-dê clicando aqui (mas eu ainda estou apreciando a matéria e não saberia te dizer se o download vale mesmo a pena. É por sua conta e risco).

;)



Who let the dogs out?

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Mais um video-coreografia do OK Go...





... aquela banda que tem clipes muito melhores que as músicas, lembra?






sexta-feira, setembro 17, 2010

Vaca Amarela...

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Começa hoje...


... e termina amanhã. See you there?



SEXTA16/09
03:00 Lobão (RJ)
02:30 TNY
02:00 Edy Star (BA)
01:30 Umbando
01:00 Terra Celta (PR)
00:30 La Cartelera (ARG)
00:00 Pata de Elefante (RS)
23:30 Fusile (MG)
23:00 Mersault e a Máquina de Escrever
22:30 Passarinhos do Cerrado
22:00 Stereovitrola (AP)
21:30 Oye!
21:00 Novos Vinis (Anápolis)
20:30 Rádio Carbono
20:00 Trivoltz
19:30 Chimpanzés de Gaveta
19:00 Coletivo Sui Generis
18:30 Abertura dos Portões

SÁBADO.17/09
03:00 Velhas Virgens (SP)
02:30 Mugo
02:00 Claustrofobia (SP)
01:30 Nitrominds (SP)
01:00 Johnny Suxx n’ the Fucking Boys
00:30 Necropsy Room
00:00 Johnny Hooker & Candeias Rock City (PE)
23:30 Hellbenders
23:00 Baudelaires (PA)
22:30 Gramofocas (DF)
22:00 Space Monkeys
21:30 Inimitáveis (MT)
21:00 Ultravespa
20:30 Sunroad
20:00 Black Queen
19:30 Coerência
19:00 Antes do Fim
18:30 Abertura dos Portões






Se vira nos 30

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Quem mora em Goiânia, tem mais de 30 Halloweens no currículo e gastou a adolescência, nos anos 90s, com os bailinhos do underground local sabe que o Mandatory Suicide foi o principal nome do nosso rock dessa época. E não importa se você não era da turma dos camisas-pretas, nesse tempo o nosso udi-grudi ainda não era compartimentado entre indies, bangers, hipsters, emos, punks, bichas e lésbicas de ocasião; as divisões internas de então eram bem mais singelas e não separavam nem a turma do agacê da turma do metal (e o rock alternativo ainda era preferência periférica).


E nesse contexto onde a “pluralidade” dos eventos era compulsória, o Mandatory Suicide (um mix personalizado de Anthrax e Faith No More com certa violência reminiscente de uma fiel devoção ao Slayer ) foi o único grupo dessa geração que atravessou as fronteiras do estado, e levou seu show para além de Goiás com certa frequência. Mas essa história eu sei que você já sabe. O preâmbulo serve só para avisar que o Homero Henry (também conhecido como HX, ex-vocalista do Mandatory Suicide e da Litro; ex-baterista da Hang the Superstars) enviou um e-mail para o blog noticiando seu retorno à prática metaleira, não à frente de sua banda mais, err, famosa, mas com uma formação nova que se equilibra entre o rock e o metal, batizada de Periga. Siga a letra do Agá-Xis:


HX

E foi então que me deu
vontade de cantar metal de novo.



Depois de alguns anos fazendo várias coisas, projetos diferentes, senti um comichão pra estourar a garganta de novo. Voltei a fumar, beber violentamente, tirei os clássicos do armário e fui procurar pessoas dispostas a fazer algo pesado, sem pretensão, com prazo de validade ou não ...

O primeiro foi o Christian. Esse cara já tocou na clássica Rat Salad e no Pugna Puf. Baixista, tem uma sacação legal quanto à melodia e groove... Sempre admirei os trampos dele. O segundo que encontrei foi o Junão baterista. Tava lá em Inhumas e vi ele tocando, na época, com o Cerimonial (vcs nos enlouquecem !!!) e fiquei de cara. Considero o Junão o cara mais talentoso da nova geração. Goiânia não segura ele, eu acho. O terceiro foi o Alessandro, pra tocar guitarra. O Alessandro fazia parte da turma dos anos 90, dos metaleiros camiseta branca (hahahahahahahahaha) que o Mandatory Suicide fazia parte. Ele tinha uma banda chamada Beholder que nós gostávamos muito.

Essas músicas já tem um ano e meio e nossa frequência em encontrar varia muito... Quando você passa dos 30 anos o tempo se torna algo inacreditavelmente raro. Tivemos uma oportunidade oferecida por um grande amigo (Leozinho) de registrar essas 5 músicas em um ensaio, take one. Além do mais, ele teve um certo carinho em dar um tapa pra soar melhor do que nós somos de verdade. Então não reparem tanto assim nos erros. Letras foram trocadas, andamentos acelerados, desafinadas e erros do titio aqui, mas a essência está aí. O projeto se chama Periga.



Bom, por enquanto é só isso. Só queria compartilhar mesmo... hehehehe





Para ouvir, faça uma gentil visita ao Myspace da moçada.




quinta-feira, setembro 16, 2010

In the name of fun

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O vídeo é da festa de lançamento do selo Vigilante, no Studio SP.




E é por essas e outras que a The Name é um das bandas mais legais do Brasil, hoje.







quarta-feira, setembro 15, 2010

terça-feira, setembro 14, 2010

Comédia eleitoral gratuita

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Não sei você, mas eu perco tempo vendo o programa político gratuito na TV. E me divirto. Com os sem-noção que escalam a molecada para repetir um jogral tosco e pedir votos "para o papai", e com aqueles que, num afã ignorante de se diferenciar na enxurrada de VTs, tentam simular uma pompa que deixa tudo ainda mais ridículo (sem falar nos coitados que mal conseguem ler o teleprompter). Mas acho que, em Goiás, ninguém ganhou do delegado Waldir, único candidato da terrinha presente no top 10 do Ficha Tosca:





Não conhece o Ficha Tosca? Dá uma olhada no textinho de apresentação que eles botaram lá no site:


Em uma conversa de elevador diríamos que o Ficha Tosca é um canal de comunicação para o internauta expressar sua opinião sobre os vídeos de campanha dos candidatos à eleição de 2010. Simples e direto assim.

Agora, você também pode querer saber o que o Ficha Tosca, não é. Então se liga:

O Ficha Tosca não é um canal criado para julgar ou ofender nenhum candidato.

O Ficha Tosca também não é um canal que privilegia partidos ou produz conteúdo para eles. Pode botar fé que tudo que você encontrar aqui saiu da cabeça dos próprios candidatos. Isso mesmo, aqueles que a gente não julga nem ofende nem defende.

Mas então qual é a graça desse tal de Ficha Tosca?

A graça é que o Ficha Tosca abre a discussão aos internautas sobre os formatos e as estratégias políticas no país. Ou seja, de um jeito democrático e colaborativo, o Ficha Tosca dá um empurrãozinho para a criação de campanhas responsáveis, transparentes e, claro, menos toscas.

Você encontrou um vídeo de campanha que achou tosco? Quer dividir o resto do mundo? É só clicar em INSCREVER VÍDEO.






Você está aqui (e não faz diferença nenhuma)

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No último dia 11, aniversário de 9 anos daquele "recado" que o Bin Laden mandou ao ocidente, eu vi a foto e o textinho aí embaixo no blog do Carlos Orsi, colunista de ciência e astronomia do Estadão, que ilustram muito bem a estratosférica falta de sentido da vida (humana, pelo menos. Quanto à vida dos protozoários e tubarões-baleia eu não saberia dizer).

Então, eliminando por antecipação as possíveis interpretações esotéricas que você provavelmente vai tentar atribuir ao texto do Orsi e à imagem feita pela sonda Messenger, sinta-se o nada que você é, sempre foi e sempre será:



As duas bolinhas brancas perto do canto inferior esquerdo do quadro são a Terra e a Lua, vistas a uma distância de 183 milhões de quilômetros, em uma imagem feita pela sonda Messenger, que se encontra explorando a vizinhança de Mercúrio.

Parafraseando Carl Sagan, todos os sábios, poetas, filósofos, tiranos, santos e genocidas; todas as pessoas que você conhece, ignora, respeita, despreza, ama ou odeia vivem, ou já viveram, suas vidas inteiras na bola maior. É lá também que estão todos os seus problemas, sonhos e esperanças.

Todas as guerras e crimes, bem como todos os grandes e pequenos atos de sacrifício e generosidade já registrados em algum momento da história aconteceram lá.

Já a bola menor marca a maior distância já viajada por membros de nossa espécie. É o limite atual da experiência humana.






segunda-feira, setembro 13, 2010

O pop vai à guerra

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"Um ano sem mulher...


... batendo continência."






sexta-feira, setembro 10, 2010

Mon Pethit

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Amontoado no meu HD desde o semestre passado, o disco de estréia do Thiago Pethit, Berlim, Texas, já tinha escorrido quase que indiferente pelos meus fones de ouvido umas 2 ou 3 vezes (no random do Itunes), servindo de trilha sonora ignorável para o rala cotidiano, até que me peguei assobiando “Forasteiro” e resolvi prestar mais atenção.


Thiago Pethit


Na verdade, depois de algumas audições concentradas e cuidadosas ainda estou gastando tutano para assimilar a inquietante simplicidade estrutural de Berlin Texas, que oscila sedutoramente entre uns hiatos silenciosos do violão e uma polifonia melancólica que força minha memória para os lados de Zach Condon e seu Beitrut (oferecendo também umas lembranças pardas daquela dramaticidade contida do Bon Iver).


Thiago Pethit - "Mapa Mundi"



Acho que ainda vou querer voltar a este assunto, mas por enquanto é isso (e, se eu fosse você, clicava aqui).




Mimics the kid

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Então é assim que o pessoal da dança contemporânea elabora coreografias tão ...



... contemporâneas ?!





quinta-feira, setembro 09, 2010

O que importa de verdade

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Não sei você...


... mas eu assino embaixo.






segunda-feira, setembro 06, 2010

Almas viventes desmatando o nada

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"Era agosto ou setembro, não sei, não me lembro, fosse noite ou dia um só motor...


... toda a sua rotina era na vaselina, era seca igual rufo de tambor."








sexta-feira, setembro 03, 2010

Carreira de risco

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Até parece, mas...



... não é o Fábio Assunção





quinta-feira, setembro 02, 2010

A ordem das árvores não altera o passarinho

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Depois que a Céu lançou Vagarosa, ano passado, não só confirmou o suave superlativo psicodélico anunciado em seu disco de estreia, mas também avançou um passo na tal linha evolutiva da música popular brasileira inventada pelo velho Veloso lá na Tropicália, elevando o padrão de qualidade do já acirrado mercado de novas musas da MPB .


Tulipa Ruiz


Igualmente despreocupada com a tradição (ao mesmo tempo em que abusa de referências tradicionais), a première da cantora e compositora paulista Tulipa Ruiz acrescenta mais uma demão de cores fortes nesse novo painel da MPB de voz feminina, simbolicamente inaugurado pela sua conterrânea de nome celeste.


“Efêmera”, a faixa título, lembra tanto aquela Gal Costa da primeira metade dos anos 70’s (da transição do radicalismo psicodélico do fim dos 60’s, para uma amistosa e ensolarada tropicalidade subequatorial), quanto à provocação aguda daquela Tetê Espíndola que, no início dos 80’s, partilhou a glória underground de Arrigo Barnabé como cantora de apoio da banda Sabor de Veneno.




Já o groove irresistível de “A ordem das árvores não altera o passarinho” dá pistas abstratas dos momentos mais inspirados de Jards Macalé (da época áurea em que foi acompanhado por Lanny Gordin no baixo e Tutty Moreno na bateria), e “Brocal Dourado” flerta com a disco music num suave filtro eletrônico, enquanto “Aqui” realça a voz doce e firme de Tulipa por entre uma cadência delicadamente dançante e “As vezes” manda um recado divertido pro Kid Abelha.

Tudo trabalhado com uma evidente intenção pop, o que confere a unidade que empresta às 11 faixas de “Efêmera” o poder de também forçar mais alguns metros pra frente, nessa tal linha evolutiva.